Coluna Esplanada

Arquivo : patrícia lélis

Janot pede ao STF para abrir inquérito sobre Feliciano e PF entra no caso
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Leandro Mazzini

> Janot envia relatório ao STF, que escolherá ministro. PF vai entrar no caso oficialmente

> Decisão ocorre enquanto Patrícia tem pedido de prisão preventiva em SP por extorsão.

> PF tem agora a chance de provar quem mente numa história em que todos são suspeitos, pelas evidências apresentadas

janot

O procurador geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal pedido de abertura de inquérito para investigar o deputado Pr Marco Feliciano (PSC-SP), por suspeita de agressão, assédio e tentativa de estupro, confirmou nesta terça a assessoria do Ministério Público Federal. O caso está em segredo de Justiça.

O pedido  está embasado na denúncia feita por grupo de parlamentares femininas da Câmara Federal e em evidências entregues em relatório. Agora, o caso está nas mãos da Polícia Federal, que começará a fazer as diligências.

A denúncia foi feita pela jornalista Patrícia Lélis, que hoje teve seu pedido de prisão feito pela Polícia Civil de São Paulo. Ela é investigada na jurisdição paulista por tentativa de extorsão e falsa comunicação de crime. Na cidade, ela tentou negociar o seu silêncio com o ex-chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer. O caso, registrado no 3º DP, foi encaminhado ao Fórum na última sexta-feira.

Em Brasília, em outra frente de investigação, a PF vai apurar a denúncia de Patrícia. Ela diz que se encontrou com o deputado no apartamento funcional dia 15 de junho, onde teria ocorrido a agressão. O parlamentar nega que com ela tenha se encontrado, e diz que ela nunca pisou no apartamento – além disso apresentou sua agenda externa naquele dia, sem detalhar horários.

A PF terá a oportunidade de descobrir quem diz a verdade. Experientes investigadores citaram à Coluna que é possível trabalhar em duas frentes: basta rastrear os sinais de celulares da garota e do deputado no dia do ocorrido; e periciar os aparelhos para comprovar se são verdadeiros os prints de mensagens trocadas entre os dois – e usadas por Patrícia na sua denúncia.

A Polícia Federal também vai cobrar da Polícia Legislativa (DEPOL) da Câmara dos Deputados o backup dos vídeos da portaria e elevadores do prédio onde reside o deputado em Brasília. Esse também foi um pedido da PGR. A DEPOL informou à Coluna que não há mais os vídeos – que podem inocentar Feliciano, ou comprovar que a mulher esteve no prédio.

A despeito dos rumos e das eventuais descobertas desta investigação agora em Brasília, Feliciano não poderá ser indiciado por crime de agressão e tentativa de estupro, porque não há provas – mesmo que eles supostamente tenham se encontrado no apartamento. Patrícia não fez boletim de ocorrência no dia da suposta agressão, nem exame de corpo de delito – o que evidenciou que ela queria resolver seu lado financeiro, como ficou comprovado com os episódios em SP.

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Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Leia aqui os prints das conversas sobre negociação de R$ 300 mil

Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

Veja aqui o cronograma da denúncia


Polícia de SP pede prisão de mulher que acusou deputado Feliciano
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Leandro Mazzini

No desdobramento da investigação que cercou a jornalista Patrícia Lélis, a Polícia Civil de São Paulo pediu a prisão preventiva – sem data para soltura – da garota. O inquérito foi concluído pelo delegado substituto de Luiz Roberto Hellmeister, do 3º DP, que segue de licença médica após um infarto. A Justiça analisa o pedido de prisão.

Veja aqui – Janot pede ao STF para abrir inquérito para investigar Feliciano

O ex-chefe de gabinete de Feliciano Talma Bauer, com quem ela negociava R$ 50 mil por seu silêncio, não foi indiciado por favorecimento pessoal. Segundo o delegado Hellmeister, ele também foi vítima da extorsão e falsa comunicação de crime.

No inquérito a Polícia também evidencia que a garota tem traços de mitomania. Não há um laudo oficial sobre o perfil psicológico da mulher que crava ‘mitomania’ – o termo foi citado por uma psicóloga numa oitiva à Polícia de Brasília em outro caso envolvendo a garota, ano passado. O único laudo oficial da Polícia Civil de Brasília, enviado à Coluna, cita traços depressivos, de comportamento controverso e de convívio antissocial.

O caso de SP segue à parte à denúncia que Patrícia fez em Brasília contra o deputado federal Pr. Marco Feliciano (PSC-SP). Ela o acusa de agressão, assédio sexual e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional. O crime teria ocorrido, segundo a mulher, dia 15 de junho.

O deputado contesta as informações e apresentou fotos de sua agenda durante a manhã daquele dia – no Ministério do Trabalho e depois em reunião de líderes com o presidente da República, Michel Temer. A jovem e sua advogada, Rebeca Aguiar, contestam as informações, porque, segundo contam, o deputado se ausentou da Câmara naquela manhã em sessões de comissões e não apresentou detalhamento de seus horários. Patrícia garante que se reuniu com ele  em algum horário entre 9h30 e 12h daquele dia 15.

Atualização terça, 6/9, 18h12 – Este caso está sob investigação da Procuradoria Geral da República. O PGR Rodrigo Janot analisou pessoalmente as informações e decidiu enviar pedido ao STF para abrir inquérito sobre o caso, por Feliciano ter foro privilegiado.

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Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

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House of Feliciano & Lelisgate: aparecem o intermediário do Rio e dinheiro
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Leandro Mazzini

> Carioca que aparece como intermediário de negociação aparece e avisa à Polícia que vai entregar o dinheiro

> Origem do dinheiro ainda é mistério, assim como o porquê do pagamento pelo silêncio da garota

> Inquérito de SP foi remetido para a PGR, que analisa pedido de investigação de Feliciano ao STF

> Entrada da PGR não livra Patrícia Lélis do indiciamento por extorsão e falsa comunicação em SP. Feliciano continua na moita e não explica por que pagaria pelo silêncio.

> Patrícia e Emerson garantem – e vídeo também mostra – que Feliciano sabia que chefe de gabinete negociava com garota

 

A Polícia de São Paulo localizou o carioca Arthur Mangabeira, que se passou por agente da Abin, segundo relatou Patrícia Lélis em seu depoimento, para ajudá-la num acordo malfadado com o deputado Pr. Feliciano (PSC-SP), como um ‘procurador’ da jovem.

Segundo a investigação, ele recebeu R$ 50 mil das mãos do próprio chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, pelo silêncio da mulher que acusa o deputado de agressão e tentativa de estupro. Bauer teria ido de carro de São Paulo ao Rio para entregar o dinheiro.

Mas desde que recebera o dinheiro, há mais de um mês atrás, Arthur sumiu do mapa com o dinheiro. O caso virou um seriado de trapalhadas de todos os envolvidos – a garota, o assessor político, o deputado e este ‘agente’ que agora aparece.

Arthur já conversou com o delegado Luis Hellmeister, do 3º DP de SP, por telefone, agendou oitiva e prometeu aparecer com o dinheiro. A Coluna tentou contato com Arthur em dois telefones, mas ele não respondeu. O advogado do jovem, de acordo com o delegado, mantém contato com a polícia.

MISTÉRIO DO DINHEIRO

A polícia já apreendeu R$ 20 mil com um ex-amigo de Patrícia, Emerson Biazon, que entregou o esquema quando veio a público a negociação em SP. O inquérito do 3º DP foi remetido para a PGR em Brasília, a pedido do próprio procurado-geral Rodrigo Janot.

Em depoimentos à Polícia em SP, Patrícia e Emerson Biazon garantiram que o deputado Feliciano sabia a todo momento que Bauer negociava o silêncio da garota. Em um vídeo, revelado pela Coluna, Bauer anuncia ‘Marco’ ao telefone. Era o deputado, que falou com Patrícia e pediu para ela gravar vídeo a seu favor, de acordo com depoimentos.

DENÚNCIAS

Patrícia é a jovem que acusou o deputado de agressão, assédio sexual e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional em Brasília. Ela viajou para SP e passou de vítima a vilã ao ser flagrada negociando muito dinheiro com o assessor de Feliciano por seu silêncio.

A Coluna revelou os prints de uma negociação que envolveria R$ 300 mil em seis parcelas de R$ 50 mil. E depois veiculou a íntegra de um vídeo em que ela aparece negociando com chefe de gabinete do deputado. Em SP, Patrícia foi indiciada por falsa comunicação de crime – ao fazer B.O. se dizendo vítima de sequestro – e extorsão.

Já o deputado Feliciano está na mira da Procuradoria Geral da República, que deve pedir a investigação à Polícia Federal, caso denuncie o caso ao Supremo Tribunal Federal. Caso abra inquérito, a PF terá a oportunidade de investigar a origem do dinheiro apreendido e porquê desse montante em negociação com a garota.

Também poderá rastrear os sinais de celulares do parlamentar e da jovem que o acusa, para averiguar se em algum momento eles se encontraram. A advogada de Patrícia também aposta na perícia nos aparelhos dos dois, para mostrar a veracidade ou não das evidências de provas apresentadas da troca de mensagens entre o política e a jovem pelo Telegram.

 

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Advogada de Lélis pedirá ao MP anulação do inquérito em SP
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Leandro Mazzini

A advogada da jovem Patrícia Lélis, Rebeca Aguiar, que assumiu o caso há duas semanas, vai solicitar ao Ministério Público de São Paulo a anulação do inquérito no 3º Distrito Policial (Campos Elísios) aberto pelo delegado Luís Alberto Hellmeister, no qual sua cliente foi indiciada por falsa comunicação de crime e extorsão – e pelo qual corre risco de prisão.

A defesa de Patrícia alega que, por ter citado o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) como um dos envolvidos no caso, o inquérito deveria ter sido remetido imediatamente para o Supremo Tribunal Federal, órgão competente para analisar o caso, pelo fato de Feliciano ter foro privilegiado.

O caso em SP virou uma novela, na qual Patrícia de suposta vítima tornou-se a vilã. Ela acusou o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, de cárcere privado e coação, para que mudasse a versão da acusação contra o deputado, por assédio, agressão e tentativa de estupro, em Brasília. Mas provas apresentadas ao delegado, em vídeos, áudios e prints de mensagens entre celulares, comprovam , de acordo com o delegado, que ela mentiu claramente para receber dinheiro em troca de seu silêncio.

Talma Bauer não foi indiciado pela polícia no caso, por crime de favorecimento pessoal, a despeito de a polícia ter apreendido R$ 20 mil do total de R$ 50 mil que seria pago a Patrícia. Feliciano alega, em sua defesa, que não sabia dos passos do assessor – que pediu exoneração semana passada. Mas em um dos vídeos, entregue pelo jornalista Emerson Biazon, que acompanhava a garota, Bauer passa o celular para Patrícia falar com Feliciano. Emerson garantiu à polícia que Feliciano ligava a todo momento para o assessor.

A Coluna solicitou ao delegado Luís Hellmeister, do 3º DP em SP, o envio do documento que dispõe sobre o laudo psicológico da garota. Em contato, o delegado Hellmeister justificou que os laudos não são tão importantes para ele, apenas justificam o que já tem como provar: que Patrícia mente compulsivamente e que há provas para indiciá-la.

CONFUSÃO COM r$ 50 MIL

Semana passada Patrícia arrumou uma confusão em Brasília sobre suposto depósito em sua conta no valor de R$ 50 mil. Disse ao então advogado José Carlos Carvalho que havia crédito programado em sua conta, num sábado (dia 13), para entrar no saldo na segunda-feira. Mas o gerente de sua conta no BB em Brasília não confirmou nada.

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Caso Feliciano: Laudo de Lélis indica perfil controverso, mas não mitomania
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Leandro Mazzini

> Laudo psicológico feito pelo IML aponta perfil depressivo, controverso e avesso a convivência social

> Neste documento, não há citações a ‘mentira compulsiva’ ou ‘mitomania’, como divulgado pela polícia e jornais

> Documento entregue pelas autoridades em Brasília é diferente do que tem a Polícia de SP, que ainda não disponibiliza a íntegra

> Relatório foi elaborado por duas psicólogas a pedido do IML de Brasília sobre outra denúncia de Patrícia anos atrás

Atualizada terça, 24/8, 11h19 – O laudo psicológico da jornalista Patrícia Lélis, feito por duas psicólogas do Instituto Médico Legal de Brasília ano passado, aponta “potencial intelectivo mediano” à classe a que pertence, mas também “indícios de imaturidade, isolamento emocional, dificuldades nos contatos sociais, vivências nocivas/traumáticas e sensibilidade depressiva”.

Em nenhum trecho deste documento há relato sobre mitomania da garota, como divulgado pela polícia e por jornais. O documento de três páginas foi assinado em 2 de dezembro de 2015 e entregue às autoridades policiais. A página 2 não foi disponibilizada pela advogada à Coluna porque, segundo relata, há informações ‘muito pessoais’ de Patrícia, no relato sobre o possível estupro sofrido anos atrás em outro caso.

O documento, ao qual a Coluna teve acesso nesta terça (23), entregue pela advogada Rebeca Aguiar, foi elaborado pelas profissionais a pedido de uma delegacia de Brasília, onde foi arquivada outra denúncia de tentativa de estupro denunciado pela garota.

Ainda de acordo com o documento, não foram encontradas “alterações psicopatológicas” e afasta-se o “déficit cognitivo”. Em suma, o laudo aponta que a garota não é louca.

Este laudo é diferente do que foi anexado pelo delegado do 3º DP de SP, Luís Hellmeister, nos autos do inquérito em que Patrícia é acusada de extorsão e falsa comunicação de crime contra o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer. A Coluna solicitou ao delegado o envio do documento que dispõe, mas ainda não conseguiu. Em contato, o delegado Hellmeister justificou que os laudos não são tão importantes para ele, apenas justificam o que já tem como provar: que Patrícia mente compulsivamente e que há provas para indiciá-la.

Leia abaixo o laudo disponibilizado por autoridades do DF:

laudo-lelis1

Laudo-Lelis2-vale

 

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Caso Feliciano: Janot pede inquéritos da Polícia de SP e do DF
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

O procurador geral da República, Rodrigo Janot, já requisitou às polícias de São Paulo e do Distrito Federal os inquéritos abertos sobre o caso Patrícia Lélis x deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), e analisará os documentos para decidir se pede a abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal – a Corte recebeu o B.O. feito pela jovem na Delegacia da Mulher.

A informação foi dada pelo próprio Janot à deputada federal Érika Kokay (PT-DF), que o visitou ontem. Kokay capitaneou grupo de 22 parlamentares que denunciou à PGR o caso, em que Patrícia acusa o deputado de agressão e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional em que ele reside em Brasília.

Em São Paulo, o cenário é totalmente contra a jovem denunciante. No 3º Distrito Policial, ela deve ser indiciada em alguns dias por extorsão e falsa comunicação de crime, ao ser flagrada negociando até R$ 300 mil, em parcelas de R$ 50 mil, pelo seu silêncio e para mudar sua versão – e complicou o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, que pediu exoneração.

JURISDIÇÃO

Segundo Érika Kokay, Janot afirmou que devido ao fato de Feliciano ter foro privilegiado todos os processos relativos ao caso deverão ser encaminhados à PGR, quem, de fato, é responsável por investigar parlamentares.

A representação solicitando investigação à PGR foi feita pelas deputadas petistas Erika Kokay, Ana Perugini, Margarida Salomão e Luizianne Lins e endossada por outras parlamentares.

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Caso Feliciano: PSC defende investigação em todas as instâncias
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Leandro Mazzini

> Caso de São Paulo e de Brasília são diferentes. Em SP, na extorsão, Patrícia tornou-se claramente a vilã; em Brasília, continua o mistério e todos são suspeitos 

> Partido e Feliciano comemoram indiciamento de Patrícia, mas evitam pedir à PF que investigue a denúncia de Brasília

> Assessoria do PSC confirma, extraoficialmente, que defende investigação de todas as autoridades e instâncias

> Se PF entrar no caso, tem tecnologia para rastrear sinais de celulares, periciar mensagens dos smartphones, e descobrir quem mente

 

O PSC e o deputado federal Marco Feliciano (SP) comemoram o indiciamento da jornalista Patrícia Lélis na Polícia de São Paulo, por extorsão e falsa comunicação de crime contra Talma Bauer, chefe de gabinete do parlamentar.

Patrícia passou de vítima a vilã da história ao viajar para SP e começar claramente a negociar muito dinheiro por seu silêncio na denúncia contra Feliciano por agressão, assédio sexual e tentativa de estupro no apartamento funcional em Brasília.

O partido e o deputado, porém, ainda não se manifestaram publicamente se defendem a entrada da Polícia Federal no caso referente a Brasília – investigar a fundo quem está mentindo sobre a acusação: Feliciano ou Patrícia.

Questionada pela Coluna nesta sexta sobre o caso de Brasília, a assessoria do PSC admite pela primeira vez, ainda não oficialmente, que defende ‘as investigações por todas as autoridades responsáveis e em todas as instâncias’ – e isso inclui a Procuradoria Geral da República, o Supremo Tribunal Federal e a Polícia Federal.

A despeito do caso em SP, em que Patrícia se enrolou com a polícia e a Justiça, em Brasília há vários mistérios envolvendo as duas versões: em especial, por que Patrícia se contradiz tanto nos depoimentos , e por que Feliciano pagaria até R$ 300 mil por seu silêncio, se não há nada a temer.

O QUE A PF PODE INVESTIGAR

Se a PGR acionar o STF e a PF entrar no caso, os agentes federais e o delegado responsável têm competência e tecnologias suficientes para descobrir parte da história – e quem fala a verdade.

Será impossível provar o crime de estupro e agressão. Porque Patrícia não fez B.O. à ocasião, e porque não há imagens de dentro do apartamento. Ficará a palavra dela contra ele. Além disso, o principal álibi de Patrícia pode ter sido apagado – o vídeo do hall e do elevador do prédio de Feliciano, de competência da DEPOL da Câmara.

Porém a PF pode conseguir alguns dados numa investigação envolvendo a tecnologia. O Instituto Nacional de Criminalística – elogiado até pelo FBI – com equipamentos de última geração, pode periciar os telefones e os ‘prints’ das mensagens trocadas entre Patrícia e Feliciano (as atribuídas a ele), diante da quebra de sigilo telefônico.

E a PF também consegue, com autorização da Anatel e das operadoras envolvidas, rastrear os sinais dos celulares do deputado e de Patrícia no dia do suposto crime – e conferir se em algum momento eles se encontraram. Essa tecnologia, já usada na operação Lava Jato, traz com precisão a localização de seus usuários. Isso mostraria se o deputado e a jornalista se encontraram naquela manhã. Em entrevista ao SBT, Feliciano garantiu que ela nunca pisou no apartamento. Ela garante que foi lá quatro vezes, e até descreveu a decoração do imóvel.

 

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Indiciada, Lélis pede 5 dias à Polícia para apresentar ‘suas provas’
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Leandro Mazzini

O ‘House of Feliciano’ e o ‘Lélisgate’, que tomou as redes sociais após as publicações da Coluna, já está virando um ‘C.S.I. São Paulo’.

Confrontada hoje pelo delegado Luís Hellmeister (3º DP, Campos Elísios) e agora indiciada, a jornalista Patrícia Lélis pediu cinco dias com a advogada para ‘contar toda a verdade’ e, segundo a defesa, apresentar as provas de que fala a verdade.

No inquérito em SP, ela foi indiciada por falsa comunicação de crime e extorsão, ao tentar ganhar dinheiro por seu silêncio, segundo vídeos e prints periciados nas mãos da Polícia. Nos episódios está envolvido Talma Bauer, o ex-chefe de gabinete do deputado federal Marco Feliciano.

A advogada informa que levanta as provas neste caso em defesa da jovem – de que supostamente era coagida a gravar vídeos a favor de Feliciano.

Em Brasília, na denúncia que corre na PGR, ela mantém acusação ao deputado Feliciano de agressão, assédio e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional em Brasília.

Então fica a pergunta, nas mãos das diligências da PGR e, possivelmente, da Polícia Federal em breve: Patrícia entrou inventou casos e aumentou suas versões, apesar das evidências reveladas? E por que Feliciano pagaria até R$ 300 mil pelo silêncio da garota?

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Lélis vai depor no 3º DP, sob risco de prisão; agenda de Feliciano não bate
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Leandro Mazzini

Patrícia Lélis, que se complicou em São Paulo acusada de tentativa de extorsão e falsa comunicação de crime, vai depor no 3º DP agora de manhã, em Campos Elísios. Há risco de não sair de lá. O delegado Luís Hellmeister está disposto a pedir sua prisão temporária, se cair em contradição.

Em Brasília, ela acusa o deputado federal Marco Feliciano de agressão, assédio sexual e tentativa de estupro. Em SP, ela acusou o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, de cárcere privado e sequestro – o que não ficou comprovado.

Emerson Biazon e Marcelo Machado, que a levaram para SP, citados por ela em entrevistas, como no Superpop de ontem, também estarão presentes e vão denunciá-la. Uma garota chamada Kelly ‘Bolsonaro’, ex-amiga, barrada ontem na Rede TV!, vai depor contra ela.

CONTINUA O MISTÉRIO DA AGENDA

No site do Palácio do Planalto, o deputado Pr Marco Feliciano não aparece nas imagens da reunião com o presidente Michel Temer naquela manhã de 15 de junho, dia em que Patrícia acusa o suposto crime no apartamento fucional. O Planalto ainda não informou a ata de presença desta reunião.

Atualização quinta, 18, 10h35 – Embora o site do Planalto não registre a imagem de Feliciano em nenhuma das fotos divulgadas no portal da Presidência divulgadas no site, a assessoria do deputado enviou esta foto abaixo, em que comprova a presença dele no encontro. Atualizada sexta, 19/8, 10h40 – A assessoria do Planalto enviou uma foto em que aparece o deputado ( a mesma enviada pelo PSC ) e confirma sua presença na reunião. Ainda não se posicionou sobre o horário de chegada e de saída do parlamentar nesta reunião.

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Na foto enviada pela assessoria de Feliciano, ele aparece ao lado de uma parlamentar de blazer amarelo, à esquerda – imagem não disponível no site do Planalto

Feliciano divulgou vídeos em que deixa, às 10h, o Ministério do Trabalho após reunião com ministro naquele dia. Na Câmara, onde ele é titular de comissões que se reuniam naquela manhã, há registro de ‘ausência não justificada’.

Patrícia garante que se reuniu com ele entre 9h30 e 11h no apartamento funcional – o que indica a possibilidade de que Feliciano tenha saído do ministério direto para o imóvel.

 

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Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

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House of Feliciano & Lélisgate: agora é com a PGR, o STF e as polícias
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Leandro Mazzini

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Atualizada quarta, 17/8, 22h55 – Passados 15 dias de denúncia revelada aqui, na qual  a jornalista Patrícia Lélis denuncia o deputado federal Pr. Marco Feliciano (PSC-SP) por assédio, agressão e tentativa de estupro, a Coluna faz um balanço dos pontos contraditórios para os dois principais personagens dessa novela da vida real.

Diante das exacerbadas paixões ideológicas políticas e religiosas despejadas nas redes sociais, por defensores dos dois lados, vale ressaltar que a publicação não foi ‘coisa da esquerda’ ou do ‘capeta’. Foi simplesmente Jornalismo.

Ouvimos todos os envolvidos, publicamos todas as versões, vídeos, áudio, prints de mensagens. A Coluna revelou a denúncia e também foi a primeira a antecipar que Patrícia negociava dinheiro por seu silêncio ao viajar para São Paulo. ( Aqui, vale lembrar, a partir do momento que vai a SP passa de vítima a vilã do enredo; será indiciada por extorsão e falsa comunicação de crime, e a Coluna antecipou com prints e vídeos, oriundos da investigação policial, que negociava seu silêncio )

Agora, o caso está com a Polícia de SP, a Procuradoria Geral da República (PGR) – que deve encaminhar para o Supremo Tribunal Federal e este, acionar a Polícia Federal para as investigações, para saber quem está mentindo nesta história cheia de contradições: Feliciano, Patrícia, ou ambos.

O QUE PESA CONTRA FELICIANO

1 – Os ‘prints’ das mensagens salvas por Patrícia atribuídas ao celular dele. Ela diz que resgatou as mensagens no ICloud porque teclavam pelo chat secreto no Telegram – cujas mensagens se apagavam automaticamente em 10 segundos.

2 – O áudio gravado por Patrícia na conversa de 57 minutos com Talma Bauer, o chefe de Gabinete de Feliciano, no qual ela detalha a agressão e ele pede para ela esquecer o assunto, que vai resolver sua situação no partido.

3 – Feliciano exibe um vídeo e foto em que em tese comprovam sua visita ao ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, aliado e também evangélico. Porém o deputado não divulga sua agenda após as 10h da manhã do dia 15. Patrícia disse que se reuniu com ele no apartamento entre 9h30 e 11h daquele dia – não sabe citar os horários cravados. Na Câmara, a agenda das comissões em que deveria comparecer pela manhã registram ‘ausência não justificada’.

4 – A Câmara informou que não há mais os vídeos do hall do bloco H da Quadra 302 Norte, onde reside o deputado. Apenas dois meses depois do ocorrido. E não há backup de imagens. Algo curioso em se tratando de segurança de autoridades federais. A PGR já solicitou os vídeos, a despeito dessa posição da Polícia Legislativa.

5 – Há uma pressão do PSC, de seus membros, de Feliciano e de sua equipe em tentar desqualificar a denúncia da garota, questionando o seu perfil e o interesse financeiro. Mas em nenhum momento, nenhum deles pede investigação policial do caso em Brasília.

6 – Se Feliciano está seguro de sua inocência, por que pagaria alto – até R$ 300 mil, segundo consta nas investigações – pelo silêncio da mulher?

7 – Feliciano mentiu ao dizer que não sabia dos passos do chefe de gabinete – um vídeo divulgado pela Coluna mostra Bauer passando o celular para Patrícia num dia em que estava em SP. Era Feliciano ao telefone, confirma o próprio assessor, que o anunciou, e confirmam Patrícia e Emerson Biazon, que fez o vídeo escondido.

8 – O deputado divulga em suas redes sociais parte editada da entrevista que concedeu ao SBT no programa Conexão Repórter. E trata o assunto por encerrado, indicando que o programa seria seu atestado de inocência. Um desrespeito à emissora e ao repórter Roberto Cabrini, que mostrou na íntegra do programa contradições de ambos os personagens. Além disso, a equipe de Feliciano editou o programa de forma a preservar o deputado dos questionamentos.

9 – No esforço de desqualificar a garota, Feliciano usa até um áudio de comentário do jornalista da TV Globo Alexandre Garcia, em que este diz que o diretor da faculdade onde ela estuda a chama de picareta. O áudio viralizou na internet. Patrícia diz que não foi ouvida pelo repórter para se defender. E garante que o dono da faculdade é amigo próximo de Feliciano, o que teria relatado o próprio deputado para ela certo dia. O episódio indica um papo de compadres entre Feliciano, o dono da faculdade e Garcia.

Atualizada sexta, 19/8, 10h45

OS PONTOS CONTRA PATRÍCIA

1 – A garota cai em contradições ao relatar a denúncia, em momentos distintos – desde o encontro com o repórter até o segundo registro de B.O. Ela começa com ‘mordida na boca’. Depois evolui para ‘soco na boca’ e enfim no B.O. na Delegacia da Mulher em Brasília inclui que o deputado usou ‘uma faca’ ao trancá-la no quarto.

2 – Patrícia tem um histórico notório de mitomania, relatado por amigos e colegas que com ela conviveram. O portal Metrópoles, de Brasília, fez ampla reportagem sobre seu perfil . ( leitores aguardam também o perfil de Feliciano, ouvindo pelo menos 24 deputados aliados ou oposicionistas ).

3 – O suposto crime teria ocorrido dia 15 de junho. A denúncia só veio a público dia 2 de agosto, após ela relatar ao repórter quatro dias antes. A pergunta fica: se queria justiça, por que não fez B.O. no dia da agressão, e por que não fez corpo de delito?

4 – A viagem de Patrícia para SP evidencia que ela passou a negociar seu silêncio por muito dinheiro. Ela envolveu até um intermediário no Rio, para receber a bolada. A extorsão fica clara nos vídeos e ‘prints’ de conversas pelo whatsapp revelados pela Coluna e em perícia na Polícia Civil de SP.

5 – Patrícia errou os endereços citados do apartamento nos dois B.O. que fez, em SP e em Brasília. Algo considerado estranho pela polícia, e atacado pela defesa de Feliciano, embora a garota diz saber chegar à quadra 302 e ter descrito a decoração do apartamento.

 

 

O QUE A PF PODE INVESTIGAR

Se a PGR acionar o STF e a PF entrar no caso, os agentes federais e o delegado responsável têm competência e tecnologias suficientes para descobrir parte da história – e quem fala a verdade.

Será impossível provar o crime de estupro e agressão. Porque Patrícia não fez B.O. à ocasião, e porque não há imagens de dentro do apartamento. Ficará a palavra dela contra ele. Além disso, o principal álibi de Patrícia pode ter sido apagado – o vídeo do hall e do elevador do prédio de Feliciano, de competência da DEPOL da Câmara.

Porém a PF pode conseguir alguns dados numa investigação envolvendo a tecnologia. O Instituto Nacional de Criminalística – elogiado até pelo FBI – com equipamentos de última geração, pode periciar os telefones e os ‘prints’ das mensagens trocadas entre Patrícia e Feliciano (as atribuídas a ele), diante da quebra de sigilo telefônico.

E a PF também consegue, com autorização da Anatel e das operadoras envolvidas, rastrear os sinais dos celulares do deputado e de Patrícia no dia do suposto crime – e conferir se em algum momento eles se encontraram. Essa tecnologia, já usada na operação Lava Jato, traz com precisão a localização de seus usuários. Isso mostraria se o deputado e a jornalista se encontraram naquela manhã. Em entrevista ao SBT, Feliciano garantiu que ela nunca pisou no apartamento. Ela garante que foi lá quatro vezes, e até descreveu a decoração do imóvel.

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