Coluna Esplanada

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Defesa turbinada: Forças Armadas pedem verba para equipamentos
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Leandro Mazzini

A despeito do tão propalado sucateamento das Forças Armadas, Exército, Marinha e Aeronáutica lutam para conseguir verbas para compra de novos equipamentos, e a saída além do próprio Orçamento são as emendas parlamentares para 2017.

O Exército pediu R$ 355,4 milhões para compra de mísseis Astros 2020 da Avibras e R$ 593 milhões para blindados Guarani da Iveco.

A Marinha quer R$ 521 milhões para continuar o submarino nuclear – via DCNS e Odebrecht.

A Força Aérea Brasileira pediu às bancadas do Congresso R$ 600 milhões para aquisição do avião cargueiro KC 390, da Embraer.

Se a FAB conseguir os R$ 600 milhões para negócio, a Embraer recupera os US$ 200 milhões que pagou para encerrar investigação contra pagamento de propina no exterior.


Três mil venezuelanos famintos invadem o Brasil e aquecem comércio em RR
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Leandro Mazzini

Os governos do Brasil, da Venezuela e a Organização das Nações Unidas fecham os olhos para uma crise humanitária no Norte do País.

Nos últimos meses, mais de 3 mil venezuelanos famintos atravessaram a pé a fronteira com o Brasil e entraram em Roraima, na região de Pacaraima – onde já existe uma pequena favela, contam duas fontes do Estado que acompanham a situação.

Os que não ficam na cidade, rumam em direção à capital Boa Vista. Fogem de uma Venezuela em crise econômica, atrás de comida e trabalho. São jovens, adultos e até famílias com crianças, cenas que lembram os refugiados sírios.

Os grupos chegam em número maior a cada dia e utilizam a BR-174, que corta o Estado até o Norte, na fronteira. Eles usam a cidade venezuelana Santa Helena de base.

Algumas pessoas chegam a caminhar 50 quilômetros por dia, com a trouxa nas costas ou empurrando malas – tudo o que sobrou do lar abandonado na Venezuela.

MERCADO AQUECE

A crise econômico-social na Venezuela e a migração da população vizinha à fronteira para Roraima aqueceu o comércio em Boa Vista e em Pacaraima. Os números da Federação das Indústrias do Estado confirmam – além do evidente sotaque dos consumidores.

No mês de agosto, as exportações em Roraima registraram aumento de 7% em relação a julho, totalizando US$ 810 mil. A balança comercial apresentou superávit de US$ 101.354, divulgou o jornal Folha BV.

CAÇAS 

Essa migração forçada explica as informações extraoficiais de fontes militares sobre a invasão do espaço aéreo brasileiro por dois caças Sukhoi SU da força aérea venezuelana. O governo do país vizinho está monitorando a rota de fuga.

Sem aviso prévio, a Força Aérea Brasileira enviou para a base aérea da região sete caças AMX, de apoio operacional, e dois Hércules C-130, cuja missão ainda é um mistério, porque não foi anunciada pela Aeronáutica.

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Tensão com caças da Venezuela na fronteira com Roraima
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Leandro Mazzini

Os sobrevoos de dois potentes caças russos Sukhoi SU da Força Aérea da Venezuela na fronteira com o Brasil e a movimentação de caças da Força Aérea Brasileira (FAB) no dia seguinte causam tensão na região norte de Roraima.

A FAB enviou para a base aérea do Estado sete caças AMX – dois na terça e outros cinco na última quinta-feira – além de dois Hércules C 130. Em nota, a FAB informa apenas que trata-se de um exercício.

Mas fontes militares da base informam que os caças da Venezuela teriam invadido o espaço aéreo do Brasil no início da semana, na região de Pacaraima. E que o governo de Nicolas Maduro já teria pedido desculpas informais ao Ministério da Defesa e Aeronáutica comunicando ter sido um incidente involuntário.

Cobrada sobre a situação, ainda um mistério, a FAB informou em outro e-mail que não houve registros de invasão.

O que causou mais mistério é que a Aeronáutica costuma avisar a imprensa de exercícios, o que não ocorreu neste caso. Ontem o site da FAB saiu do ar, e equipe em Brasília trabalha com sistema operacional de emergência.

Os AMX são para apoio operacional. O Brasil está desguarnecido de poder militar aéreo, em parte. Os Mirage foram ‘aposentados’, e os atuais F-5 da frota têm pouco poder de fogo e alcance.

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Sukhoi’s da Venezuela fazem voos na fronteira. FAB tem F-5 em Anápolis
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Leandro Mazzini

O Sukhoi venezuelano - exercícios na fronteira?

O Sukhoi venezuelano – os super-tucanos , AMX e F-5 são teco-teco perto dele. Exercícios na fronteira?

Nos últimos dias a Força Aérea da Venezuela tem feito sobrevoos com seus potentes caças na região amazônica na fronteira com o Brasil, conta fonte da Coluna. Pode ser só um exercício aéreo – raro para aquela região – ou pode ser outro devaneio do presidente aloprado Nicolás Maduro.

A Força Aérea Brasileira tem apenas dois caças F-5, com alcance menor que os aposentados Mirage, na base de Anápolis (GO), a 100 km da capital Brasília.

Maduro, que afundou a Venezuela e se colocou à disposição de Dilma contra ‘o golpe’, possui 23 russos Sukhoi SU-30, os mais potentes do mundo, rivais dos americanos. Outros 12 foram encomendados ano passado.

É apenas uma comparação de poder aéreo. Os caças bolivarianos alcançam Brasília em 3 horas.

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Obras em aeroporto e recesso da FAB: o coração do menino não aguentou
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Leandro Mazzini

As autoridades omitem a verdade sobre a morte do menino G.L.A. de 12 anos que faleceu em Brasília no dia 1º de janeiro à espera de transplante de um coração.

A Força Aérea Brasileira, que foi procurada pela Central Nacional de Transplantes, alegou “questões operacionais” para justificar por que não fez o transporte de Itajubá, no Sul de Minas, para a capital federal.

Duas situações contribuíram principalmente para a tragédia humanitária. Apesar da equipe de plantão para emergências, a equipe da FAB para transportes especiais estava de recesso. Isso prova o quadro de cronograma de voos de transportes de autoridades, por exemplo, ter um intervalo sem operações entre 31 de dezembro e 4 de janeiro.

E mesmo que houvesse jatinho disponível e pilotos, havia outro problema – a logística e o tempo. O Aeroporto de Itajubá passa por obras de terraplanagem e reforma há mais de ano. Situado num brejo, a pista está há meses sendo remodelada. É num hospital da cidade que estava o coração doado para o transplante.

Pista em terraplanagem em Itajubá. Foto de divulgação da prefeitura

Pista em terraplanagem em Itajubá. Foto de divulgação da prefeitura

Na operação, então, seria necessário usar o aeroporto de uma cidade próxima – poderia ser Pouso Alegre, a 70 km de Itajubá, ou Varginha, a 176 km. Ou, respectivamente, aproximadamente 20 minutos e 50 minutos de um voo de helicóptero.

Curiosamente, Itajubá é sede de uma da maior fábrica de helicópteros da América do Sul, com helipontos de apoio e aeronaves novas paradas no pátio. Um telefonema de um mandatário aliado à boa vontade dos executivos da Helibrás poderiam ter ajudado no transporte do órgão para uma dessas cidades, onde um jato da FAB poderia pousar.

Na resposta à Coluna, embora não tenha detalhado os motivos operacionais, a FAB destacou o trabalho de parceria com o Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

“Segundo dados do SNT, em 2014, 2.486 dos 23.226 órgãos transplantados em todo o Brasil foram transportados por avião, o que representa 10,7% do total. Em média são realizados 20 transportes de órgãos por dia em aeronaves. A lista inclui órgãos como coração, rim, pulmão e fígado, além de tecidos como córnea e pele”.

Ainda de acordo com a assessoria, “em 2015, a FAB realizou 42 missões de transporte de pacientes e órgãos em todo o país. No ano passado, somente na região de Brasília foram transportados seis corações para transplante”.

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Mangabeira propõe crescimento, mas manda economia pelos ares
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Leandro Mazzini

Mangabeira, crítico da coalizão 'corrupta' da qual faz parte hoje, adora decolar. Foto: ABr

Mangabeira, crítico da coalizão ‘corrupta’ da qual faz parte hoje, adora decolar. Foto: ABr

Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, Mangabeira Unger – que em artigo classificou o governo Lula, aliado de Dilma, um dos mais corruptos da História – deleita-se no cargo.

No último dia 19, uma sexta-feira, fez a rota Brasília-Goiânia-Anápolis-Brasília em jatinho da FAB, para uma reunião com o governador Marconi Perillo, na qual propôs que Goiás lidere um movimento sócio-econômico em prol do Brasil com nascedouro no rico Centro-Oeste.

Mas embora proponha crescimento, economia não está nos planos do ministro. Goiânia fica a 200 quilômetros de Brasília, e Anápolis no caminho. Normalmente empresários que possuem aviões preferem a bem pavimentada e duplicada rodovia.

Uma comitiva do ministro gastaria duas horas de viagem, no máximo, para chegar à capital vizinha. Da Esplanada para a base aérea de Brasília, com o procedimento de embarque e com um voo para Goiânia, leva-se uma hora.

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Ministros driblam ordem de Dilma e usam jatos da FAB para voar para casa
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Leandro Mazzini

Jato da FAB aterrissa no Aeroporto Santos Dumont. Os ministros usam os modelos ERJ 135 (foto) e os Learjet

Jato da FAB aterrissa no Aeroporto Santos Dumont. Os ministros usam os modelos ERJ 135 (foto) e os Learjet

A maioria dos ministros tem obedecido a ordem da presidente Dilma de evitar jatos da FAB com voos para casa nos fins de semana, por corte de custos. Mas alguns arrumaram um jeitinho de driblar a regra: criam agendas em cidades próximas, onde dão uma passadinha oficial, e depois rumam para o lar – e com os famosos caroneiros.

É o Programa Jatinho no Jeitinho.

Um pequeno exemplo do último dia 18 de Junho, uma quinta-feira, segundo registros da FAB: Renato Janine (Educação) passou em Pirassununga (SP) e depois baixou no aeroporto de Congonhas, com mais cinco passageiros.

No mesmo dia o aeroporto paulista foi o destino de outros três ministros e seus caronas.

Ricardo Berzoini (Comunicações) passou antes em Sorocaba; Gilberto Kassab (Cidades) fez escala no Rio de Janeiro. E Edinho Silva (Secom) voou direto de Brasília para a capital paulista com apenas um carona.

Atualização segunda, 29, 12h30 – Segundo a assessoria do MEC, o ministro teve agenda oficial em SP, conforme agenda com dois compromissos na sexta. “O pouso em Pirassununga se deveu ao mau tempo, que fechou o aeroporto de Congonhas. A comitiva ficou cerca de 1h em Pirassununga, na base aérea, aguardando a liberação para voar até Congonhas”.

O ministro reside em São Paulo. Voltou para Brasília “a serviço” na terça-feira com mais cinco caronas, o mesmo número de passageiros em sua companhia na ida para Congonhas na quinta (18).

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Bolsonaro quer investigar citação de Mujica sobre ‘golpe’ no Paraguai
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Leandro Mazzini

Foto: fatosdesconhecidos.com.br

Foto: fatosdesconhecidos.com.br

Após complicar o ex-presidente Lula sobre o mensalão, em sua autobiografia, o ex-presidente uruguaio Pepe Mujica provocou curiosidade no deputado federal e militar Jair Bolsonaro (PP-RJ).

Mujica, segundo o parlamentar, insinua na obra que o golpe no Paraguai contra o então presidente Fernando Lugo teve interesses diretos do Brasil e da Venezuela – que assim foi aceita como membro permanente do Mercosul, no lugar do país vizinho, boicotado com a troca de governo. Mujica fala em uso de espiões.

Foi o suficiente para Bolsonaro apresentar requerimento para o Ministério da Defesa. A priori, quer saber se houve voos de aviões da FAB para Montevidéo em junho de 2012.


Os órfãos da FAB: ministros apagados abusam de jatinhos para casa
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Leandro Mazzini

Foto: FAB

Foto: FAB

A presidente Dilma Rousseff deve proibir, por força de decreto, o uso de jatinhos da Força Aérea Brasileira por sua equipe ministerial não apenas pelos altos custos envolvendo as viagens, mas ao perceber a farra que fez da FAB uma serviçal de entrega e busca em domicílio nos fins de semana.

Ministros apagados do Governo, como o paulista Afif Domingos (Micro e Pequena Empresa), o gaúcho quase demissionário Pepe Vargas (Relações Institucionais) e a catarinense Ideli Salvati (Direitos Humanos) são alguns dos que mais reservam jatinhos durante fins de semana no vaivém Brasília-Casa-Brasília.

Homem forte do Palácio do Planalto, Aloizio Mercadante (Casa Civil) também tem utiliza as aeronaves nos fins de semana para ir para São Paulo.

A maioria deles registra “Serviço” no controle da FAB, mas pelos destinos e pelos dias de ida e volta –  voos entre sexta e segunda – sabe-se que é para as residências e redutos eleitorais. Por prerrogativa do cargo, os presidentes da Câmara e Senado, Eduardo Cunha e Renan Calheiros, têm voado muito também nos aviões da FAB.

ALGUNS CASOS

Basta uma conferida nos planos de voos da FAB para comprovar o passeio – cenários que se repetem na maioria dos fins de semana dos últimos meses.

Na última quinta-feira (2) a ministra Ideli decolou às 18h25 com mais seis pessoas de Brasília para Florianópolis, seu reduto. Retornou para a capital federal com o mesmo grupo no domingo (5) às 20h. Também requisitou jato para dia 22 de março (domingo) da capital catarinense para  Brasília. Fez o mesmo percurso Brasília-Floripa-Brasília entre os dias 13 e 15 de março – entre sexta e domingo.

Canoas e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, são os destinos preferidos de Pepe Vargas quando quer descansar. Viajou na última quinta (2), às 19h25, da capital federal para Canoas. E voltou no domingo (5), às 17h. Levou quatro e voltou com sete passageiros na cabine. Foi um repeteco da semana anterior: fez o percurso Brasília-Porto Alegre / Canoas-Brasília entre sexta (27) e domingo (29).

Já o histórico de Afif Domingos, cargo e secretaria com status ministerial criados para agradar ao aliado PSD, não vem de hoje. Confira aqui

Na lista também por direito do cago o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, requisitou avião da FAB para ele e dois assessores irem para São Paulo, onde o togado mora, no último dia 26 de março.

REVÉS PARA PILOTOS

A se confirmar o decreto presidencial, os militares da FAB também saem perdendo. Muitos novos pilotos da Força aproveitam os voos demandados por ministros para aperfeiçoamento, e os experientes, para acumular horas no currículo. Alguns deles, com os anos, pedem baixa para trabalhar na aviação comercial.


Projeto do Planalto doa caças Tucano a Moçambique
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Leandro Mazzini

t27

Afinado com a base governista, o Palácio do Planalto – que enviou a proposta ao Congresso – quer aprovado nesta quarta-feira no plenário da Câmara o PL 6646/13.

Enquanto a Força Aérea Brasileira se vira com os F-5 que restaram, com a aposentadoria dos Mirage, o texto autoriza a doação de três caças Tucano T-27 para a Força Aérea de Moçambique.

Foi pedido do ex-presidente Lula à presidente Dilma, pelas boas relações abertas com o país africano durante sua gestão.