Coluna Esplanada

Arquivo : delcídio do amaral

Entregador-Geral da República, Delcídio já dançou no Conselho de Ética
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Leandro Mazzini

delcidio
Parlamentares do Conselho de Ética do Senado Federal têm recebido visitas de emissários do colega Delcídio do Amaral (afastado do PT).

“De jeito nenhum”, repetem todos, sondados sobre votar pela absolvição do ex-petista, já chamado nos corredores de Entregador-Geral da República.

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Delcídio Delações S.A. complica pelo menos cinco senadores
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Leandro Mazzini

Quem leu a delação premiada de Delcídio do Amaral (PT-MS) crava que a Polícia Federal, assim que homologada no STF, tem material e motivações suficientes para visitar o gabinete de cinco senadores.

Por isso o petista se mandou de Brasília, com licença médica.

O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros, questionado pela Coluna, desconversa sobre eventual nova operação na Casa.

“É difícil falar sobre o que já existe; imagine sobre o que não existe”.


Para citados, Delcídio faz apenas um ‘livro de memórias’
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Leandro Mazzini

Os principais citados na delação premiada pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS) estão conversando por telefone desde a última sexta-feira.

Inegável que haja uma preocupação gritante com o caso. Mas todos consideram que a sustentação ‘delcidiana’ cai juridicamente se ele não apresentar provas de áudio, vídeo ou dinheiro em contas.

Assim, classificam – por ora – a delação como ‘um livro de memórias’. Os advogados da turma estão a postos.

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Relator da Lava Jato, Teori vai homologar delação com vetos
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Leandro Mazzini

teori

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, vai aceitar parte da delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), e vai homologá-la.

Teori excluiu os trechos que já são de ciência da força-tarefa da Procuradoria Geral da República (PGR): o que cita agenda de Delcídio com o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Francisco Falcão, por ser pública.

E também o ministro vai vetar trechos os quais lança suspeitas sobre “cobrança de pedágio”, por senadores, para blindar empreiteiros na CPI da Petrobras.

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Volta de Delcídio: dúvidas sobre contato com colegas e horário de sessões
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Leandro Mazzini

Foto de arquivo

Foto de arquivo

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) informou à Justiça Federal dois endereços em Brasília no qual poderá ser encontrado, durante a recolhimento domiciliar noturno ao qual teve direito por liminar do STF – o hotel 5 estrelas onde reside, pago pelo Senado durante sua prisão – e um apartamento, com endereço não divulgado, onde se reuniu com a família e recebeu a sua mãe no fim de semana.

A defesa de Delcídio fez dois questionamentos à Justiça, diante da volta do senador prevista para esta terça-feira, a fim de evitar que ele caia involuntariamente em armadilhas que possam lhe custar a liberdade:

Delcídio poderá ter contato com outros 14 colegas (isso mesmo!) senadores investigados na Lava Jato? E até que horas o senador poderá ficar na rua ou no plenário, porque há sessões do Senado que varam a noite.

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Aos 34 e doutor na Alemanha: quem é o advogado que defende Delcídio
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Leandro Mazzini

henrique

Numa primeira impressão, quem com ele esbarra nas ruas de Brasília vê o estereótipo do jovem nascido na capital que acaba de sair da faculdade e tornou-se um servidor público. Mas o terno e gravata, a discrição, a fala forte e pausada e os argumentos jurídicos numa conversa de poucos minutos apresentam ao interlocutor o especialista precoce que tornou-se Luís Henrique Machado.

Foi o jovem de 34 anos – faz aniversário dia 16 de abril, lembra – quem protagonizou a peça principal do pedido de habeas corpus que levou à soltura do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) na tarde de ontem, por decisão liminar do ministro Teori Zavascki – a quem não visitou.

Discretamente, como manda a praxe advocatícia, porém à luz das agendas oficiais e do protocolo judiciário, Luís Henrique despachou com pelo menos quatro ministros do Supremo Tribunal Federal na última semana, para falar de seu cliente – ele divide com outros escritórios a defesa do parlamentar, mas foi quem tomou o front da batalha pelo cliente. Tomou café com José Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Celso de Mello e Gilmar Mendes.

Distinção para poucos, o jovem advogado já circula com naturalidade nas Cortes, entre os togados e pelos escritórios da capital. Num País onde predominam os sobrenomes Batochio, Bulhões, Almeida e Castro, Bermudes, entre outros, Luís Henrique surpreendeu o noticiário da Operação Lava Jato ao emergir, de repente, como o principal nome da classe advocatícia envolta nos processos. Nada por acaso.

Surpresa é descobrir que o advogado voltou ao Brasil há apenas 16 meses, quando a Lava Jato já vivia seu auge com prisão de executivos e políticos. E entrou no pique dos escritórios de defesa para se inteirar dos processos.

Graduado em Direito, com Pós-graduação na Escola Superior do Ministério Público, Luís Henrique fez especialização em Direito na Universidade de Cambridge e é doutor em Direito Processual Penal pela Universidade de Humbolt, Berlim, com foco em Prisão Preventiva. Foi esta sua especialidade, aliás, que chamou a atenção dos escritórios e do cliente.

Luis Henrique Machado também está concluindo doutorado nessa mesma universidade, com uma tese sobre o uso de medidas invasivas durante investigação policial. Recentemente lançou um livro, em alemão, sobre a instituição da prisão preventiva na Alemanha e no Brasil.

Foi catapultado aos holofotes da mídia nacional desde ontem, o que o assustou um pouco, mas manteve o foco neste sábado no cumprimento das decisões do Supremo para garantir a liberdade ao senador. Passou o dia de plantão até conseguir entregar o passaporte de Delcídio a um juiz da Justiça Federal – tinha só mais 24 horas para isso, sob risco de o cliente voltar para a cadeia na segunda pela manhã.

De acordo com Luís Henrique, ele vai se debruçar agora nos pormenores judiciais da garantia da liberdade. Há dúvidas como o horário que Delcídio terá de estar recolhido todas as noites – as sessões do Senado Federal são prolongadas em algumas noites – e principalmente precisa saber se o senador poderá ter contato com outros 14 (isso mesmo, quatorze) senadores investigados na Lava Jato, que com ele se encontrarão no plenário do Senado.

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Senado paga Delcídio preso e esconde os gastos
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Leandro Mazzini

Reprodução da página do Senado Federal na internet, de ontem à noite.

Reprodução da página do Senado Federal na internet, de ontem à noite. No rodapé, o “acesso negado”

Nunca um detento investigado ganhou tanto dinheiro no Brasil.

Preso pela Polícia Federal na esteira da operação Lava Jato dia 25 de novembro, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) recebeu integralmente os salários de dezembro e janeiro, o 13º salário e terá direito ao 14º em fevereiro, mesmo recluso numa cela num quartel da Polícia Militar em Brasília.

O Senado banca desde novembro também os gastos do gabinete no Congresso e do escritório em Campo Grande (MS), seu reduto eleitoral.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), bate no peito para falar da transparência da Casa, mas o site do Senado negou acesso aos gastos do parlamentar detido.

Por Delcídio ainda ser senador da República, mesmo numa situação sui generis, ele tem direito aos recursos. Mas os colegas e a Mesa Diretora nada fizeram para moralizar isso até o momento.

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Nenhum senador visita Delcídio na cadeia, outrora bajulado no Congresso
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Leandro Mazzini

O líder do Governo no Congresso, em tempos de Poder em plenário. Foto: Folha/UOL

O líder do Governo no Congresso, em tempos de Poder em plenário. Foto: Folha/UOL

Até há poucas semanas bajulado por líderes partidários do Congresso Nacional, senadores e lobistas, com fila na porta, o ainda senador Delcídio do Amaral (PT-MS) não recebeu visita de nenhum colega na cadeia – além dele, o PT tem mais 13 mandatários na Casa Alta.

Apenas um pequeno grupo de deputados estaduais do Mato Grosso do Sul, aliados fiéis da base eleitoral, passou pela cela da Polícia Federal para um papo. O petista foi transferido para uma sala no quartel general da Polícia Militar do Distrito Federal.

Acusado de maracutaias em contratos de empresas com a Petrobras, Delcídio foi detido sob acusação de tentativa de obstrução da Justiça em investigações no processo da operação Lava Jato, após ter conversa gravada pelo filho do ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

Ele já foi diretor da empresa na gestão do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, e na Era Lula é apontado como um dos principais padrinhos do ex-diretor Ceveró, também preso.

Um interlocutor muito próximo avisou à Coluna que ele será novamente bajulado. Em questão de dias. Delcídio fechou delação premiada com a Justiça Federal.

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