Coluna Esplanada

Arquivo : delação premiada

Ex-mulher de político negocia delação com FBI para entregar offshore
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Leandro Mazzini

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A ex-mulher de um poderoso político em Brasília negocia delação premiada com o FBI dos Estados Unidos e a entrada no programa de proteção a testemunhas pelos próximos cinco anos.

A Coluna alertara para o divórcio do ano na semana passada. E há poucos dias a ex-mulher tomou a decisão.

O caso envolve a descoberta de contas offshore abastecidas supostamente com dinheiro de empreiteiras brasileiras, num fundo que pode ser um pool de caciques partidários brasileiros. É a aposentadoria da turma, e conta com centenas de milhões de dólares.

A Embaixada dos EUA em Brasília já ofereceu proteção à mulher e quer enviá-la para Washington num jatinho. A documentação é bombástica e pega em cheio empreiteiras brasileiras por lavagem de dinheiro. Os políticos são problemas do Brasil, são as empresas os alvos dos investigadores americanos.

Atualização terça, 3, 18h – A brasileira esteve na embaixada em Brasília, na tarde desta segunda-feira (2) reunida com a equipe que trata do assunto, e a pressão é grande para que assine logo os papéis. Querem conceder, inclusive, hospedagem para ela dentro da embaixada.

A ex do cacique contratou um dos maiores especialistas americanos em rastrear contas ‘sujas’ e descobriu o fundo. Muita gente em Brasília já não dorme, e ela corre risco.

A embaixada em Brasília já ofereceu proteção à mulher

A embaixada em Brasília já ofereceu proteção à mulher

O FBI e a Justiça americana já obtiveram dados prévios e estão ansiosos para mandar a algema em executivos das empreiteiras brasileiras em território americano. E assim que as informações forem entregues e investigadas, a situação inevitavelmente vai chegar à Justiça Federal no Brasil e entrará em cena a Polícia Federal.

O dinheiro passou em contas dos EUA e hoje grande parte está em offshore de paraísos fiscais, comprovam documentos quentes nas mãos de advogados da brasileira.

Assim que a mulher fechar a delação, o ex-marido se safa na lei americana através de ferramenta legal chamada Spousal Confidentialitty. Mas ele e os sócios vão ouvir um bom dia da PF às 6h de Brasília futuramente.


Para citados, Delcídio faz apenas um ‘livro de memórias’
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Leandro Mazzini

Os principais citados na delação premiada pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS) estão conversando por telefone desde a última sexta-feira.

Inegável que haja uma preocupação gritante com o caso. Mas todos consideram que a sustentação ‘delcidiana’ cai juridicamente se ele não apresentar provas de áudio, vídeo ou dinheiro em contas.

Assim, classificam – por ora – a delação como ‘um livro de memórias’. Os advogados da turma estão a postos.

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Turma do ‘deixa disso’ tenta convencer Lula e Dilma
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Leandro Mazzini

A despeito da gritaria da presidente Dilma e do ex-presidente Lula contra a condução coercitiva e os rumos judiciais da Operação Lava Jato, há dentro do PT uma minoria que, timidamente, tenta convencer a dupla a recuar nas críticas à Polícia Federal e ao Ministério Público.

Lançam mão de uma evidência de que Lula e Dilma se esquecem de que ‘pariram a crise’: foi ele quem fortaleceu e deu mais independência à PF, na gestão do ministro Marcio Thomaz Bastos.

E ela quem sancionou a lei que instituiu a contribuição premiada – e por esta abriram a boca Paulo Roberto Costa, Ricardo Pessoa e Delcídio do Amaral, que complicaram o PT e seus personagens.

Ou seja, o que o grupo tenta explicar a eles é que não adianta chorar. A PF reforçou sua independência sob Lula e agora pede autonomia. E a presidente Dilma que aguente agora o que há por vir com as delações.

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Relator da Lava Jato, Teori vai homologar delação com vetos
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Leandro Mazzini

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O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, vai aceitar parte da delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), e vai homologá-la.

Teori excluiu os trechos que já são de ciência da força-tarefa da Procuradoria Geral da República (PGR): o que cita agenda de Delcídio com o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Francisco Falcão, por ser pública.

E também o ministro vai vetar trechos os quais lança suspeitas sobre “cobrança de pedágio”, por senadores, para blindar empreiteiros na CPI da Petrobras.

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Nenhum senador visita Delcídio na cadeia, outrora bajulado no Congresso
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Leandro Mazzini

O líder do Governo no Congresso, em tempos de Poder em plenário. Foto: Folha/UOL

O líder do Governo no Congresso, em tempos de Poder em plenário. Foto: Folha/UOL

Até há poucas semanas bajulado por líderes partidários do Congresso Nacional, senadores e lobistas, com fila na porta, o ainda senador Delcídio do Amaral (PT-MS) não recebeu visita de nenhum colega na cadeia – além dele, o PT tem mais 13 mandatários na Casa Alta.

Apenas um pequeno grupo de deputados estaduais do Mato Grosso do Sul, aliados fiéis da base eleitoral, passou pela cela da Polícia Federal para um papo. O petista foi transferido para uma sala no quartel general da Polícia Militar do Distrito Federal.

Acusado de maracutaias em contratos de empresas com a Petrobras, Delcídio foi detido sob acusação de tentativa de obstrução da Justiça em investigações no processo da operação Lava Jato, após ter conversa gravada pelo filho do ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

Ele já foi diretor da empresa na gestão do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, e na Era Lula é apontado como um dos principais padrinhos do ex-diretor Ceveró, também preso.

Um interlocutor muito próximo avisou à Coluna que ele será novamente bajulado. Em questão de dias. Delcídio fechou delação premiada com a Justiça Federal.

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Risco na Lava Jato: delatores sem provas de áudio ou vídeo
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Leandro Mazzini

Há um item comum (e preocupante, para os investigadores) em todos os depoimentos de delatores da Lava Jato até agora, pelo menos não revelado em público: eles entregam nomes de grãos políticos, detalhes de transações e encontros. Mas nenhum delator gravou em áudio ou vídeo a suposta negociação e entrega de propina. Falta o ‘batom na cueca’.

As defesas dos acusados condenados em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro na Justiça Federal preparam recurso na tentativa de derrubar as sentenças no TRF e no Supremo Tribunal Federal.

Ontem surgiu o boato de que o ex-deputado federal Luiz Argolo, agora condenado a 11 anos de prisão, teria acordado delação premiada. O advogado do ex-deputado nega. Mas um figurão do PP da Bahia, Estado de Argolo, tremeu nas pernas.


PP em suspense com decisão de ex-presidente de fazer delação
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Leandro Mazzini

Corrêa, preso na Lava Jato - cliente antigo dos agentes da PF. Foto: Folha/UOL

Corrêa, preso na Lava Jato – cliente antigo dos agentes da PF. Foto: Folha/UOL

A bancada do Partido Progressista no Congresso Nacional está alarmada com a decisão do ex-presidente da legenda Pedro Corrêa em negociar delação e entregar o que sabe sobre propinas do petrolão para os “pepistas”.

Alguns dos deputados mais próximos de Corrêa são o deputado federal mineiro Luiz Fernando Faria e o senador Ciro Nogueira – atual comandante do partido.

No último dia 29 de outubro, Corrêa, que fora preso na operação da PF, foi condenado pela Justiça Federal a 20 anos e 7 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, acusado de receber R$ 11 milhões em propinas do esquema do ‘petrolão’ na Lava Jato. Ele continua detido no complexo médico-penal de Pinhais (PR), ao lado de lobistas e empreiteiros.

Corrêa também já fora condenado no mensalão, a ação penal 470 no STF, a 7 anos de prisão, e cumpria em regime semiaberto quando virou alvo da Lava Jato.


Para Dipp, ‘delação acertada em prisão preventiva’ é nula
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Leandro Mazzini

Foto: EBC

Foto: EBC

Em debate há poucos dias em São Paulo, o ministro aposentado do STJ Gilson Dipp mandou uma indireta para o juiz federal Sérgio Moro, que coordena a investigação da Operação Lava Jato: ‘delação premiada acertada com o delator em prisão preventiva não está preenchendo os requisitos da voluntariedade’.

Idealizador das varas especializadas em lavagem de dinheiro, Dipp foi autor de um parecer a pedido do escritório que defende executivos da Galvão Engenharia. O documento foi anexado a pedido de habeas corpus, para um caso específico, mas o preso teve soltura negada pelo ministro do STF Antonio Dias Toffoli.


A delação de Youssef atingirá famílias de Brasília
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Leandro Mazzini

As delações do doleiro preso Alberto Youssef devem entregar mais de uma dezena de políticos e empresários de Brasília.

Não apenas os que batem ponto no Congresso Nacional, mas principalmente os que são da capital – além de tradicionais famílias da província.

A operação Lava Jato que prendeu Youssef tem ligações com a originária Miquéias, também da PF, que levou para a cadeia o doleiro brasiliense Fayed Traboulsi. Há ligações entre ambos.

Youssef e Traboulsi são suspeitos de lavar dinheiro em paraísos fiscais de dezenas de políticos e empresários da capital.

Traboulsi foi preso ano passado numa operação de dar inveja a qualquer enrolado com a Justiça: a PF apreendeu de sua posse o maior iate do Brasil, avaliado em US$ 5 milhões, e carros importados como Ferrari, Lamborghini , BMW e Porsche.