Coluna Esplanada

Arquivo : Senado

Volta de Delcídio: dúvidas sobre contato com colegas e horário de sessões
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Leandro Mazzini

Foto de arquivo

Foto de arquivo

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) informou à Justiça Federal dois endereços em Brasília no qual poderá ser encontrado, durante a recolhimento domiciliar noturno ao qual teve direito por liminar do STF – o hotel 5 estrelas onde reside, pago pelo Senado durante sua prisão – e um apartamento, com endereço não divulgado, onde se reuniu com a família e recebeu a sua mãe no fim de semana.

A defesa de Delcídio fez dois questionamentos à Justiça, diante da volta do senador prevista para esta terça-feira, a fim de evitar que ele caia involuntariamente em armadilhas que possam lhe custar a liberdade:

Delcídio poderá ter contato com outros 14 colegas (isso mesmo!) senadores investigados na Lava Jato? E até que horas o senador poderá ficar na rua ou no plenário, porque há sessões do Senado que varam a noite.

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Senado paga Delcídio preso e esconde os gastos
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Leandro Mazzini

Reprodução da página do Senado Federal na internet, de ontem à noite.

Reprodução da página do Senado Federal na internet, de ontem à noite. No rodapé, o “acesso negado”

Nunca um detento investigado ganhou tanto dinheiro no Brasil.

Preso pela Polícia Federal na esteira da operação Lava Jato dia 25 de novembro, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) recebeu integralmente os salários de dezembro e janeiro, o 13º salário e terá direito ao 14º em fevereiro, mesmo recluso numa cela num quartel da Polícia Militar em Brasília.

O Senado banca desde novembro também os gastos do gabinete no Congresso e do escritório em Campo Grande (MS), seu reduto eleitoral.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), bate no peito para falar da transparência da Casa, mas o site do Senado negou acesso aos gastos do parlamentar detido.

Por Delcídio ainda ser senador da República, mesmo numa situação sui generis, ele tem direito aos recursos. Mas os colegas e a Mesa Diretora nada fizeram para moralizar isso até o momento.

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Afif recorre a líderes dos partidos para aprovar Super Simples
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Leandro Mazzini

Foto: UOL

Foto: UOL

Sem o apoio do Ministério da Fazenda e da Receita, que declaradamente lutam contra a aprovação do Super Simples no Congresso Nacional, o ex-ministro da Micro e Pequena Empresa Guilherme Afif Domingos, atualmente presidente do Sebrae, faz uma ofensiva junto a partidos e líderes para destravar a tramitação do projeto marca de sua gestão.

Em síntese, o Super Simples aumenta o teto de tabelas de arrecadação e inclui até 140 setores da economia numa lista que vai beneficiar empresas de pequeno porte com a redução de impostos.

Ciente do interesse público nacional para a questão, mas temerosa de perder mais receitas, a presidente Dilma não se pronuncia, embora haja desejo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em colocar em pauta.

Numa aliança inédita com o PSDB, a Fazenda conseguiu brecar o pedido de urgência para plenário, solicitado pela senadora Marta Suplicy (PMDB-SP).

“Haverá avanços ainda no primeiro semestre de 2016”, diz Afif à Coluna, confiante de que o interesse é comum no Legislativo, pressionado por empresários de vários setores.

Afif aponta a complicada conjuntura política no Congresso como fator que contribuiu para ofuscar o projeto.

“O ajuste fiscal não aconteceu e o projeto avançou na Câmara e Senado à revelia da Fazenda e com resistência da Receita Federal”, complementa.

O secretário da Receita, Jorge Rachid, chegou a visitar parlamentares para pedir que não colocassem em pauta na Câmara a proposta. Alega, num discurso afinado com a Fazenda, que o Governo pode perder até R$ 60 bilhões com a aprovação do Super Simples. Com estudos às mãos, Afif garante que esse teto não passará de R$ 5 bilhões, e que “a recuperação será a curto prazo”.

A resposta da Câmara veio semanas depois. Uma derrota acachapante de Rachid e do então ministro Joaquim Levy. A proposta passou por 417 votos a favor e apenas dois votos contra – inclusive com a ajuda do PT. A luta agora é no Senado, mais afinado com o Palácio do Planalto que a Câmara.

O presidente do Sebrae repete um bordão para convencer o Congresso a aprovar: “Quando todos pagam menos, o Governo arrecada mais”.

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Para oposição, IBGE esconde desemprego muito maior
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Leandro Mazzini

O senador Ataídes - há desconexão com a realidade. Foto: Ag. Senado

O senador Ataídes – há desconexão com a realidade. Foto: Ag. Senado

A oposição quer um pente fino no método de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o desemprego no País. Os números podem ser muito maiores que o divulgado oficialmente pelo órgão.

Foi o que indicou o próprio coordenador de Trabalho e Rendimento do instituto, Cimar Pereira, durante audiência pública no Senado.

Entre os tópicos destacados pelo senador Ataídes de Oliveira (PSDB-TO), que convidou o técnico, destaca-se o fato de IBGE considerar empregada a pessoa que faz um “bico”, mesmo que uma vez por semana.

“Se o trabalhador está há mais de 30 dias sem procurar emprego, ele não entra na estatística dos desempregados, mas sim dos desalentados”, complementa o senador.

Há dois outros fatores que contribuem para a desconfiança de que os índices são omitidos. A geração “nem-nem” – jovens que nem estudam nem trabalham – também não é registrada nos levantamentos. São cerca de dez milhões de jovens nessa situação.

E o IBGE não contabiliza como desocupados quem está recebendo seguro desemprego. E são outros milhões.

Senadores ficaram surpresos com a declaração-desabafo do coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE na audiência:

“Eu nunca gostei, como técnico, de analisar o mercado de trabalho pelo desemprego e, sim, pelo emprego. Para analisar o mercado de trabalho, não se deve usar a taxa de desocupação como indicador sintético”, disse Cimar Pereira.

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Nenhum senador visita Delcídio na cadeia, outrora bajulado no Congresso
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Leandro Mazzini

O líder do Governo no Congresso, em tempos de Poder em plenário. Foto: Folha/UOL

O líder do Governo no Congresso, em tempos de Poder em plenário. Foto: Folha/UOL

Até há poucas semanas bajulado por líderes partidários do Congresso Nacional, senadores e lobistas, com fila na porta, o ainda senador Delcídio do Amaral (PT-MS) não recebeu visita de nenhum colega na cadeia – além dele, o PT tem mais 13 mandatários na Casa Alta.

Apenas um pequeno grupo de deputados estaduais do Mato Grosso do Sul, aliados fiéis da base eleitoral, passou pela cela da Polícia Federal para um papo. O petista foi transferido para uma sala no quartel general da Polícia Militar do Distrito Federal.

Acusado de maracutaias em contratos de empresas com a Petrobras, Delcídio foi detido sob acusação de tentativa de obstrução da Justiça em investigações no processo da operação Lava Jato, após ter conversa gravada pelo filho do ex-diretor internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

Ele já foi diretor da empresa na gestão do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, e na Era Lula é apontado como um dos principais padrinhos do ex-diretor Ceveró, também preso.

Um interlocutor muito próximo avisou à Coluna que ele será novamente bajulado. Em questão de dias. Delcídio fechou delação premiada com a Justiça Federal.

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Entidades religiosas iniciam ofensiva contra legalização dos jogos
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Leandro Mazzini

Foto: Ag. Senado

Foto: Ag. Senado

Aposta alta do Governo para elevar a arrecadação em tempos de crise econômica, a legalização dos jogos, que avança no Senado – e devagar na Câmara – pode esbarrar num bloqueio de entidades contrárias ao setor, que iniciam batalha regimental.

Provocado pela entidade católica ProVida DF, o senador evangélico Magno Malta (PR-ES) vai apresentar recurso à Mesa do Senado em fevereiro na tentativa de travar o PLS 186/14, que autoriza a volta de bingos e cassinos, e oficializa o jogo do bicho no Brasil.

O projeto em tramitação é terminativo em comissões. Malta quer avaliação em plenário. Caso consiga dez assinaturas de colegas, o projeto vai a plenário. Pelo contrário, a proposta segue para a Câmara e será apensada a outras em análise na comissão especial dos deputados.

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Renan chega tenso ao Senado: “Não tenho informações, vou ligar”
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Leandro Mazzini

Foto extraída do em.com.br

Foto extraída do em.com.br

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) chegou tenso ao Congresso Nacional por volta de 11h15, cercado de seguranças, sem falar com a imprensa. À Coluna, foi breve:

“Não tenho informações, vou ter que ligar para saber” – sem dizer para quem telefonaria.

A PF, em nova fase da operação Lava Jato, cumpre mandados de busca e apreensão determinados pelo ministro do STF Teori Zavascki, priorizando políticos investigados pela Corte. Zavascki porém negou mandado de busca e apreensão em escritório de Renan, pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

A operação também faz buscas na sede do PMDB em Alagoas, terra de Renan.

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Com Walmor Parente


Insatisfeito no PT, Walter Pinheiro nega negociação com outros partidos
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Leandro Mazzini

Foto: Ag. Senado

Foto: Ag. Senado

Anda magoado com o PT o senador Walter Pinheiro (BA). Revela que há meses não conversa com o partido (com a cúpula e a Executiva). O afastamento é notório – ele e o colega Paulo Paim (RS) foram os únicos da bancada petista a votarem pela manutenção da prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS).

Pinheiro reclama de especulações: “Querem me colocar na Rede, na praia..”, brinca, sobre partido de Marina Silva.

Ele ainda não decidiu se sai do PT e repete que não há nenhuma opção. Por ora.

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Suplente é ‘de caráter ilibado e responsável’, disse Delcídio
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Leandro Mazzini

No vaivém de informações e tensão hoje no Congresso Nacional com a inédita prisão de um senador, um atento observador do cenário político de Mato Grosso do Sul lembra que Delcídio Amaral é, digamos, um visionário, vide a sua situação atual.

Anos atrás, na campanha para o senado, ele escreveu nos folders distribuídos para os eleitores, sobre a escolha do seu suplente, o professor Pedro Chaves:

“Tive a preocupação de buscar uma pessoa de caráter ilibado, responsável”.

Independentemente do que vier nos próximos dias, semanas ou meses, o suplente está de sobreaviso na base.

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Jucá e Eunício já disputam sucessão de Renan para 2017
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Leandro Mazzini

Jucá (em primeiro plano), ao lado de Eunício no plenário - com Jereissati ao fundo. PSDB sem chances por ora

Jucá (em primeiro plano), ao lado de Eunício no plenário – com Jereissati ao fundo. PSDB sem chances por ora

A hegemonia do PMDB no Senado, com o PT enfraquecido e o PSDB ainda perdido na oposição, pode causar uma involuntária autofagia na legenda.

Mal terminou o primeiro ano de mandato do presidente Renan Calheiros à frente do Congresso, dois pemedebistas disputam a indicação de Renan para sua sucessão: os senadores Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Romero Jucá (PMDB-RR).

Há leve vantagem para Jucá, tido como melhor distribuidor de benesses.