Coluna Esplanada

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Pedido de prisão de Lula e perdão a mensaleiros incendeiam o domingo
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Leandro Mazzini

Milhares são esperados na Esplanada dos Ministérios neste domingo, a exemplo das edições passadas.

Milhares são esperados na Esplanada dos Ministérios neste domingo, a exemplo das edições passadas.

A faísca foi atirada no palheiro.

Não bastassem, há semanas, as mobilizações de prós e contra o Governo Dilma Rousseff num clima de Fla x Flu para o próximo domingo, dois fatos recentes incendeiam os debates nas redes sociais e podem repercutir nas ruas: o pedido de prisão do ex-presidente Lula feito pelo Ministério Público de São Paulo e o perdão da pena de dois mensaleiros do PT, pelo Supremo Tribunal Federal – com vistas a se estender a outros sete mensaleiros.

O pedido de prisão do ex-presidente Lula pode melar todo o cuidadoso trabalho do juiz Sérgio Moro de não contaminar o processo. O caso de Lula no MP paulista, sobre lavagem de dinheiro no tríplex, não tem nada a ver com a denúncia que segue na Lava Jato em Curitiba – de tráfico de influência.

Mas a força tarefa da Lava Jato teme que agora, a despeito de a juíza de SP acolher ou não o pedido de prisão de Lula, o Partido dos Trabalhadores possa inflamar a militância e movimentos sociais contra a operação de Curitiba. O estrago pode ser maior, nas ruas e na condução do processo.

No STF, o plenário seguiu o relator ministro Luís Roberto Barroso e perdoou as penas do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. Estão livres, leves e soltos. O ministro acolheu decreto presidencial de Dilma Rousseff, e o plenário seguiu.

O caso já repercute nas redes sociais e virou mais um motivo de revolta para os cidadãos irem às ruas no domingo clamar por Justiça contra a corrupção. O cenário pode ser ampliado – o STF poderá perdoar mais sete mensaleiros na esteira de decisão que beneficiou Cunha e Delúbio, entre eles ex-deputados como Pedro Corrêa (PP) – enrolado também no Petrolão – e Roberto Jefferson  (PTB)

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NO CONGRESSO

Foi em tom raivoso que senadores petistas reagiram ao pedido de prisão do ex-presidente Lula.

“É o ápice da provocação. Não vamos ficar parados”, ameaçou Paulo Rocha (PT-PA). Os petistas começaram a mobilizar sua militância em Brasília.

A ainda desconhecida senadora Maria Regina Souza (PT-PI), ao mirar o MP, virou sua metralhadora verbal para o plenário: “Por que a Polícia Federal não investigou o caso da cocaína apreendida no helicóptero da empresa de um senador (Zezé Perrela)? É clara e abusiva perseguição (contra o Lula)”.


Deprimido e abandonado, André Vargas manda recados ao PT
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Leandro Mazzini

vargas

Até poucas semanas atrás o mais adaptado à prisão entre a turma da Operação Lava Jato, o ex-deputado André Vargas começou a dar sinais de desespero.

A família de Vargas já mandou recados velados à direção nacional do PT pedindo ajuda. Expoentes do partido acreditam serem sinais de que o ex-parlamentar pode fazer delação premiada.

André era o mais animado do grupo na carceragem da PF em Curitiba, promovendo rodas de jogo de Buraco com empreiteiros e políticos presos. 

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Nero tupiniquim: desde o Mensalão Lula pensa em ‘incendiar esse País’
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Leandro Mazzini

Não é de hoje que Lula pensa em ser o Nero tupiniquim. Conta um influente que estava no gabinete no Palácio do Planalto à ocasião.

No auge do Mensalão, em 2005, o então presidente Lula desabafou irado para quatro ministros de seu Governo que o visitavam:

Que não ousassem investigá-lo. “Senão eu vou incendiar esse País”.

Pela prévia que se viu na último fim de semana após sua condução coercitiva pela polícia, falava sério.

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Lula teme depoimento da esposa e de filhos
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Leandro Mazzini

lula

O receio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é o cerco da Polícia Federal e do Ministério Público a ele. Lula sabe articular, contextualizar, é um craque no discurso, há décadas – já provou isso para procuradores, delegados e a população.

Seu temor é os investigadores cercarem sua família. A amigos próximos Lula já desabafou, bem antes de sua condução coercitiva, que ficaria revoltado se mexessem com sua família.

A preocupação tem precedentes. Numa entrevista há anos – talvez a última dela – Marisa Letícia soltou que a família pedira cidadania italiana, para ‘uma oportunidade para os meninos’. O marido era o presidente do Brasil.

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Turma do ‘deixa disso’ tenta convencer Lula e Dilma
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Leandro Mazzini

A despeito da gritaria da presidente Dilma e do ex-presidente Lula contra a condução coercitiva e os rumos judiciais da Operação Lava Jato, há dentro do PT uma minoria que, timidamente, tenta convencer a dupla a recuar nas críticas à Polícia Federal e ao Ministério Público.

Lançam mão de uma evidência de que Lula e Dilma se esquecem de que ‘pariram a crise’: foi ele quem fortaleceu e deu mais independência à PF, na gestão do ministro Marcio Thomaz Bastos.

E ela quem sancionou a lei que instituiu a contribuição premiada – e por esta abriram a boca Paulo Roberto Costa, Ricardo Pessoa e Delcídio do Amaral, que complicaram o PT e seus personagens.

Ou seja, o que o grupo tenta explicar a eles é que não adianta chorar. A PF reforçou sua independência sob Lula e agora pede autonomia. E a presidente Dilma que aguente agora o que há por vir com as delações.

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Delcídio fez delação em bunker à prova de som no MP Militar
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Leandro Mazzini

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O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) prestou o longo depoimento da sua delação premiada numa sala-bunker, à prova de som, no Ministério Público Militar em Brasília.

Conta fontes da Força Tarefa da Operação Lava Jato que é a única com essa tecnologia entre as instituições públicas da capital.

Foi na mesma sala pela qual passou o empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC.

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DELCÍDIO X CARDOZO

Relações para lá de pessoais estariam por trás do vazamento da delação premiada do ex-líder do Governo Delcídio do Amaral.

Há 11 anos, ele iniciou relação tempestuosa com José Eduardo Cardozo. À época, Delcídio presidia a CPI dos Correios e o então deputado Cardozo era sub-relator de Contratos da mesma comissão. A ordem era colaborar o mínimo possível um com o outro.


Com quem andas: foto da coletiva revela o paradoxo do discurso de Lula
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Leandro Mazzini

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Pegou mal na foto a coletiva do ex-presidente Lula na sexta-feira em São Paulo, abalado e com voz embargada, defendendo-se após depoimento sob coerção à Polícia Federal.

Lula citou a lisura de sua biografia, exaltou o PT e a lembrou a importância da liberdade de expressão no Brasil.

Atrás dele, o paradoxo do seu discurso. Bem perto estavam os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Gleisi Hoffmann (PT-PR), investigados pelo Supremo Tribunal Federal; e as deputadas comunistas Jandira Feghali (RJ) e  Luciana Santos (PE) – presidente do partido – que defendem a regulamentação da mídia e idealizaram projeto de lei de mudanças na imprensa.

Lula esqueceu-se de olhar para trás, e para suas companhias.

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Ex-homem forte do PT, Tarso se distancia de Lula e Dilma
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Leandro Mazzini

Ex-homem forte do Partido dos Trabalhadores, ex-governador e ministro da Justiça como um dos braços fortes de Lula, com quem tinha relação diária, Tarso Genro não fala com o ex-presidente da República há mais de três meses.

Com a presidente Dilma, revela ele próprio, só a viu no dia da posse do segundo mandato, e nunca mais.

No último dia 2 de março, o petista conversou com a Coluna e cravou que o PT precisa fazer uma grande reflexão.


Sede do PT em Belo Horizonte é atacada por vândalos
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Leandro Mazzini

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A sede do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores em Belo Horizonte (MG) foi atacada na madrugada deste sábado (6). O caso ocorreu no dia seguinte após a polêmica condução coercitiva do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva pela Polícia Federal, para prestar depoimento numa fase da Operação Lava Jato.

A amigos, o deputado estadual Rogério Correia informou que o atentado pode ser fruto da radicalização do embate ideológico entre prós e contra PT. Ele vai registrar boletim de ocorrência numa delegacia neste domingo.

Pelas imagens, pode-se notar o uso de piche, água e lama. A sede não foi arrombada, mas teve a fachada e a varanda atingidas.

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