Coluna Esplanada

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No PT, só Mercadante defende volta de Dilma
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Leandro Mazzini

dilma

O Partido dos Trabalhadores deu clara mostra de que abandonou de vez a presidente afastada Dilma Rousseff, e não quer levantar sua bandeira para preservar a já desgastada imagem do partido.

Numa recente reunião da cúpula, o ex-ministro Aloizio Mercadante foi voz solitária e voto vencido na defesa de sua volta.

O PT agora só pensa em segurar a sangria e o ex-presidente Lula, alvo da Operação Lava Jato, o que pode complicar sua situação bem antes da possível candidatura ao Planalto em 2018.

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Delação e gravações revelam autofagia no PT
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Leandro Mazzini

Jaques e Rui - eles se estranharam ao telefone sobre a situação de Lula

Jaques e Rui – eles se estranharam ao telefone sobre a situação de Lula

Congressistas da base e oposição ao Governo têm comentado a latente autofagia no Partido dos Trabalhadores com as revelações da delação do senador Delcídio do Amaral (Sem partido-MS) e dos grampos da PF nos telefones de Lula e Rui Falcão, presidente do partido.

Pelo visto, e ouvido, Lula não falava com José Eduardo Cardozo, que não conversava com Delcídio, que não confiava em Aloizio Mercadante, que nem conversa com o sucessor na Casa Civil Jaques Wagner, que não dá bola para Rui Falcão etc.

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Governo cogitou chamar Janine de volta ao MEC
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Leandro Mazzini

Foto: EBC

Foto: EBC

Após a encrenca em que se meteu o ministro Aloizio Mercadante, ao ter conversa gravada e divulgada pelo assessor do senador Delcídio do Amaral (Sem partido-MS), os ministros palacianos pensaram em sondar o ex-ministro Renato Janine Ribeiro para voltar à Educação.

Três motivos os fizeram recuar. A presidente Dilma deu aval para Mercadante continuar no Governo; o ministro foi ofuscado – para sua sorte – por encrenca maior, a entrada sub judice de Lula como ministro; e porque emissários na USP enviaram alertas de que o professor Janine recusaria novo mico.

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Casa Civil do Planalto: A maldição do cargo desde José Dirceu
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Leandro Mazzini

A presidente Dilma não esconde o desconforto com as denúncias que atingem o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner.

Recorre à memória para citar os ex-ocupantes do gabinete vizinho que caíram em desgraça: os amigos Erenice Guerra, Antonio Palocci e José Dirceu (Governo Lula). Todos defenestrados por graves denúncias de corrupção.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que passou pelo cargo por curto período também, é alvo da Operação Lava Jato. Incólume segue o atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que ocupou o gabinete também em curta temporada.

Uma curiosidade é o hall do prédio do Ministério de Minas e Energia, a meio quilômetro do Planalto.

Chama a atenção a galeria dos ex-ministros. Alinhados aparecem: Dilma Rousseff, que enfrenta um processo de impeachment; Silas Rondeau, que deixou o cargo suspeito de receber propina, e Edson Lobão, novo alvo predileto da Operação Lava Jato.

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Colaborou Walmor Parente


Mercadante cria núcleo de educação do PT no MEC
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Leandro Mazzini

merca

Pelo menos quinze congressistas do PT, entre senadores e deputados, compõem o Núcleo da Educação que se reunirá com o ministro Aloizio Mercadante a cada quinzena.

O primeiro encontro foi na última terça-feira. O ministro quer ouvir do grupo ideias para os ensinos básico e superior.

Uma fonte do MEC diz que vem aí mudança nas exigências de currículos de professores, a fim de capacitá-los melhor.


Novos cursos de medicina movimentam o mercado do diploma
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Leandro Mazzini

O clima anda tenso no Ministério da Educação com a esperada divulgação das novas faculdades de Medicina autorizadas pela pasta, no próximo dia 23.

É o curso mais cobiçado por donos das instituições – a mensalidade não sai por menos de R$ 4.500. E um pote de ouro porque o pagamento de grande parte dos alunos é garantido pelo Fies – Financiamento Estudantil bancado pelo Governo.

Em abril deste ano, como antecipou a Coluna, o MEC registrava uma fila 181 pedidos de abertura de cursos de Medicina.

A cobiça é tamanha que gera casos estranhos. Na cidade de Guanambi (BA), o grupo FIPMoc (Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros) já anuncia vagas no futuro curso, antes da divulgação da lista dos aprovados.

Folder informativo da faculdade distribuído na cidade baiana. Reprodução

Folder informativo da faculdade distribuído na cidade baiana. Reprodução

Outra curiosidade é que um dos proprietários da FIPMoc  é o ex-ministro da Era Lula, Walfrido dos Mares Guia, amigão de Lula e do ministro Mercadante.

A população de Guanambi anda animada com a novidade, mas desconfiada com as investidas do Grupo, que sequer tem sede na cidade. Há relatos de populares de que empresários procuram por espaços de locação.

O mercado bilionário do diploma explica, em parte, a lotação extra na posse do ministro Aloizio Mercadante nesta semana. Muitos políticos são donos de faculdades.


Trio de ministros de Dilma promete cargos e verbas por Ajuste
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Leandro Mazzini

Berzoini - a caminho da Articulação no Planalto, ele já mostra trabalho. Foto: Folha/UOL

Berzoini – a caminho da Articulação no Planalto, ele já mostra trabalho. Foto: Folha/UOL

Nem foram oficializados nas novas funções de núcleo duro do Palácio Planalto e os ministros das Comunicações, Ricardo Berzoini, e da Defesa, Jaques Wagner, já mostraram trabalho à presidente Dilma.

Eles se uniram ao chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, numa ofensiva a deputados. Desde cedo ontem, os três ministros dispararam telefonemas para parlamentares da base aliada e até dos neutros do PSB pedindo apoio para manter os vetos presidenciais em prol de ajuste fiscal, se houvesse sessão.

Dois deputados de partidos diferentes confirmaram a informação à Coluna.

Em contrapartida ao apoio nos votos e fidelidade dos deputados, os três ministros estão oferecendo “tratamento especial”, cargos nas futuras pastas após a reforma administrativa e liberação de emendas.

Os telefonemas e a pressão continuam até a próxima terça-feira, para quando foi transferida pelo presidente do Congresso, Renan Calheiros, a sessão de análise dos vetos, em especial o do reajuste salarial do Judiciário, o que poderá em bilhões as contas da União.

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Ninguém ajuda o capitão Levy
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Leandro Mazzini

foto extraída do sindicatoseguradoras.com.br

foto extraída do sindicatoseguradoras.com.br

A arrogância de Luiz Inácio Lula da Silva em não reconhecer anos atrás uma crise mundial que afetaria diretamente o Brasil – “é marolinha” – e a petulância de igual tamanho da atual presidente da República, Dilma Rousseff, em recorrer a atos precipitados sem saber ouvir o mercado – tampouco os conselheiros próximos – deu no que deu: O Brasil mergulhou numa crise com recessão e economia estagnada que, no melhor dos cenários poderá dela sair em dois anos, especulam empresários.

Foi chamado então um homem de mercado e ligado aos bancos que seguram o País, Joaquim Levy, como salvador da Pátria. Mas desde que assumiu, o que Levy encontra é uma série de obstáculos dentro do próprio Governo que o convocou.

Exímio navegador das (sujas) águas da Baía da Guanabara, sua terra natal, Levy usou da metáfora para explicar o seu cenário: é preciso evitar que o barco vá para os rochedos. O que não quis dizer, para não causar tumultos na praça, é que o barco está à deriva e já costeia as rochas. O Brasil pode quebrar se não seguir à risca o pacote esboçado por ele para recolocar a nau no rumo. Mas ninguém, ninguém ajuda o capitão.

A presidente Dilma, que contratou o especialista e lhe deu carta branca, não manda mais no próprio Governo. Este possui três ministros da Fazenda – Levy, o oficial, e outros dois que se metem a dar palpite demasiado na sua pasta: os economistas Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Nelson Barbosa (Planejamento). Barbosa, aliás, fechado com Mercadante, meteu os dedos no rascunho feito pelo inquilino da Fazenda no corte do Orçamento de 2015 e desagradou a Levy. Foi Barbosa quem foi aos holofotes anunciar com pompas o plano do colega de Esplanada. Um episódio lamentável.

E quando o problema não vem do Palácio do Planalto ou colegas de escalão, aparece do Congresso Nacional. Levy tem pacote sério de ajuste fiscal que recoloca o Brasil no eixo do desenvolvimento em dois anos.

Mas não esperava entraves surpreendentes nas duas Casas dos nobres parlamentares. Por mero capricho e interesses não muito claros, os deputados e senadores desfiguram suas propostas – essenciais para reforçar o caixa do Tesouro. Impõem ‘condições’, ora ao Planalto (cobrando liberação de emendas num Governo sem caixa), ora beneficiando setores que bancam suas campanhas, como no caso da manutenção da desoneração da folha de pagamento – o projeto original onera para todos os 56 setores outrora beneficiados, mas alguns, por benesses dos deputados e interesses obscuros, escaparam do aumento da alíquota sobre faturamento.

Presidente do Senado, Renan Calheiros piorou o cenário. Primeiro, informou a Levy que vai derrubar todos os acordos dos deputados nesta questão da folha. Beleza. Volta tudo ao projeto original. Mas o que parecia sensatez tornou-se, aos olhos do Governo, outra jogada: o senador vai esticar para o fim do segundo semestre legislativo a votação do projeto, que renderia este ano R$ 12 bilhões para a União. Conota que, ao derrubar o projeto da Câmara, Renan quer iniciar renegociação com os lobistas dos setores que pedem manutenção das bondades. Um acordo agora pelo Senado.
Com aliados assim, o ministro da Fazenda não precisa de inimigos.

Um Congresso assaltante, uma presidente sem poder, e colegas puxando o seu tapete.

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PT engoliu a indireta de Lula para Dilma: ‘Não se acomodem no Governo’
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Leandro Mazzini

lula
O PT comprovou em seu congresso em Salvador que continua unido,  mas a exemplo de outros partidos expõe uma batalha interna de correntes pelo poder na legenda e no Governo que comanda.

O encontro, no qual o partido ratificou Lula e Dilma como seus expoentes, não deixou de revelar também as entranhas da disputa entre lulistas e dilmistas nas hostes.

O ponto alto dessa ‘batalha’ foi a frase dita por Lula no seu discurso: ‘Não se acomodem no Governo’.

O ex-presidente tirou a expressão ‘da boca do povo’, mas para os petistas presentes foi uma clara indireta para a presidente Dilma e o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

 


Temer e Mercadante enquadram o PDT sobre ajuste fiscal
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Leandro Mazzini

Figueiredo - conversa com Temer e recado de Mercadante, mas defesa do PDT. Foto: pdt.org

Figueiredo – conversa com Temer e recado de Mercadante, mas defesa do PDT. Foto: pdt.org

O PDT levou uma dura, diplomática, da presidente Dilma após votar em peso contra a MP 665 (a que muda prazos para beneficiários do Seguro Desemprego).

O vice-presidente e articulador político do Planalto, Michel Temer, chamou o líder na Câmara, André Figueiredo (PDT-CE), para conversar no Palácio do Jaburu no último domingo.

Temer pediu reconsideração do partido sobre o ajuste fiscal, e deixou claro que ‘não está em jogo o ministério (do Trabalho)’, controlado pelo PDT. Mas o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, enviou um recado de que precisava de pelo menos 10 dos 19 votos a favor nas próximas votações. Os deputados entenderam a indireta.

Ontem o PDT já votou com o Governo na MP 663/14, que aumenta em R$ 50 bilhões o limite de repasses da União para fomentos no BNDES e Finep.

A bancada também vai votar a favor da desoneração da folha de pagamento, seguindo orientação do Planalto, garante à Coluna o líder. Ainda não há consenso sobre a MP 664.

Figueiredo já havia dito a Temer e Mercadante, antes das votações, que por questões históricas de defesa dos direitos dos trabalhadores a bancada votaria contra a mudança de regras.  Na votação da MP 664 (mudança nas regras de pensão) a bancada dará a resposta a Temer e Mercadante sobre o recado dos votos, que lhe renderá ou não boas relações com o Palácio.

Apesar da repensar os votos, Figueiredo foi categórico: ‘O Governo está indo por caminho de estigmatizar as MPs pelos exageros que cometeu’.