Coluna Esplanada

Arquivo : Jogos 2016

Programas para o esporte serão mantidos após Jogos, diz secretário do Rio
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Leandro Mazzini

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Marco Antonio Cabral palestra para jornalistas no Rio

O secretário de Esporte, Lazer, Juventude do Estado do Rio de Janeiro, Marco Antônio Cabral, garantiu que a logística dos Jogos Olímpicos do Rio, que serão disputados em agosto, vão atingir o nível de exigência para um evento deste porte. E não há risco de haver cortes nas verbas vindas do Ministério do Esporte. Apesar do momento instável política e economicamente pelo qual passa o Brasil, o secretário do Rio afirmou que até o momento não há nenhum indício de que o evento será afetado pela crise.

“Há um gasto com os Jogos Olímpicos, que serão naturalmente cortados ao término da competição, mas o ministro Leonardo Picciani (PMDB-RJ) me garantiu que os programas esportivos, que são bancados pelo Ministério, não serão encerrados”, disse Marco Antônio.

A declaração foi dada pelo secretário na terça-feira (7), durante palestra na 4ª edição do ENECOB – Encontro Nacional de Editores, Colunistas e Blogueiros –, titulado “Brasil Olímpico”, promovido evento pela Coluna Esplanada, em um hotel da Zona Oeste do Rio de Janeiro.

“O Risco de vergonha é zero. Como qualquer grande evento, é comparada a uma guerra na logística. Pode ter uma falha ou outra, mas nada que comprometa o evento”, afirmou Cabral.

Além de falar dos preparativos para a Olimpíada do Rio, Cabral palestrou sobre o trabalho que vem desenvolvendo na Secretaria de Esporte do estado.

Um dos projetos tocados por ele é a Copa UPP, competição que está em sua segunda edição e que conta com a participação de moradores de favelas cariocas e de policiais das Unidades de Polícias Pacificadoras unidos num mesmo time de futebol.

“A Copa UPP é desenvolvida desde o ano passado. Este projeto nasceu quando vi um jogo entre Vilas Aliança e Vila Vintém, duas comunidades que não são pacificadas, e são inimigas no mundo do crime. O ambiente de paz me trouxe a ideia para realizarmos esta competição. Em um ambiente de rivalidade, nada melhor do que trazer o esporte”, relatou o secretário, que depois da palestra respondeu a perguntas dos jornalistas presentes.

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Reportagem de Alexandre Braz


Jogos 2016: Luiz Lima quer investimentos em empresas além de atletas
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Leandro Mazzini

Luiz Lima (E), em debate do ENECOB no Rio

Luiz Lima (E), em debate do ENECOB no Rio

Patrocinar empresas que investem em atletas. Este é um caminho para melhor fomento ao esporte e esportistas. Na opinião de Luiz Lima, novo secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, a Lei de Incentivo ao Esporte deveria dar prioridade maior às empresas que fazem investimentos na formação de atletas em relação as que investem nos patrocínios de eventos. A declaração do ex-nadador foi dada na última terça-feira (7) no Rio de Janeiro, durante o encerramento do 4° ENECOB, o Encontro Nacional de Editores, Colunistas e Blogueiros.

“Não sou contra o evento, mas o benefício fiscal deveria ser maior para quem cuida da base, pois muitas vezes um evento consome, de uma só vez, o orçamento que cuidaria por anos de vários atletas”, afirmou Lima, para uma plateia de jornalistas das 27 capitais do país.

Luiz Lima foi convidado para o cargo pelo ministro do Esporte. Leonardo Picciani (PMDB-RJ). Porém, o ex-nadador fez questão de frisar que não pertence a nenhuma sigla partidária, se definindo como “não-político”. Antes de assumir o cargo, o novo secretário revelou que conversou com seu antecessor, Ricardo Leyser, a quem alogiou.

“Reconheço e parabenizo o Leyser pelo trabalho. A gente teve belas ações com atletas”, afirmou Lima, que também destacou a importância do incentivo aos clubes formadores de jovens atletas, ressaltando que buscará parcerias com estas instituições e também com as forças armadas, que têm investido no esporte.

O ex-nadador, que é formador em educação física, atualmente comanda projetos sociais no Rio de Janeiro. Sem experiência na vida pública, afirmou que não irá seguir à frente da pasta, caso não consiga desempenhar uma boa gestão.

“O atleta é a razão de a Secretaria de Alto Rendimento existir. A minha escolha para o cargo tem sido criticada, reconheço que tenho muito a aprender, mas darei o meu melhor para realizar um grande trabalho”, afirmou.

Sobre os Jogos Olímpicos do Rio, Luiz Lima se disse confiante em relação ao desempenho dos atletas brasileiros. Mesmo que a pressão seja grande, afirmou que o atleta bem preparado e ciente da sua capacidade e responsabilidade, não terá dificuldades.

“O histórico mostra que os países-sede têm melhor desempenho em suas casas. Vejo com otimismo o Brasil nestes Jogos e acredito que alcançaremos a melhor posição”, frisou o atleta, sem dizer se acredita que o Brasil conseguir ficar entre os dez primeiros colocados no quadro de medalhas.

O ENECOB foi um evento realizado pela Coluna Esplanada, que neste ano teve como tema o “Brasil Olímpico”. As palestras foram realizadas em um hotel na Zona Oeste do Rio.

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Reportagem de Alexandre Braz


Paes garante obras e cita a transformação da ‘cidade olímpica’
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Leandro Mazzini

Paes discursa na abertura do evento

Paes discursa na abertura do evento

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB-RJ, afirmou que a Olimpíada de 2016, que será disputada em agosto, tem significado uma grande mudança para a Cidade. Paes lembrou que o Rio terá uma grande transformação e um legado, e por isso foi a escolhida diante das concorrentes de países como Estados Unidos e da Europa.

Ele palestrou na segunda-feira (6) à noite no 4º ENECOB – Encontro Nacional de Editores, Colunistas e Blogueiros, titulado “O Brasil Olímpico”, evento promovido pela Coluna Esplanada.

“A Olimpíada é uma oportunidade de transformação de uma cidade, esta foi a grande razão para trazermos a Olimpíada para cá. O Rio é melhor que todas as cidades que concorreram (Madri, na Espanha, Tóquio, no Japão, e Chicago, nos Estados Unidos). Porém, todas estas cidades têm uma infraestrutura muito melhor que a nossa”, discursou o prefeito, ressaltando que muitos desafios foram enfrentados e superados nesta caminhada:

“Ganhamos delas porque apresentamos uma proposta de construir um legado. Os problemas nossos são grandes e se as olimpíadas querem promover esta transformação, deviam fazer aqui. Fazer em cidades como Londres, Madri e Chicago é fácil. Nós somos uma cidade de um país muito desigual. Quando se vem ao Rio tem que se comparar o Rio com o Rio. Os desafios que enfrentamos”.

Além de Eduardo Paes, estiveram presentes na primeira noite do ENECOB, Luiz Carlos Cruz, diretor do Departamento de Crimes Fazendários da PF no Rio, o vice-presidente dos Correios, Luiz Furian Filho, e o secretário adjunto de esportes do Governo do Rio, Raphael Thompson.

No dia seguinte, o prefeito foi surpreendido com uma operação da Polícia Federal no Parque de Deodoro, uma das maiores obras dos Jogos. A PF investiga superfaturamento e desvios no valor de R$ 85 milhões no serviço de retirada de entulhos na obra. Há indícios de que o serviço do contrato não foi realizado, mas pago.

O ENECOB ocorreu de segunda a quarta-feira e contou com jornalistas de 30 veículos de 27 capitais, além de agências internacionais, em um hotel na Barra da Tijuca.

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Com reportagem de Alexandre Braz


Tão perto, tão longe: esportistas dos Jogos do Rio treinam no exterior
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Leandro Mazzini

O episódio revela como o Brasil, a despeito de ser o País dos Jogos 2016, ainda está muito longe do ideal para tal.

Os principais atletas de várias modalidades estão treinando no exterior.

Da Natação, Tiago Prado está nos Estados Unidos e o paralímpico medalhista Clodoaldo dos Santos vai para a Alemanha.

Marcus Vinícius D’Almeida, promessa do Arco e Flecha, também treina no exterior. Alison Cerutti, do Vôlei de Praia, emenda o circuito Mundial em Hamburgo.

Alguns atletas da turma do tênis batem bola em Roland Garros, para onde parte esta semana o ex-campeão Guga Kuerten.

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Visita de policiais ao Super Bowl nos EUA vira polêmica
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Leandro Mazzini

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Com os Governos federal e estaduais em restrições orçamentárias, foi considerada por colegas desnecessária – para não dizer passeio – a ida de seis agentes à final do Super Bowl 50, a final do ‘Futebol Americano’, em Santa Clara, Califórnia, no último domingo (7). Aliás, o grupo teve todos os custos pagos, em especial passagens e hospedagens, para seis dias na cidade.

Foram os ‘observadores’: o secretário de Segurança para Grandes Eventos, Andrei Passos, os delegados federais Rinaldo Souza (Coordenador de Projetos de Tecnologia) e Rodrigo Fernandes; o Coronel Paulo Roberto de Oliveira (PM-DF); Maurício Marinho de Souza (PM-BA) e Celso Perioli (ex-superintendente da Polícia técnico-científica de SP).

A justificativa do sexteto para a viagem foi a preparação da segurança para os Jogos Olímpicos do Rio 2016. Mas, veladamente, especialistas que acompanham os trâmites dizem que nada do que já está planejado para o Rio vai mudar.

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No País dos Jogos 2016, metade da população é sedentária
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Leandro Mazzini

Charge de ALIEDO - http://aliedo.blogspot.com

Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com

O País que sediará a Olimpíada de 2016 tem praticamente metade da população sedentária.

É o que vai concluir a pesquisa inédita sobre a prática de esportes e atividades físicas dos brasileiros a ser divulgada pelo Ministério do Esporte até Julho, a maior radiografia já feita sobre o segmento.

Pelos índices preliminares, 25,6% dos ouvidos praticam algum tipo de esporte regularmente; e 28,5% fazem atividades físicas. Mas os sedentários são 45,9% – equivalente a 67,3 milhões de habitantes na faixa etária de 14 a 75 anos, pelo método utilizado pelos pesquisadores. No quesito sedentarismo, elas ganham dos homens: as mulheres correspondem a 50,4%, e eles, 41,2% .

Os dados por gênero estão nivelados, com pequenas variações sobre temas. Na maior discrepância dos cenários, os homens (35,9%) praticam mais esportes que as mulheres (15,6%); enquanto a situação se inverte para o tema ‘atividades físicas’: são 34% das mulheres ouvidas, contra 22,9% da seleção masculina.

Foram entrevistadas 8.902 pessoas nos 27 Estados, em capitais e interior – essa amostra abrange cerca de 146,7 milhões de brasileiros, nos cálculos dos especialistas.

A pesquisa foi bancada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) em parceria com seis universidades federais: Rio Grande do Sul, Goiás, Rio de Janeiro, Amazonas, Sergipe e Bahia (que coordenou os trabalhos).

MAPEAMENTO

A pedido do Ministério, as equipes também consolidam um mapeamento dos centros esportivos e locais públicos para prática de esporte em todas as cidades do Brasil – onde há quadras poliesportivas, praças com equipamentos, e onde se pratica cada modalidade. O governo vai lançar um site com estes dados ainda este semestre para auxiliar turistas e a população.

‘Estamos organizando os dados e divulgaremos em breve. Serão fundamentais para a orientação dos investimentos públicos e privados’, adianta o ministro George Hilton.


Por APO, Edinho Silva faz maratona de visitas para aval do PMDB
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Leandro Mazzini

O deputado estadual Edinho Silva (PT-SP), tesoureiro da campanha da presidente Dilma em 2014, visitou o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o prefeito Eduardo Paes, nos últimos dias.

Tem buscado o aval político para seu nome ser oficializado na Autoridade Pública Olímpica (APO), com a saída do general Fernando Azevedo e Silva.

Apadrinhado pelo chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, Edinho já tem o apoio do PT no Congresso, e busca agora o PMDB. A visita ao Rio ajudou bem. Para ser APO, ele precisa passar por sabatina no Senado, e a bancada do PMDB já recebeu recados para ajudar.


O revezamento de risco na corrida da APO e a segurança dos Jogos
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Leandro Mazzini

Com a saída do general Fernando Azevedo e Silva do cargo, a Autoridade Pública Olímpica (APO) virou corrida (pelo Poder) de revezamento, com o terceiro presidente em poucos anos – e a menos de um ano dos Jogos Olímpicos.

Uma dúvida paira sobre excelências do Governo a se concretizar o que corre nos gabinetes: Se o Comando Militar do Leste, do Exército no Rio, assumir o front da segurança das Olimpíadas, para que serviu até hoje a Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos, criada para a Copa e Jogos, empregando dezenas de pessoas e com bom orçamento há quatro anos?

O general Fernando Azevedo e Silva, ex-Autoridade Pública Olímpica, é o nome proposto na Força para assumir o Comando Leste. Para a APO, o mais cotado é o tesoureiro de campanha da presidente Dilma, Edinho Silva, apadrinhado pelo chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

Outra pergunta é:

O que fará na APO, cargo que dialoga com empreiteiras sobre obras bilionárias dos Jogos, um tesoureiro de campanha presidencial sem expertise no evento?

Os próximos capítulos – ou jogadas – mostrarão.


APO, um general em seu labirinto (esportivo)
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Leandro Mazzini

A excelente obra de Gabriel García Marquez, O general em seu labirinto, conta sob olhar peculiar do saudoso escritor os últimos meses de vida de Simon Bolívar, o libertador da América.

O título é sugestivo para o atual momento do general Fernando Azevedo e Silva, comandante da APO – Autoridade Pública Olímpica, embora o personagem e o enredo do clássico literário passem longe da realidade vivida pelo oficial recém promovido a General de Quatro Estrelas do Exército Brasileiro.

Sugestivo, e aqui peço licença poética ao leitor, porque Azevedo e Silva, mal ou bem, tornou-se um libertador de amarras burocráticas e enfrenta um exército estrangeiro com datas cronogramadas para as batalhas ‘em campo’. Elogiado pela disciplina militar por uns e criticado por outros por não ser da área, vai comandar a equipe no dia 9 de fevereiro no encontro com os representantes do Comitê Olímpico Internacional no Rio. A turma vem conferir a quantas andam as obras para os Jogos de 2016.

Azevedo e Silva tornou-se o último técnico de um time político à frente das autoridades públicas nos três níveis – de prefeitura a federal – para monitorar as obras. O desafio é atualizar a Matriz de Responsabilidades junto ao COI e ainda prestar contas ao TCU. A APO tem vida ‘útil’ até 2018, quando entregará ao governo e ao tribunal o legado dos Jogos e as contas.

A Matriz engloba as obras exclusivamente voltadas à organização e realização dos Jogos Rio 2016 e a sua atualização é divulgada a cada seis meses. O desafio maior do general é a desconfiança que o COI ainda tem do Brasil e da capacidade do governo de entregar o que propõe.

Hoje, o general tem o primeiro encontro com o ministro do Esporte, George Hilton. Ambos vão colocar à mesa o ‘plano de defesa’ sobre o complexo de Deodoro, na Zona Oeste do Rio. Há uma forte desconfiança, tanto do governo federal quanto do COI, de que as obras não serão entregues a tempo – o Rio 2016 se distribuirá por Barra da Tijuca, Deodoro, Maracanã, Lagoa Rodrigo de Freitas e Copacabana. Destes, a Zona Oeste, como provas como hipismo e canoagem, é apontada como a situação mais crítica.

E há mais obstáculos nesta maratona. Uma disputa velada pelo cargo de APO no governo a um ano do maior evento internacional da História do Brasil. Este é o receio dos envolvidos. Por um lado, a presidente Dilma pode dar como finalizada a missão de Azevedo e Silva, e por outro pode mantê-lo, apesar da pressão política.

Há os que defendem a entrada de profissionais ligados mais ao Esporte, e há os que apontam o risco de credibilidade do País junto ao COI e outros países na eventual troca do comando da APO. Fontes palacianas indicam que o PT pretende emplacar no cargo Thomas Traumann, ligado à presidente Dilma. Nada concreto, só boato do jogo político. Por ora.

Se o general será um bom gestor, o tempo dirá, saia ou não do cargo. Fato é que ele terá de provar nos próximos dias que têm fôlego para essa maratona, ou joga a toalha.
Um detalhe, a Matriz de Responsabilidades tem de ser feita até o próximo dia 28 e há 45 eventos testes este ano na capital.