Coluna Esplanada

Arquivo : PSDB

The Godfathers: na versão tupiniquim, Cunha é isolado e começa autofagia
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Os lideres da oposição com Paulinho da Força, o único fiel hoje, saindo da residência oficial do presidente da Câmara. Foto de arquivo

Os lideres da oposição com Paulinho da Força, o único fiel hoje, saindo da residência oficial do presidente da Câmara. Foto de arquivo

Parece filme: começou a autofagia.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, perdeu a aliança (e amizade) dos líderes tucanos Bruno Araújo (PE/Minoria) e Carlos Sampaio (SP), e do líder do DEM, Mendonça Filho (PE). O trio começou a dar o troco no plenário com críticas à condução do presidente durante as votações.

É visível a irritação mútua.

PPS, DEM e PSDB se sentem traídos. Embora negue veementemente, até as flores do jardim do Palácio do Planalto já sabem que Eduardo Cunha fechou aliança com o ex-presidente Lula e o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner – que ordenaram ao PT pegar leve com ele. O próximo passo será a conversão dos votos a favor de Cunha no Conselho de Ética – enquanto ele, de sua parte, poderá enterrar o pedido de impeachment da presidente Dilma.

É latente a negociação entre as partes. Há dias, o líder do PT no Governo, deputado José Guimarães (CE), defendeu Eduardo Cunha durante um discurso em Fortaleza. No Congresso, ninguém arranca de Guimarães e do líder do PT, Sibá Machado (AC) um ‘a’ contra Cunha.

As próximas semanas mostrarão se o acordo dará certo ou não.


Aliados da oposição abandonam Eduardo Cunha
Comentários Comente

Leandro Mazzini

edu

Pularam da barca os principais aliados que até agora eram o motor da nau do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Há digitais de um poderoso ex-aliado nisso. O líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), e o da Minoria, Bruno Araújo (PSDB-PE), reuniram-se sigilosamente com o senador e presidente do partido, Aécio Neves ontem pela manhã.

O primeiro sinal surgiu na reunião da tarde, quando Cunha pauta a semana. Nenhum líder da oposição apareceu – são do PPS, DEM, PSDB, SDD. Depois Cunha abriu os trabalhos enfraquecido, com plenário quase vazio.

No fim do dia, o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), em coletiva disse que é melhor Cunha se afastar. O único personagem reticente na debandada é o deputado Paulinho da Força, criador do Solidariedade e fiel aliado do presidente da Câmara.

O PSDB deve protocolar hoje o novo pedido de impeachment da presidente Dilma. Mas sem esperança. Com cargos e os ministérios, os ministros palacianos conquistaram os votos do PMDB, PP e outros partidos neutros.

Enquanto perde o apoio de toda a oposição para sua sobrevida, Cunha ganhou ontem o afago religioso, pelo menos. Parlamentares das bancadas cristãs do Paraguai, Uruguai e Argentina o visitaram. Estão orando por ele. Muito.

 


Cotado para vice de Aécio, Marconi é cobiçado por PP
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto extraída do Jornal Opção.

Foto extraída do Jornal Opção.

O tucano Marconi Perillo recebeu propostas de pelo menos três partidos para filiação. O assédio aumentou há meses com rumores de que o governador de Goiás é o preferido de Aécio Neves para vice na eventual candidatura a presidente.

Marconi já recebeu dirigentes do PSD – o próprio Gilberto Kassab o sondou – PR e PP. Este último mexe com o brio do goiano.

Enquanto infla o PSDB local com seus mais fiéis aliados, a fim de controlar a legenda mesmo se fora dela, a estratégia de Marconi é se filiar a partido tradicionalmente aliado do PSDB para ganhar tempo de TV e reforçar alianças se for confirmado como vice na chapa.

O PP pode ser uma opção segura para Marconi com o aval do vice-governador do Rio Francisco Dornelles, tio-primo de Aécio, que avalizaria a filiação. E também com aval do senador Ciro Nogueira, presidente do partido.

Marconi, porém, tem diferenças locais a resolver se optar pelo PP. Ainda não engole o ex-governador Alcides Rodrigues, que saiu do PP estadual mas deixou aliados fortes na legenda no Estado.

Na busca por projeção nacional, após quatro mandatos de governador e um de senador, Marconi tem sido discreto nas agendas em outros Estados para não atropelar Aécio.

Para os tucanos ligados a Aécio, o governador de Goiás é potencial vice pelo recall de votos que traz e por ser um expoente político não apenas de Goiás, mas do Centro-Oeste, com bom trânsito também entre os empresários de variados setores.

Mas nem todo o cenário é um céu limpo e bonito para o bater de asas dos tucanos. Aécio andou estranhado com Marconi desde meados do ano passado, com uma aproximação do governador – estratégica para ele, por sobrevivência financeira – com a presidente Dilma.

Elogios rasgados do governador à presidente em visitas dela a Goiânia, e dele ao Planalto, acenderam o alerta no PSDB sobre as reais intenções do tucano. A aproximação se deu principalmente pela negociação da venda de parte da Celg, a central elétrica estatal, para a Eletrobrás por R$ 2 bilhões.


Aécio aposta em candidato do PSB em BH, mas tem Pimenta de plano B
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto: jornaltudobh.com.br

Foto: jornaltudobh.com.br

O senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, ofereceu ao prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), indicar o candidato na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte ano que vem. A ideia é ter um vice do PSDB na chapa.

Lacerda estuda nome, e o mais cotado hoje é seu secretário de Governo, Valadares.

A estratégia de Aécio é ceder em BH para ganhar parte do PSB numa eventual candidatura à Presidência em 2018. Mas há um plano B. O ex-ministro Pimenta da Veiga, derrotado na campanha para o Governo do Estado em 2014, está de sobreaviso caso o projeto com o PSB não vingue.

O Blog no Twitter e no Facebook


Afago de Aécio e FHC ajudou entrada de Taques no PSDB
Comentários Comente

Leandro Mazzini

A operação para a filiação no PSDB do governador de Mato Grosso, Pedro Taques, envolveu ontem telefonemas do senador Aécio Neves e do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Taques e um séquito deixam o PDT no Estado.

O senador Ataídes de Oliveira (PSDB-TO) parabenizou a articulação de Aécio pela “aquisição” de Taques. O governador analisava convite também do PSB.


PDT perde governador do Mato Grosso para o PSDB
Comentários Comente

Leandro Mazzini

taques

O governador do Mato Grosso, Pedro Taques, enviou ao presidente da legenda, Carlos Lupi, a sua carta de desfiliação do PDT. Taques, com perfil opositor desde a atuação no Senado até 2014, vai se filiar ao PSDB.

O PSB tentou conquistar a adesão do governador, mas o presidenciável Aécio Neves, presidente do PSDB, conversou pessoalmente com Taques o convenceu a entrar no ninho tucano, com promessa de elevá-lo de imediato a vice-presidente do partido.

O PDT se enfraquece, a despeito de a bancada mostrar independência quanto ao Planalto em Brasília. Por meses Lupi tentou segurar Taques no partido, em vão.


Aécio faz acordos para unir partido e acalmar tucanos insatisfeitos
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Reconduzido neste domingo à presidência do PSDB durante a convenção do partido em Brasília, o senador Aécio Neves (MG) fez acordos para unir o partido e evitar que rachas internos prejudiquem seu projeto ao Planalto – ou o do partido, independentemente de seu nome.

Cedeu a secretaria-geral para um indicado do governador Geraldo Alckmin (SP) – já tido também como presidenciável – e nomeou para diretor de relações institucionais o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PR), que batia pé contra a indicação do paulista José Aníbal para a presidência do Instituto Teotônio Vilela.

Antes propenso a questionar os progressistas tucanos sobre diversidade de gênero em artigo no estatuto, um séquito capitaneado pelo evangélico deputado federal João Campos (GO) recuou.


Convenção do PSDB tem disputa por instituto e batalha ideológica
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Hauly: ele quer o ITV.

Hauly: ele quer o ITV.

Bicadas no ninho tucano.

A convenção do PSDB neste domingo em Brasília promete momentos tensos, embora a cúpula pregue a união.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, fechou com o presidente do partido, Aécio Neves, e conseguiu emplacar o deputado Silvio Torres (SP) como Secretário-geral, mas há uma disputa ferrenha pela presidência do Instituto Teotônio Vilela.

Sem mandato e cargo, o indicado, da cota do governador paulista, é o ex-deputado José Aníbal. Ocorre que o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PR) descarta acordão e quer disputar a vaga. Além disso, os evangélicos vão questionar os progressistas sobre o trecho que fala de diversidade de gênero num artigo do estatuto.

Hauly diz que conseguiu assinaturas de 41 de 54 federais, e o apoio informal dos senadores e governadores. O ITV tem orçamento próprio e voz ativa na executiva.

Já a batalha ideológica terá pontapé da turma cristã. O deputado João Campos (GO) vai questionar o Artigo 2º, que cita ‘princípios programáticos’, com ‘respeito às diferentes orientações sexuais e identidade de gênero’

Campos e Izalci (DF) capitaneiam grupo que pretende mudar o texto para o da base na Constituição: ‘Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raças, sexo, cor’

O Blog no Twitter e no Facebook


Reunião em Nova York amansou Marconi, que negociava com PSD
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Marconi - ele voltou outro dos Estados Unidos. Foto: ABr arquivo

Marconi – ele voltou outro dos Estados Unidos. Foto: ABr arquivo

Governador de Goiás no quarto mandato e ex-senador, Marconi Perillo é um dos principais quadros do PSDB hoje no País, pelo poder eleitoral no Centro-Oeste. Mas a aproximação com a presidente Dilma e o fato de a cúpula do tucanato se afastar dele por causa da CPI do Cachoeira no Senado – da qual ele se saiu bem – quase o colocaram nas fileiras do PSD.

‘Quase’ porque Marconi, que negocia há meses com Gilberto Kassab uma forma de entrar para o PSD como presidenciável, voltou outro de Nova York, onde esteve mês passado com os grãos-tucanos durante homenagem ao ex-presidente Fernando Henrique.

E foi o próprio FHC incumbido pela turma de evitar o bater de asas do goiano do ninho. O ex-presidente conversou muito com Marconi. O teor é um mistério, mas o governador voltou manso dos Estados Unidos, e mais tucano como nunca antes. A aliados e aos holofotes, diz que não sairá do partido.

Até 2018, a conferir.


Alckmin pode apoiar Marta para a Prefeitura de SP
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Alckmin e Marta - há quem garanta que ambos já conversam no cantinho. Foto: Folha

Alckmin e Marta – há quem garanta que ambos já conversam no cantinho. Foto: Folha

O PSDB pode bater pé, gritar, mas não tem ainda um candidato forte à Prefeitura de São Paulo. Seus dois maiores expoentes estão seguros politicamente. Geraldo Alckmin segue no Governo; e José Serra, no Senado, não dá sinais de que pretende se aventurar novamente.

Por isso, neste cenário socialistas já indicam, nos bastidores, que Alckmin pode até lançar um candidato tucano (um nome novo), para disputar a Prefeitura de São Paulo ano que vem. Mas seu projeto para valer é apoiar Marta Suplicy – que está prestes a se filiar ao PSB para concorrer ao cargo – desde o primeiro turno, mesmo que veladamente.

O apoio a Marta no PSB passa pelo projeto nacional que Alckmin esboça para 2018 – quanto mais próximo do partido que lhe dá o vice no Governo, menos resistência terá numa eventual proposta de coalizão se sair candidato a presidente.

Tucanos e socialistas garantem que, mesmo que fique neutro ou apoie um candidato tucano num primeiro turno, o governador apostará toda a estrutura e militância em Marta se ela avançar num eventual segundo turno contra o esperado candidato Fernando Haddad (PT).