Coluna Esplanada

Arquivo : Dilma

Tucanos mineiros acreditam em virada após fracasso do 1º turno
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Leandro Mazzini

A virada de Aécio Neves (PSDB) sobre Marina Silva (PSB) foi muito festejada pelo PSDB em Minas Gerais.

O presidenciável e o partido acumularam gafes e derrotas no Estado reduto de Aécio e sua principal vitrine como gestor. Aécio ficou atrás de Dilma na votação em Minas – 43,48% para a presidente contra 39,75% para o tucano – e perdeu o governo do Estado, comandado pelo PSDB há 12 anos. Venceu o petista Fernando Pimentel no 1º turno.

No último dia de campanha em Belo Horizonte, Aécio e o candidato derrotado ao governo Pimenta da Veiga passaram vergonha. Um eleitor recusou mão de Aécio, numa foto flagrante que rodou jornais e as redes sociais – e Pimenta levou um tomate na testa, atirado por um popular, durante uma carreata.

Agora, com fôlego renovado e tempo igual de TV contra a presidente Dilma, os tucanos investem em militância e nos contatos com prefeitos e vereadores – os maiores cabos-eleitorais – na tentativa de reverter a votação para o segundo turno. Não por acaso, Dilma tem ido muito a Minas Gerais.


PT some do material de campanha de Dilma
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Leandro Mazzini

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Atualizada sexta, 10, 13h27 – O marketing da presidente Dilma passou a esconder o PT na divulgação de seu material de campanha , em especial no segundo turno.

O desgaste do partido é tamanho junto à opinião pública que a sigla PT é apenas citada – quando há – nas letras miúdas da coligação no material (em placas, folders, banners, outdoors).

Adesivos para carros e materiais para as redes sociais priorizam a cor do partido e a imagem de Dilma. A campanha ficou personificada na imagem de Dilma, e só. Foco ficou para a luta dela contra a ditadura, no surgimento da campanha ‘Coração Valente’, a fim de sensibilizar o eleitor para sua trajetória.

Predominam no material a foto dela, de Lula, a cor vermelha e frases de efeito. A decisão de dissociar a imagem de Dilma – a gerentona técnica – do PT, o partido problema e manchado no noticiário, não agradou obviamente a todos na executiva. Mas assim foi decidido por quem manda.

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reprodução de adesivo para carros e janelas

 

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Imagem produzida para site e redes sociais. Reprodução


Dilma e Aécio travam guerra virtual nas redes sociais
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Leandro Mazzini

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Os marqueteiros de Dilma Rousseff e Aécio Neves têm estratégia até para tempo real na batalha do voto pelas (poderosas) redes sociais.

Na quarta, mal começara o ato de apoio de partidos ao tucano em Brasília, a presidente Dilma começou a disparar mensagens no Twitter.

Aliás, Dilma é muito mais atuante no microblog do que o tucano. Tem investido a toda hora, ao contrário de Aécio , com postagens esporádicas.

Em tempo, a presidente tem 2,85 milhões de seguidores, número muito superior ao de Aécio, que contabiliza hoje 140 mil.

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Dilma tira férias após a campanha
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Leandro Mazzini

Vença ou não a eleição, Dilma Rousseff já tem uma certeza junto aos principais assessores: vai tirar 10 dias de descanso numa praia, provavelmente na Bahia, seu litoral preferido.

No Estado, foi eleito ao governo Rui Costa, ‘poste’ de Jaques Wagner.

Sobre a reviravolta que elegeu Costa, sempre em baixa nas pesquisas, Jaques Wagner já explicou em outras ocasiões que não acredita em pesquisas.

O governador sempre lembra que a poucos dias da eleição em 2006, estava em 3º lugar, apareceu na frente nas urnas e foi eleito.


Virada de Aécio salva sua candidatura do próprio PSDB
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Leandro Mazzini

Aécio Neves salvou sua candidatura para este ano ou 2018 – e tem chances de ser eleito no segundo turno contra a presidente Dilma Rousseff.

Os poucos 7 pontos que os separam são perigosos. E ainda pode angariar os votos dos eleitores de Marina Silva que estão insatisfeitos com o governo e querem a mudança.

O grande desafio de Aécio para a segunda etapa é ter perdido Minas Gerais, a maior vitrine para seu discurso de campanha, estado que governou por dois mandatos e segundo maior colégio eleitoral do País.

Aécio terá de se escorar em São Paulo, com Geraldo Alckmin, Paraná, com Beto Richa, Espírito Santo, com Hartung, e tentará conquistar parte do Rio, com Pezão – que aos holofotes apoiará Dilma, mas com o PMDB inteiro em apoio ao tucano.

Caso Aécio não passasse para o segundo turno seria uma grande derrota para ele dentro do próprio PSDB, que lhe tomaria a candidatura de 2018.

Hoje, sem o governo de Minas e apenas seria o presidente do PSDB, com José Serra eleito senador por São Paulo, e Geraldo Alckmin no quarto mandato de governador por São Paulo, o maior PIB do País, com os maiores financiadores de campanha no maior colégio eleitoral do Brasil.

Alckmin naturalmente é o forte concorrente para Aécio na disputa pela Presidência, caso o tucano não vença a eleição.

TRANSFERÊNCIA 

Pesquisas recentes indicam que Marina Silva transfere votos para Aécio Neves. Mesmo que fique neutra – provavelmente o que ela deve fazer. Numa das sondagens, 58% dos votos de Marina num segundo turno sem ela vão para Aécio, e 24% para a presidente Dilma.

Aécio vai trabalhar os votos dos jovens, dos insatisfeitos e buscará conquistar em especial os ‘sonháticos’.

MARINA E A REDE

Marina Silva vai trabalhar a partir de hoje para criar a sua REDE, que não teve registro autorizado pelo TSE este ano, pois não conseguiu validar assinaturas necessárias a tempo.

Ela deve sair do PSB – já em chamas internas – nos próximos meses, assim que tiver a certeza das assinaturas que faltam para oficializar o seu partido. Era o trato com Eduardo Campos caso não vencessem a eleição. E assim será.

Marina se afastará da cúpula do PSB e não tomará parte ou lado na briga pelo comando do partido entre Roberto Amaral e Beto Albuquerque.
Risco passado

A MEIRELLIZAÇÃO DA CAMPANHA

Pode aparecer um fator surpresa neste segundo turno. Até há poucas semanas houve uma disputa sigilosa entre os três maiores partidos nesta campanha – PT, PSB e PSDB – atrás de Henrique Meirelles, o chefão do Banco Central na Era Lula – e quem realmente segurou o País na crise internacional.

Meirelles é nome reconhecido e respeitado internacionalmente, dá segurança a investidores e traria a credibilidade que o Brasil perdeu nos últimos anos. Meirelles sumiu. Pode ser o coringa tanto de Aécio quanto Dilma, se decidir tomar lado. Hoje, o ex-presidente do BC é conselheiro da JF Holding, do grupo da JBS.

DISPUTA POR GOVERNADORES

Será tão grande a disputa de Dilma e Aécio por palanques estaduais que a presidente já marcou para amanhã uma reunião, em Brasília, com os governadores eleitos da base, e os potenciais que foram para o segundo turno. Aécio fará o mesmo, mas visitando cada um deles.


Militares evitam Dilma e se aproximam de Aécio e Marina
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Leandro Mazzini

Independentemente do resultado da eleição previsto para este domingo (5) à noite, azedou a relação dos militares com a presidente Dilma Rousseff.

Discretamente, oficiais da ativa e da reserva, alguns declaradamente contra o governo, procuraram os principais assessores de Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), já citaram notas em jornais.

A conversa foi sigilosa, e aqui uma prévia: o encontro que oficiais das três Forças tiveram com staff dos presidenciáveis foi motivado pelo receio de que Dilma, uma vez reeleita e querendo dar continuidade à Comissão da Verdade, se inspire na presidente do Chile e tente revogar a Lei de Anistia ( leia aqui ).

A Comissão Nacional da Verdade, criada por Dilma inspirada no caso chileno de anos atrás, entregará seu relatório final em dezembro à presidente da República.

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Suplência do PT explica apoio de líder da igreja de Pr. Everaldo a Dilma
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Leandro Mazzini

O presidente da Convenção das Assembleias de Deus do Brasil, bispo Manoel Ferreira, líder da igreja do candidato Pr. Everaldo, gravou depoimento de apoio para Dilma na TV porque é 1º suplente do candidato ao Senado pelo PT de Brasília, Geraldo Magela.

Ou seja, se Magela for eleito e optar por um cargo no governo federal – em caso de vitória de Dilma -, bispo Ferreira se torna senador.

DE CARONA

Entre os cinco deputados federais mais votados de Minas há três eleições, Lael Varella (DEM) tornou-se segundo suplente de Antonio Anastasia (PSDB), que deve ser eleito amanhã senador por Minas.

Lael tem o mesmo projeto do bispo Ferreira: tornar-se senador da noite para o dia. Mas neste caso, será mais difícil. Pelas pesquisas, Pimenta da Veiga (PSDB) não deve ser eleito para o governo de Minas, e Aécio corre risco de ficar fora até do segundo turno para presidente.


Esplanadeira: Kassab no cardápio de churrascaria, e a Petrocerva no mercado
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Leandro Mazzini

‘Esplanadeira’ traz bastidores, denúncias, dicas, análises – as curtinhas do dia no blog:

PIADA PRONTA 

Em Brasília, engraçadinhos em dúvida onde Aécio votará: se em BH, onde bateu ponto de terça a quinta como governador, ou na praia do Leblon, onde de fato morava.

KASSAB NO CARDÁPIO

Na segunda, no Rodeio, churrascaria do Shopping Iguatemi, grã finos de farta mesa desancaram o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), candidato ao Senado, por manter-se na disputa diante do favoritismo de José Serra (PSDB).

STAND BY

O site do PSB não dá tanta bola para Marina. E enquanto não oficializa o partido, ela não pode contar com as redes sociais da REDE: estão desatualizadas desde fevereiro.

PENSANDO LONGE

Ao bater em Marina em todo debate, Levy Fidelix indica que o PRTB pode fechar com PT de Dilma, como fez em 2010. O partido teve cargos no Ministério dos Transportes.

VAI QUE COLA

Dilma e o marqueteiro João Santana vão repetir na Globo a estratégia de ela pedir direito de respostas em seguidos momentos. É dica dele para ela aparecer mais. Santana teve discussão acalorada com assessores dos ‘nanicos’ na TV Aparecida sobre isso.

PETROCERVA

A Ambev passou a Petrobras e se tornou a empresa brasileira mais valiosa no mercado internacional. Ou seja, a cerveja vale mais que petróleo. são US$ 103 bilhões.

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‘Gravata’ de eleitora em Dilma lança o ‘Minha Selfie, Minha Vida’
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Leandro Mazzini

selfie

Longe dos holofotes, o serviço secreto da Presidência levou uma bronca da chefia. Pegou muito mal para os agentes envolvidos na segurança da presidente Dilma Rousseff o cochilo diante da ida voluntária dela em encontro a eleitores em Ribeirão das Neves (MG), durante carreata na última segunda-feira.

A ‘gravata’ de uma eleitora empolgada na presidente (foto), para uma foto, já foi apelidada entre gabinentes de ‘Minha Selfie, Minha Vida’ – uma alusão ao ‘Minha Casa’.


As negociações para o segundo turno
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Leandro Mazzini

A despeito do otimismo de Aécio Neves (PSDB) diante das novas pesquisas, as cúpulas do PT e PSB dão como certa a disputa entre a presidente Dilma e Marina Silva no 2º turno, e já começaram as conversas com outros partidos – acontecem em suítes reservadas nos hotéis de SP e Brasília.

O vice Michel Temer tomou as rédeas das articulações com os partidos ‘nanicos’ que apoiam Dilma, para desmotivar tentativa de traição. Enquanto emissários do PMDB procuram o vice de Marina, Beto Albuquerque. A próximos, Marina diz que não quer apoio do PSDB com o DEM, mas aceita negociar com o PMDB.

Se vencer a eleição e para ter governabilidade, Marina vai precisar de, no mínimo, parte do PMDB, a exemplo de Lula em 2003. O PMDB é o maior partido do País: tem 1.007 prefeitos e 7.950 vereadores. Além de a segunda bancada no Congresso.  O PT, se perder, dará dor de cabeça a Marina. Pode manter a maior bancada, e tem 619 prefeitos e 5.067 vereadores.

O PMDB é craque em permanecer no Poder – já demonstra isso há décadas. Foi assim quando Lula ganhou: O partido só foi em peso para a base no 2º mandato do ‘Barba’.