Coluna Esplanada

Arquivo : Goiás

Com seguranças armados, MST fatura R$ 30 mil em fazenda de senador
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Leandro Mazzini

Quem passa pela rodovia que liga Brasília a Alexânia (GO) às margens da Fazenda Santa Mônica, se assusta com a cena: guaritas em torres de eucalipto com ‘seguranças’ armados com espingardas. São os sem-terra que ocuparam há meses a mega propriedade do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).

O Movimento Rural dos Trabalhadores Sem Terra já cadastrou cerca de 1.500 famílias interessadas em um pedaço de terra em caso de desapropriação, e cada uma delas paga R$ 20 por mês para manter o nome na lista.

Os sem-terra acusam o senador de omitir informações sobre a fazenda, que tem cerca de 20 mil alqueires. De acordo com o MST, Eunício pagaria ITR – o Imposto Territorial Rural sobre apenas 200 alqueires.

Para o leitor ter noção do tamanho, cada alqueire goiano mede 48,4 mil metros quadrados – ou quase 5 campos de futebol. A Fazenda Santa Monica aportaria então 100 mil ‘campos’.

CONVOCAÇÃO 

O MST tem tanta confiança na desapropriação que convoca militância na região. Muitos profissionais autônomos, que nunca pegaram numa enxada, entraram na lista.

A coluna tentou contato por telefone com o senador, sem sucesso. Procurada, a assessoria do MST não se manifestou.


Sob pressão popular, governadores entram na onda de redução de secretarias
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Leandro Mazzini

marconi

Marconi – rumo ao quarto mandato, e corte de comissionados. Foto: EBC

A pressão do povo nas ruas nos episódios de Junho de 2013 começa a ter um efeito um pouco tardio, mas significativo.

Nos novos mandatos, ou em suas estreias nos cargos, governadores entram na onda do discurso do corte de custo – motivados também em especial pela recessão na economia.

Rodrigo Rollemberg (PSB), eleito no Distrito Federal, fundiu pastas e anunciou ontem a futura e enxuta gestão com corte de 15 secretarias.

O vizinho Marconi Perillo (PSDB), de Goiás, vai para o quarto mandato em sua trajetória no Estado também com corte de pastas e cargos – extinguiu seis mil comissionados nos últimos meses. Marconi pretende anunciar o secretariado em bloco dia 31.

 


Eleição evitou despejo do MST em fazenda do senador Eunício
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Leandro Mazzini

A Fazenda Santa Mônica, do senador Eunício Oliveira, no interior de Goiás, foi ocupada há dois meses e quatro dias pelos sem-terra.

São mais de 3 mil famílias. O governador Marconi Perillo (PSDB), acionado por Eunício, mandou a tropa de choque com despejo para desocupá-la, mas no meio do processo eleitoral.

A presidente Dilma soube da tentativa de desocupação e pediu cautela. Marconi e Eunício também recuaram. Todos estavam no segundo turno e a ação era uma tragédia (principalmente política) anunciada.

O MST permanece no local. A PM de Goiás apenas escolta. E ontem chegou um caminhão com cestas básicas.


Nos debates, Aécio afaga Marconi, que se sentia abandonado pelo aliado
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Leandro Mazzini

perillo

Marconi – ele voltou a ficar de bem com Aécio. Foto: psdb.org.br

O presidenciável Aécio Neves afagou pela segunda vez, a última no debate do SBT nesta quinta à noite, o governador Marconi Perillo (PSDB), de Goiás.

O tucano citou Marconi para lembrar um programa de governo, no debate da Band, e ontem lembrou novamente o Estado administrado pelo aliado.

Há meses Marconi estava se sentindo abandonado pelo presidente do PSDB, desde que o governador se tornou alvo na CPI do Cachoeira. À ocasião, aliados de ambos citaram que Aécio evitou o governador por um bom tempo, apesar de procurado, para não ter a imagem envolvida com o escândalo.

DOS DOIS LADOS

Foram afagos estratégicos. Aécio sabe que precisa de Marconi neste momento da campanha em que disputa voto a voto com Dilma. O presidenciável tucano ganhou no Estado no primeiro turno, mas não de lavada: obteve 41,54% dos votos, contra 32,10% de Dilma e 23,90% de Marina Silva.

Na campanha do primeiro turno, surgiu um movimento MariMar – Marconi com Marina, de parte da militância tucana afeita à neossocialista.

Dilma também afagou Marconi, e isso acendeu o alerta no comitê tucano, a ponto de Aécio voar para Goiânia e marcar um compromisso de campanha junto com Marconi. É que a Eletrobrás e a Caixa avalizaram um empréstimo de R$ 1,9 bilhão para a Celg – a companhia energética do Estado – que passa por crise financeira. E como Marconi citou a presidente num programa eleitoral, na TV, boatos fortes rodaram o Estado indicando que o tucano pediria votos para a petista – ou não ajudaria Aécio.


A pedido do PSDB, Justiça recolhe jornal ‘O Anápolis’ (GO) das bancas
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Leandro Mazzini

A Justiça retirou das bancas neste sábado pela manhã o jornal O Anápolis, da segunda maior cidade de Goiás, com ação movida pelo comitê do PSDB do governador Marconi Perillo.

Na edição, o jornal denunciou que carros de som da campanha tucana estavam divulgando inverdades sobre o candidato do PT ao governo, Antonio Gomide. Um dos veículos, segundo o jornal, foi apreendido pela PF.

A decisão de recolher os jornais, de acordo com o site d’O Anápolis, foi do juiz eleitoral Carlos Eduardo Rodrigues de Sousa, que determinou busca e apreensão da edição na gráfica, sem motivo esclarecido na ordem, segundo o jornal.

‘Como não foi encontrado nenhum exemplar do jornal, levaram apenas as matrizes (fotolitos) da referida edição que circulou de madruga. Uma pessoa não identificada percorreu todos os pontos de vendas e comprou todos os jornais’, relata o editor-chefe, Dilmar Ferreira. (Leia mais)

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Esplanadeira: O fogo amigo no PT mineiro e a atrapalhada pesquisa em Goiás
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Leandro Mazzini

‘Esplanadeira’ traz bastidores, denúncias, dicas, análises – as curtinhas do dia no blog:

FICA A DICA 

Para estudioso atento, um trunfo: daria tese de mestrado e doutorado a relação entre a greve de bancários às vésperas de eleições e a baixa compra de votos com dinheiro vivo.

IBOPE GOIANO 

Tremenda trapalhada do Ibope na penúltima pesquisa divulgada para o governo de Goiás quase deixou de fora do debate na TV Globo, na terça, o candidato do PT Antônio Gomide. O instituto admitiu erro de digitação ao inserir um candidato inexpressivo com 5%, em vez dos certo 0,5% . O petista tinha 7% e surgiu com 4%.

LIBEROU GERAL 

A três dias da eleição, algumas estações do metrô de Brasília ontem operaram com catracas liberadas. Segundo seguranças, foi pela falta de funcionários. Há uma briga entre o sindicato e o governo do DF. Não por reajuste, mas por mais contratações.

FOGO AMIGO 

O deputado Durval Ângelo (PT) era cotado para presidente da Assembleia de Minas, se reeleito. Era, porque caiu antecipado pela língua no vídeo em que aparece numa sala citando apoio dos ‘petistas dos Correios’ para Dilma. A reunião foi entre aliados..

PRA TODO MUNDO 

Em seu blog oficial, os Correios divulgaram lista de 16 partidos – da base e oposição – com as respectivas quantidades de Mala-direta Domiciliária de campanha distribuída nacionalmente. O PT lidera: 804 mil folders. O PMDB teve 133 mil. O PSDB, 81,9 mil.

A direção dos Correios provocou o tucano Aécio Neves ontem, que pretende denunciar a estatal por uso eleitoral do PT: Informou que em agosto e setembro, distribuiu 11,2 milhões itens da campanha do PSDB em Minas, ‘sem qualquer reclamação do cliente’.


Riso elétrico em Goiás: R$ 1,9 bilhão na conta da Celg
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Leandro Mazzini

Tucano candidato à reeleição, o governador Marconi Perillo, de Goiás, está rindo à toa desde ontem. Caiu na conta do governo R$ 1,9 bilhão de empréstimo da Caixa, avalizado pela presidente Dilma, para salvar a Celg da bancarrota.

A Celg, companhia de energia de Goiás, está com dívida bilionária, e a salvação passou pelo Planalto. Informa o governo goiano que o aporte, via também Eletrobras, não significa uma federalização da companhia. Tá bom…

Quem ajudou Marconi a chegar à presidente Dilma, em audiência no Planalto, foi o médico de ambos, Alexandre Kalil, de São Paulo.


Com dívida bilionária, Goiás tenta driblar mico elétrico na Celg
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Leandro Mazzini

Um apagão memorial tomou conta do governo de Goiás e aliados.

A senadora Lucia Vânia (PSDB-GO) comemorou a venda da empresa de energia de Goiás, a Celg, para a Eletrobras por R$ 1,9 bilhão. Mas não explicou como a Celg chegou à crise financeira. E esqueceu de dizer que parte da Celg não será mais do Estado, e sim do governo federal. Goiás perdeu o controle de sua companhia.

O caso Celg – mistura de negócio com eleição – como citado ontem, segue um mistério. O governo de Goiás faria ontem cerimônia com pompas para assinar o acordo, mas recuou.  É que o documento ainda será submetido à análise do Ministério da Fazenda.

Em entrevista ao Diário de Goiás, o vice-presidente da Celg nega que seja uma federalização da companhia.

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Em artigo, Cachoeira manda recado para políticos: “Cai pra dentro. Escolham as armas”
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Leandro Mazzini

Um artigo em tom pessoal e cheio de recados para políticos e ex-aliados de Goiás deixa em fervorosa hoje a capital. O autor, o contraventor Carlos Augusto, o Carlinhos Cachoeira, fala do amor que tem com a nova esposa, Andressa Mendonça, e entre outros assuntos diz que a defenderá “com todas as forças e armas”.

Publicado no Diário da Manhã, com o título “A verdade sem mentira”, Cachoeira – provavelmente através de um ghost writer – desfila seu ódio figadal contra a alta sociedade goiana sobre um episódio envolvendo Andressa: segundo relatos que a ele chegaram, ela teria ido ao Palácio das Esmeraldas, sede do governo de Marconi Perillo (PSDB), sem ser convidada para um desfile.

O contraventor a defende durante todo o texto, diz que foi convidada, e abre o tiroteio verbal – por ora:

“Não cometam a insanidade de tentar atingir de forma tão rastejante minha esposa porque não vão gostar nem um pouco do peso da minha mão”.

“Cai pra dentro quem quiser que eu desafio. Escolham as armas”

“A Caixa que Pandora abriu (…) será brincadeira de criança diante do que posso perpetrar para defender a honra da minha esposa” 

Quem conhece os bastidores da conquista de Andressa por Cachoeira – e o perfil do próprio personagem -, durante uma festa em Goiânia, sabe que o contraventor não brinca em serviço. O roteiro é de causar inveja a folhetim mexicano.

Curiosamente, o artigo saiu na mesma página )3) em que o jornal publicou o artigo da presidente Dilma Rousseff.

O recado foi claro para os políticos. Pelo que se nota, ex-aliados. Falta Cachoeira agora, depois de escrever, falar a verdade sem mentira.