Coluna Esplanada

Arquivo : Câmara

Ano nos três Poderes começará com protagonismo dos juristas
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Leandro Mazzini

O ano começará com debate quente que dará protagonismo aos juristas sobre o andamento ou não do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados.

Para a oposição e o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o pagamento de R$ 72 bilhões das ‘pedaladas fiscais’ de 2014, motivo da denúncia, não inibe trâmite do processo. Congressistas da base já espalham que o caso se enterrou.

A denúncia de Hélio Bicudo e Miguel Reale Junior, aceita pelo presidente da Câmara, cita os empréstimos de bancos oficiais ao Palácio para pagar contas e cobrir rombos – para ministros e Dilma, algo que aconteceu em outros governos.

O artigo 36 da Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federação que a controle.

Já no Congresso, pairam dúvidas. O relatório do senador Acir Gurgacz (PDT-RO) sobre as contas do Governo é contraditório: reconhece que operações foram irregulares, mas considera que “não justificam a reprovação das contas”.

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‘SWAT’ brasileira na residência de Cunha: era o uniforme novo
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Leandro Mazzini

Foto: UOL

Foto: UOL

Muita gente estranhou o COT – Comando de Operações Táticas, a SWAT brasileira, pela primeira vez numa operação da Lava Jato. Foi na residência oficial do presidente da Câmara, há semanas, durante busca e apreensão.

Além de a PF dar o ar da graça ciente da vitrine nacional – e até internacional – apresentou ao mundo os equipamentos no traje e o uniforme novo do grupo.

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Se depender da Câmara, Cunha terá sobrevida de dois meses
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Leandro Mazzini

Alvo no STF e do processo da Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), terá uma sobrevida de quase dois meses, pelo regimento da Casa, para não ser limado da presidência como querem seus opositores.

Dia 10 de fevereiro, na quarta-feira de cinzas, encerra-se o prazo para o deputado apresentar sua defesa ao Conselho de Ética. E o deputado Marcos Rogério (PDT-RO), relator do processo de cassação, avisa que tão logo receba a defesa, apresentará um plano de trabalho de 40 dias – “claro e transparente”- para não pairar brechas para questionamentos sobre o processo.

Para quem espera Cunha fora do cargo logo em fevereiro só resta a decisão do pleno do STF, que avaliará o pedido de afastamento proposto pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

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Entidades religiosas iniciam ofensiva contra legalização dos jogos
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Leandro Mazzini

Foto: Ag. Senado

Foto: Ag. Senado

Aposta alta do Governo para elevar a arrecadação em tempos de crise econômica, a legalização dos jogos, que avança no Senado – e devagar na Câmara – pode esbarrar num bloqueio de entidades contrárias ao setor, que iniciam batalha regimental.

Provocado pela entidade católica ProVida DF, o senador evangélico Magno Malta (PR-ES) vai apresentar recurso à Mesa do Senado em fevereiro na tentativa de travar o PLS 186/14, que autoriza a volta de bingos e cassinos, e oficializa o jogo do bicho no Brasil.

O projeto em tramitação é terminativo em comissões. Malta quer avaliação em plenário. Caso consiga dez assinaturas de colegas, o projeto vai a plenário. Pelo contrário, a proposta segue para a Câmara e será apensada a outras em análise na comissão especial dos deputados.

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Disputa para líder do PSDB racha bancada entre ‘aecistas’ e ‘serristas’
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Leandro Mazzini

fabio

Fábio Sousa – o goiano aliado de Marconi articulou a campanha de Jutahy e chamou a atenção de Aécio.

A bancada do PSDB na Câmara rachou para valer e Aécio Neves levou a melhor sobre José Serra. Foram 28 votos a favor de Antonio Imbassahy (BA) contra 23 de Jutahy Magalhães (BA).

A disputa entre os baianos ocultou uma batalha maior. Imbassahy foi indicado por Aécio, e Jutahy há anos é aliado de Serra.

Em meio à batalha, dois deputados goianos se destacaram na disputa interna e chamaram a atenção do senador Aécio Neves, presidente do partido, pela desenvoltura.

A cúpula do tucanato contabiliza nas ações de Fábio Sousa e Baldy a grande maioria dos 23 votos de Jutahy Jr.

Aécio quer conversar com a dupla goiana. Fábio, que articulou para Jutahy, cresceu na bancada e é potencial candidato a líder em 2017, com apoio do governador Marconi Perillo.

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Virada no PMDB: Picciani consegue 36 assinaturas para voltar à liderança
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Leandro Mazzini

Uma reviravolta na bancada do PMDB da Câmara nesta manhã de quinta (17). O líder destituído Leonardo Picciani (RJ) conseguiu 36 assinaturas do total de 69 deputados da bancada.

Picciani acaba de protocolar o documento com as assinaturas na Mesa Diretora da Câmara. A equipe técnica vai verificar os nomes e, se avalizado, Picciani retoma a liderança do partido na Casa ainda hoje, destituindo o líder provisório Leonardo Quintão (MG).

A queda de braço no PMDB ocorre entre dois grupos distintos: os aliados de Eduardo Cunha, presidente da Câmara, e do vice-presidente Michel Temer, contra o grupo de Picciani ligado à presidente Dilma Rousseff.

Picciani teve o apoio declarado do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, e contou com apoio velado dos ministros palacianos Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Governo). O filho de Cabral, Marco Antônio, deputado federal licenciado, reassumiu hoje para engrossar a lista de Picciani. Idem para o secretário municipal da gestão Paes no Rio, Pedro Paulo.

Com articulação direta de Temer, semana passada, Picciani foi deposto do cargo após críticas ao vice-presidente. No bojo da disputa, os oito votos do PMDB na comissão especial que avalia o processo de impeachment da presidente, e os votos em plenário.

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‘Clima está bom, o Brasil não está paralisado’, diz líder do Governo
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Leandro Mazzini

guimaraes

Provou que vive em outro mundo o líder do Governo na Câmara, o petista José Guimarães (CE):

“O clima está bom; o Brasil não está paralisado”, disse a um interlocutor no Salão Verde, no dia em que a PF fez a limpa contra investigados na Lava Jato.

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‘Um amontoado de oportunistas’, diz líder deposto do PMDB
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Leandro Mazzini

O deputado Leonardo Picciani está um poço de mágoas com seus ex-comandados. Passou uma quarta-feira tensa, desde a manhã até altas horas da noite – entrou às 21h no gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para pedir apoio.

“Um amontoado de oportunistas com discurso desastrado”, disse em desabafo Picciani sobre a ala majoritária que o derrubou.

Ele tenta ainda reverter o jogo nesta quinta-feira, articulando para angariar votos de quem foi contra ontem. Picciani indicou dois ministros da bancada para o Governo no mês passado.

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