Coluna Esplanada

Arquivo : Dilma

Planalto aposta nos ‘300 deputados de Dilma’
Comentários Comente

Leandro Mazzini

edu

Chegou a hora de o Governo cobrar a fatura.

Com o acolhimento da denúncia para a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma, os ministros do Palácio, Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Governo), vão cobrar a fidelidade dos 300 deputados e da maioria dos senadores que conquistaram nos últimos meses para barrar a queda da presidente Dilma.

O número é suficiente para aniquilar o processo. Os ministros distribuíram cargos em estatais nos Estados para os parlamentares e acabam de liberar R$ 4 bilhões em emendas.

APROXIMAÇÃO

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, voltou a se aproximar da oposição. Antes de anunciar o impeachment, ele avisou aos líderes do DEM, PSDB e PPS. Acabou a paquera com o PT, com quem tinha esperança de acordo para que os três deputados petistas no Conselho de Ética votassem a seu favor. O caso chegou a rachar a bancada.


Paris é uma festa: comitiva brasileira tem 180 convidados
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Paris é uma festa, já diz o famoso livro.

Enquanto o País agoniza numa crise político-econômica e ambiental (em Minas e no Espírito Santo), cerca de 180 pessoas de delegações brasileiras, representantes da União, Estados e municípios, estão em Paris para a COP 21, a conferência do clima, com custos pagos pelo contribuinte.

A comitiva do Governo federal soma 40 integrantes, incluindo a presidência e seis ministérios.

Pelo menos oito Estados enviaram representantes. Do governo de São Paulo são 19.

Os governadores do Acre, Tião Viana (13 na comitiva), e Mato Grosso, Pedro Taques (12) levaram suas primeiras-damas.

Do Rio, partiu o prefeito Eduardo Paes, potencial candidato do PMDB ao Governo do Estado ou Presidência, com cinco jornalistas e 24 na comitiva no total. O governo do Estado do Rio enviou quatro representantes.

Minas Gerais marca presença em peso. O governador Fernando Pimentel autorizou a viagem de 15 funcionários, do gabinete e de estatais.


Aliado leva recado de Cunha ao Planalto
Comentários Comente

Leandro Mazzini

O deputado federal André Moura (PSC-SE), fiel escudeiro do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tem sido a ponte de conversas com o Palácio do Planalto.

Numa última tentativa de conquistar os votos dos três petistas no Conselho de Ética para se salvar da cassação, Cunha alertou os ministros palacianos que pode prorrogar por mais 60 dias as CPIs do BNDES e Fundos de Pensão, e criar na Câmara as CPIs do Carf e do Futebol – a exemplo das que correm no Senado.

Os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) ainda não responderam. Como notório, as CPIs incomodam os grandes e principais financiadores de campanha do PT.

Sem os votos dos três petistas no Conselho de Ética, Cunha não alcança a maioria para se salvar. O trio tornou-se o fiel da balança. O Conselho tem 21 votos – Cunha hoje conta 9.

O prazo termina na semana que vem, crucial para os dois lados, diante da iminência do recesso legislativo. A bancada do PT, como antecipou a Coluna, já avisou a Wagner que não vota a favor de Cunha.

Eduardo Cunha soltou para os aliados que já tem sua decisão para os sete pedidos de impeachment de Dilma, e anuncia na terça-feira. Pode estar blefando, ou não, para pressionar o Planalto.

O Blog no Twitter e no Facebook


Dilma veta lei que previa anistia a PMs e bombeiros por greve
Comentários Comente

Leandro Mazzini

grevepm

Na mensagem nº 507 enviada ao Congresso Nacional nesta quinta-feira (26), a presidente Dilma Rousseff anuncia o veto total ao Projeto de Lei 177/15, que previa anistia para policiais militares e bombeiros que deflagraram movimentos de greve em pelo menos 18 Estados em meados de 2014.

A paralisação durou semanas, e os policiais e bombeiros reivindicavam melhores salários.

Na justificativa para o veto, a presidente se respaldou em parecer do Ministério da Justiça. Entre outros pontos, avisa que o”projeto ampliaria o lapso temporal e territorial de anistia concedida pela Lei no 12.505, já ampliada pela Lei no 12.848, passando a abranger situações que se deram em contextos distintos das originais”.

Ainda de acordo com a presidente, “qualquer concessão de anistia exige cuidadosa análise de acordo com cada caso concreto”.

As greves que prejudicaram a segurança pública foram deflagradas nos Estados de Alagoas, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Sergipe, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, Tocantins e Distrito Federal.


Mandioca no cardápio informal do jantar de Dilma com o PDT
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Alencar, no discurso infeliz na ALMG

Alencar, no discurso infeliz na ALMG. Reprodução de TV

Depois do mico do PDT no jantar marcado pela presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, uma nova data será agendada. Mas os pedetistas esperam uma indigesta situação.

O deputado estadual em Minas Alencar da Silveira (PDT) discursou da tribuna da Assembleia semana passada que Dilma deve estar “sentada na mandioca” – uma infeliz referência ao já ironizado discurso da presidente sobre a descoberta da mandioca como uma das grandes conquistas da humanidade.

Ela soube.


Comissão da OAB que avalia impeachment põe PT contra Ordem nos Estados
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Sede da OAB em Brasília, onde atua a comissão que avalia pedido de impeachment.

Sede da OAB em Brasília, onde atua a comissão que avalia pedido de impeachment.

O clima não vai bem entre os diretórios do PT nos Estados e as seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil.

Nos bastidores, os conselheiros federais da OAB que disputam a presidência da entidade em seus Estados passaram a acusar pressão do partido sobre suas candidaturas.

A causa, apontam, é a criação de uma comissão no conselho federal, em Brasília, que estuda o impeachment da presidente Dilma Rousseff e vai embasar a decisão da OAB sobre se apoia ou não a iniciativa da oposição. O parecer sai até dia 4 de dezembro.

Um exemplo de clima tenso entre as partes ocorre no Piauí,  onde o conselheiro federal Sigfroi Moreno Filho enfrenta Chico Lucas, este apoiado pelo governo petista de Wellington Dias, ex-líder de Dilma no Senado. O governador tem outro motivo para se irritar com a OAB local.

A seccional foi à Justiça para contestar o uso que o governo quer dar para os depósitos judiciais destinados ao pagamento de precatórios. A OAB é contra o uso desses depósitos para custeio da máquina – o que tem ocorrido em vários Estados.


Gafe do PDT no jantar com presidente Dilma
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Alvorada, residência oficial: Dali Dilma assistiu à sessão do Congresso.

Alvorada, residência oficial: Dali Dilma assistiu à sessão do Congresso.

A bancada do PDT cometeu gafe memorável na noite de quarta-feira.

A sessão do Congresso Nacional fervia, prevista para se prolongar até a madrugada, e os vinte deputados e seis senadores do partido se enfeitaram e fizeram fila de carros rumo ao Palácio da Alvorada para jantar com a presidente Dilma Rousseff, a convite dela, compromisso marcado dias antes.

Como faltou bom senso aos parlamentares da importância de seus votos para ajudar o governo no ajuste fiscal, coube à anfitriã do Palácio telefonar para o presidente do PDT, Carlos Lupi, e cancelar o encontro em cima da hora. Já havia carro com mandatário à sua porta. Todos voltaram a plenário.

O PDT acaba de ganhar o Ministério das Comunicações e o comando do Correios. A Secretaria de Governo precisava dos 26 votos para manter os vetos à pauta bomba.

Dilma assistiu do Alvorada pela TV a toda a sessão do Congresso, do início da noite até o fim. Desde cedo não cogitava mais o jantar. O presidente Lupi tentou amenizar a situação. “Ela pediu para marcar para ontem, mas havia risco de nova pauta na Câmara, então vamos remarcar para outra semana”.


Na Pátria Educadora, professor fica sem desconto para compra de livro
Comentários Comente

Leandro Mazzini

plenario

O lema do Governo sofreu um duro golpe no Congresso Nacional, patrocinado pela própria inquilina do Palácio do Planalto, que cunhou o lema ‘Pátria Educadora’ para seu segundo mandato.

Os professores não poderão ter descontos em compra de livros didáticos, como previsto num projeto vetado pela própria presidenta Dilma. O veto foi mantido pelos parlamentares na noite de terça-feira.

Colaborou Maurício Nogueira


Tragédia em MG: Dilma manda AGU blindar o Governo
Comentários Comente

Leandro Mazzini

A presidente Dilma quer calcular já qual o tamanho do prejuízo e saber até onde vai a responsabilidade do Governo e dos Estados na recuperação do rio Doce e da fauna e flora destruídas pela lama da barragem rompida da Samarco em Mariana.

Determinou à Advocacia Geral da União que blinde juridicamente o Planalto de ataques. Dilma está furiosa com parte da mídia que, segundo ministros palacianos, aponta as câmeras para o Palácio como também um culpado por uma tragédia na empresa privada.

Sabe-se até agora que o Governo terá de arcar com algo, porque a fiscalização das barragens também deve ser feita pelo Departamento Nacional de Produção Mineral.

Ontem, o AGU substituto Fernando Luiz Albuquerque reuniu-se no Ministério do Meio Ambiente com os Procuradores dos Estados de Minas e Espírito Santo. Foi o pontapé para o esboço da divisão de responsabilidades.

Outra coisa irrita a presidente: circula boato nas redes sociais de que o Governo é sócio da Vale, pela participação da Previ e Funcef na mineradora. Não é. Os dois são fundos de pensão dos funcionários do BB e Caixa.