Coluna Esplanada

Arquivo : assédio

Lélis vai depor no 3º DP, sob risco de prisão; agenda de Feliciano não bate
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Patrícia Lélis, que se complicou em São Paulo acusada de tentativa de extorsão e falsa comunicação de crime, vai depor no 3º DP agora de manhã, em Campos Elísios. Há risco de não sair de lá. O delegado Luís Hellmeister está disposto a pedir sua prisão temporária, se cair em contradição.

Em Brasília, ela acusa o deputado federal Marco Feliciano de agressão, assédio sexual e tentativa de estupro. Em SP, ela acusou o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, de cárcere privado e sequestro – o que não ficou comprovado.

Emerson Biazon e Marcelo Machado, que a levaram para SP, citados por ela em entrevistas, como no Superpop de ontem, também estarão presentes e vão denunciá-la. Uma garota chamada Kelly ‘Bolsonaro’, ex-amiga, barrada ontem na Rede TV!, vai depor contra ela.

CONTINUA O MISTÉRIO DA AGENDA

No site do Palácio do Planalto, o deputado Pr Marco Feliciano não aparece nas imagens da reunião com o presidente Michel Temer naquela manhã de 15 de junho, dia em que Patrícia acusa o suposto crime no apartamento fucional. O Planalto ainda não informou a ata de presença desta reunião.

Atualização quinta, 18, 10h35 – Embora o site do Planalto não registre a imagem de Feliciano em nenhuma das fotos divulgadas no portal da Presidência divulgadas no site, a assessoria do deputado enviou esta foto abaixo, em que comprova a presença dele no encontro. Atualizada sexta, 19/8, 10h40 – A assessoria do Planalto enviou uma foto em que aparece o deputado ( a mesma enviada pelo PSC ) e confirma sua presença na reunião. Ainda não se posicionou sobre o horário de chegada e de saída do parlamentar nesta reunião.

feli

Na foto enviada pela assessoria de Feliciano, ele aparece ao lado de uma parlamentar de blazer amarelo, à esquerda – imagem não disponível no site do Planalto

Feliciano divulgou vídeos em que deixa, às 10h, o Ministério do Trabalho após reunião com ministro naquele dia. Na Câmara, onde ele é titular de comissões que se reuniam naquela manhã, há registro de ‘ausência não justificada’.

Patrícia garante que se reuniu com ele entre 9h30 e 11h no apartamento funcional – o que indica a possibilidade de que Feliciano tenha saído do ministério direto para o imóvel.

 

Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Leia aqui os prints das conversas sobre negociação de R$ 300 mil

Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

Veja aqui o cronograma da denúncia


House of Feliciano & Lélisgate: agora é com a PGR, o STF e as polícias
Comentários Comente

Leandro Mazzini

felicianoepat

Atualizada quarta, 17/8, 22h55 – Passados 15 dias de denúncia revelada aqui, na qual  a jornalista Patrícia Lélis denuncia o deputado federal Pr. Marco Feliciano (PSC-SP) por assédio, agressão e tentativa de estupro, a Coluna faz um balanço dos pontos contraditórios para os dois principais personagens dessa novela da vida real.

Diante das exacerbadas paixões ideológicas políticas e religiosas despejadas nas redes sociais, por defensores dos dois lados, vale ressaltar que a publicação não foi ‘coisa da esquerda’ ou do ‘capeta’. Foi simplesmente Jornalismo.

Ouvimos todos os envolvidos, publicamos todas as versões, vídeos, áudio, prints de mensagens. A Coluna revelou a denúncia e também foi a primeira a antecipar que Patrícia negociava dinheiro por seu silêncio ao viajar para São Paulo. ( Aqui, vale lembrar, a partir do momento que vai a SP passa de vítima a vilã do enredo; será indiciada por extorsão e falsa comunicação de crime, e a Coluna antecipou com prints e vídeos, oriundos da investigação policial, que negociava seu silêncio )

Agora, o caso está com a Polícia de SP, a Procuradoria Geral da República (PGR) – que deve encaminhar para o Supremo Tribunal Federal e este, acionar a Polícia Federal para as investigações, para saber quem está mentindo nesta história cheia de contradições: Feliciano, Patrícia, ou ambos.

O QUE PESA CONTRA FELICIANO

1 – Os ‘prints’ das mensagens salvas por Patrícia atribuídas ao celular dele. Ela diz que resgatou as mensagens no ICloud porque teclavam pelo chat secreto no Telegram – cujas mensagens se apagavam automaticamente em 10 segundos.

2 – O áudio gravado por Patrícia na conversa de 57 minutos com Talma Bauer, o chefe de Gabinete de Feliciano, no qual ela detalha a agressão e ele pede para ela esquecer o assunto, que vai resolver sua situação no partido.

3 – Feliciano exibe um vídeo e foto em que em tese comprovam sua visita ao ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, aliado e também evangélico. Porém o deputado não divulga sua agenda após as 10h da manhã do dia 15. Patrícia disse que se reuniu com ele no apartamento entre 9h30 e 11h daquele dia – não sabe citar os horários cravados. Na Câmara, a agenda das comissões em que deveria comparecer pela manhã registram ‘ausência não justificada’.

4 – A Câmara informou que não há mais os vídeos do hall do bloco H da Quadra 302 Norte, onde reside o deputado. Apenas dois meses depois do ocorrido. E não há backup de imagens. Algo curioso em se tratando de segurança de autoridades federais. A PGR já solicitou os vídeos, a despeito dessa posição da Polícia Legislativa.

5 – Há uma pressão do PSC, de seus membros, de Feliciano e de sua equipe em tentar desqualificar a denúncia da garota, questionando o seu perfil e o interesse financeiro. Mas em nenhum momento, nenhum deles pede investigação policial do caso em Brasília.

6 – Se Feliciano está seguro de sua inocência, por que pagaria alto – até R$ 300 mil, segundo consta nas investigações – pelo silêncio da mulher?

7 – Feliciano mentiu ao dizer que não sabia dos passos do chefe de gabinete – um vídeo divulgado pela Coluna mostra Bauer passando o celular para Patrícia num dia em que estava em SP. Era Feliciano ao telefone, confirma o próprio assessor, que o anunciou, e confirmam Patrícia e Emerson Biazon, que fez o vídeo escondido.

8 – O deputado divulga em suas redes sociais parte editada da entrevista que concedeu ao SBT no programa Conexão Repórter. E trata o assunto por encerrado, indicando que o programa seria seu atestado de inocência. Um desrespeito à emissora e ao repórter Roberto Cabrini, que mostrou na íntegra do programa contradições de ambos os personagens. Além disso, a equipe de Feliciano editou o programa de forma a preservar o deputado dos questionamentos.

9 – No esforço de desqualificar a garota, Feliciano usa até um áudio de comentário do jornalista da TV Globo Alexandre Garcia, em que este diz que o diretor da faculdade onde ela estuda a chama de picareta. O áudio viralizou na internet. Patrícia diz que não foi ouvida pelo repórter para se defender. E garante que o dono da faculdade é amigo próximo de Feliciano, o que teria relatado o próprio deputado para ela certo dia. O episódio indica um papo de compadres entre Feliciano, o dono da faculdade e Garcia.

Atualizada sexta, 19/8, 10h45

OS PONTOS CONTRA PATRÍCIA

1 – A garota cai em contradições ao relatar a denúncia, em momentos distintos – desde o encontro com o repórter até o segundo registro de B.O. Ela começa com ‘mordida na boca’. Depois evolui para ‘soco na boca’ e enfim no B.O. na Delegacia da Mulher em Brasília inclui que o deputado usou ‘uma faca’ ao trancá-la no quarto.

2 – Patrícia tem um histórico notório de mitomania, relatado por amigos e colegas que com ela conviveram. O portal Metrópoles, de Brasília, fez ampla reportagem sobre seu perfil . ( leitores aguardam também o perfil de Feliciano, ouvindo pelo menos 24 deputados aliados ou oposicionistas ).

3 – O suposto crime teria ocorrido dia 15 de junho. A denúncia só veio a público dia 2 de agosto, após ela relatar ao repórter quatro dias antes. A pergunta fica: se queria justiça, por que não fez B.O. no dia da agressão, e por que não fez corpo de delito?

4 – A viagem de Patrícia para SP evidencia que ela passou a negociar seu silêncio por muito dinheiro. Ela envolveu até um intermediário no Rio, para receber a bolada. A extorsão fica clara nos vídeos e ‘prints’ de conversas pelo whatsapp revelados pela Coluna e em perícia na Polícia Civil de SP.

5 – Patrícia errou os endereços citados do apartamento nos dois B.O. que fez, em SP e em Brasília. Algo considerado estranho pela polícia, e atacado pela defesa de Feliciano, embora a garota diz saber chegar à quadra 302 e ter descrito a decoração do apartamento.

 

 

O QUE A PF PODE INVESTIGAR

Se a PGR acionar o STF e a PF entrar no caso, os agentes federais e o delegado responsável têm competência e tecnologias suficientes para descobrir parte da história – e quem fala a verdade.

Será impossível provar o crime de estupro e agressão. Porque Patrícia não fez B.O. à ocasião, e porque não há imagens de dentro do apartamento. Ficará a palavra dela contra ele. Além disso, o principal álibi de Patrícia pode ter sido apagado – o vídeo do hall e do elevador do prédio de Feliciano, de competência da DEPOL da Câmara.

Porém a PF pode conseguir alguns dados numa investigação envolvendo a tecnologia. O Instituto Nacional de Criminalística – elogiado até pelo FBI – com equipamentos de última geração, pode periciar os telefones e os ‘prints’ das mensagens trocadas entre Patrícia e Feliciano (as atribuídas a ele), diante da quebra de sigilo telefônico.

E a PF também consegue, com autorização da Anatel e das operadoras envolvidas, rastrear os sinais dos celulares do deputado e de Patrícia no dia do suposto crime – e conferir se em algum momento eles se encontraram. Essa tecnologia, já usada na operação Lava Jato, traz com precisão a localização de seus usuários. Isso mostraria se o deputado e a jornalista se encontraram naquela manhã. Em entrevista ao SBT, Feliciano garantiu que ela nunca pisou no apartamento. Ela garante que foi lá quatro vezes, e até descreveu a decoração do imóvel.

O Blog no Twitter e no Facebook

 


Caso Feliciano: Patrícia tratou com Bauer ida para SP
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Atualização segunda, 22/8, 7h – Anteriormente foi informado pelo advogado de Patrícia que, segundo a garota, R$ 50 mil estavam programados para crédito na conta pessoal dela.  O que não foi confirmado posteriormente pelo gerente e pelo banco. Eis a resposta do advogado: “A Patrícia disse que em consulta foi informada, pelo sistema do Banco , de que teria um depósito programado de R$50 mil pra segunda feira . Orientei que bloqueasse sua conta , e ela me informou que o fez, inclusive pelo sistema do banco , recebeu protocolo via telefone , porém na segunda-feira fomos ao banco e o gerente comprovou que nada existia me afirmando , ainda com muita segurança de que se existisse qualquer programação teria como se constatar; fez um rastreamento na conta , desde janeiro de 2016, e não encontrou nada”.

> Homem tenta invadir casa da jovem em Brasília, PM foi acionada e não apareceu

> Polícia do Rio já procura intermediário, que recebeu R$ 50 mil; mas carioca some do radar 

> 20 mil apreendidos pela polícia de SP teriam saído em carro de Orlândia, cidade de Feliciano

* * *

> Em programa de Roberto Cabrini deste domingo, no SBT, Feliciano mostra vídeo em que entra no Ministério do Trabalho no dia do suposto crime. Mas agenda oficial do ministro não tem reunião com deputado

> Patrícia volta a afirmar que esteve com Feliciano pela manhã do dia 15 de junho, entre 9h30 e 11h, no apartamento funcional

 

Novos capítulos do escândalo que envolve Patrícia Lélis e o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) complicam mais os dois – também o chefe de gabinete dele, Talma Bauer, e um suposto intermediário de um pagamento no Rio de Janeiro, identificado pela Polícia de São Paulo até agora como Arthur Mangabeira.

Como notório, Patrícia acusa o parlamentar de tentativa de estupro, assédio sexual e agressão dentro do apartamento funcional, no dia 15 de junho. Ele divulgou vídeo em que nega as acusações e as chama de fantasiosas.

Neste fim de semana, mais duas surpresas. Durante a madrugada de sábado, um homem não identificado tentou invadir a casa de Patrícia, em Brasília, pelo telhado. Ela, a mãe e o pai perceberam a movimentação e chamaram a Polícia Militar do DF, que, segundo a família, não apareceu.

E Patrícia avisou sobre um misterioso crédito de exatos R$ 50 mil, registrado no extrato para entrar na conta pessoal de Patrícia nesta segunda-feira (15), o que aumentou a tensão – depois constatou-se que foi um engano, segundo a garota e seu advogado. O advogado da jovem, José Carlos Carvalho, pediu o bloqueio da conta ao banco para evitar o depósito.

TRATO DIRETO

Em novas revelações, cujos materiais já estão com o 3º Distrito Policial de SP (Campos Elísios), em perícia, os prints de conversas atribuídas a Emerson Biazon e Patrícia comprovam que foi ela quem tomou a iniciativa de viajar para SP para resolver sua vida financeira, envolvendo a denúncia.

De acordo com os prints, Patrícia fala com Emerson. Ele diz que já tinha viagem marcada para Brasília, para reuniões de trabalho, e que conheceu Patrícia por intermédio de um amigo, Marcelo Machado.

Daqui, Emerson e Patrícia viajaram para SP no dia 30 de julho. Lá, ela começou a tratar tudo com Bauer, o chefe de gabinete de Feliciano, e Emerson foi testemunha – ele filmou escondido várias situações.

Na conversa pelo whatsapp, Patrícia pede ainda dinheiro antecipado para seus gastos pessoais, e que Bauer pague o seu bilhete aéreo ( ela voou Avianca JK-Congonhas no sábado dia 30/7 ), e pague o hotel por pelo menos uma semana – a Polícia já sabe que quem pagou a hospedagem no hotel San Raphael foi a filha de Bauer.

Print das conversas atribuídas a Emerson ( cx de texto verde ) e Patrícia, já em perícia, entregues por ele

Print das conversas atribuídas a Emerson ( cx de texto verde ) e Patrícia, já em perícia, entregues por ele

De acordo com as investigações da Polícia, com esse adiantamento dado por Bauer, Patrícia teria gastado R$ 700 com uma maquiagem, antes de fazer um dos vídeos a favor de Feliciano, e também passeado por shoppings com o então namorado de Santos, que viajou para SP e ficou com ela hospedado no hotel. Esses R$ 2 mil, segundo a investigação, foram dados por Bauer, após sacar R$ 1 mil numa agência do Banco do Brasil próximo ao hotel, e complementar o restante em dinheiro.

Desde então, o grupo – Patrícia, o namorado, Bauer, Emerson e o empresário dela, Marcelo Machado ( que chegou a fechar contrato para ela palestrar em eventos gospel ) passou a circular pela cidade. Patrícia, de acordo com a Polícia, não tinha planos de voltar a Brasília, e queria seguir a vida em SP como profissional após receber o pagamento por seu silêncio.

O advogado dela, José Carlos Carvalho, reforça que a todo momento ela foi coagida por Bauer. Num dos prints deste mesmo dia de diálogos com Emerson, à noite, após ela registrar B.O., Patrícia cita para Emerson que vai contar à Polícia que estava sequestrada, e ele corta relações com ela.

lelis3

 

FELICIANO FALA AO SBT, MAS HÁ CONTRADIÇÃO

No programa Conexão Repórter do SBT da noite deste domingo, 14 ( meia-noite), o deputado Feliciano fala com exclusividade a Roberto Cabrini. Na ‘chamada’ na TV para o programa divulgada pelos telejornais, o político volta a repetir que tudo é fantasia da garota, e como prova de que não houve encontro no apartamento funcional no dia citado, exibe vídeo em que entra ao lado de Bauer na portaria do Ministério do Trabalho, em Brasília, para reunião com o ministro Ronaldo Nogueira. Diz que chegou às 8h45 e ficou até 9h esperando o ministro.

Mas há uma contradição nesta versão. Segundo apurou a Coluna hoje (14/8), não há registro na agenda oficial do ministro de encontro com Feliciano no dia 15 de junho pela manhã ( confira imagem ) . E as reuniões do ministro só se iniciaram às 11h – durante o dia, Nogueira recebeu parlamentares, e o nome de Feliciano não aparece na lista. ( Veja aqui a agenda completa ) . Atualizada domingo, 14, 13h03 – A assessoria de Nogueira avisou que Feliciano esteve com o ministro extra-agenda, e não há como provar.

A contradição entra como mais um mistério nessa novela. Até que a perícia da Polícia Federal, que deve entrar no caso, comprove quem fala a verdade, periciando vídeos dos envolvidos, fica a versão de Feliciano contra Patrícia, e vice-versa.

 

 

agenda-mte

 

Em contato com a Coluna hoje, Patrícia voltou a garantir que esteve com Feliciano na manhã do suposto crime, de 9h ou 9h30 às 11h, no apartamento funcional na Quadra 302 Norte, bloco H.

Esta é a segunda contradição de Feliciano, que só se pronunciou sobre a acusação da garota após quatro dias de obsequioso silêncio. No vídeo em que gravou ao lado da mulher, ele disse que não sabia dos passos de Bauer – que teria feito toda a negociação à sua revelia – mas a versão cai no vídeo que a Coluna divulgou, no qual Bauer passa o celular para Patrícia falar com ‘Marco’. Ela titubeia, ri, mas atende “Oi, Feliciano..”.

Foi pouco antes de ela gravar um dos vídeos em que passou a defender o parlamentar.

 

O MISTERIOSO ARTHUR E OS R$ 50 MIL

As Polícias de SP e do Rio de Janeiro já procuram o misterioso Arthur Mangabeira, citado por Patrícia no B.O. no 3º DP, que teria recebido R$ 50 mil para ‘resolver a situação dela junto ao partido’, mas sumiu do radar.

Há informações de bastidores, ainda em investigação, de que o dinheiro saiu de Orlândia, terra natal de Feliciano, dentro de um carro, e teria sido entregue pelo próprio Bauer a Arthur num local do Rio. Arthur teria se apresentado como um ‘procurador’ de Patrícia por seu silêncio.

Em vídeo revelado pela Coluna na íntegra, sobre a negociação de Patrícia com Bauer em SP, ela descobre que Arthur só lhe prometera R$ 10 mil e fica irritada, pede ao chefe de gabinete, um policial aposentado, que tome providências contra o rapaz.

Neste sábado, o advogado de Patrícia foi procurado pela cliente às pressas. Ela revelou que há um crédito de R$ 50 mil programado para entrar em sua conta nesta segunda. O advogado pediu ao banco o bloqueio da conta. Há uma suspeita de que seja o dinheiro que Bauer teria pagado a Arthur no Rio.

 

MISTÉRIOS CONTINUAM NA GUERRA DE VERSÕES

O script até agora revelado, com as várias verões, reviravoltas, investigações e personagens dos mais caricatos mostra uma certeza, de que ninguém é santo nessa novela da vida real.

Caberá à Polícia de SP, à Delegacia da Mulher de Brasília ( onde Patrícia fez B.O. contra Feliciano ) à Procuradoria Geral da República e ao STF, via PF, investigar tudo e a todos.

Alguns fios soltos dessa história até agora intrigam, e deixam as perguntas:

Por que Feliciano pagaria tão alto pelo silêncio da mulher que o acusa, se não há nada a temer?

O que houve realmente dentro do apartamento funcional no suposto estupro?

Quem é a mulher que tocou a campainha ao ouvir os gritos e teria salvado Patrícia ( leia aqui a primeira denúncia ) ?

Onde está Arthur Mangabeira e qual o seu real papel no imbróglio?

 

 


House of Feliciano & Lélisgate – Os prints, áudio e vídeos do caso
Comentários Comente

Leandro Mazzini

> A sanha de Patrícia, o silêncio do deputado, a suposta relação amorosa entre eles que a cada dia fica mais evidente, a negociação financeira que complica ambos, os personagens caricatos e episódios da trama apontam que não há inocente nessa novela da vida real

> Da mesma forma que publicou a denúncia, Coluna antecipou as evidências negociações de Patrícia por seu silêncio

> Feliciano caiu em contradição, mentiu ao dizer que não sabia dos passos do chefe de gabinete, e ainda precisa explicar várias pontos que não se encaixam

Para situar o leitor após 12 dias de reportagens, a cronologia dos episódios do caso  Patrícia Lélis x Pr. Marco Feliciano, que ganhou nas redes sociais da Coluna os títulos de ‘House of Feliciano’ e ‘Lélisgate’, tamanho o imbróglio, reviravoltas e personagens envolvidos – até aqui.

 

Dia 2 de agosto – terça-feira

A Coluna revela a denúncia da jovem, com o relato detalhado do suposto crime de agressão e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional, e os prints com evidências de provas entregues. Veja aqui 

fel1

 

 

Dia 3 de agosto – quarta-feira

Diante dos vídeos divulgados pelas redes sociais, nos quais a jovem – já em SP – muda sua versão do que contou ao repórter, a Coluna solta em primeira mão o áudio de sua conversa com o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, para desmascarar sua versão. Clique na imagem.

fel2

Obs. – A Coluna disponibilizou apenas dos 28 minutos do total de 57 minutos, o suficiente para entender a denúncia e principais trechos do diálogo, pelo fato de serem citados personagens e casos pessoais alheios ao caso

 

Dia 4 de agosto – quinta-feira

Coluna localiza a mãe da jovem, que descobre pelo repórter o que houve com a filha. Ela decide ir para SP atrás de Patrícia, a fim de descobrir o que houve e levá-la de volta para casa. Ao jornalista, a mãe, Maria Aparecida Lélis, disse que a filha pediu uma conta com CNPJ para um depósito de SP  ( Leia aqui )- isso ocorreu após ela mudar a versão sobre a denúncia. Àquela altura, sabe-se agora, ela já negociava os R$ 50 mil.

Ao saber das denúncias e da repercussão, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que comanda a Procuradoria da Mulher na Casa, pede investigações ao Ministério Público do DF.

 

Dia 5 de agosto – sexta-feira

Pela manhã, reviravolta no caso. Em SP, Patrícia e a mãe fazem uma romaria por duas delegacias e a Corregedoria da Polícia Civil – a Coluna antecipou a ‘fuga’ do hotel.

À tarde , no 3º Distrito Policial, ela registra B.O. contra o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, por cárcere privado e coação, alegando que foi obrigado o tempo todo a mudar sua versão para defender o deputado que acusou. Bauer chegou a ser detido para esclarecimentos e liberado.

À noite, um grupo de quatro deputadas federais do PT decidem denunciar Feliciano à PGR. O documento, entregue dias depois, teve a assinatura de 22 parlamentares. A PGR avalia o pedido de abertura de inquérito no STF.

 

Dia 6 de agosto – sábado

Patrícia e mãe retornam a Brasília. Polícia de SP começa a investigar as versões dos envolvidos – ela, Bauer e Emerson Biazon, jornalista que a levou para a capital paulista e se mostrou peça-chave para a reviravolta do caso.

Após quatro dias de silêncio, o deputado Feliciano solta um vídeo nas suas redes sociais, ao lado da esposa, em sua defesa. Diz ser falsa a acusação, mas que perdoa Patrícia.

fel6

A Coluna publica a versão da mãe de Patrícia, de como ela retirou a filha do hotel e os personagens envolvidos – teve de senadora a Polícia Federal e Palácio Bandeirantes acompanhando o caso.

fel3

À noite, revelamos o breve vídeo que comprova o encontro de Patrícia com Talma Bauer, em Brasília, onde ela contou sua versão da denúncia contra o deputado, a mesma conversa gravada em áudio. Até dia 6, Bauer insistia em dizer que não a havia encontrado, e que o áudio era montagem.

 

Dia 7 de agosto – domingo

Em Brasília, Patrícia constitui advogado – o criminalista José Carlos Carvalho – e registra B.O. na Delegacia da Mulher, onde acusa Bauer, Emerson Biazon e Marcelo Machado, empresário do setor de entretenimento em SP, por sequestro qualificado e coação. Foi com este B.O. e a acusação contra Emerson que o cenário começou a mudar para ela, que passou de vítima a acusada no caso de SP.

Na mesma noite, a Coluna publica os ‘fios soltos’ na história, e questões que Feliciano não respondeu e que o deixam vulnerável em sua defesa.

 

Dia 8 de agosto – segunda-feira

Publicamos os bastidores de como a denúncia veio à tona – desde a apuração até o surgimento de Emerson Biazon, o personagem que, àquela altura, ainda era um mistério. E os detalhes da ida de Patrícia para SP.

À tarde, Patrícia concede coletiva de imprensa no Senado, após passar pela Procuradoria da Mulher, e reafirma para repórteres de TV, jornais e revistas a denúncia relatada à Coluna

fel11

 

Dia 9 de agosto – terça-feira

fel4

Talma Bauer, após liberado pela Polícia, aparece em Brasília ao lado de dois homens, supostos policiais – eles aparecem com ele na saída do 3º DP em SP. Foto de leitor da Coluna viraliza e advogado de Patrícia toma providências por segurança da jovem.

À noite, a Coluna publica a reviravolta no jogo. As primeiras evidências de que Patrícia negociava seu silêncio por R$ 300 mil, com prints das conversas pelo whatsapp ( veja abaixo ) entregues por Emerson Biazon, que se sentiu traído pela jovem.

fel5

 

Dia 10 de agosto – quarta-feira

Publicamos mais detalhes e evidências de provas de que houve acordo, com bastidores das investigações no 3º DP em SP. Versões e depoimentos à Polícia complicam tanto Patrícia quanto Feliciano, com indicativos de que ele tentou comprar seu silêncio.

À noite, o site da revista VEJA revela o vídeo em que Patrícia e Bauer negociam dinheiro por seu silêncio, comprovando a publicação da Coluna das evidências de que havia pré-acordo por pagamento na mudança de sua versão.

Em SP, grupo de manifestantes feministas promove protesto com faixas e palavras de ordem contra o PSC, partido de Feliciano, em frente à sede do diretório.

 

Dia 11 de agosto – quinta-feira

A Coluna publica o vídeo que comprova um telefonema de Marco Feliciano para Patrícia Lélis, durante sua passagem por SP. No telefonema, segundo relatam Patrícia e Emerson ( que gravou escondido o vídeo ), Feliciano pediu para ela caprichar num vídeo a seu favor, na versão que o defenderia. O episódio revela que Feliciano mentiu em seu vídeo defesa dias antes, ao dizer que não sabia dos passos do chefe de gabinete – foi quem recebeu a ligação e passou à jovem. ( Assista aqui )

fel7

 

Deputado Feliciano cancela eventos Brasil adentro como pastor, para autógrafos de livros e pregações.

À noite, a Coluna publica com exclusividade a íntegra do vídeo que comprova a negociação de Patrícia com Bauer por pagamento de R$ 50 mil por seu silêncio. ( Veja aqui ). O diálogo mostra um perfil assombroso da jovem, que acusa um suposto intermediário do Rio de ter ficado com o dinheiro prometido, e pede providências a Bauer, um policial aposentado.

fel8

O Blog Escreva, Lola, Escreva, revela os pritns de uma conversa entre Patrícia e a psicóloga Marisa Lobo (ex-PSC e hoje no Solidariedade), no qual reforça todo o teor de denúncia feita à Coluna. Em certos momentos, Marisa concorda com ela, e chama Feliciano de ‘psicopata’ e ‘retardado’. Ainda aconselha Patrícia a ‘printar’ imediatamente o papo com Feliciano, para as mensagens não se apagarem automaticamente. Na sexta, divulgou um texto em sua defesa sobre o episódio do bate-papo.

Bate-papo atribuído a Marisa Lobo

Bate-papo atribuído a Marisa Lobo

Print da conversa de Patrícia atribuída a Marisa Lobo (texto na caixa em branco)

Print da conversa de Patrícia atribuída a Marisa Lobo (texto na caixa em branco)

 

Dia 12 de agosto – sexta-feira

Com as evidências contra Patrícia, Polícia de SP não tem mais dúvidas de que ela fez falsa comunicação de crime. Delegado vai indiciá-la por isso e pela tentativa de extorsão contra Bauer – que em depoimento disse que apenas defendia seu cliente. Delegado Luís Hellmeister quer ouvi-la novamente em SP e ameaça decretar sua prisão caso não compareça – e advogado da jovem pretende pedir por carta precatória.

 

Dia 13 de agosto – sábado

Jornais trazem a confirmação do depoimento de Talma Bauer no 3º DP de SP na sexta, no qual ele confirmou que pagou R$ 20 mil a Patrícia Lélis, cujo dinheiro foi entregue a Emerson Biazon e apreendido pela Polícia.


Sete questões que Feliciano não soube explicar e que o complicam
Comentários Comente

Leandro Mazzini

A série de reportagens publicadas pela Coluna Esplanada desde a revelação da denúncia de Patrícia Lélis contra Marco Feliciano, com suas reviravoltas e versões, e personagens dos mais variados perfis, dá uma certeza até agora: não há santo nesse script, e todos são fortes suspeitos diante das evidências.

Enquanto nos episódios de São Paulo Patrícia se complicou, e será indiciada por falsa comunicação de crime, em Brasília o deputado federal está na mira dos investigadores com evidências que indicam sua vulnerabilidade na defesa, além dos relatos detalhados da mulher, os prints das conversas trocadas com mensagens atribuídas ao político – e que partiram de seu telefone.

A Delegacia da Mulher e a Polícia Federal – caso o Supremo Tribunal Federal acolha a denúncia da Procuradoria Geral da República – terão um pote cheio de dúvidas para esclarecer.

Há um fator curioso que será levado em conta: Foi Bauer quem pagou as diárias para Patrícia ficar no hotel em SP, por pelo menos 10 dias. Entre as questões, estas:

1 – Por que Feliciano ficou num silêncio sepulcral durante quatro dias, desde a denúncia publicada, dia 2, até sábado, dia 6, quando divulgou seu vídeo-defesa?

2 – Se a garota está mentindo, por que vai perdoá-la e não processá-la judicialmente, o que se esperaria para casos contra a honra?

3 – Por que o chefe de gabinete passa a negociar suborno de R$ 50 mil pelo silêncio da mulher, se não há nada a temer?

4 – Por que Feliciano telefonou para ela e pediu para caprichar num vídeo a seu favor? ( Patrícia e Emerson Biazon, que a levou para SP, confirmam o teor do diálogo. E há o vídeo do chefe de gabinete passando o telefone para ela, anunciando o ‘Marco’).

5 – Por que Feliciano mentiu ao dizer no seu vídeo-defesa que não sabia dos passos do assessor? ( a ligação para Bauer, para falar com Patrícia, desmonta sua versão )

6 – Por que até agora não apresentou provas de onde estava na manhã do dia 15 de junho, data relatada por Patrícia como o dia e período da suposta agressão?

7 – Onde estão as imagens das câmeras da portaria do Bloco H, do elevador e do hall do apartamento do quarto andar, onde o parlamentar reside em Brasília?

 

Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Leia aqui os prints das conversas sobre negociação de R$ 300 mil

Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

Veja aqui o cronograma da denúncia


Deputado Pr. Feliciano cancela pregações e vê dízimo mixar
Comentários Comente

Leandro Mazzini

O dízimo do Pr. Feliciano começou a mixar.

Após a denúncia de assédio sexual, agressão e tentativa de estupro cair no noticiário nacional, feita por Patrícia Lélis, um evento da Loja Cristã Ebenezer com o deputado federal foi cancelado em Cascavel (PR).

Aliás, Feliciano cancelou a sua agenda para as próximas semanas. Sua assessoria está ligando para templos religiosos de cidades onde palestraria ou pregaria.

O seriado tupiniquim da vida real ‘House of Feliciano’ & ‘Lélisgate’ surpreende a cada dia nas reviravoltas. Ver-se-á com o andar das investigações, em São Paulo e Brasília, que ele não é santo, e ela passa longe de uma dama.

Os vídeos do prédio do parlamentar vão aparecer, garante a jovem que se disse agredida – e em São Paulo ela será indiciada por tentativa de extorsão.

O Blog no Twitter e no Facebook

Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Veja aqui o cronograma da denúncia


Em vídeo, Patrícia e assessor de Feliciano tratam R$ 50 mil por silêncio
Comentários Comente

Leandro Mazzini

> Vídeo nas mãos da Polícia Civil, entregue por amigo de Patrícia Lélis, revela ela negociando dinheiro pelo silêncio.

> Ela fica surpresa ao descobrir que Bauer teria entregado R$ 50 mil a um intermediário do Rio

> Falso agente da Abin, jovem do Rio se dispôs a intermediar acordo e teria ficado com dinheiro.

> Mulher cobra posição de Bauer sobre intermediário: “Você vai dar uns tapas nele!”

> Negociação comprova que Feliciano tenta esconder crime denunciado em Brasília. PGR, Delegacia da Mulher e Conselho de Ética já cercam o deputado

Atualização quinta, 11/8, 13h25 – Um vídeo divulgado há pouco pelo site da revista VEJA ( assista aqui ) derruba o perfil de vítima de Patrícia Lélis, durante sua estadia em São Paulo, e revela uma negociação entre ela, o chefe de gabinete de Marco Feliciano (PSC-SP), Talma Bauer, e o jornalista Emerson Biazon – que levou Patrícia para SP a fim de negociar seu silêncio contra o deputado federal, a quem acusa de agressão, assédio sexual e tentativa de estupro.

Ontem, a coluna revelou as evidências de que Patrícia negociou R$ 300 mil com Bauer pelo silêncio, após acusar Feliciano, e publicamos os prints ( confira abaixo ) das conversas entre ela e Emerson Biazon, no qual ambos falam do dinheiro e envolvem o misterioso Arthur.

Prints das conversas de whatsapp atribuídas a Patrícia

Prints das conversas de whatsapp atribuídas a Patrícia

CONVERSA COMPROMETEDORA

No vídeo, Patrícia e Bauer tratam claramente sobre o pagamento por seu silêncio. Num trecho da conversa, no saguão do hotel San Raphael, no Aroche, surge o diálogo comprometedor para ambos ( Bauer negara à Polícia que tentou comprar o silêncio da garota )

“Com esse dinheiro dá para você se resolver, concorda?” – diz Bauer. Patrícia está na sua frente, e pergunta:

“É dez? ( dez mil reais)”.

“Não, é cinquenta”..

“Quê!?”

Então Patrícia descobre, neste momento, de acordo com as investigações policiais, que Talma Bauer já teria passado R$ 50 mil para um homem chamado Arthur Mangabeira, que se apresentou a ela pela internet, do Rio, disposto a ser  um intermediador para negociar o trato, semanas antes de ela ir para SP.

Revoltada, Patrícia revela-se fria sobre a traição do suposto intermediador.

“Por que você não mata ele, Bauer. Mata ele!” – disse a jovem

( A coluna recebera pelo Whatsapp na quarta à tarde o vídeo antes do vazamento pela Veja, mas com áudio muito ruim, e decidimos soltar a matéria que já estava em apuração com mais detalhes quando surgiu o vídeo original no site da revista. Quem alertou para essa frase temerosa de Patrícia foi a leitora Priscilla Caviar,pelo Twitter @misscaviar . Após seu post, Priscila se mostrou no microblog soberba, imatura e provocadora, insultando o trabalho da equipe da Coluna. Escondida no perfil caricato, revelou-se uma infeliz atrás de fama para forçados 2 mil seguidores, capaz de escrever asneiras seguidas pelo sucesso  )

Patrícia continua, muito raivosa, pela voz:

“Bauer, me dá a sua palavra que você vai fazer alguma coisa com ele? Eu quero a sua palavra que você vai fazer alguma coisa com ele.. Você vai fazer alguma coisa com ele, depois de pegá-lo?”

“Eu não vou matar ele, mas alguma coisa eu faço” – diz Bauer.

QUEM É ARTUR?

Segundo Patrícia, em conversa com a Coluna há dias, um homem chamado Arthur Mangabeira, amigo de uma conhecida sua no Rio, se dispôs a ajudá-la junto ao PSC ou a Feliciano para que “a deixassem em paz” – a Coluna já o citou em posts anteriores.

Foto do suposto Arthur Mangabeira, enviada por Patrícia. Ele seria o intermediador

Foto do suposto Arthur Mangabeira, enviada por Patrícia. Ele seria o intermediador

Até hoje ele era para a Policia um personagem misterioso, agora as autoridades vão cercá-lo oficialmente. Patrícia disse que ele se apresentou como um agente da Abin – Agência Brasileira de Inteligência, o que foi descartado depois.

A Coluna não conseguiu localizar o tal Arthur. No celular de Patrícia, ela tem esta foto dele, enviada por whatsapp ao repórter:

DEFESA

O advogado de Patrícia Lélis, José Carlos Carvalho, continua a afirmar que ela estava sob coação de Bauer e que o vídeo e o diálogo podem ser uma montagem – a despeito das evidências da tranquilidade de Patrícia no trato com Bauer e sobre o assunto delicado.

Nota que em nenhum momento do trecho do vídeo divulgado ela aparece na imagem. E diz que vai insistir em mais investigações.

Vale ressaltar, o caso registrado no 3º DP de SP, sobre sequestro e coação, é dissociado da denúncia que tramita na esfera policial em Brasília, onde ela confirma a agressão do deputado federal.

ACUSAÇÕES

O delegado do 3º DP, Luís Hellmeister, deve indiciar Patrícia e Bauer. Ela, por extorsão, falsa comunicação de crime ( para a polícia, está claro que não houve sequestro e coação ) . Já o chefe de gabinete poderá ser enquadrado, mas o delegado ainda não decidiu por qual tipificação penal.

FELICIANO SE COMPLICA

A revelação agora da negociação pelo silêncio, no vídeo e em provas já coletadas anteriormente pela Polícia de SP, complicam também – e mais ainda – o deputado federal Marco Feliciano, e apontam fortes indícios de que houve o crime de agressão e assédio denunciado por Patrícia, em Brasília, diante da tentativa de acordo em SP para calá-la e mudar sua versão.

Feliciano e Bauer estão em Brasília. O PSC manteve o deputado na liderança do partido, mas ele virou alvo do Conselho de Ética da Câmara, da Delegacia da Mulher e a Procuradoria Geral da República pedirá ao Supremo Tribunal Federal que investigue o deputado.

Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Veja aqui o cronograma da denúncia


Negociação de R$ 300 mil complica mais Feliciano e mulher que o acusa
Comentários Comente

Leandro Mazzini

> R$ 20 mil apreendidos na delegacia reforçam acusação de mulher contra Feliciano – houve tentativa de comprar seu silêncio após agressão

> Delegado arquiva hoje denúncia de sequestro e coação

> Patrícia e Bauer podem ser indiciados. Ela, por falsa comunicação, e ele, por favorecimento pessoal 

> Pagamentos seriam em seis parcelas de R$ 50 mil. Patrícia pediu conta empresarial a amigo e a mãe, em vão

> O misterioso Artur, do Rio, que se passou por agente da Abin e entrou na negociação, passará a ser investigado

> Advogado de Patrícia diz que ela caiu em armação, reforça tese da coação e pede mais investigações

 

A suposta negociação de R$ 300 mil pelo silêncio da mulher que acusa o deputado federal Pr. Marco Feliciano complica ainda mais a situação do parlamentar e da própria garota – a Coluna publicou prints de conversas por smartphones que são fortes evidências de que houve tentativa de acordo. Segundo consta no inquérito policial, os pagamentos seriam em seis parcelas de R$ 50 mil.

Os bastidores da negociação e as evidências apresentadas por Emerson Biazon, o jornalista que levou Patrícia para São Paulo há uma semana, indicam que houve clara tentativa por assessores de Feliciano de tentar comprar o silêncio da mulher – e desta forma, o episódio corrobora a denúncia contra o parlamentar por assédio sexual, agressão e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional ( lembre aqui ).

A Polícia Civil de São Paulo vai arquivar hoje a denúncia de sequestro qualificado e coação da jornalista Patrícia Lélis, após ela registrar em B.O. o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer – com quem ela se reuniu por diversos momentos, dentro e fora do hotel San Raphael, na capital paulista. Testemunhas apresentaram as provas. Já o advogado de Patrícia, José Carlos Carvalho, avisa que vai pedir mais investigações e ratifica que ela foi coagida o tempo todo.

ATRÁS DE CONTAS

Os R$ 20 mil apreendidos pelo 3º DP entregues por Emerson Biazon são a maior prova, até agora, de que houve a tentativa de suborno por parte de Bauer. Seriam parte da primeira parcela de R$ 50 mil.

O dinheiro circulou em cash porque Patrícia não teria conseguido uma conta para o depósito sem deixar rastros. De acordo com as investigações, ela pediu ao empresário dela, chamado Marcelinho, sua conta empresarial para depósitos mensais. Ele desconfiou do que se tratava após respostas evasivas dela, e não topou o acordo.

O quebra-cabeças dessa situação também tem outra peça – de São Paulo, a jovem telefonou para a mãe no último dia 2 de agosto, e pediu uma conta CNPJ, sem explicar do que se tratava. Os pais de Patrícia têm uma conta assim, mas segundo a mãe, Maria Aparecida Lélis, não houve qualquer crédito – o saldo da conta, hoje, é de R$ 126, informa a mãe da garota.

À ocasião do pedido da conta, a jovem soube que a mãe revelara esse pedido em entrevista à Coluna, e ficou muito irritada. Ontem, em contato o repórter, Patrícia negou que tenha pedido dinheiro, embora confesse que tenha liberado Emerson para negociar com o chefe de gabinete de Feliciano. Disse que o amigo negociasse mas sem a envolver financeiramente. “Eu só queria  que Feliciano me deixasse em paz, a minha vida de volta”.

Mas a Polícia conseguiu provas de que houve gastos altos de Patrícia durante sua estadia por SP. O hotel e sua passagem aérea foram pagos por Bauer – o que evidencia que ela já viajara para a capital paulista ciente de que haveria o trato.

Durante os dias que ficou na cidade, ela passeou por shoppings, foi ao cinema com um namorado que mora na capital, a uma churrascaria cuja conta passou de R$ 400, e num salão de beleza pagou R$ 700 para uma maquiagem que precedeu um dos vídeos nos quais ela passou a defender Feliciano, após as publicações da Coluna das denúncias que ela mesma informou, e com entrega de evidências de provas.

NA MIRA

O delegado Luís Hellmeister, do 3º DP paulistano, avalia se enquadra Patrícia por falsa comunicação de crime, mas também, diante das envidências apresentadas de negociação, pode indiciar Talma Bauer na tentativa de silenciá-la mediante pagamento.

Há dois mistérios ainda nas mãos da Polícia: de onde viria esse dinheiro, e quem é Artur, um carioca que apareceu no depoimento de Emerson Biazon e nas mensagens trocadas entre ele e Patrícia.

Um conhecido de Patrícia, o rapaz, que reside no Rio, seria um intermediário para receber esse dinheiro.

DEFESAS

Ontem, o PSC – o qual a jornalista acusa de omissão no caso, após suposta comunicação da agressão em Brasília – manteve Feliciano na liderança, e decidiu fazer queixa contra a jornalista.

Feliciano gravou um vídeo ao lado da esposa, no último sábado, quatro dias após estourar a denúncia pela Coluna. No vídeo, defende-se e diz que a verdade vai aparecer.

Patrícia Lélis mantém sua versão da agressão, assédio e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional. O caso teria ocorrido no dia 15 de junho. Ela fez B.O. na Delegacia da Mulher em Brasília, e deputadas denunciaram Feliciano à Procuradoria Geral da República.

O advogado de Patrícia, José Carlos Carvalho, pediu à PGR a busca imediata das imagens da portaria, elevador e corredor do prédio do deputado federal, para comprovar a presença da jovem no apartamento de Feliciano.


Caso Feliciano tem duas investigações: No DF, é suspeito. Em SP, todos são
Comentários Comente

Leandro Mazzini

A polêmica envolvendo o deputado federal e Pr. Marco Feliciano (PSC-SP) se desdobra em dois cenários para investigação desde o registro de boletim de ocorrência em São Paulo, feito por Patrícia Lélis, contra o parlamentar.

Numa frente, está a Delegacia da Mulher de Brasília, e agora a Procuradoria Geral da República, para investigar o parlamentar acusado de assédio sexual, agressão e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional. Há indícios contra o político, e as autoridades vão pedir à Polícia Legislativa as imagens de vídeos das câmeras instaladas no prédio, corredores e elevadores onde mora o parlamentar.

Em outra frente, segue a investigação no 3º DP de São Paulo, onde Patrícia fez B.O. contra Talma Bauer, o chefe de gabinete, por suposto cárcere privado. Esta história continua confusa – inclusive para o delegado Luis Hellmeister.

Este caso de SP envolve uma negociação de R$ 50 mil na tentativa de comprar o silêncio da garota, script no qual todos se tornaram suspeitos – a jovem, o jornalista Emerson Biazon, e o chefe de gabinete de Feliciano. Leia aqui para entender. 

Com a palavra, as polícias de SP, DF e a PGR.

Leia aqui – os 15 mistérios do caso para a Polícia desvendar

Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Veja aqui o cronograma da denúncia


House of Feliciano – Os mistérios que a Polícia e a PGR podem esclarecer
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Cinco dias depois de a Coluna soltar a denúncia da jornalista brasiliense Patrícia Lélis contra o deputado federal Pr. Marco Feliciano (PSC-SP), por agressão, assédio sexual e tentativa de estupro, após idas e vindas de versões, o caso toma proporções oficiais na capital federal – mas mistérios continuam.

Patrícia mantém a versão da agressão, que teria ocorrido dentro do apartamento funcional, e após fazer oitiva na 3ª DP em São Paulo, registrou a ocorrência na Delegacia da Mulher em Brasília – e outro B.O. contra dois homens até agora não investigados, mas que tiveram participação ativa na sua viagem para SP, onde caiu nas mãos do chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer.

A Procuradoria Geral da República entra na história nesta segunda, e as Polícias Civil de SP e do DF passam a investigar o caso em outra frente – a do sequestro qualificado (que teria começado em Brasília) e coação (para que ela gravasse vídeos a favor de Feliciano, na tentativa de desmentir a denúncia aqui publicada).

O vaivém de episódios e os personagens envolvidos são dignos de trama hollywoodiana – ou do seriado House of Cards, da Netflix, sobre tramas do jogo do Poder. A jovem acusa o PSC de omissão após procurar ajuda; Feliciano demorou a aparecer; o chefe de gabinete atuou como um soposto capanga de luxo; e a garota, apesar de manter a denúncia, tem um histórico criticado por amigos de mitomania – o que ela nega.

Até agora, entre os fatos já revelados, restam dúvidas sobre alguns episódios e personagens, os quais caberá às Polícias e à PGR investigar a bem da verdade:

1 – Por que Feliciano só quebrou o silêncio quatro dias após a denúncia, e disse que a perdoa?

2 – Quem é a mulher que visitaria o deputado vizinho e bateu ‘equivocada’ à porta de Feliciano após ouvir os gritos de socorro?

3 – Por que a jovem não contou aos pais a suposta agressão logo após o episódio? ( só revelou 48 dias depois, na sexta, 29 de julho)

4 – Por que o PSC se omitiu e seus integrantes não cobraram uma posição de Feliciano, após ela denunciar o caso à cúpula do partido?

5 – Quem é Marcelinho, que ela conhecia apenas pela internet, e se apresentou como futuro empresário e interessado em ajudar a resolver o caso ao levá-la para SP?

6 – Por que o jornalista Emerson Biazon viajou a Brasília especialmente para ver Patrícia e a orientou a não fazer o B.O. dia 28 de julho?

7 – Quem pagou os custos de passagem aérea e diárias do hotel San Raphael em SP para Patrícia?

8 – Quem mais tinha acesso ao apartamento de Patrícia e convívio com ela durante o suposto cárcere privado?

9 – O que fazia no hotel Talma Bauer durante vários momentos, até ser detido por agentes da Corregedoria sob acusação de cárcere?

10 – Por que na terça, dia 2 de agosto, Patrícia pediu uma conta com CNPJ para a mãe para um depósito vindo de SP, após mudar suas versões sobre a agressão e defender Feliciano? ( Nos B.O., ela diz que estava sob coação e ameaça de morte)

11 – Emerson Biazon só revelou ao delegado Hellmeister, da 3ª DP de SP, que estava de posse de R$ 20 mil, quando Patrícia já terminava seu depoimento.

12 – Se a garota está mentindo, por que Feliciano não a denunciou até agora?

13 – Por que Talma Bauer não fez um B.O. contra a mulher, já que diz que foi uma invenção?

14 – Para quem eram os R$ 20 mil dados por Bauer a Emerson ?

( Aqui há uma guerra de versões já investigada pela polícia paulista: Bauer disse que fechara acordo com Emerson pelo silêncio de Patrícia; Ela nega, e diz que não autorizou Emerson a pegar dinheiro. Alega que foi a SP atrás de emprego numa TV prometida pelo jornalista que a buscou em Brasília, e que Emerson e Bauer negociaram dinheiro sem o consentimento dela, daí ela ter sido coagida a gravar os vídeos pró-deputado, até sua mãe fugir do hotel e revelar o caso à polícia).

15 – Quem está falando a verdade sobre os episódios em São Paulo? Emerson? Patrícia? Bauer? Ou os três?

 

Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assisata aqui o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Veja aqui o cronograma da denúncia