Coluna Esplanada

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Petrobras pretende demitir metade da equipe de comunicação
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Leandro Mazzini

A cúpula da Petrobras decidiu começar uma limpa nos contratados terceirizados da empresa, na sede e nas subsidiárias.

O pontapé será com a Comunicação em todas as unidades. A direção da empresa pretende manter apenas metade da equipe.

A Petrobras e subsidiárias mantêm cerca de 1.170 terceirizados, em vários cargos, no setor de Relações Públicas, Comunicação Institucional, Jornalismo e Publicidade. É só o começo. Outros setores não escaparão.


Petrobras, Congresso e o misterioso roteiro de mudanças no pré-sal
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Leandro Mazzini

Delcídio - ele faz mistério, por ora. Foto: pt.org

Delcídio – ele faz mistério, por ora. Foto: pt.org

O roteiro está longe de ser um golpe de multinacionais de olho no petróleo do pré-sal, como pregam esquerdopatas – há corrupção comprovada -, mas o script recente indica a iminente perda de poder da Petrobras com o pote de ouro anunciado pelo Governo anos atrás.

Na última quinta-feira (30/4), o líder do Governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), soprou à Coluna que vem aí projeto de mudança sobre pré-sal.

Horas depois, o presidente mundial da Shell anuncia que tem ‘forte interesse’ na exploração da camada. Na segunda (4) e ontem a agência de notícias americana Bloomberg divulga para vários países que o Palácio do Planalto repensa a participação da Petrobras na fatia, devido aos altos custos de exploração.

Um resumo da eventual tragédia para a petroleira: Em suma, a Petrobras, desvalorizada nas Bolsas pela corrupção, mal vista no mercado, se desfazendo de ativos mundo afora e pegando dinheiro emprestado na China, não tem dinheiro suficiente para explorar o tesouro do pré-sal, e surge a notícia de que o Governo pode rever (e passar) a sociedade da empresa com petroleiras nos poços descobertos.

Se houver mudança na regulação, ou a Petrobras perder espaço na extração, o Governo corre o risco de ver reduzida a fatia de royalties e do esperado fundo bilionário para a educação, como propala a presidente Dilma.

Ontem, o senador Delcídio desconversou. Apenas antecipou que virá aí uma resolução na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que pode ‘beneficiar os municípios produtores’. Vale lembrar que a nova lei de distribuição de royalties envolvendo a exploração no pré-sal resultou numa ADI no STF, impetrada pelos Estados produtores (Rio e ES), contra os outros Estados (em especial do Nordeste), que vislumbram bom reforço de caixa com os futuros repasses.

Mas do jeito que o cenário avança, tudo pode ser muita disputa judicial para pouco resultado. A conferir.

Com Maurício Nogueira.


Prejuízo da Petrobras no Golfo do México intriga acionistas
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Leandro Mazzini

O navio-plataforma que opera nos dois campos no Golfo. Foto: Petrobras

O navio-plataforma que opera nos dois campos no Golfo. Foto: Petrobras

Um dado passou quase despercebido aos olhos de investidores e especialistas, no balanço da Petrobras divulgado semana passada, mas não incólume à lupa dos maiores acionistas. E causa estranheza a muitos deles.

A petroleira admitiu perdas de US$ 4,2 bilhões com a operação nos campos Cascade & Chinook no Golfo do México, cuja extração iniciou-se há apenas 10 meses. Para efeito comparativo, a perda total na área de Exploração e Produção no Brasil em todo o ano 2014 foi de US$ 5,6 bilhões.

A petroleira extrai óleo num poço de 8.200 metros. Destes, 2.500 são de profundidade a partir da lâmina d’água. Operação de pouco risco e de especialidade da Petrobras. Utiliza o Sistema de Completação Inteligente, que indica com precisão a quantidade de petróleo dos poços.

A Petrobras é operadora dos dois campos – tem 100% de participação no Cascade e 66,7% de Chinook, na qual a Total USA é sócia, com 33,3%.

Não por acaso a Total começou campanha forte na mídia brasileira, desde semana passada, mostrando ‘avanços’ da empresa no setor. Blindagem prévia.

PROCESSOS

O jurídico da petroleira tem muito trabalho desde o início do ano quando começaram a pipocar nas cortes dos Estados Unidos ações de indenização individuais ou coletivas, de pequenos e grandes acionistas.

A Coluna revelou que apenas o sheik dos Emirados Árabes, o príncipe de Abu Dhabi, perdeu cerca de US$ 1 bilhão com a desvalorização das ações, representado por um fundo árabe que comprou quase US$ 7 bilhões em ações da empresa na esteira do anúncio do pré-sal. Um escritório de Nova York o representa.


Ajuda da Petrobras salvou Santos de tragédia tóxica
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Leandro Mazzini

Foto: UOL

Foto: UOL

Chamada às pressas, a Petrobras orientou os bombeiros e salvou a população dos bairros da zona portuária de Santos (SP) de uma tragédia tóxica no incêndio que atingiu seis tanques que estocavam combustíveis no pátio da Ultracargo.

Relatórios sigilosos de engenheiros da petroleira citam que as chamas lamberam dois tanques que continham cloro e amônia, e foram resfriados com prioridade, com sucesso e para alívio geral.

Caso fossem atingidos pelo fogo, o cloro, apesar de não inflamável, intensificaria a combustão; e a amônia causaria sérios danos a pessoas que inalassem o produto vazado, com riscos de cegueira, crise respiratória e até queimaduras que poderiam levar à morte.

OPERAÇÃO 

Assim que informada pelo serviço de inteligência, durante o incêndio que durou a Semana Santa, a presidente Dilma ordenou à petroleira que usasse todos os recursos.

O Corpo de Bombeiros de Santos, com atuação tímida – a despeito do reforço de quartéis de São Paulo – não deu conta. Os técnicos da Petrobras foram essenciais nas orientações sobre os produtos químicos ao terem acesso à empresa. A petroleira utilizou dois navios para puxar água do mar, e seis caminhões-tanques para apoio aos bombeiros.

Questionada sobre o cloro e a amônia nos estoques, em nota da assessoria a Ultracargo se limitou a informar que ‘Nas baias atingidas havia apenas combustível – gasolina e etanol’. Informou ainda que seguiu os protocolos para o caso, evacuando a área e evitando tragédia maior com o plano de ajuda mútua.


Renan, sobre possível ida à CPI: ‘Claro que não!’
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Leandro Mazzini

Renan 'Claro que não' Calheiros: sua defesa será o ataque. Foto: ABr

Renan ‘Claro que não’ Calheiros: sua defesa será o ataque. Foto: ABr

Do senador e presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), alvo da lista do PGR Rodrigo Janot e de investigação no STF, indagado se será voluntário a depor na CPI da Petrobras: ‘Claro que não!’

Ao contrário do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, colega de partido e também alvo de investigação, Renan não pensa nem em passar perto da ala das comissões da outra Casa.

Sua estratégia continua a mesma: negar tudo, e acusar o procurador-geral de perseguição política, mesmo discurso de Cunha.


Magoada, Foster desabafa: ‘Estou lambendo as feridas’
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Leandro Mazzini

Foto: ABr arquivo

Foto: ABr arquivo

A ex-presidente da Petrobras Maria das Graças Foster revelou a uma amiga que está magoada e ‘lambendo as feridas’.

O desabafo surge concomitante ao momento tenso em que vive o Congresso, pela previsão de divulgação da lista dos denunciados no caso do Petrolão, falcatruas de gestões passadas que caíram no seu colo.

Discreta desde que saiu da estatal, ela vive com o marido no apartamento na Zona Sul do Rio, cuida de oito gatos e leva uma vida normal de carioca, saudosa de um conselheiro: ‘Brizola, meu líder eterno, sempre dizia isso (lamber as feridas), quando precisava de um tempo depois de ter sido muito magoado’.

Quando foi nomeada presidente, Graças Foster teve aval da presidente Dilma e fez mudanças em diretorias da petroleira. Demitiu em março de 2013 Paulo Roberto Costa – alvo da PF um ano depois.


Petrobras e o tamanho da crise
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

Um integrante da cúpula do PT fez as contas, com dados preliminares nas mãos.

É plausível a preocupação da presidente Dilma com a crise na Petrobras.

Uma eventual crise de caixa pode atingir diretamente 8 mil empresas fornecedoras e prestadoras de serviços. E centenas de milhares de empregos.

Tags : petrobras


Com DNA da Petrobras, Sete pode levar estaleiros ao naufrágio
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Leandro Mazzini

O edifício-sede da Sete Brasil, na Lagoa, no Rio, no antigo prédio da UniverCidade: alto padrão

O edifício-sede da Sete Brasil, na Lagoa, no Rio, no antigo prédio da UniverCidade: alto padrão

Com informações privilegiadas, a presidente Dilma se esforçou, sem sucesso, em se antecipar a crises que poderiam respingar no Palácio – e agora a goteira é grande no gabinete.

Em abril de 2012, mandou Graças Foster demitir Paulo Costa e Renato Duque da Petrobras. Um ano depois a PF deflagrou a Lava Jato.

No início de Janeiro, ela determinou ao presidente do BNDES, Luciano Coutinho, uma operação financeira para salvar a Sete Brasil, maior fornecedora da Petrobras, revelou a Coluna dia 9 de Janeiro. De novo, tarde.

O ex-diretor da Petrobras e da Sete Pedro Barusco entregou o esquema que culminou nesta quinta-feira (5) na Lava Jato 8. E o problema de US$ 200 milhões agora chegou ao PT inteiro. Pelas novas revelações, a Lava Jato 8 agora cerca também os maiores estaleiros do País. Segundo o delator, a maioria dos contratos da Sete Brasil saía com 1% para propina.

A Sete foi criada com dinheiro de fundos como Previ e Petros, e bancos como BTG e Santander. Com US$ 22 bilhões em contratos para construção de sondas, estranhamente já operava no vermelho há meses.

A operação do Planalto para salvar a Sete envolve empréstimo imediato de US$ 3,5 bilhões de vários bancos estatais e privados – pelo menos US$ 800 milhões para respirar.


Três nomes do governo são cotados para a Petrobras
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Leandro Mazzini

Foto: EBC

Foto: EBC

A presidente Dilma aguardava apenas o resultado da eleição para presidente da Câmara dos Deputados para trocar os comandos da Petrobras, Caixa e BNDES.

Os nomes sugeridos para o controle dos dois bancos passam pela aceitação ou não das bancadas governistas no Congresso.

Até ontem à noite, os mais cotados para substituir Graças Foster na Petrobras eram Luciano Coutinho, presidente do BNDES; Adelmir Bendine, o presidente do Banco do Brasil; e Miriam Belchior, a ex-ministra do Planejamento.

Dilma já tem uma equação na cabeça. Coutinho vai para a Petrobras, Bendine para seu lugar, no BNDES; e Miriam ocupa a presidência da Caixa. Mas tudo pode mudar. Ela também consulta os grandes empresários do mercado para saber sobre a aceitação – e em especial os maiores acionistas da Petrobras.

Há uma velada disputa no Planalto entre as indicações de nomes do mercado e do governo. Do mercado, os cotados são Murilo Ferreira (ex-Vale) e Henrique Meirelles, ex-presidente do BC.

GRAÇAS VIROU BODE

Graças Foster virou a Bode Expiatório desse escândalo.

Deu a cabeça a prêmio apesar de ter feito a limpa a mando da presidente Dilma quando souberam das fraudes um ano antes. Tão logo entrou na estatal, Foster demitiu, em abril de 2012, três diretores. Entre eles Paulo Costa, do Abastecimento, apadrinhado do PP e PMDB. E Renato Duque, de Engenharia, o nome do PT na petroleira. Um ano depois a PF revelou a lambança.

VALE PERGUNTAR

E os membros do Conselho Administrativo da Petrobras durante todos os contratos fraudulentos? Tinham assento à mesa Luciano Coutinho (BNDES), Guido Mantega (Fazenda), Jorge Gerdau, Josué Gomes (Coteminas, filho de José Alencar) entre outros.

Tags : petrobras