Coluna Esplanada

Arquivo : lava jato

Delação de Odebrecht vai laçar ‘Boiadeiro’ de Goiás
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Leandro Mazzini

A força-tarefa do MP e da Polícia Federal em Curitiba já tem informações preciosas sobre as ligações do esquema do petrolão e do departamento de propinas da empreiteira Odebrecht com Goiás.

Os investigadores já procuram no Estado quem é ‘Euripedes’, que teria pegado R$ 800 mil no caixa 2 da Odebrecht, na campanha de 2014, para entregar a um parlamentar federal goiano apelidado na lista da empreiteira como “Boiadeiro”.

O que já se diz em Curitiba é que o carro-de-boi da PF  já quebrou a cerca e vai incendiar o pasto no cerrado.

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Polícia suspeita que Cunha gravou reuniões na Câmara
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Leandro Mazzini

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Presidente afastado da Câmara e a caminho da guilhotina guiado por atuais e ex-aliados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) falou sério quando avisou que pode comprometer uns 200 deputados.

Circula na força-tarefa da Lava Jato que Cunha gravou em áudio e vídeo as suas reuniões no gabinete da presidência da Casa. O material pode ser maior com eventuais escutas ambientais instaladas por ele na residência oficial.

Policiais federais que fizeram buscas no dia 15 de dezembro passado no gabinete apontaram minicâmera no teto, e levaram HDs de computadores.

A assessoria de Cunha já informou que o material no teto era apenas o sistema de som. Os investigadores, que entendem de espionagem, duvidam. E sabem de algo mais.

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Lava Jato apura relação da máfia com empresários e políticos
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Leandro Mazzini

O que a operação Lava Jato revelou até agora em termos de ações espúrias pode ser pouco.

Uma linha de investigação na força-tarefa da Polícia Federal e do Ministério Público em Curitiba apura a conexão de empresários e até políticos presos com redes de prostituição e contrabandos diversos – equipamentos eletrônicos, armas e até cigarros.

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Liminar para Pimentel dá ‘blindagem caseira’ a governadores
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Leandro Mazzini

A liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello a favor do governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), ajuda todos os governadores contra investigações federais, empurrando a decisão para as Assembléias Legislativas em caso de investigação e indiciamento.

Indiciado pela Polícia Federal na Operação Acrônimo, Fernando Pimentel corre risco iminente de ser afastado por turma do STJ. O plenário do Supremo vai analisar a relatoria de Mello.

A decisão liminar no STF cria, por tabela, uma blindagem prévia. A delação de Marcelo Odebrecht que vem aí, segundo fontes da Força Tarefa da Lava Jato, vai detonar mais de 20 ex e atuais governadores de Estados.

Se o Supremo seguir Mello, fica assim: os governadores mandatários envolvidos na delação caem nas mãos dos deputados aliados, em vez de na mira de delegados.

 


Anotações de Machado preocupam núcleo do PMDB
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Leandro Mazzini

O pânico de caciques do PMDB vai além das gravações reveladas a conta-gotas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, e pelo noticiado esquema de R$ 70 milhões em propinas para o núcleo do partido.

Os senadores Renan Calheiros, Edison Lobão, Romero Jucá e o ex-senador José Sarney temem o que pode conter no material apreendido pela Polícia Federal na 15ª fase da Operação Lava Jato na casa de Machado, em Fortaleza.

A informação sigilosa é de que há planilhas com nomes e valores nos mesmos moldes do controle do ‘diretoria de propinas’ da empreiteira Odebreccht.

Na operação Catilinárias, a PF também fez devassa em residências e escritórios de Eduardo Cunha, de Henrique Alves, hoje de volta ao Ministério do Turismo, e de Edison Lobão.

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Este é o destaque da coluna publicada hoje na rede Esplanada de jornais em 25 capitais, cujo material foi enviado na sexta às 20h30


Delegada da Lava Jato lidera lista tríplice para diretora da PF
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Leandro Mazzini

Atualizada terça, 31, 14h05 – Delegada da Lava Jato que deu nome à Operação, Érika Marena, de Curitiba, lidera lista tríplice da Associação Nacional dos Delegados de PF para diretora-geral da PF. A Coluna antecipou ontem que ela é a favorita da classe para comandar a corporação.

A lista acaba de ser anunciada, na qual votaram mais de 2.500 delegados associados. Érika obteve 1.065 votos.

Por lei, o cargo de diretor deve ser de um delegado federal de classe especial, e a categoria oferece uma lista par escolha do presidente da República.

Os outros votados, nesta ordem, que completam a lista, são Marcelo Eduardo Freitas (924 votos) e Rodrigo de Melo (685 votos) Teixeira, ambos da Superintendência de Minas Gerais. Não é tradição que o ministro e o presidente da República escolham o mais votado da lista.

A lista será submetida à avaliação do presidente Temer e do ministro da Justiça, Alexandre Moraes. O atual DG da PF, Leandro Daiello, segundo informações de bastidores, deve sair em Agosto após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Enquanto isso, a Federação dos Policiais Federais avisou que também quer ter espaço na escolha do futuro DG.

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Ação do PR no Supremo tenta barrar quebra de sigilo do Whatsapp
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Leandro Mazzini

Plenário do STF - mais uma vez sobra para a Corte. Foto: UOL

Plenário do STF – mais uma vez sobra para a Corte. Foto: UOL

Os ministros do Supremo Tribunal Federal estão com a pulga atrás da orelha e de olho no Whatsapp.

Algo sinistro pode estar arquivado no aplicativo de algum personagem político-policial. Só isso explica a pressa do jurídico do PR em protocolar na Corte uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI nº 5527) questionando o Artigo 10, Parágrafo 2º da Lei 12.965/14, o Marco Civil da Internet. A relatoria caiu nas mãos da ministra Rosa Weber.

Segundo a lei, no Artigo 10, a operadora deve guardar registros, que são invioláveis; mas o Parágrafo 2º avisa, em outras palavras, que uma ordem judicial pode quebrar o sigilo.

A petição do PR conota que o partido quer barrar o acesso da Justiça a conteúdos nos telefones de cidadãos em eventuais ações futuras de quebra de sigilo.

O texto traz, em suma, a justificativa de que as operadoras de telefonia não podem ser alvo de decisões judiciais que bloqueiem o aplicativo, o que prejudica o cidadão brasileiro – cita o caso de decisão judicial recente da primeira instância do Sergipe, traz números, e lembra que o App é usado para comércio, o que impulsiona a economia.

Como notório, o PR tem gente enrolada no Mensalão – para citar só um, seu ‘dono’, Valdemar da Costa Neto, foi condenado e agora, segundo citado na imprensa, está na mira de delatores do Petrolão.

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‘Lava Jato’ vai comandar a Polícia Federal
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Leandro Mazzini

Reprodução do Youtube

Reprodução do Youtube

A delegada federal Érika Mialik Marena, uma das principais investigadoras da Lava Jato – e quem deu nome à famosa operação – está prestes a se tornar a nova diretora-geral da Polícia Federal.

Ela já tem o indicativo da maioria dos votos da lista tríplice da categoria, recém elaborada pela Associação de Delegados de PF e que será apresentada hoje.

O Governo Michel Temer foi avisado da saída de Leandro Daiello da diretoria-geral após a Olimpíada do Rio em agosto, a pedido do delegado. O caso é tratado sigilosamente para evitar especulações.

Para Temer, é um avanço político e na gestão. Uma vez com Érika na DG da PF, o presidente da República a inclui no rol de mulheres no alto escalão, e ganha a confiança de variados setores, indicando que não quer interferir nas investigações.

Caso o cenário não mude internamente ou no Governo, Érika pode ser a primeira mulher a comandar a corporação. Ela é de classe especial como manda a regra da escolha ( mais de 10 anos de carreira ), atuou em investigações e operações de campo e especializou-se em investigação contra o crime organizado.

A assessoria de Leandro Daiello nega, mas figurões da advocacia dão como certo que ele e o ex-ministro José Eduardo Cardozo vão abrir uma banca na área criminalista.


PGR e PF vão soltar as operações ‘Senatus’ e ‘do Barba’
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Leandro Mazzini

A sede da PGR em Brasília

A sede da PGR em Brasília

O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, e a força-tarefa da Operação Lava Jato em Brasília (no MP) e em Curitiba (Justiça Federal) preparam duas grandes operações que vão sacudir o mundo político em Brasília e São Paulo: a Senatus e a do Barba – não necessariamente nesta ordem e com estes nomes, mas com estes alvos.

A próxima fase da Lava Jato, a 31ª, deve pegar em cheio o Senado Federal. Não só pela homologação da delação premiada de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro ( a coluna antecipou que havia um áudio bomba  por vir ), mas por tudo o que já se apurou até aqui sobre o que disse o ex-senador Delcídio do Amaral, e sobre os documentos apreendidos nas residências e escritórios do senador Fernando Collor (PTC-AL).

Por baixo, pelo menos quatro senadores estão na mira diante do descoberto até agora: o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR), Edison Lobão (PMDB-MA) – citado por delatores – e Collor.

A dúvida da PGR e da Justiça Federal é se pedem ao Supremo Tribunal Federal autorização para prisão ou apenas condução coercitiva, seguida de mandados de busca e apreensão em gabinetes e residências.

Já a futura fase 33 é tida como a mais polêmica. É a que, segundo circula nos bastidores da Justiça Federal e do STF, vai cercar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o seu Instituto. Na madrugada do dia 4 de março a Coluna citou a operação de grande repercussão que estava prestes a sair, a qual culminou com a condução coercitiva de Lula.

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TROPA DE ELITE

Turma jovem e muito reservada, a força-tarefa de Janot e da PF não pega leve. Os procuradores trabalham em meio andar da sede do Ministério Público com acesso restrito.

A força-tarefa leva tão a sério as operações que uma procuradora, de família de Brasília, mudou-se de sua casa para um apartamento funcional, a fim de se concentrar. São de suas mãos que saem os pedidos de prisão e condução de políticos.


PMDB, PSDB e PT tensos com serviços da Machado Gravações
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Leandro Mazzini

Não só os gravados estão tensos com o Grampeador-Geral da União, Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro.

O script da ascensão é longo: Ele assumiu a estatal apadrinhado pelo ex-presidente Lula e pelo senador Renan Calheiros, manteve-se com apoio das bancadas do PMDB, PT e PSDB do Senado, e é egresso do ninho tucano do Ceará.

Na década de 80, Machado comprou redes de TV e rádio. Tentou vários ramos, mas revelou-se incompetente ao quebrar uma fábrica de jeans. Coordenou as campanhas vitoriosas de Tasso Jereissati e Ciro Gomes, dos quais se afastou quando entrou no Governo Lula.

Em tempo, faça-se justiça aos créditos, embora a grande maioria de jornais, revistas, sites de notícias e emissoras de rádio e TV não o citem, devem-se ao repórter Rubens Valente, da Folha de S.Paulo, as revelações dos áudios de Machado. E, ao contrário do que disse Romero Jucá, nós confiamos no repórter.

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