Coluna Esplanada

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Paris é uma festa: comitiva brasileira tem 180 convidados
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Leandro Mazzini

Paris é uma festa, já diz o famoso livro.

Enquanto o País agoniza numa crise político-econômica e ambiental (em Minas e no Espírito Santo), cerca de 180 pessoas de delegações brasileiras, representantes da União, Estados e municípios, estão em Paris para a COP 21, a conferência do clima, com custos pagos pelo contribuinte.

A comitiva do Governo federal soma 40 integrantes, incluindo a presidência e seis ministérios.

Pelo menos oito Estados enviaram representantes. Do governo de São Paulo são 19.

Os governadores do Acre, Tião Viana (13 na comitiva), e Mato Grosso, Pedro Taques (12) levaram suas primeiras-damas.

Do Rio, partiu o prefeito Eduardo Paes, potencial candidato do PMDB ao Governo do Estado ou Presidência, com cinco jornalistas e 24 na comitiva no total. O governo do Estado do Rio enviou quatro representantes.

Minas Gerais marca presença em peso. O governador Fernando Pimentel autorizou a viagem de 15 funcionários, do gabinete e de estatais.


Rasante no prejuízo: aéreas espalham estudo sobre falência técnica
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Leandro Mazzini

aereas

As companhias aéreas correm risco de falência técnica. É o que dizem lobistas das cinco maiores que circulam pelo Congresso Nacional com documento respaldado em estudos do setor.

Eles entregaram o relatório a deputados e senadores com as indicações: com dólar a R$ 4, os custos sobem 24% este ano, enquanto as receitas aumentam apenas 3,7%. Em 2014 houve recuo de 7% de receita das cinco maiores (R$ 1,9 bilhão). Em 2015, espera-se 32% negativos (R$ 7,3 bi) com o câmbio atual.


Brasil entra no esforço mundial contra a Hepatice C
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Leandro Mazzini

A Federação Mundial de Jornalistas Científicos relacionou apenas três brasileiros como especialistas para falar sobre os avanços no combate à Hepatite C. São os cientistas Evaldo Stanislau Afonso de Araújo, Fábio Marinho e Raymundo Paraná.

A iniciativa da entidade é criar um movimento mundial para conscientizar a população sobre as consequências da doença, cujos casos de mortes quadriplicaram nos últimos anos. Ao contrário, por exemplo, da malária e das infecções por HIV.

O combate à Hepatite C é muito difícil, pois há mais de 50 subtipos da doença e muita gente abandona o tratamento, embora ele seja relativamente fácil.

O preconceito é grande problema no combate à Hepatite e mais de 80% dos infectados tem mais de 40 anos. Com novas drogas, o paciente é curado em 90% dos casos.

A bióloga Rosana Tabakan avisa que é preciso incentivar o diagnóstico, especialmente entre os que receberam transfusão de sangue ou fizeram alguma cirurgia antes de 1993.


Governo cancela empenho para compra de bateria antiaérea russa
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Leandro Mazzini

mp

Reprodução do documento da MP editada pela subchefia de assuntos jurídicos da Casa Civil

Reprodução do documento da MP editada pela subchefia de assuntos jurídicos da Casa Civil

O Governo começou a emitir sinais de que não vai adquirir o tão propalado sistema de defesa antiaérea de tecnologia russa, prometido para as Forças Armadas utilizarem durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

É o que interpretam um grupo de militares sobre a Medida Provisória nº 697 publicada ontem, a qual revela o cancelamento do empenho de R$ 1,8 milhão como um sinal para parte do equipamento – que custa meio bilhão de reais.

Na rubrica 05.572 o registro é bem claro: CANCELAMENTO no item “Projeto de Defesa Nacional” no valor previsto para “sistema de defesa anti-aérea”.

Os russos veladamente pressionam o Governo para a compra – e deram recados à comitiva de políticos que visitou Moscou mês passado, capitaneada pelo vice-presidente Michel Temer.

Discretamente, militares dizem que o Governo se livra de uma sucata, porque o equipamento seria muito defasado. O acordo de intenção de compra foi assinado pelo então ministro da Defesa na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim.

A MP em questão abre “crédito extraordinário” para Ministérios da Justiça, das Relações Exteriores, dos Transportes, da Defesa e da Integração, no valor de R$ 950 milhões.

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Legalização dos jogos pode render R$ 18 bilhões em impostos
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Leandro Mazzini

cassino

Há três anos circula no Congresso a proposta informal de defensores da legalização dos jogos como forma de reforçar o caixa da União, mas só agora, no desespero, o Governo começa a ceder – embora longe do consenso nas bancadas dos partidos.

Maior especialista no tema no Brasil, Magno José, presidente do Instituto Jogo Legal, diz que os políticos subestimam o poder de arrecadação na legalização de bingos, cassinos e até Jogo do Bicho.

“O potencial do mercado de jogo totalmente legalizado pode girar em torno de R$ 60 bilhões. Isso renderia até R$ 18 bilhões por ano à União”, diz Magno.

O especialista cita também o número de empregos formais que o mercado teria: 350 mil apenas no Jogo do Bicho. E 150 mil, por baixo, em bingos e cassinos.

A notícia da possibilidade da volta de bingos e cassinos começou a correr o mundo. Mas os players do setor desconfiam porque as tentativas anteriores foram ruins.

A turma dos jogos pode aportar no Brasil bilhões de reais, apenas nas construções de hotéis e cassinos, mas exige segurança jurídica e legislação similar a de seus países.

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CENÁRIO MUNDIAL

magnho

Magno – dados levantados nos cenários americano, europeu e asiático

Na América do Sul, apenas Brasil, Guiana, Guiana Francesa e Bolívia proíbem os jogos. No continente americano só não existe a legalização dos jogos nestes países e em Cuba.

Segundo dados do Instituto Jogo Legal, entre os 193 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), 75,52% têm o jogo legalizado e regulamentado – o Brasil está entre os 24,48% que não legalizaram esta atividade.

Já entre os 156 países que compõem a Organização Mundial do Turismo, 71,16% têm o jogo legalizado, no entanto entre os 28,84% (45 países) que não legalizaram a atividade, 75% são islâmicos e tem a motivação na religião. Nem todas as nações islâmicas proíbem jogos, caso do Egito e Turquia, países de maioria islâmica, mas que permitem os jogos.

Entre os 34 países que formam a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento ou Econômico (OCDE), chamados de grupo dos países ricos ou desenvolvidos, apenas a Islândia não permite jogos em seu território.

Já na perspectiva do G20 – grupo de países que o Brasil pertence – 93% das nações têm os jogos legalizados, apenas 6,97% ou três países não permitem: Brasil, Arábia Saudita e Indonésia, estes dois últimos são nações islâmicas.


Comunistas brasileiros visitam Cuba atrás de Fidel
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Leandro Mazzini

Foto: Folha / UOL

Foto: Folha / UOL

Presidente do PCdoB, a deputada federal Luciana Santos (PE), viaja amanhã com comitiva para Havana. Sonha se encontrar com o líder Fidel Castro, inspiração para os comunistas brasileiros, e se apresentar como primeira mulher a presidir o partido.

O séquito tem garantia de pelo menos apertar a mão do presidente Raúl Castro.

A presidente do partido diz que o novo momento de Cuba, com a abertura iminente e o fim do embargo comercial dos Estados Unidos, exige um olhar apurado e de perto do partido.

‘Há um fato novo, os EUA viram que a sua política não deu certo. É um momento de afirmação’.

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Câmara quer investigar foguete que, no chão, mandou R$ 1 bi para o espaço
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Leandro Mazzini

A carcaça do Cyclone na Base de Alcântara - pestes a virar peça de museu, se não houver reviravolta no caso. Foto: defesanet.com.br

A carcaça do Cyclone na Base de Alcântara – pestes a virar peça de museu, se não houver reviravolta no caso. Foto: defesanet.com.br

Há décadas o Governo brasileiro tem a inquestionável mania de jogar dinheiro fora – mostram as sucessivas denúncias comprovadas de corrupção – mas também, de uns tempos para cá, de lançá-lo pelos ares, literalmente e sem retorno.

Após investir mais de US$ 1 bilhão no foguete Cyclone-4, que não saiu do chão, o Governo cancelou o programa, mas não formalizou ainda o fim da parceria com a Ucrânia, relata o deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG).

Membro da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, o parlamentar apresentou requerimento de informações ao Itamaraty. Quer saber como andam as tratativas e se o Brasil ainda está pagando algo.

O ‘Tratado sobre Cooperação de Longo Prazo na Utilização do Veículo de Lançamentos Cyclone-4’, no Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, foi acordo fechado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro de 2003, com a criação da empresa binacional Alcântara Cyclone Space.

CO-IRMÃO FEZ SUBIDINHA

Em dezembro de 2013, o Governo se meteu em outra trapalhada espacial, e mandou R$ 300 milhões para o espaço – desta vez seria para o bem, mas não foi. O satélite sino-brasileiro, lançado na China para mapear desmatamento no Brasil, subiu suficientes 11 segundos para voltar à terra e se espatifar.

Notícia melhor, no entanto, decolou em dezembro do ano passado, quando enfim um modelo mais avançado – e eficaz – do satélite sino-brasileiro foi lançado, e desde então em órbita já mapeia os desmatamentos no Brasil.


Bolsonaro quer investigar citação de Mujica sobre ‘golpe’ no Paraguai
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Leandro Mazzini

Foto: fatosdesconhecidos.com.br

Foto: fatosdesconhecidos.com.br

Após complicar o ex-presidente Lula sobre o mensalão, em sua autobiografia, o ex-presidente uruguaio Pepe Mujica provocou curiosidade no deputado federal e militar Jair Bolsonaro (PP-RJ).

Mujica, segundo o parlamentar, insinua na obra que o golpe no Paraguai contra o então presidente Fernando Lugo teve interesses diretos do Brasil e da Venezuela – que assim foi aceita como membro permanente do Mercosul, no lugar do país vizinho, boicotado com a troca de governo. Mujica fala em uso de espiões.

Foi o suficiente para Bolsonaro apresentar requerimento para o Ministério da Defesa. A priori, quer saber se houve voos de aviões da FAB para Montevidéo em junho de 2012.


Aviões de chineses e brasileiros lotam pátio do aeroporto de Brasília
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Leandro Mazzini

Uma prova de como os chineses desembarcaram com apetite em Brasília. Além do gigante Boeing 747-81, que trouxe o primeiro-ministro Li Keqiang e a comitiva do Governo da República Popular da China, além de empresários, mais quatro jatinhos com autonomia para voos intercontinentais estão ‘hangarados’ nos pátios do Aeroporto JK: três Gulfstream e um Challenger, que trouxeram os empresários bilionários dispostos a investir no Brasil.

Nas companhias de táxi aéreo há aviões também dos empresários brasileiros, que desembarcaram em Brasília com o objetivo de negociar com os chineses.

Fora o oba-oba que o Governo passa para a mídia sobre a visita da comissão chinesa e os prometidos US$ 53 bilhões de investimentos, o que os chineses dizem à meia boca é bem diferente: para a turma oriental, o Brasil está em liquidação e a hora de comprar barato é esta!


Missão de Alves é atrair estrangeiros, com dados fracos no Brasil
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Leandro Mazzini

A sombra do Poder: na imagem no painel, nota-se a silhueta do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, quem tem mandado muito no Planalto. Foto: Marcos Brandão

“A sombra do Poder”: Henrique e Michel Temer cochicham, e na imagem no painel, nota-se a silhueta do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, quem tem mandado muito no Planalto. Foto: Marcos Brandão

A pequena Macau recebeu 5,1 milhões de turistas apenas no primeiro bimestre de 2015, informou a Agência Lusa. O Brasil inteiro mal alcançou 5,8 milhões de turistas em todo 2013, mostram dados do Ministério do Turismo. Com a realização da Copa FIFA do ano passado, o Governo federal estima que o número tenha saltado para 7 milhões em 2014.

A atração de turistas estrangeiros é a principal missão para o novo ministro da pasta, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), em parceria com a Embratur, braço do ministério para o setor.

Nos gabinetes dos setores de hotelaria e aviação doméstica, comenta-se os dados tímidos do Brasil em comparação a outros países, inclusive os da América do Sul e também em relação aos Estados Unidos. Apenas o High Line Park, recentemente inaugurado em Nova York sobre desativada linha de trem, atrai cerca de 4 milhões de turistas estrangeiros por ano.