Coluna Esplanada

Arquivo : outubro 2016

PT pode levar segunda maior cidade de Goiás, Estado comandado pelo PSDB
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Leandro Mazzini

Ao contrário dos prognósticos em vários estados de derrocada do PT nas urnas nas disputas para prefeituras, um caso diferenciado em Goiás. Em Anápolis, segunda maior cidade do Estado comandado pelo PSDB, o PT e PTB vão disputar o segundo turno.

O candidato do PT, João Gomes (53.988 votos) liderou neste primeiro turno, contra Roberto do Orion (PTB), que obteve 38.913 votos.

Anápolis tem cerca de 400 mil habitantes e 260.567 eleitores registrados no TRE – houve 49.786 abstenções.

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No interior de SP, novo prefeito vence com 3 votos de diferença
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Leandro Mazzini

Um caso curioso em São José do Rio Pardo, no interior paulista. O candidato Dr. Ernani (PSB) venceu a eleição com apenas três votos de diferença, na cidade com 41.562 eleitores registrados.

Dr Ernani obteve 11.146 votos (43.35%) , contra Marcio Zanetti (PTB), que chegou a 11.143 (43.34%).

Um dado importante foi a alta abstenção. Foram 10.053 (24.19%), além de 1.883 votos em branco, e 3.914 votos nulos.

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Em Itumbiara, substituto de candidato assassinado vence a eleição
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Leandro Mazzini

O candidato Zé Antônio (PTB) venceu a eleição no município de Itumbiara (GO), onde há uma semana foi assassinado o candidato líder nas pesquisas, Zé Gomes – no atentado,  o vice-governador José Eliton foi atingido, e sobreviveu.

Zé Antônio foi eleito com 36.143 votos (67.27%). O segundo colocado, Alvaro Guimarães (PR), obteve 14.050 votos (26.15% dos válidos).

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, a candidatura de Zé Antônio está pendente de julgamento e aprovação do TRE

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Efeito de protestos e Lava Jato, urnas revelam líderes para 2018 e 2022
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Leandro Mazzini

> Protestos de 2013 associados às prisões e revelações da Operação Lava Jato impulsionam o voto de protesto e o voto ‘no novo’

> Crivella, Dória, Freixo e ACM Neto surgem como novos líderes estaduais e potenciais nacionais, independentemente do resultado das eleições

> Partidos terão de repensar estruturas e candidaturas de caciques para 2018 e 2022 se as urnas concretizarem as intenções de votos em várias capitais

Os resultados das urnas deste domingo (2) vão revelar novos líderes políticos para os próximos anos, já indicaram as pesquisas de intenção de votos em algumas capitais. Em especial, eles vêm do Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte e São Paulo, e, independentemente do resultado no segundo turno, eles vão mexer com as consolidadas estruturas de seus partidos e colocam em risco os projetos dos conhecidos caciques. Em suma, o cenário político para 2018 e 2022 pode ser muito diferente do programado pelos grandes partidos para estes Estados e também para os projetos presidenciais.

Em Salvador, é pule de dez o prefeito ACM Neto ser reeleito em primeiro turno. Maior representante nacional do DEM hoje – ao lado do senador Ronaldo Caiado (GO) – Neto deu sobrevida a uma legenda de direita que naufragava há poucos anos diante do poder da centro-esquerda.

Neto passou a ter voz nacional. Em viagens constantes a Brasília, articula permanentemente com PSDB, PPS e outros partidos parceiros, e mantém viva a esperança dos carlistas de ter novamente um representante do clã no Palácio Ondina. ACM Neto é potencial candidato governador em 2018. E também pode surgir como um nome do DEM para o Planalto nas eleições vindouras.

Rio e São Paulo, as maiores vitrines políticas do país – por serem os maiores colégios eleitorais, concentrarem os meios de comunicação e também grandes problemas sócio-econômicos – também lançarão seus novos nomes.

A ascensão de Marcelo Crivella (PRB) no Rio, resultado principalmente de um recall de seguidas eleições de 2000, faz do senador um potencial nome nacional da centro-esquerda, diante da debandada do PT, e do enfraquecimento de Luiz Inácio. Favorito para prefeito, no primeiro e no segundo turnos, de acordo com sondagens, Crivella, se eleito e se conseguir boa gestão, será naturalmente candidato a governador em alguns anos e também surgirá para o Planalto.

Vale lembrar o fenômeno Anthony Garotinho, em 2002, que teve 15 milhões de votos para presidente após um governo populista no Estado fluminense. Garotinho hoje é aliado de Crivella – este se dissociou da Igreja Universal, da qual é bispo, e há anos faz um trabalho de imagem para mostrar ao eleitor do Rio que pode ‘governar para todos’.

A grande surpresa veio de São Paulo. O empresário milionário João Dória Jr (PSDB), filho de ex-deputado, nunca tentou um mandato. Agora o faz com um mega desafio, e tem vencido etapas com surpreendente desenvoltura. O comunicador e promoter de eventos empresariais ( criador do LIDE, que reúne há mais de 10 anos os maiores empresários e CEOs do país), Dória fez do sucesso de seu network uma alavanca para se aproximar de grandes nomes políticos, numa frente suprapartidária.

Com aval do governador Geraldo Alckmin, seu maior padrinho, peitou a executiva municipal do PSDB e conseguiu se lançar. Bom de TV embora ainda não tenha mostrado a que veio, conseguiu estupendos números com um discurso direto e conciliador, com ataques aos rivais e uma campanha criativa nas redes sociais. Embora o marketing ainda seja o seu único ponto forte. Se vencer a eleição, terá o desafio de mostrar que é tão bom gestor público como é com suas empresas – e pode se cacifar também para o Palácio Bandeirantes. Caso contrário, naufraga como a gestão petista.

Dória e Crivella são as maiores revelações desta eleição. São os dois principais nomes para uma eleição presidencial a partir de 2022 se vencerem suas disputas este ano.

Uma curiosidade em Belo Horizonte. O candidato favorito, João Leite (PSDB), e o segundo colocado nas pesquisas, Alexandre Kalil (PHS), são egressos do time Atlético Mineiro, o Galo. Leite foi goleiro do clube nas décadas de 80 e 90; Kalil sempre foi da cúpula do clube, e hoje é presidente.

A eventual vitória de Leite, que tem ampla vantagem na boca de urna, pode representar a volta de Aécio Neves como cacique pelo menos na capital. O presidenciável perdeu o governo do Estado para Fernando Pimentel, em 2014, quando seu candidato Pimenta da Veiga sucumbiu ao poder do PT e às críticas aos 12 anos de gestão tucana.

SEGUNDO TURNO

O esperado segundo turno para São Paulo e Rio de Janeiro, as maiores cidades do país, mexe com todos os partidos e lideranças em Brasília. São os eleitores, acontecimentos sócio-políticos e arranjos eleitorais dessas capitais e suas gestões que norteiam decisões nacionais de campanhas futuras.

A disputa está embolada para o segundo colocado nas duas capitais.

Em São Paulo, se Dória tiver a ex-prefeita Marta Suplicy como adversária, ambos têm chances de vitória. A distribuição de coalizão para a segunda etapa será quase equânime, tamanho o poder de Alckmin e Michel Temer, os padrinhos de ambos, respectivamente.

As chances de Dória aumentam em caso de disputa com qualquer nome que não seja Marta, diante da alta rejeição dos adversários como Fernando Hadadd (PT) e Celso Russomanno (PRB). Há uma tendência, nestes dois casos, de Dória ganhar a aliança da maioria dos partidos hoje rivais.

O cenário é similar para Crivella no Rio. Ele é potencial prefeito caso passe ao segundo turno com qualquer um dos candidatos de esquerda. As pesquisas indicam um segundo turno entre Crivella e Freixo (PSOL). Neste caso, o candidato do PRB ganha o apoio até do PMDB de Eduardo Paes.

A essa altura, contam os bastidores , Jandira Feghali (PCdoB-PT) já fechou com Freixo para o segundo turno. Crivella passa a ver seu projeto em risco caso o seu adversário seja Pedro Paulo (PMDB), o escolhido pelo prefeito Paes. Há, neste cenário, a tendência de que a maioria dos partidos de centro fechem com Pedro Paulo.

Estão embolados no segundo lugar, além de Freixo, a Jandira, o Indio da Costa (PSD), Pedro Paulo e Flávio Bolsonaro (PSC). A rejeição aos Bolsonaro e ao candidato de Paes, e a autofagia de Jandira e Freixo nas últimas semanas como os candidatos da declarada esquerda podem beneficiar diretamente Indio. O deputado federal, que se lançou com o discurso de relator da Lei Ficha Limpa, pode se beneficiar dos 20% de indecisos que vão decidir na urna. Outro beneficiado pode ser Pedro Paulo.

Nesta leitura, os potenciais candidatos a segundo turno com Crivella são Indio e Pedro Paulo.

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Inquieto na cadeia em Brasília, doleiro Funaro manda recados
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Leandro Mazzini

Cassado e abandonado por ex-aliados, em especial pelo presidente Michel Temer, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) anda preocupado como nunca antes, dizem interlocutores. Soube que o doleiro Lúcio Funaro estaria disposto a fechar o acordo de delação premiada.

Preso no complexo da Papuda, em Brasília, Funaro está cada dia mais instável atrás das grades, conta quem o visita.

Outro que anda ressabiado com possível delação do doleiro-lobista é Geddel Lima, um dos ministros mais próximos do presidente Michel Temer.

Funaro tem dito aos advogados que vai apresentar provas consistentes da atuação de poderosos aliados e ex-aliados de Temer ligados ao fundo de investimento do FGTS

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Colaborou Walmor Parente


Ministros contrariam Temer e pedem votos
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Leandro Mazzini

A despeito das ordens do presidente da República, Michel Temer, para evitarem campanhas em seus redutos a fim de preservar a base no Congresso, alguns dos principais subordinados atuaram discreta ou escancaradamente no pedido de votos para candidatos a prefeitos ou vereadores.

Geddel Lima (Governo) e Eliseu Padilha (Casa Civil) ajudaram in loco ou à distância os aliados na Bahia e Rio Grande do Sul, respectivamente.

Ronaldo Nogueira (Trabalho) gravou vídeos distribuídos pelo whatsapp para candidatos a vereador. Alexandre de Moraes (Justiça) fazia ‘corpo-a-corpo’ com candidato tucano em Ribeirão Preto quando soltou a frase infeliz sobre a Lava Jato.

O presidente Michel Temer perdeu o controle de seus subordinados. Há quem diga no Planalto que foi o chefe quem liberou a turma de última hora.

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E-webtv: Correios investe em e-commerce e comemora logística dos Jogos
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Leandro Mazzini

webtv

Os Correios comemoram os bons números da experiência inédita de logística dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, na entrega desde equipamentos para as instalações nos parques até móveis para os apartamentos dos atletas.

Nesta entrevista à Esplanada Webtv, o vice-presidente de Logística da estatal também fala da entrada dos Correios no e-commerce, na logística de consultoria, armazenamento e entrega de produtos de parceiros. A entrega das urnas para as eleições municipais para nove Tribunais Regionais Eleitorais é o tema do encerramento.

Assista a entrevista em duas partes, aqui e neste link.

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Esplanadeira: as curtas do dia dos bastidores de Brasília
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Leandro Mazzini

As curtinhas do dia da Coluna :

CONSULTÓRIO (MINISTERIAL)

Sob discrição, o médico gastroenterologista Raul Cutait voltou a ser consultado por emissários do Governo para assumir o Ministério da Saúde.

VAI DANÇAR

A inteligência do Governo caça quem incluiu “renúncia” de Temer na agenda do ministro da Saúde, Ricardo Barros, no site do ministério, em dia de reunião com a base.

FRENTE A FRENTE

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que agora precisa convencer meio Brasil da sua isenção junto à PF, estuda ir pessoalmente à Comissão de Ética da Presidência para se explicar, sobre a eventual antecipação de fase da operação Lava Jato.

SOU BRASILEIRO

Secretário de Alto Rendimento do Ministério, o nadador Luiz Lima fixou na parede do gabinete (que tem ‘pé direito’ dobrado) uma bandeira do Brasil de 20 m².

PRUDÊNCIA

Um ministro abre à Coluna frase que circula nos bastidores da Esplanada após declarações infelizes que levaram o presidente Michel Temer a dar murros na mesa. “Em boca fechada não entra mosca nem se ‘ouve sapo’ de Temer”, afirma.

CALERO NA APO

O ministro da Cultura, Marcelo Calero, conseguiu um fôlego com o recuo de protestos contra o Governo e sua pasta, e passa os olhos nos custos dos Jogos Olímpicos. Como futura Autoridade Pública Olímpica, cargo que acumulará, terá de prestar contas de R$ 7,09 bilhões da matriz de responsabilidades (instalações exclusivas para os Jogos).

Expoentes do Comitê Rio 2016 repetem em rodinhas do Poder que o órgão só divulgará a parte privada em fevereiro. O esboço inicial do custo era de é de R$ 39,09 bilhões.

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Empresários de bingos e cassinos buscam investidores nos EUA
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Leandro Mazzini

Na ‘reta final’ para os projetos de lei no Congresso pela legalização dos jogos, as apostas aumentaram, dos prós e contra.

Empresários ex-proprietários de bingos, estudiosos do setor e consultores que defendem a legalização dos jogos visitam Las Vegas há cinco dias numa excursão para trocas experiências com americanos.

No contra-ataque, em Brasília a Procuradoria-Geral da República receberá o seminário ‘Legalizar a Jogatina é solução para o Brasil?’, promovido por instituições contrárias à legalização. Vão debater sobre os efeitos na segurança e saúde públicas – em especial os casos dos ludopatas, os viciados em jogos.

A legislação esboçada para a legalização no Brasil é similar à dos Estados Unidos, com ampla fiscalização dos órgãos federais.

A certeza da legalização é tanta que já existem negociações entre donos de cassinos dos EUA, Espanha e China com grandes redes hoteleiras que operam no Brasil.

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Pagou, levou: Senado tem nove suplentes sem voto como titulares
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Leandro Mazzini

Uma tentativa de reforma política, que nunca avança, é o fim do suplente de senador, sem voto Dá nisso: o empresário financia a campanha do nome que vai à urna, e uma vez eleito, o aliado cede alguns meses ou até anos na vaga.

Atualmente, são nove ‘senadores’ suplentes no cargo. Gente que você nunca viu, em quem nem votou, mas que desfila como rei ou rainha, com todos os benefícios e honras.

São os sem-votos representantes de senadores que solicitam licença saúde, ou por motivos particulares, ou porque são convidados para serem secretários de Estado e ministros. Tudo combinado.

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