Coluna Esplanada

Arquivo : Senado

Projeto da reativação de bingos e cassinos volta forte ao Congresso
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Leandro Mazzini

Pelo projeto, cassinos seriam permitidos em resorts no País. Foto extraída do mauoscar.com

Pelo projeto, cassinos seriam permitidos em resorts no País. Foto extraída do mauoscar.com

Entrou como grande aposta de avanço na pauta do Senado o PLS 186/14, o ‘Projeto do Jogo’, de autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI), amigo de donos de bingos. Apresentada em maio passado, a proposta reativa os bingos e cassinos no Brasil e, embora seja tema polêmico e não consensual entre bancadas, ganhou forte apoio político nos últimos meses.

O PLS tramita na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, e chegou ao senador Anastasia dia 18 de março após desistência do senador Benedito de Lira (PP-AL), alvo de inquérito no STF na Operação Lava Jato. Mas a relatoria já foi devolvida para o presidente da Comissão, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Desde o fechamento das casas de bingos, em 2003. A nova proposta abrange a legalização dos jogos de azar e inclui o Jogo do Bicho, os bingos, os caça-níqueis, a abertura de cassinos em resorts e os sites de apostas.

O ministro do Turismo, Vinícius Lages, é a favor. No texto do PLS, as disposições preliminares justificam a importância das casas de jogos ‘em reconhecimento ao seu valor histórico-cultural e à sua finalidade social para o País’.

O discurso na Câmara e Senado é de que, se bem regulamentados e fiscalizados, os bingos e cassinos poderiam render R$ 18 bilhões em tributos para o Tesouro, por ano. Em tempos de recessão na economia, aperto fiscal e tentativa de aumentar caixa para a União, seria uma boa alternativa para o Governo, apostam os defensores do projeto.

TRAMITAÇÃO

O PLS é terminativo (não vai a plenário) e terá sua decisão conclusiva na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, mas antes passará, além da Comissão de Turismo, pelas comissões de Ciência & Tecnologia e de Assuntos Econômicos (CAE). Estima-se que os principais embates de prós e contras sejam na CAE e na CCJ.


Levy assume papel de articulador político e ofusca Pepe Vargas
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Leandro Mazzini

Foto: Ag. Senado

Foto: Ag. Senado

A visita de Joaquim Levy ontem ao presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-RN), contribuiu para amenizar o clima tenso entre o Palácio do Planalto e o Legislativo – e provou que o ministro da Fazenda assumiu a função de articulador do ministro palaciano Pepe Vargas, com quem a cúpula do Congresso não dialoga.

Semana passada, por telefone, Levy desabafou para Renan: ‘Só aceitei (a interlocução) porque me disseram no Palácio que tudo seria aprovado no Congresso’. E o presidente rebateu: ‘Não, aqui não é assim, as pessoas vão querer aprimorar, ou modificar..’

A chegada de Levy para negociar a mudança na correção na tabela do Imposto de Renda, que resultou no acordo, foi vista com bons olhos por Renan Calheiros e os senadores da base governista e oposição. Um sinal de que o Palácio enviou o emissário certo, e com humildade, para retomar a interlocução.

A cada dia mais nulo na interlocução com o Legislativo, o ministro Pepe Vargas ganhou novos apelidos nas Casas: ‘É o rei da ingenuidade’, conta um senador. Apesar do esforço do ministro em tomar à frente da articulação com as Casas, há um desdém imposto por Renan e principalmente pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Este é o destaque da Coluna de hoje, enviada ontem (10/03) às 19h para os jornais da rede Esplanada


‘Fiscalização e Controle’ do Senado vai listar obras paradas do PAC
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Leandro Mazzini

Foto: Ag. Senado

Foto: Ag. Senado

Sob controle do PSDB, a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado vai fechar o cerco à administração da presidente Dilma Rousseff.

O presidente da comissão, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), promete atuação rigorosa sobre as contas públicas. Deu entrada no pedido de criação de duas subcomissões temporárias.

Uma delas para levantar e avaliar as centenas de obras inacabadas país afora. A outra para fiscalizar a aplicação dos recursos das entidades do Sistema S, uma caixa preta, segundo ele, que movimenta recursos bilionários de natureza tributária.


Despedida de Sarney contou com sete senadores, sem presidente Renan
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Leandro Mazzini

sarney

Foto: Ag. Senado

No discurso de despedida proferido pelo senador José Sarney (PMDB-AP), nesta quinta-feira, havia apenas sete senadores pouco antes das 16h, quando o encerrou.

Revezaram-se 17 durante a fala. Mas a ausência sentida foi a do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL).

A despeito de todas as críticas ao ex-presidente da República, como fisiologismo em estatais e domínio e manutenção do Maranhão com índices ruins de igualdade social por décadas, o senador que se despede da vida pública tem seus méritos.

Como presidente, segurou a transição democrática com os militares após a morte de Tancredo Neves, e valorizou muitas carreiras dos servidores públicos.

Com Maurício Nogueira


PSDB já tem alvo preferencial para o verão 2014/15: MST na Venezuela
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Leandro Mazzini

Foto extraída do site amambainoticias.com.br

Foto extraída do site amambainoticias.com.br

A oposição já tem alvo para o verão 2014/15: a ligação oficial do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) com o governo da Venezuela.

O líder do PSDB, senador Aloysio Nunes (SP), apresentou requerimento na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional para ouvir o embaixador da Venezuela no Brasil, Diego Bellavia. Desconfia da ‘troca de experiência agroecológica’ entre o governo do país vizinho e o movimento social brasileiro.

Em tempo, o governo da Venezuela continua no seu melhor estilo Chávez-Madurista: mandou recado para embaixadores em Caracas indicando contrariedade nos diálogos deles com a oposição. A chanceler da Colômbia, Maria Holguin, quebrou o silêncio de semanas e rebateu, para um jornal de seu País. Em outras palavras, indicou que isso não é democracia.

Não é de hoje que a situação sócio-política na Venezuela assusta os vizinhos na América do Sul. Em abril, a Coluna revelou que o então embaixador do Brasil em Caracas, José Marcondes de Carvalho, fugiu com a esposa do país após ameaça de morte ao casal. Ela é artista plástica peruana e fez críticas a Maduro. Embora tenha negado, o Itamaraty fez gestões para blindá-lo.

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Senador Cristovam devolve carro oficial e vai a pé para o Congresso
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Leandro Mazzini

Foto extraída do site da associação park way de Brasília

Foto extraída do site da associação park way de Brasília

Atualizada quinta, 6, 17h05 – O estilo Reguffe de atuar chegou ao Senado bem antes da posse do novo parlamentar da Casa.

Conhecido em Brasília por ser deputado austero e que economiza verbas de custeio em prol dos cofres públicos, o futuro senador Antonio Reguffe (PDT) prometeu na campanha que não usaria o carro oficial com motorista se eleito, uma benesse do cargo.

Antecipando-se a ele, o senador aliado Cristovam Buarque (PDT-DF) devolveu o seu carro oficial mês passado e remanejou seu motorista para outra função no gabinete. Cristovam usou o benefício nos primeiros quatro anos de mandato.

Para compromissos oficiais, Cristovam agora pega táxi ou carona com funcionários – e nestes casos paga a gasolina. E há dias que vai a pé de casa para o Congresso. (Aqui, um adendo. Muito leitor duvidou da caminhada. Descobrimos o endereço do senador, na Quadra 216 Sul. De lá para o Congresso são 9km. A assessoria informa que, quando ele cansa, pega um táxi no caminho)

CUSTOS & EXEMPLO

Mas Reguffe terá no aliado um ‘concorrente’: Desde o início do mandato, Cristovam é o senador mais barato da Casa, dizem próximos.

Como foi reitor da UnB, ele recebe salário de aposentado e, deste modo, praticamente não tem salário de senador – o Senado apenas complementa uma quantia pequena para que não ultrapasse o teto constitucional.

O parlamentar não divulga, mas amigos lembram, meio à brinca, que o caso do carro pode ser inverso: ‘Talvez Reguffe tenha visto que Cristovam devolveria o carro e na campanha tenha prometido o mesmo’.

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REGUFFE 

Reguffe se notabilizou por cortar verbas de custeio. Foto extraída de acritica.uol.com.br

Reguffe se notabilizou por cortar verbas de custeio. Foto extraída de acritica.uol.com.br

Ex-deputado distrital, onde consagrou seu estilo, Reguffe foi o federal mais votado no país, proporcionalmente, em 2010, e levou seu jeito de trabalhar para a Câmara.

Na campanha deste ano para o Senado, o principal adversário de Reguffe, Magela (PT), espalhou carros de som por Brasília para detoná-lo, dizendo que não seria senador para ‘contar palitos’.

Reguffe já divulgou que vai atuar no Senado com gabinete enxuto: apenas 15 assessores. Outros colegas chegam a ter 40.


Renan Calheiros faz jogo de cena, mas quer reeleição em fevereiro
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Leandro Mazzini

renan

Adivinhem quem vai voltar?. Foto extraída de pimenta.blog.br

Atualização quarta, 5/11 – O senador Renan Calheiros diz que não quer mais o cargo, mas é jogo de cena.

Nos bastidores do Senado, o presidente do Congresso Nacional já articula uma recondução para o cargo em fevereiro.

O PMDB continua forte na Casa – terá em 2015 18 senadores, contra 12 do PT e 10 do PSDB – e Renan elegeu o filho governador em Alagoas. Não haveria cenário melhor para negociar com aliados

O Senado também não entra no jogo da Câmara – cada Casa é um caso, diz Renan a pemedebistas e aliados suprapartidários – e independentemente do resultado para a presidência da Câmara, o PMDB não abrirá mão do comando no Senado.

Ou seja, mesmo que o PMDB mantenha eventualmente o comando da Câmara, o PT não pode ficar de chororô para o Senado, não há trato.

Em tempo, aliado da presidente Dilma, Renan não presidiu hoje a sessão que marcou o retorno do presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) ao plenário. A missão ficou com Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). O que não quer dizer que Renan também não negocia com os tucanos a sua recondução.

Para a oposição, ainda é cedo para indicar algum nome. E vão indicar, obviamente. Mas é cedo só para eles, não para o PMDB e Renan.


Em Pernambuco, astrologia não ajuda candidato do PT ao Senado
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Leandro Mazzini

Os astros deram de ombros para a eleição no Brasil. Pelo menos é o que evidencia um caso à tona.

jp

Foto: blogdosertao

Derrotado em Pernambuco – ao contrário do que previam todas as pesquisas de intenção -, o candidato ao Senado pelo PT João Paulo sentiu o golpe.

Como senador, pretendia voltar à Prefeitura do Recife em 2016 e desbancar o atual Geraldo Júlio (PSB), o ‘poste’ eleito por Eduardo Campos. Mas João Paulo foi enganado pela Astrologia, que o mandou votar exatamente às 14h08.


Novo senador gaúcho é conhecido como repórter do choque ao vivo na TV
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Leandro Mazzini

lasier

Você já deve ter visto o vídeo na internet, e nem sabia que o personagem vítima de cena cômica será senador da República a partir de fevereiro de 2015.

Eleito senador no último domingo com 2.145.479 votos, pelo Rio Grande do Sul, Lasier Martins (PDT) – conceituado repórter dos canais de televisão no Sul – é mais conhecido nacionalmente (pelo menos nas redes sociais) como o ‘repórter que levou choque ao vivo na TV’.

Explica-se: Anos atrás Lasier fez uma ‘entrada’ ao vivo num telejornal gaúcho, direto de uma exposição, quando tocou num cacho de uvas e num fio desencapado. Ele gritou de dor e o choque o levou ao chão – tudo ao vivo pela TV. Assista aqui ou clique na imagem.

Agora, Lasier terá a oportunidade de mostrar no Senado as suas propostas políticas e como vai atuar em defesa de seu Estado (com o devido cuidado com o microfone).

Com a eleição de Lasier, o RS ganha seu segundo senador jornalista. A senadora Ana Amélia – que disputou o governo este ano e ficou em 3º lugar – foi repórter da rede RBS e apresentadora do programa “Panorama Econômico”, na TV Globo do Sul, nos anos 80.

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Ex-diretor do Senado, Agaciel manda recado velado a quem o investiga
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Leandro Mazzini

O deputado distrital no DF Agaciel Maia (PTC), candidato à reeleição, mandou recados velados para servidores que investigam o uso de dados sigilosos dos funcionários do Senado vazados para o mailing de sua campanha.

Ex-diretor-geral do Senado, o poderoso chefão – pelo visto manda muito lá dentro ainda – Agaciel avisou que hoje é deputado, mas será ‘senador em 2018’.. Em tempo, os servidores que denunciaram o caso no Senado deram queixa na Procuradoria Eleitoral. E multiplicam-se os cidadãos brasilienses funcionários do Senado que informam ter recebido em casa material de campanha de Agaciel, sem autorização.

Era do estilo de Agaciel, quando manda-chuva do Congresso, tratar a pão de ló e como reis e rainhas os(as) senadores(as). Daí a saudade da Casa – e do que poderá usufruir.