Coluna Esplanada

Arquivo : Planalto

Ciro e Marina iniciam a corrida por 2018
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Leandro Mazzini

ciroemarina

As prévias do pleito municipal estão longe, 2017 nem desponta no calendário das tratativas do Poder pelo Planalto, mas dois pré-candidatos para a próxima eleição presidencial não querem perder tempo.

Ciro Gomes, agora no PDT, e Marina Silva, enfim com sua Rede Sustentabilidade criada, põem os pés na estrada neste mês.

A direção do PDT descobriu que antes de lançar Ciro Gomes candidato a presidente deve trabalhar duro para neutralizar resistências internas a seu nome. A fama de Ciro e do irmão Cid Gomes em confusões no PPS, PSB e PROS precede a dupla.

Ciro entrou no PDT com a garantia de Carlos Lupi de que terá a legenda para disputar o Planalto. O roteiro começa nesta semana. Ele será homenageado em Campo Grande (MS) e Cuiabá (MT). Semana que vem passa por Teresina (PI) e até fim do mês visita Campinas (SP). Ex-ministro de Lula e Dilma, Lupi será o anfitrião nas viagens.

Em novembro, Ciro aposta no Rio. Visitará diretórios do PDT na capital, Baixada e Norte fluminense.

Com a Rede criada, Marina Silva reiniciará gradativamente a reabertura das “Casas de Marina” Brasil adentro – obviamente comitês “disfarçados” para driblar a lei eleitoral. Legalmente, tem o respaldo para promover diálogos com setores da sociedade, sem conteúdos de cunho eleitoral.

Já o senador evangélico Magno Malta (PR-ES) corre com a criação do Partido da Valorização da Vida. Embora negue sair do PR, seu projeto é se lançar pelo Vida como o candidato dos cristãos ao Planalto.

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Sem PMDB, Berzoini negocia com novo blocão para destravar ajuste
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Leandro Mazzini

berzo

Foto: Folha/UOL

O PMDB empurrou ontem para partidos aliados a conta do esvaziamento da terceira tentativa de análise dos vetos presidenciais, tão esperada pelo Planalto para dar seguimento ao ajuste fiscal.

O ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, acusou o golpe da base. Está irado com a promessa de aliança do novo bloco que se dissociou do PMDB.

Berzoini recebe hoje os líderes desse grupo – PP, PSC, PHS, PTB. Unidos, têm mais de 80 deputados – é esse contingente, em especial, que tem se ausentado da Casa.

O ministro quer saber o que mais reivindicam, porque na terça, numa reunião no Planalto, todos eles prometeram apoio à sessão e não apareceram.

O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), justificou ao Planalto que levou a plenário os seus – uns 40 dos 65 (há notórios 22 rebelados).

Já o presidente do Congresso, Renan Calheiros, se cansou. Avisou a líderes e a Berzoini que só pauta a sessão do Congresso quanto tudo estiver “pacificado”.

GARANTINDO O SEU

Antes de ser levado à guilhotina, Picciani se antecipou. Dois aliados fizeram lista de apoio à sua recondução na liderança em 2016. Conseguiu até agora apoio de 49 dos 65 deputados.


Freire convida Cristovam a entrar no PPS para disputar o Planalto
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Leandro Mazzini

Cristovam - Ele retoma o sonho de disputar o Planalto. Foto: Ag. Senado

Cristovam – Ele retoma o sonho de disputar o Planalto. Foto: Ag. Senado

O presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP), visitou ontem à tarde o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) e deixou o convite informal para sua filiação no partido, com indicação de lançá-lo à Presidência em 2018.

A entrada de Ciro Gomes no PDT, já anunciado como pré-candidato, pode ser um fator que colabore para uma eventual filiação de Cristovam. O ex-ministro da Educação do Governo Lula, que já disputou a Presidência, nunca escondeu para aliados o seu sonho.

“A conversa sempre houve. Já tinha feito (o convite) em 2010. Agora é o momento de retomar”, diz Freire.

A ideia é aproveitar a ‘janela’ sancionada na reforma política para promover a troca de partido, sem que Cristovam corra risco de ter o mandato exigido pelo PDT.

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Bolsonaro articula filiação ao PSC para se lançar à Presidência
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Leandro Mazzini

jair

O polêmico deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) iniciou tratativas para se filiar ao PSC, presidido pelo Pastor Everaldo (RJ).

Everaldo disputou o Planalto em 2014. Bolsonaro pretende entrar no partido para ser o candidato a presidente da República na eleição de 2018.

O federal deve aproveitar a abertura da ‘janela’ em 2016, sancionada pela presidente Dilma na reforma política, para mudar de legenda sem risco de perder o mandato.

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Parlamentares sulistas criam bancada por obras de infraestrutura
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Leandro Mazzini

Antes mais resistentes, os gaúchos colocaram as diferenças regionais de lado, uniram-se a paranaenses e catarinenses, e protagonizaram a criação da Bancada Sulista, nos moldes dos colegas nordestinos .

A gota d´água foi o Programa de Infraestrutura Logística, que teria excluído obras importantes para Santa Catarina, Rio Grande e Paraná.

O chamado PIO2 é o ponto de convergência, mas há outras questões que podem unir a maioria dos 77 deputados federais e nove senadores. A Região Sul tem participação de 17% do PIB e, naturalmente, interesses econômicos são comuns aos três Estados.

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Cúpula do PMDB defende coalizão, mas prepara rompimento com elegância
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Leandro Mazzini

Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses, é o porta-voz da mudança programática. Foto: ABr

Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses, é o porta-voz da mudança programática. Foto: ABr

Fundador da legenda, um dos expoentes do PMDB e maior conselheiro do vice-presidente Michel Temer, o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Wellington Moreira Franco, entregou para o senador Romero Jucá (RR) a tarefa de redigir o programa de Governo do partido para 2018 e apresentá-lo no congresso da legenda em outubro.

Embora todos neguem aos holofotes, é o pontapé para o rompimento gradativo com o PT, com elegância e sem traumas – ao contrário do perfil de Eduardo Cunha (que, aliás, está agradando a todos: o partido precisa de um pitbul sem coleira).

“Temos programação com o objetivo de realizar o sonho grande da maioria dos militantes de eleger pelo voto secreto e direto o presidente da República”, adianta Moreira Franco.

Para isso, Moreira – ex-deputado e ex-governador do Rio – lança mão dos números que sustentam o PMDB como o maior partido do Brasil. São milhares de prefeitos e vereadores, cabos-eleitorais que podem fazer a diferença em 2018. O que não ocorreu até agora, desde Orestes Quércia, porque o partido decidiu se aliar a PSDB e depois PT. Mas em 2018, garante Moreira, será diferente.

Numa radiografia inédita do PMDB, Moreira Franco descobriu que o partido é forte na ponta, nas bases, mas não sabe transferir esse poder eleitoral para o cume. Traçou estratégia para 2016 que passa pela filiação de nomes de peso nas capitais e cidades com mais de 200 mil habitantes, para candidatos a vereador e prefeito. Aposta neste grupo para reforçar uma candidatura em 2018 ao Planalto. “Isso é fundamental para consolidar o projeto”.

Não fala em potenciais candidatos. “Cada dia com sua agonia. Lançar um nome agora significa queimá-lo”. Conota, nesta tese, que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, é um balão de ensaio. Hoje Paes é candidatíssimo ao Governo do Estado.

Moreira pesquisou também a atuação do PMDB nas redes sociais, e descobriu uma atuação lastimável. Vai investir pesado na internet para as duas próximas eleições. Acredita no poder da rede que atinge todas as classes e idades.

Porém como gritar pela independência do partido em 2018 sem melindrar o vice-presidente e manda-chuva Michel Temer, aliado máximo do PT e da presidente Dilma Rousseff? A grita do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é uma válvula de escape direcionada e bem desenhada. Não que essa guerra declarada dele tenha sido planejada, mas o respeito à decisão de Cunha passa pelo “espaço democrático” que o PMDB preza e que estará no novo estatuto.

“Cunha é militante, tem muita presença no partido, tem o ponto de vista pessoal dele. A democracia interna, o direito ao debate e ao contraditório só fortalece o partido”, encerra o conselheiro do partido.


Ex-articulador, ministro Pepe tenta retomar agenda positiva contra redução
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Leandro Mazzini

Pepe - ele quer ser o porta-voz do Governo contra a redução da maioridade. Foto: ABr

Pepe – ele quer ser o porta-voz do Governo contra a redução da maioridade. Foto: ABr

Ex-articulador (sem poder no Congresso) do Palácio do Planalto, o ministro Pepe Vargas (PT-RS), esquecido pelos colegas na Secretaria de Direitos Humanos, tenta uma pauta ativa para apagar a fria em que a presidente Dilma o meteu no Palácio.

Por mais que se esforçasse, indo ao Congresso Nacional pessoalmente quando ministro palaciano, a maioria dava de ombros para ele – principalmente os presidentes das Casas, Eduardo Cunha (Câmara) e Renan Calheiros (Senado).

Pepe pretende uma agenda nacional de viagens, e muitos debates sobre a redução da maioridade penal – é contra, seguindo a linha do Planalto – mas por ora não sai de ‘casa’. Participa hoje do Congresso Sul-Brasileiro dos Conselhos Tutelares em Bento Gonçalves (RS).

Em tempo, não há previsão no Senado Federal de apreciação da PEC aprovada na Câmara. Na Casa Alta, ganha força a proposta do senador Serra (PSDB-SP), de aumentar de 3 para 10 anos a internação de menores infratores de crimes hediondos.

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Jantar no Rio vai selar PMDB na oposição e lançar Paes ao Planalto
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Leandro Mazzini

Paes: o anfitrião tomou a iniciativa de provocar o grito de independência. Foto: ABr

Paes: o anfitrião tomou a iniciativa de provocar o grito de independência. Foto: ABr

O PMDB não quer e não vai esperar o fim do Governo para desembarcar. Aproveitará a má fase do aliado PT e já pretende demarcar território com vistas à eleição presidencial daqui a três anos.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), convidou as bancadas do partido na Câmara e Senado para um jantar e passeio pelas obras da administração.

No jantar na Gávea Pequena, na próxima quinta (9), a turma vai saudá-lo como potencial candidato ao Planalto. Na sexta, a ‘press-trip’ peemedebista visita as obras do Porto Maravilha – a maior obra no Brasil do…PAC, financiado pela gestão do PT, iniciado no governo Lula e tocado pela gestão Dilma Rousseff.

O comboio de deputados e senadores também passará pela Vila Olímpica de Deodoro (Zona Oeste) e pelo Parque Olímpico em construção na Barra.

Embora Paes seja saudado como presidenciável, o movimento é mais partidário do que pessoal. Na verdade, o prefeito é candidatíssimo ao Governo do Estado.

Os entusiastas do projeto de independência do partido em relação ao PT e do pré-lançamento de Paes formam um poderoso trio da capital, dois deles com projeções em Brasília: A ideia, com o consentimento do prefeito, partiu dos Picciani – Jorge, o pai, presidente da Assembleia Legislativa; e Leonardo, o líder do PMDB na Câmara dos Deputados. E com o aval do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

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BALANÇO 

Mas o partido não está unido. Dos 72 deputados federais eleitos – 67 em exercício e cinco licenciados – alguns poucos ainda votam com o Governo e são fiéis ao Planalto. Caso, por exemplo, de Darcísio Perondi (PMDB-RS), que fez coro com o PT contra a redução da maioridade penal.

Entre os 17 senadores, pelo menos três são declaradamente apoiadores da presidente Dilma, mas nem tanto alinhados como no primeiro governo: Edison Lobão (MA), Eunício Oliveira (CE) e Roberto Requião (PR).


Renan e Cunha vão manter proposta para sabatina de indicados a estatais
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Leandro Mazzini

Foto: Folha/UOL

Foto: Folha/UOL

Vem guerra na Praça dos Três Poderes.

Apesar de a presidente Dilma bater o pé, não haverá recuo no Congresso Nacional. Os presidentes do Senado e Câmara, Renan Calheiros e Eduardo Cunha, respectivamente, combinaram de manter na Lei de Responsabilidade das Estatais a obrigatoriedade de sabatina, pelo Senado, para diretores e presidentes indicados pela Presidência.

Dilma não concorda, já avisou que é uma prerrogativa da Presidência. Se passar, deve vetar o item na sanção.


Ex-deputado do PT é o novo presidente da EBSERH
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Leandro Mazzini

newton

O Palácio do Planalto vai pagando, aos poucos, a fatura com a base governista. O novo presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) é o ex-deputado federal do PT paulista Newton Lima Neto. Natural de São Carlos, ele foi prefeito duas vezes e também reitor da conhecida universidade no município.