Coluna Esplanada

Arquivo : novembro 2012

Aécio e Serra marcam encontro. Alckmin não descarta candidatura
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Leandro Mazzini

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador José Serra (PSDB-SP) terão um encontro a sós depois do dia 15 de Dezembro. Vão delimitar o futuro de cada um. Aécio anunciará a decisão de se candidatar à Presidência da República em 2014. Espera que Serra confirme desejo à vaga no Senado. Mas antes, o senador mineiro vai a São Paulo semana que vem conversar com o governador Geraldo Alckmin. ‘Vamos falar disso (2014) e do futuro do partido’, diz Aécio. A aproximação é estratégia para neutralizar tentativa de Serra se reforçar no tucanato paulista.

UAI SÔ!? Aécio e Alckmin estão afinados. Mas em Julho, ao saber de declaração do paulista sobre eventual candidatura à Presidência, Aécio ligou cauteloso e o governador desconversou. Há testemunha.

PODER NO NINHO. Paralelo a esses encontros, seguem em Brasília negociações sobre o futuro presidente do PSDB. Alckmin quer o deputado Nogueira Duarte (SP). Aécio trabalha pelo senador Cássio Cunha (PB).

GANGORRA. Nada está decidido ainda sobre a candidatura de Aécio ao Planalto. Parte do PSDB considera Alckmin um potencial nome, pelo recall de 2006, e pelo PIB financiador ter base em SP.

 


Em reedição de livro, historiador revelará nomes de revolucionários
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Leandro Mazzini

 

Livro referência sobre guerrilha urbana no Brasil, ‘A Revolução Impossível’ (1994), do historiador Luis Mir, terá edição revista e ampliada para nortear o trabalho da Comissão da Verdade. Mir ampliou a obra de 600 para 835 páginas.

No trecho ‘Os Anos Chineses’, Mir reconstitui o planejamento do atentado ao Aeroporto de Guararapes, Recife (1966) e revela o nome de 23 participantes do atentado, segredo que as esquerdas até hoje tentam manter fechado.

Em ‘Revolucionários no Além Mar’, ele revela 60 brasileiros integrantes dos movimentos revolucionários e organizações terroristas internacionais, como OLP.


‘Porto Seguro’ afunda pretensão do PR na Esplanada
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Leandro Mazzini

A operação Porto Seguro da PF, que pegou em cheio o comandante do PR, deputado Valdemar da Costa Neto (SP), aniquila qualquer pretensão do partido de reconquistar um ministério. As consequências podem ser desastrosas para a legenda, que pode perder mais de uma dezena de superintendências que controla no bilionário DNIT. Ontem a presidente Dilma mandou exonerar do DNIT o padrinho dos ex-diretores da ANA e ANAC, José Francisco Cruz, que ocupava cargo de confiança.
Atualização Quarta, 13h40 –  José Cruz é inventariante da Rede Ferroviária Federal e não comissionado no DNIT, conforme publicado, embora trabalhasse na sede do órgão. Ele é procurador da Justiça, não foi citado no inquérito da PF, e afirma que a exoneração foi política.

ABRINDO CAMINHO. A operação acontece na iminência do programa de concessão dos portos, e da realocação de partidos na Esplanada dos Ministérios, na minirreforma de 2013.

DE FININHO. Antes da operação, o senador Blairo Maggi (PR-MT), já indisposto com Valdemar, negociava sua filiação ao PSB. É que Dilma dá ministério para ele, não para o PR.

SEGREDO DE ESTADO. Os e-mails e ligações do escritório da Presidência em SP comprometeriam, e muito, a vida pessoal do ex-presidente Lula.

LIMPA GERAL. Quem lê o inquérito sob sigilo da ‘Porto Seguro’ avalia que as exonerações no DNIT, ANA e ANAC são apenas o começo de uma limpa geral que a presidente Dilma vai fazer nas agências reguladoras.

É TRI! Com a recente condenação no STF, perto de perder o mandato de deputado e com o cerco da PF na ‘Porto Seguro’, Costa Neto virou inédito tricampeão em cerco policial.

Ponto Final

Nos bastidores, a ‘Porto Seguro’ da PF está sendo titulada de Operação Mariza Letícia..


Joaquim e Lewandowski ensaiam a paz
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Leandro Mazzini

Começou no jantar da posse do novo presidente e rende resultados, por ora. Partiu de uma advogada, filha de ministro do STF, e da mulher de outro togado um movimento de reaproximação entre os ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski. Na companhia da advogada Letícia Mello – filha de Marco Aurélio – Yara Lewandowski, esposa de Ricardo, levou o marido para tirar fotos com Barbosa. Ambos esboçaram sorrisos, esqueceram as rixas e voltaram a se falar, discretamente.

SAMBA DA CORTE. Fã de rock e tocador de Baixo, o ministro Luiz Fux prometeu a amigos revelar sua nova composição, de samba, com um famoso artista. Após o julgamento do Mensalão.

TIETAGEM. Os ministros Fux, Marco Aurélio e Lewandowski contaram mais de 50 fotos que tiraram com representantes de movimentos negros. Eles votaram pelas cotas raciais.


Bancada do Turismo faz a festa em Florianópolis
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Leandro Mazzini

O restaurante palco da farra suprapartidária

Você bate ponto até hoje, mas desde quinta uma turma de deputados estaduais passeia por Florianópolis. Pelo menos 25 deles jantaram dia 22 no aconchegante Toca do Jurerê, no Centro. Brindaram com proseco, uísque e saborearam frutos do mar, onde o prato mais barato é R$ 100. Eles são convidados da União Nacional dos Legisladores (Unale), sustentada com contribuições de verbas de gabinetes. Ou seja, pelo seu bolso. Curiosamente, debateram ontem a ‘Dívida dos Estados’.

PRESENTE. Entre eles: Marília Góes (PDT-AP), mulher do ex-governador Valdez; Giovani Feltes (PMDB-RS), Gustavo Corrêa (DEM-MG) e João Gonçalves (PEN-PB).

CHEFÕES. Da turma do comando, os presidentes das Assembleias de Minas, Dinis Pinheiro (PSDB), e de Santa Catarina, Gelson Merísio (PSD-SC), entre outros.

TRAJE DE BANHO. O evento aconteceu apenas ontem na Assembleia de Santa Catarina. A bancada do Turismo hospedada em hotel de luxo na Beira Mar estende o fim de semana na cidade.


PDT: Lupi lidera movimento para destituir ministro do Trabalho
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Leandro Mazzini

O PDT está em guerra. O presidente do partido e ex-ministro Carlos Lupi procurou Lula e pediu que intercedesse para audiência com a presidente Dilma. Lula avalizou e ela vai recebê-lo. Lupi controla a bancada no Congresso e iniciou campanha oficial na tentativa de destituir o atual ministro do Trabalho, Brizola Neto, seu sucessor na pasta. O primeiro movimento será a recondução semana que vem do líder na Câmara, André Figueiredo (CE). O partido ameaça anunciar a saída da base do governo.

NA BALANÇA. O PDT tem 25 deputados federais e cinco senadores. Brizola Neto contaria hoje com apenas cinco deputados a seu lado. Ele tenta fazer José Silva (PDT-MG) como líder.

PADRINHO. Para se reforçar, o ministro convidou Carlos Araújo, ex-marido de Dilma, para voltar ao PDT. Ele foi o seu padrinho na pasta ao aconselhar sobre o simbolismo do nome.

MAS… Há quem diga na própria executiva do PDT que Dilma não vai ceder a Lupi e Lula, e manterá Brizola. Lembrará a Brizola, porém, que ele deve controlar o partido.

 


MP investiga Cortes no Rio
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Leandro Mazzini

Fotos dos ofícios fixados em mural do MP do Rio avisam da investigação

O Ministério Público do Estado do Rio investiga o atendimento ao secretário de Saúde do governo, Sérgio Cortes, levado por ambulância do SAMU para hospital particular após incêndio em sua cobertura, o que contraria regra. É tão para valer que os procuradores fixaram o ofício no mural da sede do MP.


Rio 2016: Manobra da bancada carioca desonera empreiteiras
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Leandro Mazzini

O governo dormiu na largada e os empreiteiros dos contratos dos Jogos de 2016 conseguiram incluir na MP 584, aprovada ontem na comissão especial mista, um artigo que desonera em 100% de impostos federais todas as obras de infraestrutura. Para isso, a bancada do Rio, que cedeu, atropelou o regimento, fez audiência pública no último dia 7 sem aprovar requerimento, e ‘debateu’ o assunto com o convidado Carlos Nuzman, presidente do COB. Já era tarde quando o secretário da Receita Federal e o APO Marcio Fortes souberam. Só restará à presidente Dilma vetar o artigo, ou não.

RECADO DA RECEITA. Ontem, o líder do Governo, senador José Pimentel (PT-CE), engoliu o lobby mas avisou que não há acordo para votação em plenário do Artigo 25, resultado da manobra.

JEITINHO. O assunto é de tanto interesse do Rio que o presidente da comissão é o deputado Rodrigo Bethlem, secretário de Ação Social liberado pelo prefeito Eduardo Paes.

REAÇÃO. O senador Dornelles (PP-RJ), da comissão, deu troco: ‘A Receita acha que tem a exclusividade da sabedoria’. Detalhe: Dornelles já foi secretário da instituição.

MP ORIGINAL. As isenções tributárias são apenas para produtos e serviços adquiridos no exterior e no mercado interno, desde que usados exclusivamente para os Jogos.

 


Lobby contra em banda larga
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Leandro Mazzini

Apesar de o país não conhecer o que é de banda larga da internet, com a já conhecida qualidade ruim dos serviços, o lobby das operadoras de telefonia – que oferecem os pacotes – avança com velocidade espetacular no Congresso. Os lobistas convenceram os líderes da Câmara de que, a despeito do projeto de regulamentação e dos rumos das votações, a questão é técnica. E só o encontro promovido pela ONU, dias 13 e 14 de Dezembro em Dubai, vai nortear as discussões sobre a neutralidade da rede.

SIGILO & MARKETING; As operadoras de telefonia estão possessas. O projeto prevê que as companhias ficam proibidas de usar os dados dos perfis dos clientes para traçar estratégias de marketing.

AVAL DA CHEFE. A presidente Dilma avalizou pessoalmente o relatório do deputado Alessandro Molon (PT-RJ) sobre a regulamentação. E mandou ele tocar o barco apesar do PMDB, contra.


Após Jersey, NY cerca Maluf
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Leandro Mazzini

A despeito do apoio oficial ao PT, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) não obteve êxito nos sucessivos pedidos para que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, interceda por ele no processo que corre na Promotoria de Nova York, onde é alvo de investigação sobre suposta lavagem de cerca de US$ 140 milhões. Agora, além da condenação no paraíso fiscal britânico de Jersey, Maluf é cercado pela Justiça americana. Em Abril, ele se reuniu com Cardozo e pediu anulação do alerta vermelho para sua prisão, a fim de depor em Nova York, mas a Interpol não cedeu.

POR AQUI. Conforme a coluna revelou, Maluf pediu a Cardozo um “jeitinho” para depor na Embaixa dos EUA em Brasília, com receio de ser preso assim que descer em NY. Por ora, silêncio total.

ABAFA. Tanto o ministro quanto Maluf evitam tocar no assunto. A assessoria do deputado informa que no caso Jersey ele não é réu, e são os advogados das empresas citadas quem cuidam da defesa.

PRISÃO DOMICILIAR. Com pedido de prisão nos EUA por não ter comparecido à Promotoria, Maluf não pode ser detido aqui porque a Constituição não prevê extradição, informa o ministério.