Coluna Esplanada

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Senadora Lúcia Vânia vai controlar dois partidos em Goiás
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Leandro Mazzini

Lúcia faz jogada de mestre em Goiás. Foto: psdb.org

Lúcia faz jogada de mestre em Goiás. Foto: psdb.org

A estratégia de trocar o PSDB pelo PSB fará da senadora Lúcia Vânia a toda-poderosa do Centro-Oeste.

Em acordo com Vanderlan Cardoso, o atual presidente do PSB local, ela vai assumir o diretório socialista tão logo oficialize a filiação.

Ainda manterá a boa relação com o governo Marconi Perillo (PSDB) – no qual sua filha, a economista Ana Carla, é secretária de Fazenda. E a senadora ainda terá influência sobre o PPS estadual, onde emplacou anos atrás o sobrinho Marcos Abrão como dirigente.

Apadrinhada pela mãe, e por grandes economistas do eixo Rio-São Paulo, Ana Carla caiu nas graças de Marconi e faz seu ‘choque de gestão’. Difícil será brigar com a senadora pela troca de partido e o poder que ela vai acumular.


Governo não cumpre acordo e MST volta a ocupar fazenda de senador
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Leandro Mazzini

Imagem da ocupação anterior, em março deste ano, feita por sem-terra.

Imagem da ocupação anterior, em março deste ano, feita por sem-terra.

Mais de 3 mil sem-terra voltaram a ocupar na manhã deste domingo (21) a Fazenda Santa Mônica, em Goiás, de propriedade do senador Eunício Oliveira, líder do PMDB no Senado.

A propriedade tem mais de 20 mil hectares e suas terras abrangem três municípios: Alexânia, Abadiânia e Corumbá (GO). É uma das maiores fazendas do Centro-Oeste. Para o MST, improdutiva. Para o senador, que já se defendeu em ocasiões anteriores, tem produção de soja, milho e atividades de pecuária para abate. ( Veja aqui o histórico )

A nova invasão ocorre no dia seguinte ao casamento de uma filha do senador, em Brasília, no Lago Sul, que reuniu a nata da política nacional. Contou com presenças de parlamentares e da presidente Dilma Rousseff, em companhia do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Prestigiaram também o evento o vice-presidente Michel Temer, e os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Aloizio Mercadante (Casa Civil), entrou outros titulares do alto escalão do Governo.

A OCUPAÇÃO

Em nota, o MST avisa que retornou à fazenda porque o INCRA não cumpriu ‘diversos acordos’ prometidos para as famílias, que deixaram a fazenda num processo de reintegração de posse em março deste ano.

Por meses, mais de 3 mil famílias acamparam em parte da propriedade, num esquema muito organizado – havia cadastro por família, que deveria colaborar com R$ 20 mensais para caixinha; além de seguranças (alguns armados), guaritas improvisadas e distribuição de cestas básicas semanalmente. Chegaram a promover uma ‘pamonhada monstro’ com a primeira colheita de milho plantado pelo grupo no local.

SEM GARANTIAS

Segundo o MST, um dos acordos não cumpridos é ‘o assentamento de cerca de 1100 famílias até 60 dias depois do despejo’. Outra promessa, segundo os sem-terra, não teve retorno do INCRA: ‘a realização de estudo sobre a legalidade da posse do Senador Eunício Oliveira sobre as 21 mil hectares do complexo, já que há grande volume de informações na região sobre a grilagem da área’.

O MST batizou o acampamento de Dom Tomás Balduíno, e avisa que não sairá do local até ter garantias de cumprimento dos acordos.

Ano passado, a confusão foi tamanha que o senador Eunício apontou motivação política na ocupação da fazenda, justamente durante o período eleitoral, enquanto concorria ao governo do Ceará. Alguns políticos ligados ao PT daquele Estado teriam apoiado o movimento em Goiás.

 


Trem-Pequi, o ‘trem-bala’ do Centro-Oeste, vira prioridade para Goiás
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Leandro Mazzini

Fonte da arte: jornalopcao.com.br

Fonte da arte: jornalopcao.com.br

O Centro-Oeste pode ganhar o seu ‘trem-bala’. A proposta virou prioridade na agenda do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), anunciada na quarta (3) em almoço com empresários em Brasília, promovido pelo network Visão Capital do Jornal de Brasília.

Ao apelidar de Trem-Pequi o projeto da ferrovia Goiânia-Anápolis-Brasília desengavetada da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Marconi escapa de um eventual descarrilamento político futuro.

Evita-se nomeá-lo de trem-bala porque não há certeza de que o será. Mas sim, um trem tradicional de passageiros, com mais conforto e razoável operação de velocidade, ligando as cidades em ferrovia já existente – e certamente com reformas para adaptação.

Pequi é uma conhecida fruta do cerrado, muito usada na culinária regional. Com sabor amargo como o que se prevê sobre o orçamento do projeto. A versão trem-bala pode sair a R$ 5 bilhões, mesmo com Parceria Público-Privada. A versão tradicional, o que se estuda, a R$ 1 bilhão.


Dilma dá trânsito livre a governador tucano no Governo
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Leandro Mazzini

Foto: psdb

Foto: psdb

Aliados de Marconi Perillo (PSDB) estão surpresos com a desenvoltura do governador de Goiás em Brasília. Passada uma desconfiança no primeiro governo, agora a presidente Dilma caiu nas graças dele e deu carta branca para que transite de portas abertas nos ministérios.

Marconi conquistou promessas de dois deles em visitas a Brasília nesta segunda-feira (1): O ministro Eliseu Padilha (Aviação) deve ajudar na construção de viaduto para acesso ao Aeroporto Santa Genoveva, da capital goiana. Ricardo Berzoini (Comunicações) vai cobrar das operadoras investimento pesado em banda larga para o Estado.


Marconi reúne seis embaixadores no seu reduto em Goiás
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Leandro Mazzini

Governador de Goiás, embora longe da cúpula do PSDB, o tucano Marconi Perillo anda em alta em Brasília (com as Embaixadas).

Reuniu seis importantes embaixadores a seu convite para a Festa do Divino e das Cavalhadas, em Pirenópolis (GO), a 150 km de Brasília e a 100 km de Goiânia, no último domingo. É o seu reduto eleitoral, onde mantém uma fazenda, na qual recebeu o sexteto.

A principal presença foi a da embaixadora dos Estados Unidos, Liliana Ayalde, que acompanhou o quinteto de colegas da Polônia, Irlanda, Alemanha, Holanda e Cazaquistão.


PSDB isola Marconi em Goiás pela proximidade com Dilma
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Leandro Mazzini

marconi

Marconi com Dilma, em visita recente dela a Goiânia. Foto: Folha

 

Governador de Goiás, Marconi Perillo anda em baixa com a cúpula do PSDB. Não faz parte do núcleo, que inclui o presidente, senador Aécio Neves (MG), os senadores José Serra (SP), Cássio Cunha (PB), Aloysio Nunes (SP) e FHC. Nas rodinhas, o goiano é chamado de Marconi Perigo – pela suposta ligação com o bicheiro Cachoeira.

A proximidade de Marconi com o Planalto e os afagos à presidente Dilma Rousseff – que salvou a CELG com R$ 2 bilhões – e as tratativas nem tanto sigilosas de possível filiação dele ao PSD fizeram os tucanos se afastarem do governador.


Plano B para 2018: Kassab negocia entrada do tucano Marconi no PSD
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Leandro Mazzini

Foto extraída do jornalopcao.com.br

Foto extraída do jornalopcao.com.br

Ao passo que patrocina a recriação do PL, o ministro das Cidades e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, sonha com o governador de Goiás, Marconi Perillo, na legenda para lançá-lo a presidente em 2018 – em caso de a parceria atual desandar com o PT.

Pragmático, o tucano no quarto mandato de governador, avalia cenários com cautela. Kassab passou por Goiânia três vezes nos últimos dois meses para conversar com Marconi, e ambos se falam ao telefone, otimistas, pelo menos duas vezes por semana.

Mas o governador não descarta a filiação ao PSD no início de 2018. Após ser tratado com desdém pelo senador Aécio Neves e levar um gelo do PSDB diante das citações na CPI do Cachoeira, Marconi se sentiu desprestigiado, e discretamente tem reclamado do tratamento do partido para o Estado importante no cenário político-econômico do País.

Para o PSD a importância é puramente eleitoral e empresarial, a despeito da figura do governador goiano. Uma vez de malas prontas para o PSD, Marconi levaria consigo um séquito fiel de mandatários e militantes, e o portfólio de financiadores de campanhas no Centro-Oeste.

Não é segredo em Goiás que, após o Senado e o Palácio das Esmeraldas, Marconi quer alçar voo nacional. Mas no PSDB não tem espaço para seu projeto. É o sexto na fila.

Mesmo que eventualmente Aécio Neves não se lance ao Planalto daqui a três anos, a ordem no escrete tucano para a candidatura é: Geraldo Alckmin, José Serra, Tasso Jereissati, Beto Richa e Marconi.

POTE DE OURO

A tarefa de ressuscitar o PL está com Cleovan Siqueira, que manteve o registro do finado PL em cartório de Goiás, e agora se uniu a Kassab no projeto junto ao Tribunal Superior Eleitoral.


Caso Demóstenes: MP de Goiás vê retaliação, e Marconi se cala
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Leandro Mazzini

Demóstenes - ele promete soltar mais coisas. Foto: ABr

Demóstenes – ele promete soltar mais coisas. Foto: ABr

Duas reações adversas em Goiás com a metralhadora giratória verbal do ex-senador Demóstenes Torres, em artigo publicado esta semana num jornal de Goiânia.

O Ministério Público do Estado ficou super constrangido com as acusações, porque Demóstenes é egresso da carreira. No texto, o político atacou o senador Ronaldo Caiado (DEM), seu alvo principal, mas sobrou para os procuradores que não o aceitaram o ex-senador de volta aos quadros. Acham que foi retaliação.

Demóstenes escreveu que ‘Todos os membros do Ministério Público, que me molestam, têm um padrão de vida superior ao meu e muitos gostos idênticos’. O MP ainda estuda se vai acionar judicialmente o político.

Já o Palácio das Esmeraldas virou um poço de silêncio sobre as citações do ex-senador contra o governador Marconi Perillo (PSDB). Ele acusou o tucano de usar verba pública para se defender na CPI do Cachoeira dois anos atrás no Senado Federal.

À época, Marconi tentou contratar por carta-convite, por R$ 3 milhões, a FSB, a maior empresa de assessoria de imprensa e gestão de imagem e crise, para se blindar. Mas recuou.


Controle do Detran e PCH’s explicam UFC verbal Demóstenes x Caiado
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Leandro Mazzini

Caiado e Demóstenes, em registro de dois anos atrás: aliados à época. Foto: O Popular

Caiado e Demóstenes, em registro de dois anos atrás: aliados à época. Foto: O Popular

É o controle do Detran do Estado de Goiás o motivo dos ataques mútuos em artigo e nota oficial ontem entre o ex-senador cassado Demóstenes Torres (sem partido) e o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO). Inclui-se nesse script provinciano um ‘condutor’ habilitado extra-oficialmente: o contraventor Carlinhos Cachoeira.

Adversário do governador Marconi Perillo (PSDB) e ex-aliado de Demóstenes, Caiado atacou o Detran durante a campanha eleitoral e ainda é um obstáculo para eventuais contratos milionários do órgão, hoje apontado por muitos da oposição em Goiás um feudo de Carlinhos Cachoeira no governo, com a indicação do presidente João Furtado.

Há quem indique patrocínio de Cachoeira no texto de Demóstenes contra Caiado para neutralizar futuros ataques do senador. E há quem aponte o ataque como estratégia do grupo do contraventor para prejudicar futuros negócios da família de Caiado na construção de Pequenas Centrais Elétricas na região da Chapada dos Veadeiros, polêmico projeto ambiental em discussão no Estado. O senador já disse que não tem nada a ver com os negócios do primo nas PCHs.

No artigo, Caiado foi chamado de quadrúpede, Judas, comparado a Hitler e a um cavalo. O ex-aliado disse que em Brasília ele deveria ‘relinchar, relinchar’. E Demóstenes soltou: ‘Ele só não está na sarjeta porque não tenho vocação para delator’.

No melhor estilo de resposta figadal faca nos dentes & sangue nos olhos, Caiado soltou à altura. Chamou Torres de ‘bandido’ e ‘psicopata’. Até antes da cassação, eram muito amigos. Caiado foi o padrinho da estreia do então procurador do Estado Demóstenes na política.

Atualização terça (7), 11h25 – Em nota, o presidente do Detran informou que ‘repudia qualquer ilação sobre o suposto envolvimento de seu nome com os citados’, segundo relata ‘com os quais não tem nenhum tipo de envolvimento’. Ainda de acordo com a assessoria, ‘o cargo de presidente do Detran é de livre escolha, nomeação e exoneração do Chefe do Poder Executivo’.


O boi de R$ 1 bilhão agita o curral eleitoral de Goiás
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Leandro Mazzini

Charge de ALIEDO - http://aliedo.blogspot.com

Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com

Tem boi na linha. Literalmente, e bilionário.

Os currais nunca foram mais os mesmos no Brasil desde que ascendeu ao cenário nacional e internacional a Friboi, marca da JF Holding, da família Batista. Por mérito de décadas de atuação no mercado, pioneiros no setor, e ajudados de anos para cá pelo BNDES, a empresa tornou-se a maior produtora de proteína do mundo – e na esteira desse extenso pasto de negócios, os desafios e problemas também vieram a galope.

O ano de 2015 nasceria coroado para a holding não fosse a lupa atenta dos procuradores do Ministério Público de Goiás. O grupo empresarial entra na mira por causa de uma lei estadual vista com desconfiança pelo mercado e pela promotoria.

Durante anos, a Friboi sonegou ICMS no nascedouro, na terra natal, o Estado de Goiás. A dívida tornou-se tão grande quanto o volume negociado mensalmente pela empresa. Chegou a R$ 1,3 bilhão até fim do ano passado, com juros, multa e correção.

No apagar das luzes de 2014, o governo de Goiás editou uma lei de renegociação de dívidas para empresas, a nº 18.709/14. Pela regra, que vigorou por três dias úteis, as devedoras de ICMS teriam isenção de 100% de juros, multa e correção monetária da dívida em aberto. E, bingo!, acertou quem apostou na brecha para a Friboi renegociar a sua – pagou R$ 170 milhões à vista aos cofres do governo Marconi Perillo, e renegociou R$ 150 milhões em parcelas mensais de R$ 2,9 milhões.

De acordo com o governo e a Friboi, a lei é reeditada todo fim de ano para facilitar renegociações de várias empresas, e para reforçar o caixa do Estado. Evidentemente, um bom acordo.

Festa no matadouro, mas.. uma investigação quer salgar a carne desse churrasco; Ou seja, é histórico e inédito no País (ainda investiga o MP se há casos similares) o perdão de dívidas em R$ 1 bilhão.

Provocado pelo PSOL e com apoio do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), o MP agora quer apurar se houve crime de responsabilidade do governo Perillo, quantas e quais foram as empresas de Goiás beneficiadas com a lei de três dias – vigorou de 22 a 29 de dezembro (excetuando-se o Natal e pontos facultativos). E se a ‘operação’ não foi lesiva aos cofres públicos.

Durante a campanha eleitoral do ano passado, o herdeiro do grupo, Junior ‘Friboi’, filiado ao PMDB sob as bênçãos do vice-presidente Michel Temer, abdicou da candidatura governo de Goiás. Deixou de concorrer contra Marconi. O candidato do PMDB foi o ex-governador Iris Resende.

CADÊ A MARCHA?

A Organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) alerta, e líderes mundiais continuam a fechar os olhos para o problema.

Com numerosas baixas civis – inclusive entre os médicos e enfermeiros – a MSF deixou o Sudão do Sul diante da interminável guerra entre etnias e milícias.

Agora, a MSF revela que bombardeios a civis em hospitais de campanha da Ucrânia – não se sabe se das forças russas ou locais – matam e isolam os locais de socorro. Os ataques também inibiram a chegada aos hospitais de medicamentos e suprimentos.

‘No dia 14 de janeiro, um hospício para pessoas com deficiência mental em Slavyanoserbsk, na região de Luhansk, que MSF tem apoiado com medicamentos e materiais de higiene, foi severamente danificado quando a cidade foi submetida a um forte bombardeio. A equipe de MSF conseguiu chegar ao principal hospital da cidade no dia 19 de janeiro para entregar suprimentos suficientes para tratar até 50 pacientes feridos. O hospital ficou sem eletricidade por dois dias devido ao bombardeio e a equipe de MSF viu, pelo menos, dez casas destruídas recentemente no centro da cidade de Slavyanoserbsk’, informa a MSF em nota.

Vale lembrar que a atuação da facção terrorista Estado Islâmico era algo distante do mundo ocidental até que a redação de uma revista foi atacada em Paris.

Não há notícias até o momento de que líderes mundiais se sensibilizaram com as vítimas de Slavyanoserbsk, tampouco de alguma marcha midiática por alguma cidade da Ucrânia.