Coluna Esplanada

Arquivo : impeachment

PP pede a presidência da Caixa
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Leandro Mazzini

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Te cuida, Miriam Belchior.

O Partido Progressista avisou aos ministros do Palácio ontem que a presidente Dilma pode manter o apoio de boa parte da bancada na Câmara – não a maioria – se conseguir a presidência e principais diretorias da Caixa Econômica Federal.

Por ora, oficialmente, o PP está com um pé fora da nau petista. Até ontem, a ala oposicionista da legenda contava 35 dos 49 deputados com votos contra Dilma no plenário da Câmara.

O partido mantém o controle do Ministério da Integração Nacional, com o técnico Gilberto Occhi – aliás, ele é egresso da Caixa. A pasta pode ficar com Cacá Leão, deputado federal filho do vice-governador da Bahia, aliado do PT.

Cobrado por uma posição pela bancada, em reunião nesta quarta (30), o presidente do partido, Ciro Nogueira, adiou a decisão sobre votar contra ou a favor do Governo para a véspera da votação na comissão especial do impeachment, para daqui duas semanas.

É um sinal de que o Planalto tem este prazo para decidir sobre o pedido de presente dos ‘pepistas’.

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Kassab sugere mais um ministério para PSD aumentar votos a Dilma
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Leandro Mazzini

Foto: UOL

Foto: UOL

Nada de faca no pescoço, nem pedido escancarado.

Consultado por emissários do Palácio, Gilberto Kassab, aliado de primeira hora da presidente Dilma desde o primeiro mandato, presidente do PSD e ministro das Cidades, avisou discretamente aos ministros palacianos que, hoje, garante pelo menos 10 votos à chefe no plenário, na tentativa de evitar o seu impeachment.

Mas é muito pouco, para uma bancada de 33 parlamentares cujo partido manda no ministério das Cidades.

Kassab então sugeriu que os votos podem chegar a 25 favoráveis se ao PSD for cedida outra pasta da Esplanada. Os ministros Ricardo Berzoini (Governo) e Jaques Wagner (Gabinete) agora se viram para tirar um ministério do PMDB para ceder ao PSD.

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Planalto aposta em ausências e abstenções para salvar Dilma
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Leandro Mazzini

A aposta dos ministros palacianos não se atém à busca de 172 votos aliados dos 513 deputados – o suficiente para barrar o processo de impeachment no plenário.

O Governo investe na abstenção e ausências. É que há muitos casos de parlamentares que são aliados, querem votar por Dilma, mas temem pressão dos redutos eleitorais, com a população contra Dilma.

Os ministros os incentivam a não aparecerem. Isso ajuda Dilma.

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A ordem do PMDB: abandono imediato
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Leandro Mazzini

O PMDB terá um grande teste a partir de hoje, quando anuncia o seu rompimento com o Governo Dilma Rousseff: provar que não é fisiologista.

A ordem no partido, segundo um cacique, será a imediata entrega de cargos nos sete ministérios e nos segundo e terceiro escalões destas pastas – são quase mil vagas.

Ontem à noite o ministro do Turismo, Henrique Alves, foi o primeiro a pedir demissão.

O diretório de Minas Gerais decidiu aderir ao Comando Michel Temer. Apenas os diretórios de Sergipe, Alagoas e Amazonas estavam reticentes até ontem.

Até a última quarta-feira ‘santa’, Michel Temer, que pretende herdar o Governo em caso de impeachment, tinha só 12 dos 27 diretórios, mas deu uma guinada na quinta.

O efeito ‘boiada’ veio com a adesão do diretório do Rio de Janeiro ao Comando Temer. Foi fundamental para que executivas estaduais seguissem a onda. Detalhe, o PMDB do Rio sempre apoiou Aécio Neves desde o início da campanha presidencial em 2014, e seu expoente na Câmara hoje é Leonardo Picciani, que emplacou três ministérios nos últimos meses.

Alguns deputados criticam o apego ao cargo que o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, mantém. Ele é quem segurava o diretório amazonense pró-Dilma.

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Se não houver traições, Dilma tem quase 200 votos em plenário
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Leandro Mazzini

dilma

Neste momento – se não houver traições na votação, claro – a presidente Dilma Rousseff tem 191 votos para barrar seu processo de impeachment no plenário da Câmara dos Deputados.

A conta explica, em parte, o criterioso e cauteloso silêncio dos ministros Jaques Wagner (Gabinete) e Ricardo Berzoini (Governo) nos últimos dez dias.

Ela precisa de, no mínimo, 172 votos – que podem ser incrementados com abstenções ou ausências.

O desafio dos ministros palacianos será conter a debandada para o PMDB e em seguida o apetite do PP, PR, PSD. Haverá sete ministérios e mil cargos no balcão.

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Nova manifestação: Polícia do Exército já cerca o Palácio do Planalto
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Leandro Mazzini

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O serviço de inteligência do Governo detectou novas movimentações nas ruas, em movimentos sociais e na internet conclamando manifestantes para a frente do Palácio do Planalto no fim da tarde desta quarta-feira.

Desde meio-dia cerca de 100 soldados da Polícia do Exército estão de prontidão na frente do Palácio, que também foi cercado com cones e grades, com bloqueio de acesso a veículos e pedestres.

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OAB oficializa na segunda pedido de impeachment de Dilma
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Leandro Mazzini

Lamachia - o presidente lidera o movimento

Lamachia – o presidente capitaneia o movimento

Um dos principais protagonistas da abertura do processo de afastamento do ex-presidente Fernando Collor do Poder, o conselho federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) oficializa na próxima segunda-feira (28) o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), por crimes de responsabilidade.

A OAB vai protocolar o pedido na Câmara dos Deputados. Entre os motivos apresentados estão as ‘pedaladas fiscais’, a renúncia fiscal para a FIFA pela realização da Copa e a tentativa de blindar o ex-presidente Lula com foro privilegiado com prerrogativas de ministro.

O presidente da Ordem, Cláudio Lamachia, concluiu o documento nesta tarde de quarta-feira, e já convida os presidentes e representantes de todas as seccionais para Brasília.

Será um pedido próprio da OAB. Até hoje, havia uma dúvida no Conselho se a Ordem apresentaria um pedido ou se iria aderir ao processo já em curso, em tramitação na comissão especial instalada na Câmara.

No comunicado que já circula entre os presidentes das seccionais, o presidente Lamachia justifica a decisão do Conselho:

“Segundo os termos da decisão do Conselho Pleno tomada no último dia 18 de março, reconhecendo a prática de infrações político-administrativas ensejadoras de crimes de responsabilidade, a Diretoria do Conselho Federal da OAB decidiu promover o pedido de instauração de processo de impeachment da Presidente da República por intermédio do Presidente da Instituição, tendo em vista a reserva de legitimidade contida no art. 14 da Lei n. 1.079/50”.

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Grupos pró-impeachment protestam em frente às casas de Renan e Teori
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Leandro Mazzini

Manifestantes em frente à residência oficial do Senado

Manifestantes em frente à residência oficial do Senado

Grupos de apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff e contra o Governo promoveram dois protestos em Brasília desde a noite desta terça-feira (22), em frente a residências de autoridades.

Protesto na residência do ministro Teori. Clique na imagem para assistir ao vídeo.

Protesto na residência do ministro Teori. Clique na imagem para assistir ao vídeo.

Na terça à noite, cerca de 15 manifestantes foram para a frente do prédio onde mora o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, contra a decisão do togado de tirar poderes do juiz Sérgio Moro no caso do ex-presidente Lula – reenviado para a Corte Suprema (assista ao vídeo acima).

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Vídeo da manifestação em frente à residência oficial de Renan – clique na imagem para assistir

Na manhã desta quarta, outro grupo amanheceu com foguetes, apitos e cartazes em frente à residência oficial do presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), aliado de Dilma. Os manifestantes cobram isenção de Renan caso o processo de impeachment da presidente chegue à Casa Alta.

 


Dilma concentra apostas no plenário para se salvar
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Leandro Mazzini

Foto: camara.leg

Foto: camara.leg

Com a popularidade no chão, crise econômica, sem apoio dos empresários e o padrinho Luiz Inácio em baixa, a presidente Dilma Rousseff aposta nos seus dois generais palacianos. Jaques Wagner (Gabinete) e Ricardo Berzoini (Governo) têm a missão de segurar os 172 aliados no plenário da Câmara para derrubar o impeachment.

Independentemente da decisão na comissão especial, se a favor do impeachment ou pela rejeição, a aposta de Dilma está toda concentrada no plenário.

Ela acredita na absolvição. Conta com os aliados, ausências e abstenções para chegar aos necessários 172 votos no pleno.

Mas o humor popular vai ser crucial para a decisão dos deputados aliados, conta um experiente decano na Casa. Com voto aberto em plenário e a pressão dos eleitores, há grande risco de traição ao plano de Dilma.

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‘NÃO RENUNCIO’

Dilma mostra a alma de guerrilheira que nunca deixou de ser. E novamente está contra o sistema, para ironia do destino. Só cai abatida a tiros (no plenário), lembra um cacique.


Valdemar escolheu os nomes do PR na Comissão do Impeachment
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Leandro Mazzini

valdema

É do alto de uma das torres do complexo Brasil 21 em Brasília que o mensaleiro perdoado pela Justiça Valdemar da Costa Neto manda no PR, apesar de o presidente (figurativo) ser Alfredo Nascimento. O entra e sai de parlamentares da sala é frequente.

Foi de um manuscrito improvisado de Valdemar que saiu a lista de deputados que integram a comissão do impeachment: Édio Lopes (PR-RR), José Rocha (PR-BA), Zenaide Maia (PR-RN) e o fiel líder Maurício Quintella Lessa (PR-AL).

Se a turma até a última sessão vai votar com Dilma ou contra ainda é um mistério. O PR sempre foi aliado do PT desde o primeiro governo Lula – daí Valdemar ter se enrolado no mensalão. O partido ainda mantém o controle do Ministério dos Transportes e os comandos regionais do DNIT.

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