Coluna Esplanada

Arquivo : dezembro 2012

AGU já prepara o sucessor
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Leandro Mazzini

Embora balance, com cobranças internas e no Planalto, Luís Adams sai se quiser, mas já prepara um sucessor na Advocacia Geral da União. É Paulo Kuhn, recém-nomeado Procurador-Geral da União. Ele é apadrinhado por Adams e tem a simpatia da ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, próxima de sua esposa. Kuhn tem trânsito na Esplanada. Na AGU desde 2003, passou pela consultoria jurídica do Ministério dos Transportes e cuidou da inventariança da Rede Ferroviária Federal.

 


PT tentou estancar mensalão
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Leandro Mazzini

Ao descobrir o rombo já em 2004, o PT tentou estancar o mensalão, mas era tarde. Um dos caixas era o Banco Popular (BP), braço do BB criado para as classes C e D e depois fechado. No primeiro ano, o banco já tinha gasto R$ 25 milhões em “publicidade” – contra apenas R$ 20 milhões em empréstimos concedidos.

MAIS TRÊS. Após o depoimento de Valério, revelado pel’O Estado de S.Paulo, o MP investiga a eventual participação de um trio. Os funcionários do BP eram cedidos pelo BB.

DO SEU, DO NOSSO. O BP foi aberto em 2003, no primeiro ano do governo Lula, e fechado em 2004, com R$ 144 milhões em prejuízo, absorvidos pelo BB.

GENEROSO. Um dos investigados pelo MP após delação de Valério, J.C.A. doou R$ 10 mil para a campanha de deputado federal do Ricardo Berzoini em 2006.

ELE AVISOU…Em 2004, quando o BP foi liquidado, o 2º vice-presidente de Varejo do BB, Milton dos Santos, soltou numa entrevista: “É o custo do aprendizado”.., sobre as perdas do banco.

Leia a íntegra da coluna nos jornais (ao lado)


Receita cerca o MST
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Leandro Mazzini

Um relatório sigiloso da Agência Brasileira de Inteligência para o governo revela o enfraquecimento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A fonte secou. São pelo menos 150 ONGs, de vários setores, que recebiam verba federal e despejavam dinheiro na entidade. Somente João Paulo Stédile tinha 23 ONGs ligadas diretamente a ele. Do total, pouco mais de 100 caíram na malha fina, e as outras foram reprovadas por ministérios e pelo TCU por não prestação de contas.

MARCHA (A RÉ). Sem dinheiro em caixa, o MST diminuiu o ritmo de ocupações e não promove mais a Marcha a Brasília para ocupar o gramado da Esplanada. Procurada, a assessoria não se manifestou.

 


MEC quer criar controlador de faculdades e abre guerra com setor
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Leandro Mazzini

 O Ministério da Educação quer barrar o crescimento desenfreado de faculdades – muitas sem qualidade – que surgiram com aval da própria pasta. Enviou para a Câmara um projeto de lei que cria o INSAES – Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior. Será uma autarquia, mas a chiadeira do setor começou por suspeita do alto poder de intervenção.

RELATÓRIO DISCIPLINAR. Foi quente o debate na Comissão de Educação com presença de 300 diretores de faculdades. Dizem que o setor não é contra a criação, mas contra intervenção. O deputado Izalci (PSDB-DF), foto alerta que autarquia não tem poder de punição, e pede cautela: “Abrimos o debate para ouvir todos os lados”.

EPA, EPA. O PT comprou a ideia do ministro Mercadante e convocou para relator do projeto Waldenor Pereira (PT-BA). O INSAES será uma autarquia ligada ao MEC, e sua criação implicará mais 550 cargos de confiança – além do presidente, um conselho de seis diretores.


O plano de Eduardo Campos
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Leandro Mazzini

Em meio a especulações sobre o futuro político do governador de Pernambuco, líderes e expoentes do PSB consultados pela coluna revelam a estratégia de Eduardo Campos: se ao final do ano que vem a economia estiver balançando, ele se lança candidato a presidente em 2014. Do contrário, se alia a Dilma Rousseff – com PSB na coalizão ou propondo ser o vice dela. Fato é que na atual conjuntura político-econômica, Campos se anunciaria ao Planalto. Socialistas criticam o fraco PIB, a indústria travada apesar dos pacotes de isenções e o baixo investimento da União.

DESEMBARQUE… Independentemente do seu futuro, Campos vai se descolar do PT. ‘Ele vai desembarcar gradativamente’, avalia um deputado.

… E CHECK-OUT. O plano começou com o chega-pra-lá nos petistas na campanha municipal deste ano. O desembarque final será a entrega do Ministério da Integração.

AZUCRINA GERAL. Sinais do desprendimento: Campos deu aval para Júlio Delgado (PSB-MG) à Presidência da Câmara, e incitou o governador Cid Gomes (CE) a liderar colegas na briga dos Royalties.


Biblioteca do Senado fechada para exposição sobre Sarney
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Leandro Mazzini

Autor do elogiado Saraminda, um dos seus principais romances, o presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), ocupa a interinidade da Presidência da República até domingo, mas deixou esta semana um legado discreto no Senado: a Biblioteca da Casa, com acervo de milhares de livros e palco de pesquisa de estudiosos e do público, está fechada desde segunda, até Domingo, 18.

O motivo: a Casa Alta prepara a exposição Modernidade no Senado Federal – Presidências de José Sarney, como adiantou a coluna na terça. Um e-mail da diretoria da Biblioteca foi enviada a todos os senadores: será fechada ao público; senadores e servidores poderão usar em “regime de plantão”.

A imagem flagrada pela equipe da coluna nesta tarde de quinta (13) mostra a entrada da Biblioteca – feita um labirinto de placas da exposição que será aberta. Nenhum servidor, funcionário ou senador foi encontrado no local.


Alckmin convida Serra para a Saúde
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Leandro Mazzini

 

José Serra analisa o convite, mas está propenso a assumir a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, de acordo com aliados próximos. O convite foi feito numa reunião há poucos dias pelo governador Geraldo Alckmin. A estratégia é tirar Serra do ócio político, fortalecer seu nome para disputar o Senado em 2014 e abrir caminho para a campanha presidencial de Aécio Neves, que está afinado com o governador. Como antecipamos, Serra e Aécio trataram de se encontrar neste fim de semana.

DESAFIO. Realocar o secretário Giovanni Cerri é tranquilo. Problema será colocar Serra e José Anibal, secretário de Energia, na mesma reunião de secretariado. Eles não se falam.

MOTE. Se assumir, Serra surgirá na Saúde como o ministro dos Genéricos. Sua gestão será o contraponto à futura administração municipal de Haddad (PT) na prefeitura.

 


Em convite-relâmpago, Senado homenageia ministros do Supremo
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Leandro Mazzini

Os senadores da República foram surpreendidos ontem durante o dia com um convite inusual. Ao contrário da praxe na Casa Alta, quando o Cerimonial ou a Diretoria-Geral enviam um convite impresso e com dias de antecedência – para os parlamentares incluírem em suas agendas sem percalços – foi enviado um convite virtual por e-mail.

Nele (veja imagem), o presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), e o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), convidam para a Cerimônia da Ordem do Congresso Nacional hoje, ao meio-dia.

Serão homenageados os ministros do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, Carmen Lúcia, e os ex-ministros Ayres de Britto e Cezar Peluso.

 


PSD nos Portos, Kátia ministra
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Leandro Mazzini

Uma fonte palaciana e um figurão do PSD confirmam: a presidente Dilma cederá a Secretaria de Portos para o partido neoaliado, comandado por Gilberto Kassab. Como adiantou a coluna, o nome para a vaga é a senadora Kátia Abreu (TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Ela está licenciada do cargo e mergulhou em dados sobre o setor e a infraestrutura atual. ‘Ela é uma grande estudiosa do assunto’, diz um membro da executiva do PSD sobre o convite.

NO TAMANQUINHO. Não por acaso Kátia concedeu coletiva ontem com balanção da CNA e falou muito de portos. Oficialmente, desconversa: “Sou contrária à repartição partidária de cargos”.

TURMA DO CONTAINER. Mexer no porto de Santos é tirar apadrinhados do PSB de Campos, que provoca o PT sobre 2014, mas principalmente de Ciro e Cid Gomes, que já não são tão aliados.

VAIVÉM. Antes de Portos, foi oferecida a Secretaria de Microempresas ao PSD. A bancada aceitava se pegasse no pacote a Aviação Civil e suas concessões. Aí nada decolou.


Abuso das aéreas: Rio-Fortaleza a R$ 4,4 mil – via Buenos Aires
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Leandro Mazzini

Desdenhando de uma CPI em 2013, o duopólio TAM-GOL causa estrago no bolso de quem deseja passar o Réveillon no Rio ou Natal, alguns dos destinos mais procurados. Quem comprar as últimas passagens vai pagar até R$ 5 mil por apenas um trecho, revela pesquisa da coluna, para voos em 29 de Dezembro (sábado). O surreal é o da Gol, em parceria com Emirates: Rio-Fortaleza a R$ 4.380: sai do Galeão para Ezeiza, em Buenos Aires, volta para Guarulhos e enfim decola para o Nordeste. São 26 horas de voo.

MELHOR NADAR. Os manauaras sofrerão. Manaus-Rio pela TAM sairá a R$ 4.988 e taxas, com duração de 15 horas (1 parada) – um voo direto dura 4h. A Gol cobrará R$ 3.367, com 9h de voo.

VOLTA AO MUNDO. Manaus-Natal pela Azul, com três paradas (Belém, Recife e Fortaleza) ficará a R$ 4.033 em 9h de voo. Rio-Fernando de Noronha com duas paradas e 10h custará R$ 3.220.

CPI NO HANGAR. O deputado Osmar Junior (PcdoB-PI) trabalha para que o próximo presidente da Câmara abra a CPI das Aéreas. Dia desses, Teresina-Brasília saiu a R$ 3.100 pela TAM.