Coluna Esplanada

Arquivo : petrobras

Dilma tenta salvar a maior fornecedora da Petrobras para o pré-sal
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Leandro Mazzini

Numa reunião no Palácio do Planalto ontem pela manhã, a presidente Dilma Rousseff comandou uma operação de salvamento da Sete Brasil, maior empresa parceira da Petrobras criada para fornecer plataformas para a exploração do pré-sal – os contratos giram em torno de US$ 27 bilhões.

Mas por quê?

A Sete tem dinheiro de fundos de pensão estatais, do BNDES, e do BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, novo amigo de infância do ex-presidente Lula – que continua a mandar no Governo. Lula e Esteves se tornaram amigos, e o banqueiro já contratou o ex-presidente para palestras no País e exterior, em eventos bancados pelo BTG. É no jatinho de Esteves também que Lula tem assento garantido a qualquer momento que precisar.

Foi com vistas a esta reunião que há poucos dias a Sete de repente pediu à CVM – Comissão de Valores Mobiliários a permissão para abrir seu capital, sem venda de ações ainda na Bolsa (por ora). Nos corredores da sede da empresa e do Planalto a cifra citada é a mesma: a Sete precisa urgente de US$ 700 milhões para respirar.

No encontro de ontem, participaram além de Dilma o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e membros do governo. Com o esperado aperto nas contas, sem ter como injetar mais dinheiro na empresa, o Governo vai buscar parceiros para a Sete no mercado.

A Sete é a principal fornecedora das futuras plataformas de exploração do esperado óleo do pré-sal em alto-mar. E com dinheiro da União. Seu ex-diretor, Pedro Barusco, é alvo da Operação Lava Jato e suspeito de desvio de quase US$ 100 milhões.

Pelo visto, a Sete está à deriva nesse mar de dúvidas sobre seu futuro, cujo comando fica a milhares de quilômetros da costa, no cerrado brasileiro.


Há 31 anos, CVM barrou negociata de ações entre sócios da Petrobras
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Leandro Mazzini

Reprodução da página do JB de 1983

Reprodução da página do JB de 1983

Vêm de longe as polêmicas na maior empresa brasileira.

Não é de hoje que a Petrobras dá dor de cabeça – ao governo e a investidores. Na edição de 1º de novembro de 1983, há 31 anos, o Jornal do Brasil noticiava com destaque que a CVM – Comissão de Valores Mobiliários barrou uma meganegociação de ações da estatal ao perceber transação suspeita entre dois grandes acionistas.

Segundo a reportagem, o Banco Fonte vendeu 900 milhões de ações da petroleira para o Bozano Simonsen, mas a CVM bloqueou porque os credores driblariam o fisco e não pagariam 16% do Imposto de Renda sobre dividendos. Isso, claro, quando as ações da Petrobras valiam muito.


Petrobras baixa o preço da gasolina. No Paraguai
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Leandro Mazzini

paraguai

Foto extraída do ultimahora.com

Enquanto a gasolina subiu 4% aqui no fim de novembro, a Petrobras no Paraguai virou uma mãe para os hermanos.

Entrou na onda de descontos e baixou o preço do litro no país vizinho, a partir de hoje, seguindo a baixa do barril do petróleo no mundo, de acordo com a imprensa local.

O desconto foi especialmente para a capital Assunção e região metropolitana.

 


De: Renato Duque; Para: Dilma. PT Saudações
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Leandro Mazzini

duque

Foto extraída do guiaoilegas.com.br

A presidente Dilma Rousseff recebeu recados de senadores do PT, no Palácio do Planalto, de que o ex-diretor da Petrobras Renato Duque a envolveria se ficasse mais uma semana detido.

Dois dias depois de a presidente ouvir a ameaça, coincidência, ou não, Duque foi solto por habeas-corpus em liminar concedida pelo ministro recém-empossado Teori Zavaski, do Supremo Tribunal Federal. Mas é só uma coincidência.

Não é segredo em Brasília que Renato Duque, mais que Paulo Costa, era o nome apadrinhado especialmente por estrelados petistas na petroleira.

DE SANCTIS  2.0?

Começou uma batalha velada entre o juiz federal Sérgio Moro e o Supremo – que lembra o embate entre o então juiz federal Fausto de Sancti e o ministro Gilmar Mendes no caso do banqueiro Daniel Dantas, solto por Mendes duas vezes seguidas.

Moro, a grande cabeça judicial da Operação Lava Jato, quer encarcerar Renato Duque de novo. Os próximos dias exibirão novos capítulos.


Sheik dos Emirados Árabes perde dinheiro com Petrobras
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Leandro Mazzini

A cúpula da Petrobras desconfia de que o Sheik de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, Mohammed bin Zayed bin Sultan Al Nahyan, está por trás da ação de investigação contra a estatal na Justiça dos Estados Unidos.

A diretoria da petroleira descobriu que uma das advogadas que toca a ação é norte-americana Theresa Farah, especialista em transações internacionais que representa o árabe em seus negócios americanos.

O príncipe comprou ações ADRs nível 2 da Petrobras na Bolsa de Nova York há alguns anos. ADRs são Recibos de Depósitos Americanos. É a forma em que a ação da estatal é negociada na Bolsa NY, via instituições financeiras de corretagem. Há muito bilionário investidor revoltado com a petroleira.

Com o caso de polícia na estatal, a queda no valor de mercado da empresa e das ações, Al Nahyan já teria perdido US$ 1 bilhão, segundo informações de bastidores.

Em suma, o caso deixa a Petrobras em polvorosa: o homem da ‘terra do petróleo’ caiu no conto da estatal brasileira.

AQUI E LÁ

A situação é delicada para a petroleira porque pode abrir precedente: se comprovada a ligação da corrupção com a queda das ações, espera-se enxurrada de processos de indenização.

Embora empresa estatal e de controle brasileiro, vale lembrar que a Petrobras tem capital aberto e milhares de investidores estrangeiros que perderam dinheiro.

PROSPECÇÃO JUDICIAL

Curiosamente, acontece hoje o GP de Abu Dhabi de F-1, também patrocinado pela Petrobras. Enquanto isso, o Departamento de Justiça dos EUA toca investigação: em nome dos acionistas, quer saber se houve pagamento de propinas na Petrobras, se alguém do país violou a lei anticorrupção na negociação da refinaria de Pasadena, e se isso afetou diretamente o desempenho da estatal.

O fato de a Petrobras e executivos serem novos alvos da operação Lava Jato e o adiamento do anúncio do balanço trimestral da petroleira semana passada irritaram profundamente investidores estrangeiros. Eles já teriam recebido o report trimestral da Petrobras e não gostaram nada dos números.

FOSTER FICA

A despeito de toda a encrenca, a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, fica no cargo. Ela é nome de confiança da presidente Dilma. Em tempo: há tanto investidor gringo que a estatal já pagou até 68% de seus dividendos na Bolsa de NY. Foi em 2008.


Petrobras repassou meio bilhão de dólares a Evo durante sua campanha
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Leandro Mazzini

Além da artilharia pesada da oposição, antes e no meio desta campanha eleitoral, sobre a corrupção na estatal, a Petrobras virou alvo do Ministério Público Federal por causa de um – muito – suspeito pagamento adicional ao governo da Bolívia pelo chamado ‘gás rico’. Em abril o blog denunciou o caso, lembre aqui 

A petroleira repassou em setembro à Bolívia cerca de US$ 434 milhões ( mais de R$ 1 bilhão ) por aditivo contratual, para pagar fornecimento de gás, retroativo desde 2006 – algo que o contrato inicial não estipulava com a petroleira boliviana YPFP.

A polêmica é maior porque o dinheiro foi repassado na reta final da vitoriosa campanha de reeleição do presidente Evo Morales para o seu terceiro mandato ( ele mudou a Constituição para disputar, entenda aqui ).

O adicional foi um acordo político de aliados: um pedido de Evo para o então presidente Lula, anos atrás, que se formalizou mês passado.

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Esplanadeira: Kassab no cardápio de churrascaria, e a Petrocerva no mercado
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Leandro Mazzini

‘Esplanadeira’ traz bastidores, denúncias, dicas, análises – as curtinhas do dia no blog:

PIADA PRONTA 

Em Brasília, engraçadinhos em dúvida onde Aécio votará: se em BH, onde bateu ponto de terça a quinta como governador, ou na praia do Leblon, onde de fato morava.

KASSAB NO CARDÁPIO

Na segunda, no Rodeio, churrascaria do Shopping Iguatemi, grã finos de farta mesa desancaram o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), candidato ao Senado, por manter-se na disputa diante do favoritismo de José Serra (PSDB).

STAND BY

O site do PSB não dá tanta bola para Marina. E enquanto não oficializa o partido, ela não pode contar com as redes sociais da REDE: estão desatualizadas desde fevereiro.

PENSANDO LONGE

Ao bater em Marina em todo debate, Levy Fidelix indica que o PRTB pode fechar com PT de Dilma, como fez em 2010. O partido teve cargos no Ministério dos Transportes.

VAI QUE COLA

Dilma e o marqueteiro João Santana vão repetir na Globo a estratégia de ela pedir direito de respostas em seguidos momentos. É dica dele para ela aparecer mais. Santana teve discussão acalorada com assessores dos ‘nanicos’ na TV Aparecida sobre isso.

PETROCERVA

A Ambev passou a Petrobras e se tornou a empresa brasileira mais valiosa no mercado internacional. Ou seja, a cerveja vale mais que petróleo. são US$ 103 bilhões.

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Esplanadeira: PT de Minas prova do veneno e o fenômeno PetroCai
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Leandro Mazzini

‘Esplanadeira’ traz bastidores, denúncias, dicas, análises – as curtinhas do dia no blog:

TROCO

O PT de Minas está provando do veneno do terrorismo eleitoral que o nacional impõe na TV para desconstruir Marina Silva. O PSDB em Minas começou a atacar Fernando Pimentel usando a Fiat. Em vídeo da campanha de Pimtenta da Veiga, o narrador diz que a ida de nova fábrica para Pernambuco foi culpa de Pimentel, quando ministro.

Mas não passou pelo Ministério do Desenvolvimento a decisão de fábrica da montadora no Brasil. Foi decisão dos executivos na carona pela guerra fiscal entre Minas e Pernambuco do então governador Eduardo Campos, que deu mais incentivos fiscais.

BRASIIILLLL

A Defensoria Pública de São Paulo tirou da cadeia um jovem inocente condenado a 23 anos de prisão – cumpriu dez. O TJSP revisou a sentença após recurso da Defensoria, que apontou a condenação sem qualquer prova de latrocínio. E havia outro réu confesso.

PETROCAI 

Piada em Brasília: as ações da Petrobras afundaram tanto ontem que, mais um pouco, achavam um novo poço de petróleo. Improdutivo.

GUERRA PARAGUAIA 

Vem uma guerra sangrenta no Paraguai. O governo Cartes autorizou força máxima no confronto contra o Exército do Povo Paraguaio, um genérico da FARC que nasceu lá. Há sete meses eles seqüestraram um jovem brasileiro, receberam o resgate e o rapaz sumiu. Seus dois principais líderes apontados pelo governo vivem… asilados no Brasil.

PONTO FINAL

Pelo visto, no sequestro de ontem, em Brasília até terrorista é uma fraude.


Em agenda, Paulo Roberto Costa ironiza pobre e corrupção
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Leandro Mazzini

agenda2

Na devassa do material recolhido do escritório de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras preso em março, a Polícia Federal continua intrigada com a motivação do executivo para frases escritas em sua agenda particular.

Entre contas e nomes de contatos pessoais ou de possíveis propinados em muitas páginas, numa delas Paulo citou uma pensata do saudoso Millôr Fernandes:

‘Acabar com a corrupção é o objetivo supremo de quem ainda não chegou ao poder’.

aliedo

Charge de ALIEDO – http://aliedo.blogspot.com

 

Em outro trecho, logo abaixo, nova frase: ‘o rico acorda tarde para reclamar /o pobre acorda cedo para trabalhar’.

Paulo Costa continua detido na Superintendência da PF em Curitiba, onde presta depoimentos sigilosos à Justiça, sob delação premiada.


Paulo Costa é a ‘mulher traída’ do PT
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Leandro Mazzini

paulinho

Paulo Roberto nesta quarta na CPI – ele entrou mudo e saiu calado, como muitos queriam. Foto: EBC

Paulinho tornou-se a ‘mulher traída’ do PT .

Um veterano político reparou ontem na CPI da Petrobras que tão ameaçador quanto o silêncio de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, foi o olhar que ele direcionou a alguns nobres parlamentares.

O ex-diretor é acusado de pagar propinas, com dinheiro de contratos da estatal, a políticos e empresários. A Veja denunciou que seriam dezenas de deputados, senadores, dois ministros e três governadores. Paulinho, desta forma, fazia jus ao cargo que ocupava na petroleira: ‘Diretor de Abastecimento’.

Paulinho, como era chamado por petistas, tornou-se ‘a mulher traída’ do PT – aquela que escanteada e abandonada, entrega o criminoso para não se locupletar.

Foi assim nos casos do ex-prefeito de SP Celso Pita (Com Nicéia), o ex-deputado Roberto Jefferson (com os mensaleiros), e recentemente com a ex do deputado Rodrigo Bethlem (Vanessa), que o gravou citando conta na Suíça com dinheiro suspeito (assista aqui)

PREÇO

Com interesses não claros da CPI, num Congresso muito suspeito, a ida de Paulo Costa ao Senado só serviu para atrasar os seus depoimentos da delação premiada à Justiça em Curitiba e gerar custos adicionais à PF, com escolta e viagem de jatinho.

SÓ, SOMENTE SÓ..

Que sorte a dos parlamentares. Paulo Roberto Costa voltou sozinho para a carceragem no camburão aéreo da PF.