Coluna Esplanada

Arquivo : PF

Para a PF, Janot trata com Cardozo a Polícia do MP
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Leandro Mazzini

Enquanto o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, envia velados recados à CPI da Petrobras na Câmara de que é injustiça ser alvo de desconfiança e de eventual quebra de sigilo bancário, causa estranheza na Polícia Federal o seu esforço de ter o controle absoluto sobre as investigações da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.

Os delegados federais suspeitam de que o tema dos encontros do PGR com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, seja o modelo de atuação da PF. O receio é que esteja sendo negociada a diminuição do poder de investigação da Polícia.

Janot perdeu no Congresso a queda de braço dos procuradores com os delegados na PEC 37 que dava mais poderes de investigação ao MP, em detrimento do inquérito policial. À ocasião da guerra dos lobbies, Janot chegou a visitar o presidente do Congresso, Renan Calheiros, quando ainda estavam de bem.

O receio dos Federais é o de que se repitam as incoerências técnicas da lista formulada por Janot quanto aos eventuais arquivamentos e indiciamentos de políticos.

 


Após capital aberto, Caixa vai sair da jurisdição da PF
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Leandro Mazzini

Foto extraída de oalvoradense.com.br

Foto extraída de oalvoradense.com.br

A Caixa vai sofrer um efeito paralelo ao financeiro e na estrutura com a iminente abertura do capital, programada pela presidente Dilma para levantar dinheiro para o Governo.

A partir do momento em que passar a ser S.A. , o banco, mesmo sob comando do governo federal, deixará o rol de instituições públicas na alçada da Polícia Federal.

Em suma, na eventualidade de assaltos, não será mais a PF quem vai investigar e a jurisdição – e não jurisprudência, como divulgado antes – passa a ser da Polícia Civil de cada Estado. A diferença é que as polícias estaduais não têm o preparo e o instituto de criminalística de ponta que os federais possuem.

Ao concretizar a operação, a Caixa passará a ser instituição de capital misto a exemplo do Banco do Brasil. O BB já não é jurisprudência da PF há muitos anos.

HIGH TECH

É a PF quem investiga até hoje assaltos a agências da Caixa. Prendeu tantos bandidos que a corja evita o banco como alvo, e a instituição teve redução drástica de ocorrências.

Em 2013, a PF matou em confronto uma quadrilha no interior do Maranhão que aterrorizava cidades do Nordeste em assalto a bancos. Após meses de investigação, os federais chegaram à quadrilha pelo exame de DNA da saliva numa guimba de cigarro deixado por um dos bandidos numa agência assaltada. Dali descobriu quem eram e passou a monitorá-los.

A PF hoje opera com equipamentos de alta tecnologia internacional. A Criminalística tem um scaner que mapeia em 3D cenários de crimes em poucos segundos.


Com DNA da Petrobras, Sete pode levar estaleiros ao naufrágio
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Leandro Mazzini

O edifício-sede da Sete Brasil, na Lagoa, no Rio, no antigo prédio da UniverCidade: alto padrão

O edifício-sede da Sete Brasil, na Lagoa, no Rio, no antigo prédio da UniverCidade: alto padrão

Com informações privilegiadas, a presidente Dilma se esforçou, sem sucesso, em se antecipar a crises que poderiam respingar no Palácio – e agora a goteira é grande no gabinete.

Em abril de 2012, mandou Graças Foster demitir Paulo Costa e Renato Duque da Petrobras. Um ano depois a PF deflagrou a Lava Jato.

No início de Janeiro, ela determinou ao presidente do BNDES, Luciano Coutinho, uma operação financeira para salvar a Sete Brasil, maior fornecedora da Petrobras, revelou a Coluna dia 9 de Janeiro. De novo, tarde.

O ex-diretor da Petrobras e da Sete Pedro Barusco entregou o esquema que culminou nesta quinta-feira (5) na Lava Jato 8. E o problema de US$ 200 milhões agora chegou ao PT inteiro. Pelas novas revelações, a Lava Jato 8 agora cerca também os maiores estaleiros do País. Segundo o delator, a maioria dos contratos da Sete Brasil saía com 1% para propina.

A Sete foi criada com dinheiro de fundos como Previ e Petros, e bancos como BTG e Santander. Com US$ 22 bilhões em contratos para construção de sondas, estranhamente já operava no vermelho há meses.

A operação do Planalto para salvar a Sete envolve empréstimo imediato de US$ 3,5 bilhões de vários bancos estatais e privados – pelo menos US$ 800 milhões para respirar.


Novo Barão de Itaguaí desfilava de Ferrari e helicóptero
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Leandro Mazzini

ferrari

A Ferrari apreendida estava em nome de um frentista. Foto extraída do jornalatual.com.br

O português João Paulo Bezerra de Seixas viveu no Rio de Janeiro no início do século 19. Primeiro-ministro de Portugal, chegou ao Brasil com a família real, foi comandante da Marinha e teve vida confortável – tornou-se o primeiro Barão de Itaguaí, mas pelos últimos acontecimentos noticiados, quase 200 anos depois, não o único.

A pequena cidade do interior do Rio tem um novo Barão. Trata-se do prefeito Luciano Mota (PSDB), na mira da Polícia Federal. As investigações apontam que ele comanda um esquema de desvio de até R$ 30 milhões por mês de recursos públicos – ou 33% do orçamento mensal.

No país da piada pronta, a Justiça ainda tem dúvidas se determina ou não a prisão do prefeito de Itaguaí. Por muito, muito menos, a reforma de um jardim da sua mansão foi o estopim para derrubar o então presidente da República Fernando Collor de Mello no início da década de 90, quando o agora prefeito era um garotinho.

Até o flagrante, ninguém em Itaguaí desconfiara do frentista do posto de gasolina que tinha em seu nome uma Ferrari amarela (R$ 1,5 milhão). A situação começou a ficar estranha na cidade com o ronco das turbinas de um helicóptero (R$ 5 milhões), uma TV de 89 polegadas (R$ 99 mil) em casa – e a própria mansão do alcaide. Além de uma lista que não cabe aqui.

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NOVELA DA VIDA REAL

Este é flagrante da apreensão da TV de 89 polegadas na casa do prefeito de Itaguaí. Mas há uma cena curiosa nela. Seria pelo tamanho da TV? Seria pela cena curiosa dos dois policiais com as cabeças ‘enfiadas’ na tela? Não.

Esta TV tem uma imagem oculta. É a cena mais desoladora da situação, uma novela da vida real, um drama familiar. Reparem de novo, observem atentamente. Vejam a tela a fundo, forcem a vista.

Verão nela um adulto (pela silhueta seria o próprio prefeito), no canto esquerdo, e três crianças (duas sentadas e outra em pé, à direita), que assistiam TV pela manhã quando a PF chegou. E no centro, os pontos de luz da máquina do agente que registra o momento.


Enrolado com doleiro, deputado reeleito tem R$ 17 milhões em emendas
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Leandro Mazzini

Foto extraída do www.jornaldealagoas.com.br

Foto extraída do www.jornaldealagoas.com.br

Atualizada às 18h08 de segunda (22) – O deputado Luiz Argolo (PP-BA), apontado como íntimo do doleiro preso pela PF Alberto Youssef, não se intimidou durante toda a divulgação da operação Lava Jato há meses e foi generoso no pedido de emendas nos últimos quatro anos.

Foram mais de R$ 17 milhões em verbas empenhadas. Todas para o interior da Bahia, seu reduto eleitoral. Curiosamente a maioria delas , R$ 8,4 milhões, para “Implantação de Melhorias Sanitárias Domiciliares para Prevenção e Controle de Doenças e Agravos” – ou seja, em suma, construção de banheiros e instalação de privadas.

Chamam a atenção as verbas destinadas para os projetos de Desenvolvimento Sustentável, sem especificações, apenas para o pequeno município de Aramari – com R$ 3,8 milhões de verbas.

Argolo, que por ora escapou da PF, é o que foi flagrado com um ‘Te amo, cara!’, num torpedo animado para o doleiro detido. Seu caso está no Conselho de Ética da Câmara, num processo que pede sua cassação.

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Mãe do juiz Moro anda sob escolta policial
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Leandro Mazzini

O juiz federal Sérgio Moro, que coordena o processo da operação Lava Jato da Polícia Federal, começa a sentir na família o peso da responsabilidade de mexer com os maiores bandidos de colarinho branco da História do País.

Segundo pessoas próximas à família, a mãe do juiz, que mora numa grande cidade do interior do Paraná, anda deprimida, reclusa em casa e só circula na rua sob escolta policial. Há notícias não confirmadas de que o magistrado já sofreu ameaças de morte. Procurada, a assessoria da Polícia Federal não se manifestou.

VEM MAIS

A sétima fase da Lava Jato, batizada de Juízo Final, levou à cadeia executivos, donos de empreiteiras e, pelas delações premiadas, a virada do ano promete grandes surpresas.

Já tem político citado por Paulo Roberto Costa monitorado. Se algum deles tentar sair do Brasil, vai ser convidado a ficar. Nem jatinho escapará de revista.

Vale ressaltar que a lista de 28 nomes de políticos citados na imprensa como propinados é apenas da cota do ex-diretor da Petrobras Paulo Costa. Faltam as listas do doleiro Alberto Youssef e de executivos e lobistas que também concordaram com a delação.


Lava Jato aniquila as concorrentes da Odebrecht
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Leandro Mazzini

O que as grandes empreiteiras OAS, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, UTC e Mendes Junior têm em comum? São megaconstrutoras que têm o governo federal como principal cliente e a Odebrecht como a grande concorrente.

Apesar dos contratos bilionários com a Petrobras nas mesmas problemáticas diretorias alvos da PF, a construtora baiana ficou imune.

A PF pediu prisão de dois diretores da Odebrecht, mas o juiz Sérgio Moro negou. Isso pode indicar também que não se descarta uma nova e direcionada grande operação.

Os anais dos bastidores da Lava Jato futuramente mostrarão que a Operação da PF aniquilou as adversárias da construtora da Bahia, aliadíssima do governo PT.

 

O próximo capítulo é a inclusão das empreiteiras enroladas na lista suja da Controladoria-Geral da União: elas ficarão proibidas de fechar contratos com o governo federal, deixando o caminho livre para a Odebrecht.

A Odebrecht é aliada e grande financiadora de campanhas do PT desde a gestão Lula, e líder em doação milionária de campanhas para a base aliada.


Delação do doleiro Youssef pode complicar a irmã
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Leandro Mazzini

A delação premiada do doleiro Alberto Youssef atingirá a própria família, em especial a irmã Olga Youssef Soloviov – a ‘Flora’ –, já conhecida da Justiça e das polícias por causa da fraude no Banestado e até por contrabando de cigarros.

Olga é o braço do irmão e operava a empresa Intourist num escritório em São Paulo, onde também havia agência de turismo. Para a polícia, é a fachada para os grandes negócios do doleiro. ‘Flora’ virou ré em processo que chegou ao STJ, por operar a conta off-shore June (CC5) em Nova York, na qual teria lavado dinheiro no caso do Banestado.

É em Nova York, suspeita a PF após seguir o roteiro do dinheiro, que Youssef teria escondido o seu tesouro: milhões e milhões de dólares. Pode vir daí a Lava Jato 8.

O trabalho dos peritos é descobrir se há novo dinheiro no exterior administrado por Youssef, e se seria dos comparsas políticos e diretores da Petrobras.

MEMÓRIA

Em 2003, o MP do Paraná denunciou os irmãos por formação de quadrilha e peculato por desvio de R$ 32 milhões na Prefeitura de Maringá.

Em 2004, a Justiça Federal condenou ‘Flora’ a quatro anos de prisão (convertidos em prestação de serviços) por contrabando de cigarros no Sul.


PF vai deflagrar mais de 100 grandes operações em 2015
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Leandro Mazzini

A Polícia Federal vai deflagrar mais de 100 grandes operações no próximo ano, principalmente contra a corrupção ( em várias esferas de Poder e Estados ), e no combate ao narcotráfico internacional.

Desde a revelação do diretor-geral da PF, delegado Leandro Daiello, de que havia 200 investigações especiais em andamento, elas começaram a surgir a granel, sendo duas deflagradas por semana, sempre no mesmo dia.

Daiello concedeu entrevista exclusiva à Coluna publicada no dia 31 de outubro, e destacou o fortalecimento da corporação com investimentos em pessoal e em tecnologia no combate ao crime e na perícia criminal.

Desde a entrevista, a PF iniciou uma ofensiva de operações: foram nove até ontem, seis delas de combate à corrupção, e outras contra tráfico de drogas, pedofilia e jogo do bicho.

Contra a corrupção: Ferro e Fogo (Ibama no Maranhão e Secretaria de Meio Ambiente local), Terra Prometida (Incra no Mato Grosso), Alcatéia (servidores da Receita Federal), Plateia (licitações fraudulentas em Rondônia), Ave de Rapina (Prefeitura e Câmara de Vereadores de Florianópolis), e Lava Jato 7.

As operações que cercaram crimes diversos foram Denários (Tráfico de drogas), Adoletá (Pedofilia na internet), Trevo (Jogo do bicho e títulos de capitalização ilegais).


Polícia vai atrás dos corruptores de servidores da Receita
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Leandro Mazzini

Após fazer a limpa na Receita Federal, ao prender auditores e fiscais corruptos que apagavam multas milionárias, a Polícia Federal vai atrás dos corruptores – que pagavam propinas vultosas para os serviços e para escapar do Fisco.

Há notícias nos corredores da Justiça Federal de que há lista das empresas nas mãos dos delegados.

Haja cela este ano.

Tags : PF Receita