Coluna Esplanada

Arquivo : deputados

Mais de 160 inscritos para falar na comissão do impeachment
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Leandro Mazzini

Foto: UOL arquivo

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Atualização quinta, 7, 16h30 – A Mesa da Comissão especial que analisa o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados, registrou no início da tarde desta quinta (7) mais de 160 deputados inscritos para discursar – contra e a favor – na sessão de hoje.

Além dos 65 titulares com direito a se pronunciar, os 65 suplentes também podem, e o regimento da Casa ainda abre o direito a deputados não integrantes da comissão.

A estimativa é a de que a sessão desta sexta-feira (8) – e não hoje como publicado anteriormente – termine só pela madrugada de sábado. A não ser que o presidente Rogério Rosso (PSD-DF), de comum acordo com os parlamentares, decida suspendê-la para recomeçar no sábado pela manhã.

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Kassab sugere mais um ministério para PSD aumentar votos a Dilma
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Leandro Mazzini

Foto: UOL

Foto: UOL

Nada de faca no pescoço, nem pedido escancarado.

Consultado por emissários do Palácio, Gilberto Kassab, aliado de primeira hora da presidente Dilma desde o primeiro mandato, presidente do PSD e ministro das Cidades, avisou discretamente aos ministros palacianos que, hoje, garante pelo menos 10 votos à chefe no plenário, na tentativa de evitar o seu impeachment.

Mas é muito pouco, para uma bancada de 33 parlamentares cujo partido manda no ministério das Cidades.

Kassab então sugeriu que os votos podem chegar a 25 favoráveis se ao PSD for cedida outra pasta da Esplanada. Os ministros Ricardo Berzoini (Governo) e Jaques Wagner (Gabinete) agora se viram para tirar um ministério do PMDB para ceder ao PSD.

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Planalto aposta em ausências e abstenções para salvar Dilma
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Leandro Mazzini

A aposta dos ministros palacianos não se atém à busca de 172 votos aliados dos 513 deputados – o suficiente para barrar o processo de impeachment no plenário.

O Governo investe na abstenção e ausências. É que há muitos casos de parlamentares que são aliados, querem votar por Dilma, mas temem pressão dos redutos eleitorais, com a população contra Dilma.

Os ministros os incentivam a não aparecerem. Isso ajuda Dilma.

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Tensão no Congresso: PF teria vídeos de deputados no gabinete de Cunha
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Leandro Mazzini

Há dois domingos, quando a Coluna revelou o plantão de fim de semana do ministro Teori Zavascki no STF, e a simultânea mobilização de 100 agentes da Polícia Federal no Nordeste, houve desespero de congressistas. Telefonemas para todos os cantos de Brasília.

Há temor dos deputados interlocutores de que, nas buscas na Câmara quando houve mandados, os policiais federais tenham levado um HD externo com as filmagens das reuniões do presidente Eduardo Cunha. Um investigador que esteve com Cunha em visita meses antes descobriu o aparelho e revela que ele grava tudo.

A assessoria de Cunha, porém, informa que o equipamento no teto de seu apertado gabinete é apenas parte do sistema de som interno da Casa.

Ontem, novo desespero nos corredores. No início da noite, a PF informou que concluiu quatro inquéritos (3992, 3980, 3999 e 4000) sobre rolos de políticos na Petrobras. A PGR já foi acionada.

Em tempo, a operação da PF saiu no Nordeste, em Fortaleza e Recife, mas contra golpes em verbas públicas dos Ministérios da Agricultura e Turismo.

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Valdemar escolheu os nomes do PR na Comissão do Impeachment
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Leandro Mazzini

valdema

É do alto de uma das torres do complexo Brasil 21 em Brasília que o mensaleiro perdoado pela Justiça Valdemar da Costa Neto manda no PR, apesar de o presidente (figurativo) ser Alfredo Nascimento. O entra e sai de parlamentares da sala é frequente.

Foi de um manuscrito improvisado de Valdemar que saiu a lista de deputados que integram a comissão do impeachment: Édio Lopes (PR-RR), José Rocha (PR-BA), Zenaide Maia (PR-RN) e o fiel líder Maurício Quintella Lessa (PR-AL).

Se a turma até a última sessão vai votar com Dilma ou contra ainda é um mistério. O PR sempre foi aliado do PT desde o primeiro governo Lula – daí Valdemar ter se enrolado no mensalão. O partido ainda mantém o controle do Ministério dos Transportes e os comandos regionais do DNIT.

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Congresso apreensivo: Plantão de Teori e mobilização da PF no Nordeste
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Leandro Mazzini

teori1

Atualizada domingo, 6, 20h57 – Congressistas enrolados com a Justiça, alvos de investigação do Supremo Tribunal Federal, estão apavorados neste domingo com a notícia do plantão do ministro Teori Zavascki, relator do processo da Operação Lava Jato na Corte.

Não só ele, mas todo o núcleo duro do STF, com altos funcionários de outros ministros, ficou de plantão durante este domingo.

Soma-se a este misterioso cenário a mobilização, desde ontem, de mais de 100 policiais federais que desembarcaram em quatro capitais, duas delas no Nordeste. Outros 100 estão de plantão, segundo fonte, conforme revelou a Coluna.

Causou estranheza em colegas o fato de o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), antecipar em horas seu voo para Maceió na última quinta-feira, quando vazou para a imprensa a delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) – vale lembrar que certo dia, meses atrás, Renan provocou: quem sabe da Petrobras é Delcídio.

(O presidente do Congresso nega, mas é dado como público o seu apadrinhamento ao então diretor da Transpetro, Sérgio Machado, que deixou o cargo pressionado ano passado).

Na sexta pela madrugada a Coluna revelou a reunião na quinta à noite do PGR Rodrigo Janot, que precedeu a operação de condução coercitiva do ex-presidente Lula ( detalhes aqui ).

A apreensão entre congressistas neste fim de semana é notória pelo fato de ter sido numa reunião de plantão noturno, comanda pelo ministro Teori, a decisão de autorizar prender o senador Delcídio.

O senador petista está em São Paulo neste momento.

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LAVA JATO E ZELOTES

O ministro Teori já voltou para casa, onde está reunido com a família, mas sua força-tarefa continua na sede do STF.

Há rumores de que o plantão deve-se à homologação da delação premiada do senador Delcídio – o ministro vai acolher o conteúdo em parte, com vetos ( veja aqui ). Embora também haja uma suspeita de que o ministro possa autorizar uma operação policial nesta segunda-feira envolvendo mandatários.

A PF também atua forte em outra frente, numa investigação que atinge em cheio a República congressista – a Operação Zelotes. Na última fase, os agentes descobriram uma lista bombástica, na casa de um funcionário público. A lista de propinas de empresas para servidores e políticos.


Ala mais esquerdista do PT debate criação de novo partido
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Leandro Mazzini

pt

É séria e avança – discreta e gradativamente – a frente entre mandatários do Partido dos Trabalhadores para criar uma legenda mais à esquerda do atual, que – nas palavras de um cacique – “sintetize as bandeiras da cidadania e da ética”.

Os dissidentes são das correntes do PT Articulação de Esquerda, Avante, Brasil Socialista e Militância Socialista.

É consenso no partido, das hostes à cúpula, que o desgaste nos anos de Poder e as denúncias de corrupção fizeram o contingente sumir das ruas, e o partido perder expoentes. Primeiro, após o escândalo do Mensalão, foi o PSOL.

Agora, dia após dia, o PT tem perdido para partidos alinhados muitos vereadores, prefeitos e alguns deputados estaduais e federais – casos recentes de Alessandro Molon (RJ), que foi para o Rede, e Weliton Prado (MG), que caiu no Partido da Mulher Brasileira.

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PT abandona Vaccari na CPI dos Fundos de Pensão
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Leandro Mazzini

Vaccari Neto, ontem, na CPI dos Fundos de Pensão - o ex-tesoureiro, abatido, viu os petistas darem tchau e sumirem do auditório. Foto: ABr

Vaccari Neto, ontem, na CPI dos Fundos de Pensão – o ex-tesoureiro, abatido, viu os petistas darem tchau e sumirem do auditório. Foto: ABr

A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) agendou reunião do grupo na Câmara, na tarde de ontem, no mesmo horário em que o ex-tesoureiro Vaccari Neto era ouvido na CPI dos Fundos de Pensão.

Apenas quatro portas no corredor das comissões separavam o auditório da CPI, onde Vaccari se mostrava abatido, da reunião dos petistas onde o líder Sibá Machado (AC), de saída, fazia balanço da gestão – o presidente do PT, Rui Falcão, estava lá.

Antes alvo de bajulação pelos mandatários atrás de uns ‘extras’ para cobrir custos de campanhas, ontem um isolado e silencioso Vaccari filmou, lá da mesa, mais de uma dezena de petistas aparecerem na porta, darem um tchau e sumirem da sala.

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