Coluna Esplanada

Arquivo : Planalto

PSDB isola Marconi em Goiás pela proximidade com Dilma
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Leandro Mazzini

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Marconi com Dilma, em visita recente dela a Goiânia. Foto: Folha

 

Governador de Goiás, Marconi Perillo anda em baixa com a cúpula do PSDB. Não faz parte do núcleo, que inclui o presidente, senador Aécio Neves (MG), os senadores José Serra (SP), Cássio Cunha (PB), Aloysio Nunes (SP) e FHC. Nas rodinhas, o goiano é chamado de Marconi Perigo – pela suposta ligação com o bicheiro Cachoeira.

A proximidade de Marconi com o Planalto e os afagos à presidente Dilma Rousseff – que salvou a CELG com R$ 2 bilhões – e as tratativas nem tanto sigilosas de possível filiação dele ao PSD fizeram os tucanos se afastarem do governador.


Temer e Padilha revezam articulação por Dilma
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Leandro Mazzini

Temer e Padilha - afinados na Articulação. Foto: egnews.com

Temer e Padilha – afinados na Articulação. Foto: egnews.com

O vice-presidente Michel Temer e o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Eliseu Padilha, formam a poderosa dupla do momento e têm segurado a barra para a presidente Dilma na cambaleante relação entre o Planalto e o Legislativo.

Temer recebe deputados e senadores no seu gabinete, no anexo do Planalto, e delegado outras visitas a Padilha, que alterna a agenda entre a SAC e o gabinete da extinta Secretaria de Relações Institucionais no Palácio.

O vice foi fundamental na vitória (apertada) do Governo nas MPs 664 e 665 na Câmara, por fidelidade corporativa dos deputados a ele.

Ontem as salas estavam lotadas de parlamentares com os pires nas mãos. Temer tem assinado as faturas para Dilma, que promete entregá-las.


O PT e a governabilidade do oportunismo
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Leandro Mazzini

De olho em mais cargos e ministérios desde a reeleição da presidente Dilma em novembro, o PT da Câmara – que há muito exige mais espaço – aproveitou a votação da MP 665 para botar a faca no pescoço do Governo.

Pegou mal no Planalto a pressão do líder do Governo na Câmara, José Guimarães, que foi ao vice-presidente Michel Temer em nome dos petistas reclamar o Ministério do Trabalho para o partido, quando a pauta era a prioridade da aprovação do ajuste fiscal.

Desde o início do debate, o PDT, que controla o ministério e votou em peso contra a MP, indicava ser contra as novas regras por questões históricas da legenda.

E desde a ‘traição’ do PDT, o PT usa sua força na mídia, em sites petistas camuflados de noticiosos, e com aval de Aloizio Mercadante (Casa Civil), para pressionar pela boquinha.

Alguns governistas, de variados partidos, declararam discretos que não é hora de o PT exigir da presidente um ministério usando a votação do PDT como pretexto.

De acordo com um ministro palaciano, Dilma ficou insatisfeita com o PDT, mas mais triste ainda com a atitude do PT, que exibe seu apetite num momento em que ela precisa da base.


Renan selou destino de Lages, ex-MTur, sem pedir pasta ao Planalto
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Leandro Mazzini

Foto: MTur

Foto: MTur

Nos corredores do gabinete presidencial do Congresso Nacional não houve surpresa sobre a chegada do ex-ministro do Turismo Vinícius Lages à Casa, um servidor de carreira apadrinhado pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Engana-se quem aponta biquinho de Renan para a presidente Dilma ao recusar a presidência dos Correios ou da Conab para o apadrinhado que deixou o Turismo.

Em nenhum momento Renan pediu cargos para ele ao Planalto. Pelo contrário, as relações andam amargas com a presidente a ponto de Renan se recusar a atender os telefonemas da chefe da nação em pelo menos duas ocasiões conhecidas.

A nomeação de Lages para chefe de Gabinete do presidente do Senado foi decidida há 17 dias, quando Renan exonerou a então inquilina no cargo, Emília Ribeiro, como adiantou a Coluna.


Rasante da Justiça na Anac deixa Planalto em alerta
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

Ministros palacianos acompanham com constrangimento a situação do diretor de Aeronavegabilidade da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Cláudio Passos. Ele e a Anac são réus na Justiça Federal em ação civil promovida pelo MPF. Aliás, há três diretorias vagas na agência hoje, e só Passos e o presidente Marcelo Guaranys estão no cargo.

Passos contratou sem licitação a Organização Brasileira para o Desenvolvimento da Certificação Aeronáutica, por R$ 23 milhões, para serviço na área de certificação, uma incumbência da… própria Anac. A Agência alega que não havia quadros para a tarefa.

Segundo a Anac, a Justiça em São José dos Campos (SP) ‘acolheu a denúncia com base em juízo de probabilidade e não de certeza’. A Corregedoria não investigou ‘por não ser de sua competência’. E não houve questionamento à Comissão de Ética da República.


Planalto exclui Ceagesp, ‘reduto’ petista, do plano de desestatização
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Leandro Mazzini

Foto extraída do timeout.com.br

Foto extraída do timeout.com.br

O apetite partidário anda fazendo a feira em São Paulo.

Tem gente em Brasília que vê afago ao ex-deputado e mensaleiro condenado João Paulo Cunha (PT-SP) no Decreto 8.417 assinado pela presidente no último dia 18.

Ele exclui do Programa Nacional de Desestatização a CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo). É que, como notório entre gabinetes, a CEAGESP é feudo antigo de indicações de João Paulo e trupe petista paulista. Uma vez privatizado, perderiam o controle.


PT já quis extinguir verba publicitária que hoje controla no Planalto
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Leandro Mazzini

Foto extraída do blogdojuca.uol.com.br

Foto extraída do blogdojuca.uol.com.br

A posse de Edinho Silva na Secretaria de Comunicação do Planalto pôs fim a uma disputa ferrenha pelo controle da bilionária verba anual de publicidade da Presidência.

Bem diferente do cenário que o partido defendia em 1999, quando o PT queria extinguir a verba oficial do Palácio, então no governo Fernando Henrique Cardoso. O deputado Paulo Rocha (PT-PA) propôs isso no PL 33/1999.

Mas isso era antes de o PT assumir o Poder. A Mesa Diretora da Câmara arquivou a proposta de Rocha em 2007, quando o petista Arlindo Chinaglia era presidente da Casa.

Até a decisão da presidente Dilma por Edinho, ainda durante a gestão de Thomas Traumann, havia uma velada disputa no PT pelo controle da fatia bilionária de publicidade.

Venceu o grupo palaciano, contra a vontade de parte do PT, entre eles o presidente Rui Falcão, que desejava direcionar a verba para o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini. Este ganharia muito poder comandando as concessões de TV e rádio e a distribuição de propaganda oficial.

A despeito da disputa, uma certeza é consenso nos dos dois grupos, e para a própria Dilma: voltar a investir na mídia regional é essencial.

HOMEM DA PRESIDENTE

Edinho Silva, seu ex-tesoureiro de campanha eleitoral, não tem padrinho, é da cota da própria Dilma Rousseff. Não precisará bater continência para Aloizio Mercadante (Casa Civil) ou para Berzoini, das Comunicações.

Até se encontrar na lista de preferidos da presidente e aceitar de pronto o convite, Edinho desfilava entre mandatários à espera de uma vitrine de Poder. Cogitado para a presidência da Autoridade Pública Olímpica, chegou a visitar parlamentares e o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, com credenciais palacianas para pedir apoio.


Juventudes do PMDB e PT se desentendem no Planalto
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Leandro Mazzini

Enquanto os partidos não se entendem na crise entre os Poderes Executivo e Legislativo, PT e PMDB repetem a crise na Juventude das legendas.

A situação desandou no andar de baixo. A Juventude PMDB se desligou da Secretaria Nacional de Juventude da Presidência, alegando que os diálogos com a secretária se esgotaram com Gabriel Medina, do PT, ligado ao ministro Miguel Rosseto.


Afago de Marconi a Dilma indica projeto presidencial – fora do PSDB
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Leandro Mazzini

Foto extraída do goias24horas.com.br / arquivo

Foto extraída do goias24horas.com.br / arquivo

O recente e escancarado afago à presidente Dilma é um recado político. O governador tucano Marconi Perillo, de Goiás, no quarto mandato, sonha em expandir o poder político além dos limites do Estado.

Há alguns anos vem esboçando no seu grupo político uma candidatura nacional. Notícias espalhadas por aliados revelam a pretensão de Marconi se candidatar a presidente da República.

Mas o tucano goiano encontra um cenário desfavorável há anos na legenda. Por dois motivos: a concentração de poder decisório no partido no eixo São Paulo-Minas Gerais, e a ascensão do senador Aécio Neves como candidato potencial em 2018.

Não por acaso, pessoas próximas de Marconi indicam que ele poderá se filiar ao PSD – hoje afinado com o governo Dilma – para tentar a candidatura. Mas tudo dependerá do cenário daqui a três anos, e da vontade, obviamente, de Gilberto Kassab, o dono do partido.

Marconi e Aécio andam se estranhando há alguns anos, desde a CPI do Cachoeira, no Senado, que revelou suspeitas de ligações do governador com o contraventor Carlinhos Cachoeira em Goiás. Aliados de ambos dizem que Aécio abandonou o governador à própria sorte e nem atendia suas ligações, apesar do apelo de Marconi por apoio.

Outro fator que leva Marconi a afagar a presidente Dilma é puramente financeiro. A Eletrobrás salvou a endividada Celg, a companhia energética de Goiás, no fim de 2014, com aporte de R$ 2 bilhões, numa operação que envolveu o antigo núcleo palaciano do Planalto.


Planalto e BB em alerta com alta inadimplência bancária
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Leandro Mazzini

A equipe econômica e os ministros palacianos da presidente Dilma Rousseff entraram em alerta com informações de que, no balanço do Banco do Brasil a ser divulgado em maio, a inadimplência da carteira de clientes cresceu consideravelmente, acompanhando o cenário já radiografado por institutos aferidores no mercado.

Embora no relatório de dezembro o BB informe que tem lastro para cobertura, os índices que serão revelados são alarmantes no comparativo dos últimos doze meses. E o Governo tenta uma maneira de não passar um cenário pessimista para o mercado, apesar de o BB seguir as regras da CVM e do Banco Central para a divulgação de balanço, sem ingerências políticas.

O balanço anterior já indicava um panorama: De dezembro de 2013 para 2014, o ‘Risco Médio’, principal indicador do crédito no banco, teve leve alta de 3.56% para 3.75%. No relatório anual do BB do fim de 2014, foi registrado que a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) apresentou aumento de 15,4% em relação a 2013.

E para o setor bancário geral, dados do BC, FGV e IBGE mostraram ano passado o Endividamento Familiar, com saldo em atraso superior a 90 dias, em 45.4%. Ou seja, metade dos clientes do País está com a corda no pescoço junto aos bancos.

A inadimplência bancária cresceu significativamente (7 pontos percentuais) em quatro anos. Era de 38,6% (2010), 41,5% (2011), 43,6% (2012) e 45,4% em 2013.

Segundo o BB, ‘historicamente o banco apresenta índice de inadimplência inferior ao do Sistema Financeiro Nacional’. A assessoria destacou tabelas comprobatórias.