Coluna Esplanada

Arquivo : Senado

Pagou, levou: Senado tem nove suplentes sem voto como titulares
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Leandro Mazzini

Uma tentativa de reforma política, que nunca avança, é o fim do suplente de senador, sem voto Dá nisso: o empresário financia a campanha do nome que vai à urna, e uma vez eleito, o aliado cede alguns meses ou até anos na vaga.

Atualmente, são nove ‘senadores’ suplentes no cargo. Gente que você nunca viu, em quem nem votou, mas que desfila como rei ou rainha, com todos os benefícios e honras.

São os sem-votos representantes de senadores que solicitam licença saúde, ou por motivos particulares, ou porque são convidados para serem secretários de Estado e ministros. Tudo combinado.

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Ex de Brunet, bilionário pode virar senador
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Leandro Mazzini

Há uma velada expectativa num grupo político do Amazonas, que pode levar para o Senado o empresário bilionário Lírio Parisotto, segundo suplente do senador Eduardo Braga.

Neste caso, eventual processo judicial com a ex-mulher Luiza Brunet, que o acusa de agressão, vai direto para o Supremo Tribunal Federal.

O cenário envolve o Tribunal Superior Eleitoral, que pode decidir em breve pela cassação do governador do Amazonas, José Melo (PROS), já cassado pelo TRE por irregularidades na campanha de 2014.

Se o TSE endossar a condenação, quem assume a vaga de governador é o segundo colocado, o senador Braga – cujos advogados já requereram ao Tribunal Regional a posse imediata, por ora negada até o julgamento em última instância.

A primeira suplente no Senado é a esposa de Eduardo Braga, que o acompanhará para Manaus em caso de posse no palácio, abrindo caminho para Parisotto na Casa Alta.

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Senado vai votar fim das coligações e cláusula de barreira
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Leandro Mazzini

Passou sem alarde na terça-feira na Comissão de Constituição e Justiça do Senado uma Proposta de Emenda à Constituição que, se vingar em plenário, abre caminho para o fim dos partidos considerados ‘nanicos’.

Trata-se da PEC 36, que exige a fidelidade partidária, elimina as coligações proporcionais nas eleições – e por consequência a figura do ‘puxador de votos’ para os candidatos com poucos votos – e cria uma cláusula de barreira. O texto seguiu para plenário e está na fila, pode ser votado ainda este ano.

Os autores são os tucanos Aécio Neves (presidente do PSDB e presidenciável em 2018) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES), pré-candidato ao governo do Espírito Santo. O relator foi outro tucano, o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), líder do Governo no Congresso.

No caso da fidelidade, a proposta determina que quem se eleger a mandatos em 2016 e 2018, de vereador a deputados e senadores, vai perder a vaga caso mude de partido. Será mantido o direito da mudança caso o mandatário alegue e prove alteração no programa partidário e perseguição política.

A cláusula de barreira ainda será definida, mas envolve em especial o direito ao fundo partidário apenas a partidos com um significado contingente representativo na Câmara Federal e no Senado.

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PSDB pressiona Temer por diálogo e ameaça com MPs
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Leandro Mazzini

O PSDB está decidido a dar uma resposta ao que chama de ‘traição’ da bancada do PMDB no Senado que articulou para manter os direitos políticos da presidente destituída Dilma Rousseff.

A ameaça tucana é deixar caducar duas Medidas Provisórias prioritárias para o Planalto.

Uma MP reduz o número de ministérios, e a outra cria o Programa de Parcerias e Investimentos – esta associada à manutenção do cargo do ministro Moreira Franco.

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Esplanadeira: A ação de J. Barbosa, o diplomata brabo e Gleisi ‘proibida’
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Leandro Mazzini

Esplanadeira é a seção publicada esporadicamente que traz as curtinhas do dia publicadas nos jornais pela Coluna

CONEXÃO EUA-BRASIL

O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa está advogando para um fundo de pensão americano e minoritários dos EUA que perderam milhões com a derrocada da Petrobras.

SAMUCA TÁ BRABO

O embaixador Samuel Pinheiro, ex-ministro de FHC e secretário-geral do Itamaraty no Governo Lula da Silva, notoriamente da esquerda, dá nota zero para Michel Temer: “Porque ele é ilegítimo; o Governo Temer não é um Governo, é uma usurpação”.

PATOTA DO FATIAMENTO

O acordo para manter os direitos políticos da presidente cassada Dilma Rousseff foi consolidado na madrugada de quarta-feira, horas antes da votação.

O plano, idealizado dias antes na moita, teve redação final foi traçada no Cafezinho do Senado pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), senadores do PMDB e Humberto Costa (PT-PE) – autor do destaque.

MAL NA FOTO

Candidatos às prefeituras e assembleias legislativas do Paraná têm evitado vincular suas imagens de campanha à da senadora Gleisi Hoffmann (PT), depois da prisão do marido, ex-ministro Paulo Bernardo, e de denúncias de envolvimento na Lava Jato.

TE PEGO LÁ FORA

Uma cena chamou a atenção enquanto o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) chamava os colegas de “canalhas” antes da votação do impeachment. Os senadores Reguffe (sem partido) e Aloysio Nunes (PSDB-SP) cerraram os punhos e bateram na bancada.

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Primeira crise interna da gestão Temer: PSDB enciumado com Jucá
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Leandro Mazzini

Foto: Ag. Senado

Foto: Ag. Senado

A bancada do PSDB no Senado está incomodada, em especial o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), com a informação de que o presidente Michel Temer pretende mudar a liderança do Governo no Senado.

Impossibilitado de ocupar a chefia de ministério, após as gravações reveladas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) está mais que cotado para assumir o posto – já ocupado por ele nos governos Lula e Dilma.

Os tucanos também não engoliram o acordão do PT com PMDB, que ficou evidente, para livrar Dilma Rousseff da inelegibilidade – o que pode abrir precedente para salvar Eduardo Cunha no processo da Câmara: ou seja, ele pode até ser cassado, mas salvo da inelegibilidade e, se não ficar na mira da Justiça, voltar a se candidatar em 2018.

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Senador Cristovam encerra sessão sob gritos de golpista e sai escoltado
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Leandro Mazzini

cris

Uma confusão no fim da manhã desta quinta-feira (1) na Comissão de Educação e Cultura do Senado Federal.

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF), presidente da comissão, encerrou uma audiência quando manifestantes invadiram o local com faixas e cartazes contra o impeachment de Dilma Rousseff, e palavras de ordem como ‘golpista’ e ‘traidor’.

O grupo manifestava em especial contra o debate do projeto de lei ‘Escola sem partido’, apresentado pelo senador Magno Malta (PR-ES), que proíbe a doutrinação política por parte de professores – com viés de direita ou esquerda – em disciplinas escolares.

Como notório, Cristovam votou pelo impeachment de Dilma. Ele foi filiado ao PT, ministro da Educação no primeiro governo de Lula da Silva, e até poucos meses atrás se dizia indeciso sobre o voto no processo.

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Assista ao vídeo gravado por leitor:

video


Berzoini incorpora o Cabôco Pelego e dá bronca em seguranças
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Leandro Mazzini

Durante o depoimento da presidente afastada Dilma Rousseff ontem no plenário do Senado, os ex-ministros Ricardo Berzoini e Míriam Belchior por pouco não entraram no tapa com seguranças que lhes barraram no plenário.

“Não quero saber; vou passar e pronto!”, soltou um revoltado Berzoini. E entrou.

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O roteiro de Dilma para o Senado e o media training para não se irritar
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Leandro Mazzini

O roteiro do depoimento da presidente afastada Dilma Rousseff é desenhado no Palácio da Alvorada. Ela faz media training diariamente para controlar a raiva e não cair em armadilhas provocativas dos adversários.

Dilma dedicará cerca de 20 minutos rebatendo as denúncias; os outros dez serão permeados pela alegação de que é vítima de um golpe que “a história julgará”.

Um dos pontos do roteiro traçado pelos petistas incluía Dilma e o ex-presidente Lula da Silva, e outros aliados, descendo a rampa do Congresso de braços entrelaçados, na tentativa de passar imagem para a História de que foram vítimas de um golpe e expulsos pelo Congresso.

Mas Lula e a esposa Marisa Letícia acabam de ser indiciados pela Polícia Federal, no caso do triplex no Guarujá (SP), e o plano deve mudar.


Processo de impeachment revela vingança, dossiês e esperanças
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Leandro Mazzini

São previsíveis momentos de constrangimento extremo durante o depoimento da presidente afastada Dilma Rousseff no plenário do Senado, na segunda-feira, cujo processo se inicia hoje.

Um deles será durante as perguntas de ex-ministros dos governos do PT, hoje no front de Michel Temer, chamado de golpista. Em resposta aos ex-aliados, a petista já guarda a expressão ‘Me admira você’. Ela vai levar um dossiê, em papel e na memória, contra cada um dos senadores que lhe virou as costas.

O processo já revela no Senado instantes de paixões exacerbadas de quem é pró e contra o impeachment, desejos de vingança e de esperança.

O senador Agripino Maia (DEM-RN) diz que a tese de golpe bradada pela presidente afastada Dilma e aliados caiu por terra. “Só de ela vir fazer a defesa frente ao presidente do STF legitima o processo”, afirma o democrata.

Agripino não esqueceu, e não engoliu até hoje, aquela resposta de Dilma em 2009 no Senado, então candidata ao Planalto, que o deixou mal na fita, quando perguntou por que ela mentiu ao ser torturada na ditadura.

O senador Paulo Paim (PT-RS) aponta que o discurso de Dilma será decisivo para “derrubar o impeachment”. “Grande parte dos senadores que a julgam responde processos e há até três meses estavam dentro do Palácio usufruindo do Governo dela”.

O senador Jorge Viana (PT-AC) recorre à fé ao afirmar que não é “impossível” conseguir seis votos para derrubar o impeachment no plenário. “Temos que acreditar até o último momento que essa marcha da insensatez possa ser interrompida”, profetiza.

Seis aliados do presidente Michel Temer foram escalados para elevar o tom das perguntas à presidente afastada. Cássio Cunha (PSDB), Agripino Maia (DEM), Aloysio Nunes (PSDB), Aécio Neves (PSDB), Simone Tebet (PMDB) e Ana Amélia (PP).

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