Coluna Esplanada

Arquivo : outubro 2016

Tensão com caças da Venezuela na fronteira com Roraima
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Leandro Mazzini

Os sobrevoos de dois potentes caças russos Sukhoi SU da Força Aérea da Venezuela na fronteira com o Brasil e a movimentação de caças da Força Aérea Brasileira (FAB) no dia seguinte causam tensão na região norte de Roraima.

A FAB enviou para a base aérea do Estado sete caças AMX – dois na terça e outros cinco na última quinta-feira – além de dois Hércules C 130. Em nota, a FAB informa apenas que trata-se de um exercício.

Mas fontes militares da base informam que os caças da Venezuela teriam invadido o espaço aéreo do Brasil no início da semana, na região de Pacaraima. E que o governo de Nicolas Maduro já teria pedido desculpas informais ao Ministério da Defesa e Aeronáutica comunicando ter sido um incidente involuntário.

Cobrada sobre a situação, ainda um mistério, a FAB informou em outro e-mail que não houve registros de invasão.

O que causou mais mistério é que a Aeronáutica costuma avisar a imprensa de exercícios, o que não ocorreu neste caso. Ontem o site da FAB saiu do ar, e equipe em Brasília trabalha com sistema operacional de emergência.

Os AMX são para apoio operacional. O Brasil está desguarnecido de poder militar aéreo, em parte. Os Mirage foram ‘aposentados’, e os atuais F-5 da frota têm pouco poder de fogo e alcance.

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Esplanadeira: A nostalgia de Cunha e Aécio atrás de holofotes
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Leandro Mazzini

Esplanadeira é a seção com as ‘curtinhas’ do dia da Coluna

NOSTALGIA

O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-DF) apresenta-se, ainda, como presidente da Câmara dos Deputados, em cartões pessoais e nos perfis de suas redes sociais.

ALERTA AMARELO

A pesquisa Ibope da CNI acendeu o sinal vermelho na cúpula do Governo. Na avaliação de um Palaciano, os próximos dois meses serão “cruciais” para o presidente Michel Temer deixar “a zona vermelha de impopularidade”.

Nos corredores do Congresso, aliados do Palácio afirmam que, se as propostas do Planalto naufragarem na Casa, as próximas sondagens enterram o novo Governo.

TÔ FORA..TÔ DENTRO

Para tentar despistar a total influência na nomeação do novo ministro do Turismo, o deputado Marx Beltrão (PMDB-AL), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), optou por não comparecer à posse do apadrinhado no Palácio do Planalto.

LUZES EM MIM

De olho em 2018, o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), tenta se cacifar como porta-voz da reforma política no Congresso. É o primeiro a se apresentar para entrevistas após reuniões sobre a matéria. “Tem que ser fatiada. Se a gente tentar fazer tudo de uma vez não sai absolutamente nada”, sentencia o tucano

ENFRAQUECIDOS

E a greve dos bancários, hein? Ninguém está sentindo falta da categoria, com sindicatos pelegos esquerdistas tentando colocar o terror na praça. Quem entende do assunto diz que os bancos só lucram com economia de energia e telefones.

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Efeito bala perdida: STF pode afastar Renan em ação que mirava Cunha
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Leandro Mazzini

A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, está disposta a mexer num vespeiro político, contam fontes da Corte.

A ministra quer dar celeridade a análise da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) que proíbe o exercício dos cargos que estão na linha de substituição da Presidência da República por réus no Supremo.

A medida atinge em cheio Renan Calheiros, alvo da Corte por suspeita de receber propina da Mendes Junior para bancar a ex-amante. O presidente do Congresso Nacional é réu com denúncia por crimes de falsidade ideológica e peculato. Renan responde a oito inquéritos no STF e pode virar réu a qualquer momento.

A ADPF foi apresentada em maio pelo Rede Sustentabilidade contra o então presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, e não foi analisada. Agora poderá sair da gaveta e acertar Renan.

Colaborou Walmor Parente


Países latinos vão criar Aliança Contra o Comércio Ilícito
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Leandro Mazzini

Uma iniciativa de grandes empresas associadas a frentes governamentais de países da América do Sul e Caribe visa o combate ao contrabando e pirataria crescentes no continente.

Reunidos em Bogotá até o próximo dia 24, representantes de variados setores e governos de 15 países discutem os mercados ilegais na América Latina. Eles vão criar a Aliança Latino-Americana Contra o Comércio Ilícito.

Os países membros, a priori, serão Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

O objetivo do evento é chegar a um acordo multilateral entre os países para o combate a mercados ilícitos envolvendo os setores de têxteis, metais, cigarros, plásticos e bebidas.

O Brasil é destaque negativo nessa área, já que o país é campeão mundial em contrabando de cigarros. Por aqui, cerca de 32% das vendas do setor são dominadas por marcas contrabandeadas com o Paraguai, e o número não para de crescer a cada ano.

Além disso, o contrabando e pirataria em vários setores oneram os cofres do Tesouro em bilhões de reais anualmente em sonegação, além de colocar em risco a saúde dos consumidores com produtos de qualidade não aferida.

O esforço governamental e empresarial surge num momento propício, em que o Brasil afasta da atual conjuntura a sua crise política e dá passos para o reaquecimento da economia em conversas bilaterais no continente. O presidente Michel Temer acaba de visitar com comitiva a Argentina e o Paraguai – aqui, um adendo curioso. O presidente paraguaio Horário Cartes é proprietário da Tabesa, a maior fabricante de cigarros do País, cujos produtos em boa parte são contrabandeados para o Brasil sem pagar impostos.

Embora o governo brasileiro há anos trate isso com discrição, há uma clara tentativa dos empresários brasileiros em cobrar posição firme do Palácio para uma resposta política e fiscal, além do cerco policial já feito com pouco efeito.

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Segredos do Poder: o método de Crivella e o perfeccionismo de Dória
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Leandro Mazzini

Duas histórias curtinhas sobre o novo prefeito de São Paulo e o candidato Marcelo Crivella, que disputa o 2º turno no Rio.

Amigos de João Dória Jr. (PSDB), o prefeito eleito paulistano, lembram sua queda pelo perfeccionismo – o que não se descarta um TOC.

Anos atrás, certa dia ele interrompeu uma reunião de sua equipe do LIDE, deu a volta à mesa apenas para colocar uma cadeira no lugar.

NO RIO..

Para justificar sua persistência na série de candidaturas no Rio de Janeiro desde 2000, Marcelo Crivella (PRB) conta aos próximos a estória de um garotinho que insistia com o padre para ajudar numa missa, até que o pároco deixou.

“Um dia uma mocinha foi confessar e perguntou ao padre se deveria beijar o garoto diante da insistência dele”. O padre reconheceu o garoto pelo nome e soltou: “Sim, minha filha, beija logo ele porque não vai desistir!”.

Ou seja,  Crivella insiste em seu nome junto ao eleitor porque sabe que em algum momento a rejeição a ele vai cair – há seu favoritismo agora. Se vai ‘beijar’ o Poder, as urnas vão mostrar dia 30.

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Esplanadeira: Ética na rede, PF em Salvador e as bicadas tucanas
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Leandro Mazzini

Esplanadeira é a seção com as “curtinhas” do dia da Coluna

ÉTICA NA REDE

O presidente da Comissão de Ética da Presidência da República, Mauro Menezes, quer dar mais transparência aos processos que tramitam no órgão.

A ideia do advogado, não muito bem vista por setores Governo, é disponibilizar o andamento das apurações no portal da Comissão. Atualmente, 11 ministros do presidente Michel Temer respondem a processos no órgão – dez deles (todos parlamentares) acusados de votar pelo impeachment em troca do cargo com motivações pessoais e políticas.

 CABEÇAS EM SALVADOR

Justo neste momento que saiu da toca uma ‘filhote’ da Lava Jato na cidade, alguns dos principais delegados da Polícia Federal estão em Salvador para um simpósio sobre combate à corrupção, entre eles os líderes da Operação baseada em Curitiba. O evento capitaneado pelo presidente da ADPF, Carlos Eduardo Sobral.

AUTONOMIA PARA PF

Aliás, a ADPF cobra do Ministério do Planejamento a confirmação dos concursos para delegados federais. Como revelou a Coluna, são mais de 400 vagas abertas na classe no país, e outros 400 vão se aposentar nos próximos três anos. A PEC 412, que tramita no Congresso, garante a autonomia orçamentária da PF para contratações e outros objetivos

DEFESA ONLINE

Marcelo Freixo soltou um interessante vídeo nas redes apresentando parte de sua equipe e currículos. Para mostrar que não tem porras-loucas no comitê como se fala nas ruas.

BICADAS 

Caciques tucanos vão tentar apaziguar os ânimos entre o ex-governador Alberto Goldman e o prefeito eleito João Dória. Goldman mantém a visão de que “Dória comete um grave erro ao colocar o ‘político’ em contraposição ao ‘administrador”.

500 PÁGINAS!

O advogado da ex-presidente Dilma, José Eduardo Cardozo, aposta a última cartada na sensibilidade da nova presidente do STF, Cármen Lúcia. A peça que pede a anulação do impeachment “tem todas as bases e argumentos ” para ir a plenário, diz Cardozo.

FERRO VELHO

O terminal 1 do Aeroporto do Galeão continua uma bela porcaria. Feio, abafado, pouco espaço para circulação e ineficiente. As companhias aéreas também não ajudam. A reposição de bagagens demora até 45 minutos – quase uma ponte-aérea São Paulo-Rio.

ULYSSES É 100

Ulysses Guimarães completaria hoje 100 anos. O PMDB prepara comemorações, mesmo discretas, em todo o País. E não só o partido o rememora. Para o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, o centenário de Ulysses é oportunidade para uma reflexão sobre o atual momento político do Brasil: “mais encontro e menos confronto”.

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Cautela & pancada: Índices de Temer dividem o Congresso
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Leandro Mazzini

Os índices do presidente Michel Temer na pesquisa CNI/Ibope dividem os senadores.

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que tece elogios rasgados às propostas do Planalto, em especial à reforma do ensino médio, evita comentar a sondagem que mostrou a reprovação geral do Governo Temer.

“Não quero comentar até porque não acredito em pesquisas”.

Já a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) não perdeu a oportunidade de criticar. Afirma que o presidente Michel Temer não tem e nunca terá apoio da população.

“Ele não tem a legitimidade para promover as mudanças. Só 14% de aprovação?”.

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Turismo: Temer tira ‘Eunício’ e emplaca ‘Renan’
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Leandro Mazzini

O futuro ministro do Turismo, o deputado federal Marx Beltrão, é da cota do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), embora Renan negue ingerência.

O que deve deixar o cargo, o atual ministro interino Alberto Alves, que foi secretário-executivo, é nome apadrinhado do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). O senador cearense é o potencial sucessor de Renan.

A partir de fevereiro, quando será alterada a Mesa Diretora no Senado, o presidente da República, Michel Temer, terá de sair de uma calça-justa para agradar a dois caciques sem perder o controle da base, do próprio PMDB senatorial, e ter um aliado no comando da Casa Alta caso se confirme a eleição de Eunício.

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Poder dos ‘Bolsokids’ no Rio fará diferença no 2º turno
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Leandro Mazzini

Há quem espalhe que os Bolsonaro saíram derrotados no Rio de janeiro. Engano puro.

A despeito da implicância de parte do eleitorado contra o perfil da família política – até na página da PUC Rio apareceu um ‘não vote em Bolsokid’ – o clã mantém o nível de votos na capital.

A família capitaneada pelo polêmico deputado federal Jair Bolsonaro – presidenciável do PSC para 2018 – fez um dos vereadores mais votados do País, e o campeão de votos no Rio (Carlos, o filho, reeleito).

O candidato a prefeito Flávio Bolsonaro, outro filho de Jair, tornou-se o fiel da balança para o 2º turno. Seus 14% de votos válidos no 1º turno podem fazer a diferença agora.

Qualitativas do PSC apontam que o eleitor dos Bolsonaros é fiel ao clã e o perfil conservador e de militares pode migrar o voto para Marcelo Crivella (PRB), contra Marcelo Freixo (PSOL).

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Sem Paes na TV e experiência de Cabral, PMDB viu poder afogar no Rio
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Leandro Mazzini

A cúpula do PMDB bate cabeça para entender como perdeu a segunda maior prefeitura do País, com a ‘máquina na mão’ no Rio de Janeiro (prefeitura e Estado) e Brasília e o sucesso da Olimpíada tendo Eduardo Paes como anfitrião.

Não foi só o ‘sem-jeito’ candidato Pedro Paulo Carvalho e o bordão ‘bateu na mulher’.

Para caciques no Congresso, o partido e o comando da campanha erraram ao afastar do candidato o prefeito Paes – o garoto propaganda da cidade – e não consultar os mais experientes.

O ex-governador Sérgio Cabral só foi procurado nos últimos dias da campanha, quando mais nada poderia fazer.

Cabral vive um estratégico período sabático fora da política, mas foi ele quem tirou Paes do PSDB e o elegeu prefeito, e foi quem fez o sucessor Luiz Fernando Pezão no Governo.

A eleição interrompeu vitoriosa série de conquistas do marqueteiro Renato Pereira, que elegeu Cabral e Paes (duas vezes) e Pezão. Mas agora teve a mais estrondosa derrota.

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