Coluna Esplanada

Arquivo : dilma rousseff

Há um ano, Dilma demitiu diretores políticos na Petrobras, mas tardiamente
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Leandro Mazzini

A presidente Dilma Rousseff avalizou a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, a demitir todos os diretores políticos da estatal em fevereiro do ano passado, mas foi tarde.

Dilma e Foster excluíram dos quadros da estatal diretores apadrinhados pelo PP, PTB, PMDB e pelo próprio PT.

Os indícios de corrupção em contratos na petroleira, agora à tona, mancharam a imagem da empresa. À época, foi exonerado entre eles o agora preso Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento.

Lembre aqui as mudanças.

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Dilma sofreu pressão para antecipar debandada ministerial
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Leandro Mazzini

Pelo menos seis ministros pré-candidatos começam a deixar hoje o governo Dilma, mas a lista pode aumentar até semana que vem.

A debandada é protagonizada por Marcelo Crivella (Pesca), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), Antonio Andrade (Agricultura), Marco Raupp (Ciência e Tecnologia), Gastão Vieira (Turismo) e Aguinaldo Ribeiro (Cidades).

Com as campanhas nas ruas, eles pressionavam a chefe para a saída e querem logo se dedicar aos projetos políticos-eleitorais. Crivella é candidato ao governo do Rio. Os outros, com exceção de Raupp, tentam reeleição na Câmara dos Deputados.

Crivella entregara lista tríplice à presidente para escolher o sucessor. Nela constavam os nomes do secretário-executivo, Átila Maia, do diretor Flávio Bezerra e do suplente no Senado, Eduardo Lopes (PRB) – este, o escolhido.

Já Maria do Rosário (Direitos Humanos) também sairá, mas tenta emplacar a sua secretária-executiva na vaga. Com a Comissão da Verdade finalizando trabalhos, Rosário quer marcar a gestão com a tentativa de descobrir a localização de corpos dos desaparecidos durante a ditadura na região do Araguaia.

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FILIAI$

Luz amarela na Caixa com a possibilidade de paralisação dos lotéricos do RS, insatisfeitos com tarifas. O banco registra lucros crescentes com o setor.

VOSSA EXCELÊNCIA, O CÃO 

Em agosto de 2013, um hóspede ilustre ganhou suíte só para ele num hotel cinco estrelas de Brasília. O pastor alemão do FBI na comitiva do secretário de Estado americano, John Kerry. Mas o que chamou a atenção foi seu cardápio. O cão só comia frango desossado, cozido com ervas e em água mineral trazida dos EUA…

FLAGRA EM ALTO MAR 

A PF e a polícia ambiental de Santa Catarina interceptaram semana passada um barco pesqueiro, sem licença, com 400 kg de camarão de pesca ilegal. Estavam atrás da embarcação há dois anos.

EXPLICA ESSA

O deputado Nelson Marchezan Junior apresentou requerimento de informações ao Ministro de Justiça cobrando dados dos procedimentos do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE). Acha estranho a demora no pedido de asilo do senador boliviano Roger Molina, que fugiu para o Brasil com ajuda de diplomata brasileiro.

ARRECADAÇÃO 

Petistas estão curiosos com a decisão do chefe de Gabinete da presidente Dilma: Giles Azevedo vai deixar cargo importante no Palácio e vai para a coordenação de campanha.

PEIXE IMPORTADO

O setor de pesca é considerado um novo pré-sal pelo governo, mas há desafios. O País importou só ano passado US$ 1,5 bilhão em peixes para a mesa do cidadão.

SAAB FATURA

Veja como a compra dos caças pelo governo brasileiro com a sueca SAAB envolve muito mais negócios do setor bélico. Na esteira, o Exército fechou a aquisição, por R$ 30 milhões, de sistemas de mísseis terra-ar RBS-70 para defesa do espaço aéreo.

LEI SECA

Na segunda, com os 5 anos da Lei Seca, a Alerj vai conceder a Medalha Mérito da Vida aos apoiadores e pioneiros da Lei, como a psicóloga Maria José da Silva Amaral, criadora do NAVI (Núcleo de Apoio à Vítima de Trânsito).

TEORIAS NO AR

Pipocam teorias sobre o sumiço do Boeing da Malaysia Air. Vão desde a tese de que caiu numa floresta até a surreal de que o piloto mandou o avião para o espaço, literalmente. No YouTube há teorias sobre abdução alienígena: http://bit.ly/1n8fXCh

NA TELA 

Esse sumiço do Boeing da Malaysia lembra muito o filme Uma fenda no tempo, bem ao estilo de Stephen King, baseado em seu livro. É pavoroso e surreal.

CHAVEZMANIA 

Virou moda na Venezuela o culto ao ex-presidente Hugo Chávez. Adesivos, placas, outdoors gigantes e até pinturas em prédios de reprodução de foto focando seus olhos.


Nordeste é desafio eleitoral para presidente Dilma
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Leandro Mazzini

A despeito das pesquisas nas quais lidera, a presidente Dilma terá de lutar contra a máquina da oposição na maioria dos estados do Nordeste. Daí o ex-presidente Lula indicar que fará campanha para ela na região.

Dos nove estados, Dilma só tem apoio garantido no Maranhão, onde prefeitura da capital e os dois maiores adversários – Flávio Dino x candidato da família Sarney – são seus aliados.

O PSB domina Pernambuco, o PSDB Alagoas, e o DEM voltou a controlar Salvador, com simpatia do PMDB. Jaques Wagner fica no governo até o fim para o PT não perder o a Bahia agora. No Piauí, o PSB está no governo e os tucanos, na prefeitura de Teresina.

Além disso, o PT está enfraquecido na região. Maior aliado de Dilma, morreu Marcelo Déda, ex-governador do Sergipe. O PT se esfacelou em Pernambuco, onde reina no governo e prefeitura o PSB de Eduardo Campos. Na Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB) é forte candidato, e paquera o PMDB.

As prefeituras de João Pessoa (PT) e Natal (PDT) podem dar um fôlego para Dilma. Mas os governos, com caixa forte, são do PSB e DEM, respectivamente aliados de Campos e Aécio.

Dilma tem esperança no Ceará, mas está nas mãos dos irmãos Ciro e Cid Gomes, agora no PROS. Ali, o PT também foi engolido. O senador Eunício Oliveira (PMDB) é favorito para o governo.

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TENSÃO NO GUANABARA

O deputado Anthony Garotinho (PR) tem dito que sabe dos bastidores das fotos e vídeos do governador Sérgio Cabral em passeio com Fernando Cavendish, da Delta, em Paris e Montecarlo, e que tem muitas fotos da farra ainda para revelar. Faz suspense para a campanha. Garotinho é candidato ao governo.

SUMIÇO 

Cavendish, antes presente nas altas rodas e em restaurantes com políticos, sumiu do mapa. O governador Sérgio Cabral também. Preferiu nem ir a Roma para prestigiar dom Orani. Quem aparece mais em agendas pelo governo é o vice, Pezão, o candidato.

MELOU?

Garotinho denunciou em seu blog que o subdiretor-geral de finanças da Alerj , Roney Martins, abriu conta em Tampa, na Flórida, e comprou empresa. Já movimentou US$ 700 mil. Ele é homem de confiança do presidente da Alerj, Paulo Melo (PMDB).

CONEXÃO ROMA

Dilma causará ciumeira em muito petista. Tratou com carinho o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, que foi a Roma prestigiar a posse de Dom Orani como cardeal. ‘Ela quer inaugurar obras no Rio’, diz Pezão.

BOLSA-CAIXA-ELETRÔNICO

A Caixa, que paga o benefício, fez uma homenagem aos 10 anos do Bolsa Família e divulga campanha de vídeo nos seus caixas eletrônicos em todo o país, com mensagem ‘Nossa vida melhorou’. A assessoria informou que a publicidade foi criada pelo banco.

NOVA TENTATIVA

O deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR) tenta instalar hoje o Grupo de Trabalho que discutirá a reforma tributária na Câmara. Precisa de 11 colegas na comissão – semana passada não deu quorum. É desafio: além do tema controverso, a turma já cai na folia.

CIUMEIRA

O governador Beto Richa, do Paraná, solicitou delegado da PF para secretário de Segurança, mas o governo não liberou. Ficou chateado. Jorge Samek, na Itaipu, e Valter Bianchini, no Ministério da Agricultura, são funcionários cedidos da Emater do Estado. Em tempo, hoje são 18 delegados federais licenciados atuando como secretários de seguranças dos mais diversos Estados, independentemente do partido.

PONTO FINAL

O primeiro milagre do Papa no ano foi na nomeação de dom Orani como cardeal: Sérgio Cabral ficou no Rio.


Confraria do Jaburu não desiste do Ministério da Integração
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Leandro Mazzini

A Confraria do Jaburu está de plantão em Brasília desde sábado e reuniu-se na noite de domingo para um jantar na residência oficial do vice-presidente Michel Temer.

Completam o time os senadores Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do Governo no Congresso, o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o líder do partido, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Do cardápio saíram cenários para o Parlamento este ano, para as eleições e em especial a demanda da legenda para tentar abocanhar o Ministério da Integração – antigo celeiro do PSB e agora mais para o neoaliado PROS dos irmãos Ciro e Cid Gomes.

Os caciques da confraria esperam que a presidente Dilma chame o vice Temer para conversar nos próximos dias. Se ela tocar no assunto, o nome indicado da bancada para a Integração, como notório, é o senador Vital do Rego (PMDB-PB). Do contrário, os pemedebistas descobrirão o que os ventos palacianos sopram na Esplanada: que o partido não tem mais essa bola toda com a dona da caneta.

‘Não vamos cobrar nada’, diz Eunício. ‘Mas nosso consenso de bancada (do Senado) é o senador Vital do Rego’. O problema é que a bancada do PMDB da Câmara não topa.

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À PAISANA

Sem o bottom, a senadora Vanessa Grazziotin (AM) não foi reconhecida e gastou o latim para almoçar num restaurante da Câmara. O gerente foi à mesa para comprovar.

NOVA (VELHA) INFRAERO

A Infraero vai promover a granel a sua reestruturação, redesenhada pela consultoria de Vicente Falconi, o pai do ‘Choque de Gestão’. O plano inicial era corte e enxugamento de custos, mas a gritaria da boquinha mudou o rumo. Começa em março e vai até setembro, em quatro etapas. Ninguém será demitido, apenas redirecionado.

Serão extintas as Diretorias de Administração, de Operações e de Planejamento; mas a turma ganha as Diretorias de Aeroportos, Desenvolvimento Operacional e de Gestão. A estrutura terá os níveis Corporativo (sede), Negócios (nos aeroportos) e Suporte.

A ELEIÇÃO EXPLICA

A tucanada bateu asas para Cascavel (PR) e deu bicadas em Dilma. Ao lado de Aécio Neves, Beto Richa reclamou do tratamento. O Paraná luta para destravar R$ 4 bilhões em empréstimos pré-aprovados. Com Gleisi Hoffmann (PT) candidata, ficará difícil.

A SUCESSORA 

De olho na eleição, a ministra Maria do Rosário (PT-RS), da Secretaria de Direitos Humanos, quer fazer a secretária-executiva Patrícia Barcelos sua sucessora na pasta.

RIO 40º

Veja como o Rio vai se ‘profissionalizando’ para a Copa e Jogos 2016: Flanelinha agora se autodenomina ‘Orientador de Vaga’. E banca de bicho tem até fila organizada.

EL MINERO 

Os ministros paraguaios de Finanças e Obras, que passaram por Brasília há dias atrás de verbas do BNDES para seu país, foram levados pelo ministro Fernando Pimentel para Belo Horizonte. Lá se reuniram com empresários amigos do petista.

CARGA NA VIATURA

Após a prisão do dono do Novo Jornal, Marco Carone – o homem da famigerada Lista de Furnas, indiciado como estelionatário – o opositor ao governo tucano teve uma devassa na redação na Sexta em BH. Agentes da Deoesp fizeram a limpa nas salas.

RANDOLFE NA ÁREA

O senador Randolfe (PSOL-AP) se esqueceu de avisar aos institutos de pesquisa de que é pré-candidato a presidente da República. Fará isso a partir deste mês. Não espera, claro, mudanças significativas. Mas é bom marcar território.

FUMAÇA PRESIDENCIAL 

Foi um corre-corre entre os assessores da presidente Dilma em sua passagem por Cuba quando ela pediu para lhe comprarem boas caixas de charuto, a poucas horas da partida. Dilma é inveterada degustadora. Aviso aos bajuladores: ela prefere os dominicanos.

ALERTA

A ONG Repórteres Sem Fronteiras alerta para o sumiço do fotógrafo espanhol Lázaro Borja em Cabo de La Vela, Colômbia. Há suspeita de que foi sequestrado pelas FARC.

DE PT@BASE:

Aloizio Mercadante trabalha para empurrar Ideli Salvatti para a Secretaria de Direitos Humanos, e cravar em seu lugar no Palácio um negociador congressual de sua turma.

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Troyjo: Brasil x Davos 2014 – qual o resultado?
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Leandro Mazzini

Economista e cientista social, o diplomata Marcos Troyjo, colunista da Folha, é hoje um dos maiores especialistas em BRIC e economia mundial. Teve uma passagem pela sede da ONU como secretário da missão do Brasil na organização. Conferencista em vários países da Europa e Ásia, fundou e dirige o BRIC Lab na Columbia University há dois anos. 

Troyjo faz uma análise sucinta do Fórum Econômico Mundial em Davos no que concerne à participação do Brasil no evento:

“Nesses últimos três anos, o Brasil de Dilma foi despertado de um sonho bom. Governo e sociedade vêm tendo de encarar uma dura realidade: ao contrário do que supunham, o Brasil não criou fórmula miraculosa unindo alto crescimento à inclusão social.

Não há no País pilares de um novo modelo de desenvolvimento. Dada a baixa poupança interna, o Brasil continua a depender de grande influxo de capitais financeiros e também de investimentos estrangeiros diretos (IEDs). Por isso o tapering (diminuição de estímulos monetários nos EUA) e a própria retomada da expansão nos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) causam apreensão no governo brasileiro.

Sem a certeza de um crescimento automático e inevitável, ilusão alimentada pela cúpula do governos Lula-Dilma durante o período em que o País era o “queridinho dos mercados” e só recebeu a “marolinha” da crise de 2008, o Brasil começou a descer do salto alto. Daí Dilma, notadamente desinteressada em temas internacionais, ter optado por ir a Davos.

Muitos dos fatores que permitiam tal entusiasmo foram perdendo verniz. Perspectivas de biocombustíveis e petróleo pré-sal não são mais tão animadoras. A governança e planejamento do setor energético brasileiro estão à deriva. Efeitos da expansão do crédito e consumo não têm mais caráter tão multiplicador. O apetite da China por commodities em que temos vantagens comparativas não parece mais tão pantagruélico. Além disso, em razão dos conhecidos problemas logísticos brasileiros, os chineses têm buscado diversificar seu quadro de fornecedores.

Assim, foram quatro os pontos nevrálgicos em relação ao que a comitiva brasileira tinha a dizer:

1) Protestos. Isso é da democracia, e Dilma o ressaltou bem em seu discurso. A apreensão no entanto permanece em relação ao que pode acontecer durante a Copa do Mundo.

2) Mudança no panorama internacional da liquidez. Dilma também mencionou isso e sublinhou os mais de US$ 370 bilhões de nossas reserva cambiais. Muito do que se espera do afrouxamento da política monetária dos EUA nos próximos meses já foi precificado e incorporado ao atual patamar do câmbio no Brasil (e a depreciação dos últimos dias reflete os efeitos colaterais do que está acontecendo na Argentina).

3) Gestão da política econômica. O Brasil ainda vai sofrer por algum tempo os efeitos dessa combinação de afastamento do tripé, microgestão das concessões, custosos equívocos na política industrial (as tais de “campeãs nacionais”), além do peso fiscal dos incentivos setoriais e do gigantismo da folha de pagamento. Aqui, os números não batem com o discurso de Dilma. Além disso, do ponto de vista comercial, o País está sem bloco. O Mercosul converteu-se numa plataforma de empatias políticas, e o Brasil não negociou acesso aos principais mercados compradores do mundo. Sua ênfase nas negociações multilaterais no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) mostrou-se ingênua, dada a inoperância e lentidão da entidade. Toda esses erros de política exterior no campo econômico hoje têm perceptível impacto negativo nas contas externas.

4) Reformas estruturais. Esta foi a parte mais decepcionante do discurso de Dilma. Nada falou sobre reforma tributária, trabalhista ou de seguridade social. Em termos de melhora do ambiente de negócios, Dilma anunciou apenas a implementação do portal “Empresa Simples”, que prevê a redução para 5 dias do tempo médio para se abrir uma empresa. Embora importante, esse tipo de medida favorece sobretudo empresas de pequeno porte. Pouco interessa ao tipo de empresário/investidor que frequenta Davos. Estes sofrem por custos diretos e indiretos da bizantina legislação trabalhista e fiscal no País. Têm de contratar verdadeiros exércitos de contadores e advogados, em vez de gente voltada à atividade fim da empresa. Mesmo quando mencionou a necessidade de “mudanças” num painel sobre Brics, o Ministro da Fazenda Guido Mantega elaborava mais em termos conceituais do que sobre um plano de trabalho a ser efetivado nos próximos meses. Talvez tenha buscado sugerir algumas pistas do que seria a orientação no segundo governo Dilma, mas a probabilidade desse processo iniciar-se neste ano, ainda mais por razões eleitorais, é nenhuma.

O marco maior da conjuntura do Brasil no mundo é que o País está poupando e investindo menos que os 22% do PIB – média da América Latina. Esta, por seu turno, já é muito inferior ao percentual de investimentos do Sudeste Asiático. O Brasil não conseguirá investir mais sem quebrar vários ovos nas áreas trabalhista, fiscal e de seguridade social.

Dilma não parece ter gosto ou mesmo vocação para liderar reformas. Seu presidencialismo de coalizão está mais a serviço do projeto de sua perpetuação no Planalto do que orientado à modernização institucional do país. Assim, o Brasil de Dilma utilizou Davos essencialmente para apresentar relatório de realizações, vocalizar compromisso com alguma ortodoxia macroeconômica, elencar fronteiras móveis de consumo e sublinhar a continuação do programa de concessões.

No limite, a ida a Davos evidencia que Dilma e equipe se convenceram de que o Brasil também precisa ser vendido, e não simplesmente comprado. Estão se dando conta de que o cenário global mudou. E ele não é favorável às escolhas “desglobalizantes” feitas pelo País nos últimos 11 anos em termos de comércio e investimento.

Assim, antes encastelada no isolamento seguro de suas convicções sobre os rumos supostamente alvissareiros do País, Dilma fez da viagem uma espécie de “Busca do Tempo Perdido”. Não representou, contudo, um “divisor de águas”. Nada se aventou da indispensável agenda de reformas estruturais.

Em vez de desilusão ou entusiasmo, a resposta do “Homem de Davos” à passagem da comitiva brasileira pelos Alpes provavelmente é apenas apertar o botão de “pausa”. Em termos de construção do futuro, o Brasil está imobilizado até 1º. de janeiro de 2015″.

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Na reforma ministerial, a autofagia Palaciana
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Leandro Mazzini

A iminente ida de Aloizio Mercadante para a Casa Civil da Presidência da República pode transformar a esperada reforma ministerial de fevereiro numa autofagia palaciana entre os petistas. Desde o início do governo Dilma, há uma velada disputa entre os Lulistas e Dilmistas.

Um grupo dentro do partido defende a volta de Lula como candidato a presidente já este ano. Esses lulistas passam longe da maioria na legenda, mas são muito fortes. Para eles, Dilma não tem traquejo político e não sabe ouvir. E como consideram ter Mercadante o mesmo perfil da chefe, vislumbram que a interlocução palaciana com o PT tende a piorar.

Esse mesmo grupo articula para levar a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT-SC) para o Ministério da Educação, tão logo saia dali Mercadante. E, para o lugar de Ideli, os Lulistas defendem Aldo Rebello (PCdoB), hoje nos Esportes. Mas Aldo sair da pasta em plena Copa do Mundo seria surreal, ou o plano petista para o comunista é fogo amigo.

Só as próximas semanas e as decisões da presidente vão mostrar se esses petistas têm poder ou vão ficar com as barbas de molho.

Os Lulistas acreditam que o ex-presidente não está morto eleitoralmente, apesar de o próprio negar a candidatura. Para eles, num cenário com Aécio Neves crescendo, Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (Rede) numa chapa em ascensão, e Dilma derrapando nas pesquisas, Lula volta. Falta combinar com o homem. Um detalhe, o propalado ministro do STF Joaquim Barbosa tem até abril para deixar a corte e se tornar um vice de Aécio Neves, como querem alguns tucanos. Neste caso, falta combinar com o togado. Vontade ele tem, mesmo sigilosa.

UM RIO DE INFLAÇÃO

É notório o insaciável modus operandi de empreiteiros para ganhar dinheiro com obras, mas ninguém esperava que não poupassem nem o Cristo. Vai sair por R$ 1,8 milhão a restauração da ponta do dedo da estátua do Redentor, no Rio, atingida por um raio semana passada. Por esse preço, até Deus duvida! O dinheiro é público (virá da Lei Rouanet, via Pirelli), para pagar a construtora contratada pela Arquidiocese do Rio, que caiu no conto dos engenheiros.

O Rio anda muito inflacionado, desde que foi anunciado sede da Copa do Mundo da FIFA e dos Jogos Olímpicos de 2016. Dois anos atrás, uma chef de cozinha visitou um restaurante e pagou uma ‘porção de ar’, postou no Facebook. Isso mesmo, veio discriminada na conta, porque a cliente ficou na área interna com ar condicionado.

Até a estátua do poeta Carlos Drummond de Andrade sofre inflação. A Prefeitura do Rio informou já ter gasto mais de R$ 25 mil na restauração de uma pichação do ano retrasado e por reconstruir em bronze por duas vezes as hastes dos óculos, quebradas por vândalos. No fim do ano, outra pichação. Seriam mais uns R$ 3 mil de custos para a limpeza, mas um amigo do falecido, Herbert Parente, apareceu com pincel, lata de thinner e estopa, e limpou voluntariamente. Não gastou mais que R$ 50.

Nada mais plausível essa inflação gigantesca para uma cidade na qual quem puxa a inflação são os próprios órgãos de governo – e suspeitamente, claro. É coisa para o MP investigar. Em 2011, Estado e prefeitura deram R$ 4 milhões em patrocínios para o Athina Onassis Horse Show, na Lagoa. O Rio talvez seja a única cidade no mundo onde os cavalos de raça são melhor tratados que o cidadão nos postos de saúde.

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O Rolezinho da base governista no Shopping Planalto
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Leandro Mazzini

Tradicionalmente todo verão o Brasil lança uma onda, quando o cotidiano ainda está em marcha lenta após as festas da virada, os estudantes e as famílias estão de férias. A onda desse Janeiro não vem da música, não é uma dança, passa longe de um personagem. É a massa, uma onda literal, de gente que escolheu os shoppings como alvos, num misto de diversão e protesto. É o chamado Rolezinho.

Apesar do nome, que soa ralé, o Rolezinho é apartidário, envolve todas as classes e, claro, surge com um viés de revolta e sarcasmo. Agora que ganha os shoppings – os templos do consumo – sai das páginas de cotidiano e conquista a atenção de cientistas sociais, que veem no movimento um filho bastardo do grito retido de 2013, algo como um resquício das manifestações de Junho unido à falta do que fazer nesse início de 2014.

Fato é que o Rolezinho é um movimento antigo, que tem outros nomes de acordo com seus cenários. O Rolezinho tem muito a ver, por exemplo, com o que faz a base aliada do governo. Tal como a turma de boné e calça legging, que se junta para zoar no shopping, os mandatários dos partidos governistas no Congresso tratam visitas conjuntas ao Palácio do Planalto (o seu shopping de luxo). Assim como a garotada entra nas lojas para pechinchar preços, os deputados e senadores percorrem os gabinetes dos ministros palacianos para cobrar suas emendas. A turma do shopping faz arruaça ou manifestação por seus direitos e contra a desigualdade social; não é diferente com os líderes e caciques partidários que se rebelam contra o Palácio (e como fazem bem) para garantir seus privilégios, o tratamento igualitário junto à presidente. Se algum ‘rolezeiro’ bate carteira no shopping, é preso pelos seguranças. Ah, no Palácio é igual, embora demore um pouco: haverá uma CGU, um MP e a Polícia Federal como seguranças para enquadrar os assaltantes de verbas.

E se a galera juvenil vai às compras no shopping, em Brasília também tem saldão. Com a reforma ministerial na vitrine e a queima de estoque na Esplanada, o Rolezinho da base aliada hoje ronda o Palácio para faturar uma aquisição. Cada uma delas bilionária. Só para citar os principais, PP, PMDB, PT, PTB, PROS, PSD vestiram seus ternos e tailleurs e começaram o arrastão nos corredores do Palácio.

Para citar os principais: Sai Alexandre Padilha da Saúde, e PT e PMDB estão de olho na cadeira. A Integração Nacional pode cair no colo do PROS, que indicou Ciro Gomes – ele já ocupou a pasta. (É como pegar um vendedor de amendoim na porta da galeria e presenteá-lo como uma boa loja na melhor ala do shopping). A Casa Civil terá rearrumação: como num shopping, o cogitado Aloizio Mercadante sai da papelaria escolar para a administração do complexo. Apesar das malas prontas de Gastão Vieira (Turismo), a agência de viagens deve continuar com o PMDB, assim como a praça de alimentação (Agricultura), caso Antonio Andrade queira disputar a reeleição para a Câmara ou se tornar vice na chapa de Fernando Pimentel ao governo de Minas.

Preocupada, a presidente Dilma convocou até reunião para discutir esses Rolezinhos e se há risco de ganharem as ruas. É porque ela conhece a base que tem.

OS PIONEIROS

Ocorreu dia 4 de agosto de 2000. Um grupo de 130 sem-teto, que acampava na beira da Av. Brasil, no Rio, reivindicando moradias, decidiu alugar três ônibus e rumou para o shopping Rio Sul, da elite carioca em Botafogo. Passearam por lojas, provaram roupas caras, se deslumbraram com as escadas-rolantes (muitos a estreavam). Houve princípio de tumulto com lojistas e clientes, contornados pelos seguranças. Tudo sem violência. Motivados pela desigualdade social, protagonizaram o primeiro Rolezinho do País. Este repórter estava lá e entrevistou o líder do grupo, Eric Vermelho.

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Reforma ministerial pode ser gradativa até Abril
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Leandro Mazzini

Além da gripe pós-praia que derrubou a presidente Dilma Rousseff, aquartelada no Palácio da Alvorada desde segunda-feira, outra certeza começa a rondar os ministros-candidatos prestes a sair: a minirreforma ministerial, ao que tudo indica, será a conta-gotas, e não de uma leva só como muitos imaginavam.

A presidente Dilma começou na segunda a acionar os ministros, através de Giles Azevedo, seu secretário particular no Planalto. Ela convocará cada um para reunião a sós. A ideia é negociar a saída a granel, até abril, para evitar crise de ciúme na base, e haver tempo para que os que partem possam indicar seus substitutos para análise.

Para alguns ministros, a locomotiva do primeiro escalão governista leva vagões com uma carga complexa de articulações que podem descarrilar a base se a freada for brusca. De imediato, até dia 30 de Janeiro, prevê-se, deixam os cargos os ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e da Saúde, Alexandre Padilha – respectivamente candidatos petistas aos governos do Paraná e São Paulo.

Para seus lugares devem ser nomeados Aloizio Mercadante e a atual secretária-executiva da Saúde, Márcia Amaral  (por ora, até Dilma acalmar ânimos e acomodar um político que satisfaça partidos). Mas há candidatos de sobra no PT, PMDB e PROS para a vaga.

Uma vez na Casa Civil, a se concretizar a ida de Mercadante, abre-se uma vaga importante na Esplanada. O Ministério da Educação pode cair nas mãos do PMDB, e um dos mais cotados é o deputado federal Gabriel Chalita, apadrinhado pelo vice Michel Temer. Há muito Chalita está de olho na vaga. Ou o ministério continua nas mãos do PT.

São pelo menos oito ministros-candidatos que deixarão suas pastas rumo às disputas para a Câmara, Senado ou Governo. Entre eles Fernando Pimentel (Desenvolvimento Econômico), que disputará o governo de Minas; Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), Gastão Vieira (Turismo), Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Aguinaldo Ribeiro (Cidades) concorrerão à reeleição para a Câmara; Marcelo Crivella (Pesca), que tentará o Palácio Guanabara no Rio.

PONTO FINAL

O presídio da Papuda em Brasília já tem uma bancada de políticos maior que algumas legendas no Congresso.

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Reconstrução do ES: Casagrande apresentará a Dilma plano de R$ 880 milhões
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Leandro Mazzini

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, desembarca em Brasília na Quinta-feira para apresentar à presidente Dilma Rousseff o plano de reconstrução do Estado após os temporais. Viaja e volta para casa em voo comercial – vale destacar a iniciativa, com o governo em dificuldades, enquanto colegas só pisam em jatinhos fretados. Leva na pasta o plano de reconstrução, com verbas e ações do governo estadual e federal, estimado em nada menos que R$ 880 milhões.

O Plano beneficiará famílias com renda de até três salários mínimos e que tiveram casas, móveis ou eletrodomésticos danificados no período. As famílias que apresentarem laudo da Defesa Civil local e estiverem no cadastro único do governo federal receberão um cartão no valor de R$ 2.500.

Ainda sem horário definido (não se pode esperar pontualidade das companhias aéreas, obviamente), o governador se encontrará com os ministros da Integração Nacional, Francisco Teixeira, e das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, em companhia da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

O Plano está divido em três tópicos: Recuperação da Infraestrutura dos Municípios, do Setor Produtivo e das Pessoas e Indivíduos. Não apenas pelo valor estupendo, mas também pelo detalhamento que será exposto, mostra o tamanho do desastre: envolve reparos em 750 km de asfalto em 52 cidades; plano para recuperar 12 mil km de estradas vicinais – nem todas com asfalto, as mais atingidas. Foram 375 pontes destruídas, e também cinco escolas.

Numa das ações estaduais, Casagrande disponibilizou linha de crédito de R$ 350 milhões para recuperação de lavouras. Prevê uma tabelinha com a União: vai pedir prorrogação para dívidas de crédito de pequenos lavradores junto a bancos oficiais. A Dilma, solicitará a construção de 1.500 casas populares a R$ 72 milhões, linha de crédito de até R$ 5 mil para financiamento de eletrodomésticos. A Guido Mantega, da Fazenda, reivindicará resolução do Confaz para isenção de ICMS para compra de máquinas e equipamentos diretamente relacionados à reconstrução do Estado.

Ontem, Casagrande levou ao presidente da Assembleia Legislativa, Theodorico Ferraço (PMDB), o plano de ações e um pacote de projetos de leis para colocar o plano em ação no que concerne às verbas pelo Estado. Apesar do recesso parlamentar, Ferraço prometeu convocar sessões extraordinárias para analisar o pacote.

PONTO FINAL

E o senador José Sarney, queimou a língua, hein!: ‘Aqui no Maranhão nós conseguimos que a violência não saísse dos presídios para a rua’, disse em sua rádio em São Luís há duas semanas. Deu no que deu.

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Na pré-campanha, a dança dos marqueteiros
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Leandro Mazzini

Em toda eleição há político reclamando de preço da campanha, do cabo-eleitoral ao outdoor, mas alto preço mesmo vem do dito marqueteiro. Tanto para o candidato, quanto para cientistas políticos, é ele quem encarece as eleições, com produções para a propaganda no rádio e na televisão. Fato é que sem marqueteiro dificilmente bom candidato não fica no páreo, e os presidenciáveis Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos já conversam muito com os seus.

Dilma continuará com João Santana, de sua vitoriosa campanha em 2010. Toda fala dela em rede de rádio e TV, discursos de eventos, passa pelo crivo de Santana. As pesquisas qualitativas encomendadas são semanais, e os resultados ditam os rumos de lançamentos de programas e viagens oficiais. Isso se intensificou há seis meses. Dilma, reclusa aos dois palácios, começou a rodar o país em pura campanha de reeleição.

Quem roda há mais de ano é o tucano Aécio Neves, que surge como contraponto ao PT. O tucano contratou até Dezembro passado o publicitário Renato Pereira, do Rio, responsável pelas duas campanhas vitoriosas de Sérgio Cabral ao governo, e do prefeito eleito Eduardo Paes. A despeito da ligação de amizade de Cabral com Aécio, quem indicou o marqueteiro ao senador foi o filho do ex-presidente FHC, Paulo Henrique. Pereira deu o mote de Aécio para a TV, criou o bordão ‘E então, vamos conversar?’. A conversa entre eles, entretanto, durou poucos meses. Num desentendimento de rumos do projeto presidencial, o contrato foi desfeito. Aécio procura outro. O PSDB já sondou Duda Mendonça, que levou Lula ao poder, e não será surpresa se o guru do petista fechar com o tucano nas próximas semanas.

Um marqueteiro político da estirpe dos grandes, Antonio Lavareda, que já atuou com sucesso pelo PSDB, é rondado pelos socialistas de Eduardo Campos. Até pela proximidade entre eles – Lavareda vive no Recife e em São Paulo (o eixo financeiro das campanhas). Em recente entrevista a um programa de TV, Campos comparou veladamente candidatos a produtos colocados em prateleiras, e disse que não acredita em marqueteiros. Não crê, por ora, até descobrir que lhe fará falta um.

Dos três, Campos é o que mais precisará de um forte trabalho de mídia, para se revelar uma opção, cuja gestão foi muito ligada ao governo federal que o ajudou em Pernambuco. Como se apresentar como novo diante de uma adversária que apoiava até há poucos meses, e às vésperas da eleição da qual se dissocia para priorizar seu projeto pessoal e de partido? É isso, em princípio, que terá de explicar ao eleitor.

Aliás, Marqueteiros repararam. O mote ‘O Brasil pode mais’, de Eduardo Campos, lembra muito o de Leo Quintão (PMDB), candidato contra Marcio Lacerda (PSB) na disputa da prefeitura de Belo Horizonte anos atrás: ‘Dá pra fazer mais’.

Já os tradicionais marqueteiros de políticos perderam a áurea. Agora são obrigados a dividir as atenções dos clientes com os gurus das redes sociais que passaram a acompanhar os presidenciáveis. Vide Marcelo Branco, que orienta Dilma nas redes. Eduardo Campos já tem um consultor especial para a internet, que atualiza suas páginas no Twitter e Facebook. Não é diferente com Aécio Neves, que tem núcleo para as redes e revelou à coluna que criará um bunker virtual para se defender do que classifica de patrulha petista online.