Coluna Esplanada

Arquivo : prisão

Pedido de prisão: apoio de base e oposição a Lula é medo do MP
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Leandro Mazzini

O Ministério Público de São Paulo conseguiu unir políticos da base e oposição a Lula com o pedido de prisão do ex-presidente.

A gritaria não é apoio ao petista, é receio de um precedente.

Envolve o temor com a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre detenção imediata (mesmo com recursos protelatórios) de quem é condenado em segunda instância.

Para ex-mandatários, se a Justiça em primeiro grau acolhe denúncia e condena alguém, há grande risco de a decisão não se reverter nos tribunais. Em suma, é cela de cadeia para qualquer um.

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Imprensa dominicana destaca Santana, que já deixou marketing do Governo
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Leandro Mazzini

Os principais jornais da República Dominicana destacaram em suas versões digitais desta segunda-feira o pedido de prisão temporária do marqueteiro João Santana, que cuida da campanha de tentativa de reeleição do presidente Danilo Medina.

Na capa, como manchetes, os portais também destacaram a ligação de Santana com a presidente Dilma Rousseff e o PT, por ter sido o marqueteiro das duas campanhas vitoriosas dela. E agora sua prisão na esteira da 23ª fase da Operação Lava Jato. Santana é suspeito de receber dinheiro da Odebrecht em contas offshore, não declaradas, em paraísos fiscais.

O marqueteiro volta ao Brasil amanhã, e deve entrar ainda hoje na lista vermelha de procurados da Interpol. Com a repercussão negativa no país caribenho, há notícias extraoficiais de que Santana já deixou o comando da campanha de Medina.

Abaixo, apenas uma pequena amostra dos portais da capital Santo Domingo, que tem mais de 15 diários impressos e portais de internet.

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Aos 34 e doutor na Alemanha: quem é o advogado que defende Delcídio
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Leandro Mazzini

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Numa primeira impressão, quem com ele esbarra nas ruas de Brasília vê o estereótipo do jovem nascido na capital que acaba de sair da faculdade e tornou-se um servidor público. Mas o terno e gravata, a discrição, a fala forte e pausada e os argumentos jurídicos numa conversa de poucos minutos apresentam ao interlocutor o especialista precoce que tornou-se Luís Henrique Machado.

Foi o jovem de 34 anos – faz aniversário dia 16 de abril, lembra – quem protagonizou a peça principal do pedido de habeas corpus que levou à soltura do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) na tarde de ontem, por decisão liminar do ministro Teori Zavascki – a quem não visitou.

Discretamente, como manda a praxe advocatícia, porém à luz das agendas oficiais e do protocolo judiciário, Luís Henrique despachou com pelo menos quatro ministros do Supremo Tribunal Federal na última semana, para falar de seu cliente – ele divide com outros escritórios a defesa do parlamentar, mas foi quem tomou o front da batalha pelo cliente. Tomou café com José Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Celso de Mello e Gilmar Mendes.

Distinção para poucos, o jovem advogado já circula com naturalidade nas Cortes, entre os togados e pelos escritórios da capital. Num País onde predominam os sobrenomes Batochio, Bulhões, Almeida e Castro, Bermudes, entre outros, Luís Henrique surpreendeu o noticiário da Operação Lava Jato ao emergir, de repente, como o principal nome da classe advocatícia envolta nos processos. Nada por acaso.

Surpresa é descobrir que o advogado voltou ao Brasil há apenas 16 meses, quando a Lava Jato já vivia seu auge com prisão de executivos e políticos. E entrou no pique dos escritórios de defesa para se inteirar dos processos.

Graduado em Direito, com Pós-graduação na Escola Superior do Ministério Público, Luís Henrique fez especialização em Direito na Universidade de Cambridge e é doutor em Direito Processual Penal pela Universidade de Humbolt, Berlim, com foco em Prisão Preventiva. Foi esta sua especialidade, aliás, que chamou a atenção dos escritórios e do cliente.

Luis Henrique Machado também está concluindo doutorado nessa mesma universidade, com uma tese sobre o uso de medidas invasivas durante investigação policial. Recentemente lançou um livro, em alemão, sobre a instituição da prisão preventiva na Alemanha e no Brasil.

Foi catapultado aos holofotes da mídia nacional desde ontem, o que o assustou um pouco, mas manteve o foco neste sábado no cumprimento das decisões do Supremo para garantir a liberdade ao senador. Passou o dia de plantão até conseguir entregar o passaporte de Delcídio a um juiz da Justiça Federal – tinha só mais 24 horas para isso, sob risco de o cliente voltar para a cadeia na segunda pela manhã.

De acordo com Luís Henrique, ele vai se debruçar agora nos pormenores judiciais da garantia da liberdade. Há dúvidas como o horário que Delcídio terá de estar recolhido todas as noites – as sessões do Senado Federal são prolongadas em algumas noites – e principalmente precisa saber se o senador poderá ter contato com outros 14 (isso mesmo, quatorze) senadores investigados na Lava Jato, que com ele se encontrarão no plenário do Senado.

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Brasiliense é condenado a prisão por tentativa de invadir o Alvorada
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Leandro Mazzini

O Alvorada - Palácio fica a mais de 100 metros da guarita de entrada

O Alvorada – Palácio fica a mais de 100 metros da guarita de entrada

Um cidadão de Brasília, que se apresentou à época da confusão como filho de alto funcionário do Governo, foi condenado pelo Superior Tribunal Militar a seis meses de prisão.

Na noite de 7 de setembro de 2011, ele tentou invadir com o carro o Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente Dilma Rousseff. Foi detido por soldados com suspeita de embriagues, ao tentar ultrapassar a guarita de segurança.

O processo corre em segredo de Justiça e o motorista-manifestante pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça.

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Brasil condena suspeito de ser espião russo
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Leandro Mazzini

QG-Amazonas

Um incidente diplomático é tratado sob sigilo entre os governos do Brasil e Rússia.

O Superior Tribunal Militar condenou há dias a um ano de prisão o russo D.A.S. por ter invadido um quartel do Exército em Manaus (AM). Mas o caso é tratado como tentativa de espionagem.

Passando-se por turista, o russo portava máquina fotográfica, mochila e passaporte duplo (Rússia/Equador). Apesar de ampla entrada no QG, ele pulou muro alto e foi flagrado por soldados numa área estratégica do Centro de Instrução de Guerra na Selva, onde há documentos científicos sobre a região amazônica.

Ao ser preso, o russo tentou se passar por turista, mostrando mapa e dizendo em inglês que pensava ser zoológico. Não convenceu. Para os soldados, turista não entra em zoo pulando muro.

Para piorar sua situação, identificado como ‘jornalista’ depois, o serviço secreto brasileiro descobriu que o russo nunca exerceu a profissão.

Embora a sentença tenha saído agora – ele pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça – o caso ocorreu em abril de 2013, e D.A.S. ficou preso até junho daquele ano no QG. A Embaixada russa conseguiu liberá-lo e o suspeito hoje está em Moscou. Se ele pisar aqui, vai em cana.

Oficialmente, o estrangeiro foi preso e condenado pelo crime do artigo 302 de Código Penal Militar – “Penetrar em fortaleza, quartel, estabelecimento militar, navio, aeronave, hangar ou em outro lugar sujeito à administração militar, por onde seja defeso ou não haja passagem regular, ou iludindo a vigilância da sentinela ou de vigia”.

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Deputado se declara preso e vira herói de colegas no Congresso
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Leandro Mazzini

hildo

É mesmo um Congresso pitoresco, circo sem picadeiro.

O deputado federal Hildo Rocha (PMDB-MA) se deu voz de prisão na Casa. Isso mesmo – e pelo ocorrido, pela coragem no episódio, foi muito cumprimentado pelos seus pares, que também não deixaram de ironizá-lo.

Na última terça-feira, ao saber que o motorista e assessor foram detidos pela Polícia Legislativa numa confusão, ele se apresentou ao chefe da Polícia no Senado e, ao ter pedido de soltura da dupla negado, declarou: “Então eu me prendo!”.

E Hildo ficou na sala-cela com os subordinados, de braços cruzados e beiço, até pegar o telefone e ligar para o “advogado” Renan Calheiros.

Ocorreu o seguinte: na pressa para ver a presidente Dilma Rousseff na sessão de abertura do Ano Legislativo, o deputado ordenara ao motorista que furasse o bloqueio da viatura da Polícia Legislativa já no perímetro do Congresso, e ele desviou o carro passando pelo gramado.

Hildo subiu correndo, mas os assessores foram detidos em seguida. O impasse só terminou, sem auto de infração, com o ‘habeas corpus’ concedido pelo presidente do Congresso, após a ligação do aliado, e a Legislativa os liberou, mesmo contrariada.

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Prisão de traficante no STF alerta programa de ressocialização no DF
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Leandro Mazzini

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O Supremo Tribunal Federal, o Governo do Distrito Federal e a Vara de Execuções Penais do TJDFT pretendem tornar mais duras a seleção e contratação de sentenciados que participam do Programa de Ressocialização.

Ministros e servidores do STF ficaram estupefatos com a prisão do funcionário terceirizado Vinicius Corrêa Dias, 30 anos, que chefiava quadrilha de venda e distribuição de drogas em bares no centro de Brasília e Entorno do DF.

Considerado ‘bom rapaz’, ele circulava pelas dependências do Supremo e lidava com funcionários de alto escalão e até ministros.

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Suplente é ‘de caráter ilibado e responsável’, disse Delcídio
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Leandro Mazzini

No vaivém de informações e tensão hoje no Congresso Nacional com a inédita prisão de um senador, um atento observador do cenário político de Mato Grosso do Sul lembra que Delcídio Amaral é, digamos, um visionário, vide a sua situação atual.

Anos atrás, na campanha para o senado, ele escreveu nos folders distribuídos para os eleitores, sobre a escolha do seu suplente, o professor Pedro Chaves:

“Tive a preocupação de buscar uma pessoa de caráter ilibado, responsável”.

Independentemente do que vier nos próximos dias, semanas ou meses, o suplente está de sobreaviso na base.

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Mensalão: Presa em BH, Kátia Rabello não tem dinheiro para pagar multa
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Leandro Mazzini

Foto: UOL arquivo

Foto: UOL arquivo

Kátia Rabello, a ex-presidente do Banco Rural condenada no Mensalão e presa há dois anos em regime fechado em Belo Horizonte, sonha com a progressão de regime para cumprir semiaberto.

Mas familiares repetem que ela não tem R$ 2 milhões que a Justiça cobra de multa. Repete que está quebrada.

A executiva foi condenada pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta a 16 anos de prisão. Ela cumpre pena na penitenciária feminina Estêvão Pinto, na região metropolitana.

A família, defesa e amigos reclamam da pena. Dizem que Kátia caiu de pára-quedas no Banco, como herdeira, após morte de familiar, e não sabia do esquema, apesar de assinar os papéis dos empréstimos fraudulentos para os financiadores do mensalão.


PF levou anotações sigilosas de Dirceu sobre Governo
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Leandro Mazzini

Agentes da Polícia Federal levaram numa caixa um caderno de anotações de próprio punho, de José Dirceu, na operação de busca e apreensão na casa do ex-ministro ontem, no Lago Sul em Brasília.

São os rascunhos iniciais da autobiografia que ele prepara, com foco na sua atuação no Palácio do Planalto e na sua relação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dirceu foi preso preventivamente na nova fase da Lava Jato e o principal procurador da investigação revelou que o alvo é a atuação do petista desde o seu período no Planalto até o lobby para empreiteiras do esquema do petrolão.

Quem conhece Dirceu e sabe da autobiografia em gestão diz que o teor, por ora, não chega a ser bombástico. Mas revela situações que podem constranger o PT.

Dirceu revelou a amigos que o visitaram há duas semanas em sua casa que está ‘muito magoado’ com Lula e Dilma. ‘Eles me abandonaram!’, frisou numa das frases.

Não se descarta que Dirceu entre em delação premiada. Apaixonado pela nova esposa e pela filhinha, ele pode não suportar a cela e a iminência de nova condenação. No entanto, o ex-ministro vinha repetindo para os próximos que delação não faz parte de sua história.

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