Coluna Esplanada

Arquivo : Padilha

Geddel e Padilha atropelaram Temer sobre cargos
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Leandro Mazzini

Presidente que assume na próxima quinta-feira, Michel Temer (PMDB) está furioso com os dois principais colaboradores do staff pré-Governo.

É que Geddel Lima e Eliseu Padilha, futuros ministros, prometeram a partidos aliados mais cargos e pastas do que o presidente pode entregar, relatam fontes da equipe.

Deu no que deu: Temer, que mantém palavra e protege a dupla insubordinada, não conseguirá reduzir os ministérios para 20 como desejava.

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Temer e Padilha revezam articulação por Dilma
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Leandro Mazzini

Temer e Padilha - afinados na Articulação. Foto: egnews.com

Temer e Padilha – afinados na Articulação. Foto: egnews.com

O vice-presidente Michel Temer e o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Eliseu Padilha, formam a poderosa dupla do momento e têm segurado a barra para a presidente Dilma na cambaleante relação entre o Planalto e o Legislativo.

Temer recebe deputados e senadores no seu gabinete, no anexo do Planalto, e delegado outras visitas a Padilha, que alterna a agenda entre a SAC e o gabinete da extinta Secretaria de Relações Institucionais no Palácio.

O vice foi fundamental na vitória (apertada) do Governo nas MPs 664 e 665 na Câmara, por fidelidade corporativa dos deputados a ele.

Ontem as salas estavam lotadas de parlamentares com os pires nas mãos. Temer tem assinado as faturas para Dilma, que promete entregá-las.


Preferidos de Aécio eram Ellen e Tasso
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Leandro Mazzini

ellen

Ellen Gracie – Uma decisão eleitoral de Kassab a tirou da chapa de Aécio

O candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, desfilou pelo País nos últimos dias com uma lista com quatro nomes para seu vice na chapa: Ellen Gracie (RJ), Tasso Jereissati (CE), Agripino Maia (RN) e Aloysio Nunes Ferreira (SP) – o escolhido, mas os dois primeiros eram os preferidos.

Aécio ligou para Aloysio no domingo à noite e o convidou. Mas a decisão foi tomada na terça passada, quando soube que perderia em São Paulo o apoio de Gilberto Kassab (PSD) para o PMDB. O projeto de Aécio era lançar o ex-BC Henrique Meirelles para o Senado na chapa do governador Alckmin.

A decisão de Tasso sair ao Senado pela chapa de Eunício (PMDB) ao governo no Ceará apressou a escolha de Aécio. E o senador Aloysio não tem nada a perder. Ele tem mandato até 2019.

FATOR PAULISTA

Sem o PSD na aliança, pesou SP ser o maior colégio eleitoral do País. O tucano avalia que precisa do Sudeste para ir ao 2º turno. Aloysio foi um dos senadores mais votado do Brasil.

QUASE

Aécio conversara meses atrás pessoalmente com a ex-ministra do STF Elle Gracie, segundo tucanos, e disse que ela seria uma forte opção. Também cogitou até uma semana atrás Agripino Maia, mas a decisão de Kassab mudou tudo.

PESO DA ‘DENSIDADE’

Para os aliados, Aécio tem muito respeito por Agripino e pelo DEM, aliado de primeira hora, mas pesou contra a ‘pouca densidade eleitoral’ de seu reduto, o Rio Grande do Norte.

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COM QUEM ANDAS.. 

A candidatura do ex-ministro Alexandre Padilha (PT) ao governo de São Paulo virou um fiasco, com a debandada do PP de Paulo Maluf e risco até do aliado tradicional PCdoB. Até a segunda à noite todos queriam correr para a coalizão de Paulo Skaf (PMDB). Para piorar para Padilha, apenas os comunistas e PR são os grandes aliados da chapa com o PT.

padilha

Padilha – Lula disse que lançaria um petista com cara de tucano, mas os aliados pensaram ser o peemedebista Skaf

DIFÍCIL EXPLICAR

O eleitor paulista se vê diante de cenários pitorescos. Paulo Maluf, que manda no PP, tem notório histórico e é procurado pela Interpol com mandado de prisão, acusado de lavagem de dinheiro (público). O PR é comandado por um presidiário de Brasília, Valdemar da Costa Neto. O desafio para explicar o que fazem na aliança ficará com os candidatos Skaf e Padilha.

MALDIÇÃO DA GUERRA

Veja as voltas que o mundo dá: A ex-potência do PIB dos EUA, Detroit está quebrada. Sede das maiores fábricas bélicas da 2ª guerra mundial, que garantiram vitória dos Aliados contra a Alemanha, a cidade está sucateada e fantasma – como as atingidas na Europa à época da guerra. As grandes indústrias bélicas americanas mantiveram sede no País, mas mudaram as fábricas para a.. China e outros países asiáticos. O efeito dominó também quebrou as empresas que forneciam peças para a GM, salva pelo gongo do governo americano.

BRASÍLIA DO POKER

Conhecidos mandatários fãs do jogo já se mobilizam. Brasília será sede da 4ª etapa BSOP – Brazilian Series of Poker, disputada entre os dias 31 de julho e 4 de agosto, no Hotel Meliá–Brasil 21. A série passou por Brasília na temporada de 2008 e, naquela ocasião, a etapa foi o recorde de público do ano.

PONTO FINAL 

Quem é a FIFA, que mordeu tanto o contribuinte brasileiro, para expulsar o mordedor Luizito Suárez?


Com caixa apertado, Infraero estreia em dezembro nova sede a R$ 380 mil/mês
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Leandro Mazzini

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Antigo prédio da TransBrasil no Aeroporto JK – a nova casa da Infraero a partir de dezembro. Aluguel inicial era de R$ 528 mil, e caiu para “módicos” R$ 380 mil.

A direção da Infraero não se intimidou com a perda de receita com a concessão dos aeroportos, e vai trocar sua sede própria, na Asa Sul de Brasília, por um prédio da falida Transbrasil, no Aeroporto JK. A nova sede vai custar estupendos R$ 380 mil de aluguel por mês. O contrato assinado é para cinco anos – serão R$ 4,56 milhões por ano do dinheiro do contribuinte. As negociações com a concessionária Inframérica iniciaram há um ano. Em dezembro, a Coluna revelou que a proposta inicial era de R$ 528 mil.

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Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com

PATOTA

Segundo a Infraero, o novo (velho) prédio já reformado ‘receberá até 800 funcionários do Centro Corporativo da empresa’. Enquanto isso, você vai sofrendo nos aeroportos. A estreia da sede alugada, com festa, será dia 1º de dezembro. Curiosamente, na festa dos 41 anos semana passada, a estatal, alegando corte de custos, convidou só veteranos.

 MAIS DO MESMO

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A sede própria – prédio de oito andares na Asa Sul teria ficado “pequeno”, para justificar a mudança. Foto: Ag. Senado

A atual sede própria, pela qual nada paga, continua a sediar a Infraero Serviços, a Universidade Corporativa e o Centro de Suporte Administrativo.

 

 FIM DA LINHA

A Infraero vai colocar alguns servidores na linha. Literalmente. A farra de telefonemas particulares vai acabar, segundo ofício da superintendência de tecnologia  nº 8716. Os servidores informaram os ramais e os telefones para os quais ligam por motivos pessoais. A empresa vai monitorar e será ressarcida no desconto no  contra-cheque.

 BATE-CABEÇA

Enquanto corta telefones e até o leite para o cafezinho, a estatal enviará para curso nos EUA a diretora de marketing. Pelo D.O., com custos. Enquanto a  assessoria da Infraero informa que vai a convite da U.S. Trade and Development Agency.. Tá bom.

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PRA GRINGO VER

O que uma oportunidade não produz na ação política! Com a chegada da Copa cerca de 30 desocupados sem-teto que faziam constantes assaltos foram retirados das imediações da Igrejinha de Fátima, na Quadra 308 Sul, ponto turístico de Brasília.

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valerio TABELINHA 

Muito abatido e mais magro, o publicitário Marcos Valério, condenado a 40 anos de prisão no processo do Mensalão, transferido para penitenciária em Belo Horizonte, encontrou um parceiro para bate-papo. Ele é vizinho de cela do ex-goleiro Bruno, ex-Flamengo.

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GABINETE NA MACA

O presidente do PROS, Eurípedes Junior, ficou acamado por 12 dias. Pegou dengue braba, mas negociou palanques da maca do hospital. Já está na ativa.

JOGOS VORAZES

O PP em guerra. A bancada alega que não foi ouvida sobre o apoio do presidente Ciro Nogueira a Dilma Rousseff. Nas contas do deputado Jerônimo Goergen (RS), oito diretórios estão divididos. Ciro diz à Coluna que ouviu os presidentes dos diretórios para fechar aliança, e que nas suas contas só Rio, Minas e RS estão com o tucano. Ciro diz que a convenção dia 25 vai sacramentar a aliança com PT. Mas reconhece que há diretórios rachados, como no Paraná. ‘E no Amazonas, se o prefeito Arthur Virgílio (PSDB) apoiar a candidata do PP ao governo, Rebecca Garcia, o PP vai de Aécio’.

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O DELEGADO VOLTOU

O ex-diretor da PF Paulo Lacerda entrou na campanha de Alexandre Padilha (PT), candidato ao governo paulista. Lacerda elabora o programa de segurança do candidato. A despeito da aliança criticada (Com Paulo Maluf e o PR de Valdemar Costa Neto), Padilha monta time de primeira nos bastidores.

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Lacerda, ao fundo, e Bastos – parceria antiga. Foto: ABr

GRANDES AMIGOS

Poucos sabem como Lacerda ascendeu ao Poder. Além de considerado grande quadro na PF, ele foi fisgado pelo ministro Marcio Thomaz Bastos (Justiça) assim que Lula foi eleito presidente do Brasil. Lacerda e Bastos eram ‘adversários’ anos antes. O delegado investigava PC Farias, cliente de Bastos – ambos ganharam a admiração recíproca.

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CABRA BRABO

O senador Eunício Oliveira (PMDB) saiu brabo do jantar com Dilma e Temer no Jaburu na terça. Soube dos bastidores de como o PT puxou o PROS para aliado no Ceará, onde é pré-candidato ao governo e não tem o apoio, por ora, dos petistas.

GOL CONTRA 

É de vomitar, caro leitor. Um copo de cerveja de 500ml dentro das arenas da FIFA custará R$ 13. E provavelmente nem ‘estupidamente gelada’ como gostamos.

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ftaxi

De Paris, o exemplo que os aeroportos brasileiros não copiam.

EXEMPLO DE PARIS

Às portas da Copa, os aeroportos brasileiros – em especial nas cidades-sedes dos jogos – ainda não oferecem um serviço mais qualificado de táxi para o desembarque. Na maioria, as cabines das cooperativas ficam dentro dos terminais – inclusive na área de reposição de bagagem – lado a lado, numa disputa por clientes que deixa o passageiro constrangido. Um leitor da Coluna envia esta foto do desembarque do Aeroporto Charles de Gaulle, de Paris: há um grande portal que indica o início da fila para o táxi, e uma cabine na entrada para pagamento antecipado.

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PONTO FINAL

‘O PT começou a entrar na mesmice dos outros partidos’
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil, à Carta Capital.

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PT perde ingerência nos conselhos da Funcef e Previ
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Leandro Mazzini

bb

Sede do BB em Brasília – A Previ, dos servidores, é o maior fundo da AL e alvo do PT há 11 anos

A cúpula do PT está em polvorosa. Perdeu representantes – e respectivamente o controle – dos dois maiores fundos de pensão do País, a Funcef (Caixa) – cerca de R$ 80 bilhões de patrimônio – e a Previ (Banco do Brasil), com R$ 170 bilhões em caixa – o maior fundo de pensão da América Latina.

Chapas ligadas ao partido sofreram derrotas nas eleições nas últimas duas semanas. O PT tinha domínio dos fundos desde a chegada ao Poder, em 2003, numa articulação bem desenhada de José Dirceu e Luiz Gushiken.

A maioria dos fundos de pensão federais é sócia de grandes empresas doadoras de campanhas para deputados e senadores. Para o antenado leitor da coluna, essas poucas linhas bastam. A Petros (Petrobras), por exemplo, é sócia e tem membros nos conselhos de grandes corporações como Oi, Telemar, Itaú, Shoppings Iguatemi, Brasil Foods, Norte Energia (Usina Belo Monte), entre outras companhias.

As mudanças já se concretizam. Toma posse neste sábado o novo conselho deliberativo da Funcef, a chapa “Controle e Resultado” que venceu a eleição, ligada a auditores do banco. O BB já indicou para a Diretoria de Investimentos da Previ Márcio Hamilton Ferreira, funcionário de carreira do banco.

DESGASTE

O desgaste da ingerência política nos conselhos e as decisões suspeitas de investimentos dos fundos bilionários em apostas sem retorno provocaram uma onda de insatisfação interna nas estatais, e motivaram funcionários de carreira a apostarem na meritocracia contra o partidarismo nos conselhos.

A ONDA

A retomada do poder pelos funcionários de carreira, para por ordem nos fundos, criou uma onda que pode influenciar nas futuras eleições e composições de Petros (Petrobras), Centrus (BC), Postalis (Correios) e outros.

TIRO CERTO

Apenas em 2013, a Previ lucrou mais R$ 3 bilhões. Aposta em diferentes setores, desde ações na Bolsa , passando por uma invejosa carteira imobiliária, até uma curiosidade sociedade: o fundo tornou-se sócio majoritário da Taurus, a fabricante de armas.

COBIÇA

Não é de hoje que os fundos previdenciários de servidores federais estão na mira de partidos, não apenas do PT. Até ano passado, conselheiros do Refer, dos funcionários da rede ferroviária federal, tinham ligações com o presidente de honra do PR, o agora detento Valdemar da Costa Neto. O PTB e o PMDB atualmente se digladiam pelo controle do Cibrius, da Conab, a ponto de um pemedebista falar em nome da cúpula e tentar destituir conselheiros (lembre aqui).

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O VICE DE PADILHA 

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Padilha & Zé Gotinha em campanha (pelo SUS) – Não, o vice não será o boneco, e sim alguém do PR.

O vice na chapa de Alexandre Padilha (PT) na disputa pelo governo de São Paulo sairá do PR de Valdemar da Costa Neto, garante um aliado de Lula. E a ministra Marta Suplicy (Cultura), a despeito do boato de que seu recente jantar de confraternização foi para se mostrar como opção, vai ajudar o candidato escolhido pelo ex-presidente.

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TRATORADOS..

Ainda sobre a novela da isenção do emplacamento de tratores, que irritou deputados da bancada ruralista (Dilma vetou a lei aprovada): um decreto da presidente recuou, em parte. A interpretação é de que de 1º de agosto de 2014 para trás todos estão isentos. De agosto para frente, terão que licenciar, emplacar, registrar, pagar IPVA, desde que transitem em algum momento em via pública. Ou seja, nenhum ficará isento. O decreto foi recebido como piada pelo autor da lei, deputado Alceu Moreira (PMDB-RS).

EDUARDO, O GAÚCHO
Para afagar a bancada ruralista e buscar votos na região ainda fraco, Eduardo Campos (PSB) desembarca em Porto Alegre na próxima terça, para encontro com empresários.

EVERALDO, O GAJO 

Pastor Everaldo (PSC), 4º lugar nas pesquisas, chega hoje a Lisboa, onde fica por alguns dias para visitar autoridades e empresários. Dará coletiva na segunda num hotel.

SARNEY, O VETERANO

José Sarney, esperto, percebeu possível desgaste político no Amapá e pode concorrer ao Senado pelo Maranhão – a filha Roseana Sarney desistiu em abril da disputa.

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CHIORO, O ALVO 

A despeito de revogar a Portaria 415, que oficializava o aborto no SUS com novos valores e procedimento, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, será convocado na segunda-feira para explicar o caso, na Câmara dos Deputados, numa comissão especial.

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Cunha – ele não quer dar trégua ao ministro da Saúde. Foto: ABr

O PODEROSO CHEFÃO

Chioro revogou a portaria um dia depois da visita do líder Eduardo Cunha, do PMDB, na qual o deputado disse que o enquadraria no Congresso para explicar possíveis brechas jurídicas na portaria. Chioro não quis pagar para ver e recuou no dia seguinte, via D.O., e em nota oficial alegou ‘falha técnica’. Conta-se no Congresso que Cunha comanda uma bancada suprapartidária de 200 deputados.

O líder do PMDB ainda patrocina dois projetos para derrubar o aborto legal no SUS: o PL 6033/13 revoga a lei 12.845 aprovada por Dilma. O PL 5069/13 tipifica como crime contra a vida o anúncio de meio abortivo e prevê penas específicas para quem induz a gestante ao aborto.

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OS COTADOS 

Com a iminente saída de Joaquim Barbosa do STF, pululam os nomes na mesa da presidente Dilma. Os mais cotados por ora: Benedito Gonçalves (do STJ), Maria Elizabeth Guimarães (STM), Heleno Torres, da USP; Luís Adams (AGU) e o favorito José Eduardo Cardozo, o ministro da Justiça, renomado constitucionalista.

CANSAÇO QUE NADA

Barbosa sai em meio ao polêmico julgamento sobre perdas dos planos econômicos que, dependendo do resultado, pode levar os bancões a reembolsar quase R$ 100 bilhões a poupadores. Ele sabe do que foge – não necessariamente do julgamento.

TUCANOU DE VEZ

O ex-governador Paulo Hartung, do ES, não jantou com Dilma e Temer no Jaburu. E se disputar o governo capixaba ou Senado, ele será aliado de Aécio Neves (PSDB).

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Lula, Schumacher e a eleição de 2018
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Leandro Mazzini

Com mania de se comparar a ídolos mundiais, coisa do seu egocentrismo peculiar (a vaidade, aliás, é adereço de todos os poderosos), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva repete isso a quem o provoca sobre uma eventual futura candidatura à Presidência: ‘Schumacher foi campeão sete vezes da Fórmula-1, e quando resolveu voltar (às pistas), foi um fracasso’. Contou um aliado próximo dele.

A infeliz comparação vem sendo citada pelo petista há meses para quem o pergunta sobre se substituiria Dilma Rousseff na cmpanha de 2014. Ela explica duas coisas: uma, Dilma sempre foi a candidata à reeleição; outra, Lula realmente teme não voltar a ser o Lula que foi, se vencer uma eleição. Chances fortes para isso, atualmente teria.

Hoje, algo inimaginável, o ex-piloto Michael Schumacher agoniza numa maca de hospital. Não por acidente automobilístico a 300 km por hora, mas após um tombo de esqui. Peça do destino. Diferentemente da política, onde cada passo, ou manobra numa condução de articulações é um plano de meta para quem sabe fazê-la. É o caso de Lula. Ele também sempre foi candidato desde que lançou Dilma Rousseff.

O trato era, contam à boca pequena petistas históricos: Você vai, Dilma, mas em 2014 sou eu. Fato é que, assim com Schumacher não contava com este tropeço físico, Lula não esperava a surpresa de um câncer. A doença, apesar de curada, o debilitou. E Dilma vai bem no campo social, o carro-chefe dessa era petista, embora a economia derrape nessa pista cheia de buracos.

De uma situação o PT não pode reclamar nessa indefinição do pós-2014: Lula já é maior que seu ego, ele pensa no partido e no projeto de poder petista. Se em 2018, independentemente do resultado deste ano, ele estiver bem de saúde, e vir que o PT corre sério risco de ser extirpado do Poder até por seus aliados, ele se candidata. A idade é um detalhe. E ainda se compara a outros que passaram em alta idade pelos palácios, como Nelson Mandela e Fidel Castro.

Lula é candidato em 2018 se não der certo seu projeto de fabricar um nome por São Paulo, como Alexandre Padilha ou Fernando Haddad, ou via Rio, com Lindbergh Farias. O ex só deu uma escapada para o pit stop, e dali assiste atento à corrida, como reserva de luxo. Mas nunca falará de seu projeto. Conta um expert: ‘Em política, você nunca vai ouvir a verdade de um candidato até a véspera da eleição’.

A frase para este repórter foi dita pelo ex-senador Luiz Estêvão. Deve entender muito bem o que diz, para quem é condenado à prisão, continua livre, feliz e bilionário.

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CPI da Espionagem é alívio para o PT
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Leandro Mazzini

A CPI da Espionagem Americana, se de fato render, veio em boa hora para os governistas.

Ela enterra, por ora, a CPI do Erro Médico, já aprovada mas ainda não instalada porque o PT joga contra.

Embora mire em especial irregularidades em hospitais privados, os petistas temem que a uma eventual investigação atrapalhe o ‘Mais Médicos’ – neste momento delicado do programa – e atinja as pretensões eleitorais do ministro Alexandre Padilha, já escolhido por Lula para concorrer ao governo de São Paulo.

A CPI da Espionagem enterra também a CPI das Telefônicas e das Aéreas, já pedidas na Câmara, e que poderiam ser mistas. O lobby contra dos dois setores é forte.

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SÓ ELES

A presidente Dilma proibiu qualquer ministro que não seja José Eduardo Cardozo (Justiça) ou Luiz Alberto Figueiredo (Itamaraty) a falar sobre a espionagem dos EUA.

MARATONA LABIAL 

O clima esquentou na reunião a portas fechadas do COI com membros do comitê Rio 2016 na Segunda. Eduardo Paes, Sérgio Cabral e asseclas não concordaram com o relatório de riscos e com ‘zonas vermelhas’ detalhado. De fora da sala ouviam-se gritos. ‘Isso pode mudar do vermelho para o verde de um dia par o outro’, soltou Paes. Uma prova de que Cabral já prepara o vice, Luiz Pezão, para assumir no fim do ano sua vaga. Cabral o levou à reunião com o COI, o que não ocorreu de vezes anteriores. Todos vão para Buenos Aires, onde dia 9 será anunciada a sede dos Jogos de 2020. Em tempo, Tóquio é a favorita, contra Madri e Istambul, para sediar as Olimpíadas de 2020. Veneza até tentou, mas teme-se o afundamento da cidade com a quantidade de turistas.

RACHA DOS MONARQUISTAS

Chefe da Casa Imperial do Brasil, Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança se diz contra a criação do Partido Monarquista, previsto para a próxima Terça, com evento na Câmara de Vereadores paulistana, como adiantou a Coluna.

APARTE

Algumas bancadas preocupavam-se ontem com a derrubada do voto secreto para vetos presidenciais. Temem que o Congresso fique refém do Planalto para sempre.

DO ALÉM

Bancada por empresários, a Fundação Cacique Cobra Coral, cuja médium Adelaide Scritori faz trabalhos com o clima, vai esperar resposta dos EUA para continuar ou não a operação contra a seca no meio oeste. As lavouras deste ano lá vão bem.

TAMANHO DA CRISE

Veja a confusão que rende a sessão de absolvição do deputado Natan Donadon. A bancada evangélica decidiu ontem à noite representar no Conselho de Ética contra o deputado Edson Silva (PSB-CE). Ele disse que os evangélicos salvaram Donadon.

FAMÍLIA ESTÊVÃO

Dono do PRTB em Brasília e inelegível até 2022, o ex-senador Luiz Estêvão garantiu a interlocutor que ninguém da sua família será candidato em 2014. Para provar, ordenou a advogado que elabore documento, e esposa e filhos vão assiná-lo.

DOSSIÊS

Em meio à disputa pelo comando do Sindireceita, surge um processo trabalhista contra a presidente que tenta a reeleição, Silvia Felismino. Ex-funcionária pede reintegração e indenização de R$ 50 mil por assédio moral. Silvia nega e diz que fez remanejamentos para preservar o emprego da mulher, até ela ser demitida em Março, por corte de custo.

ARENA 2.0

Não só a Rede de Marina tenta. A nova Arena protocou também no TSE pedido de registro para oficializar candidaturas em 2014.

SPRAY PARLAMENTAR

Seguranças da Câmara dos Deputados estrearam ontem spray de pimenta em manifestantes. E incitam a polêmica sobre o uso por segurança patrimonial.

PONTO FINAL

Duas coisas que brasileiro não vê: cabeça de bacalhau e banda larga de internet.

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