Coluna Esplanada

Arquivo : coluna esplanada

Temer tenta reconquistar PSDB via FHC
Comentários Comente

Leandro Mazzini

A visita do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao presidente Michel Temer, em Brasília, a convite, não foi apenas um reencontro de amigos e para o chefe da nação ouvir dicas de quem passou pelo cargo.

A interlocução com o PSDB no Congresso voltou ao zero, e nem Temer tampouco os ministros conseguiram a reaproximação com Aécio Neves, que desconfia de que o PMDB não vai cumprir acordo para 2018. O PMDB precisa hoje do PSDB na base para aprovar projetos importantes.

Ao nivelar a interlocução ‘por cima’, Temer pode ter piorado a situação. Mas ao lado dele estão os ministros tucanos Bruno Araújo (Cidades) e José Serra (Itamaraty) para tentar aparar as arestas dentro do tucanato.

O acordo informal do PMDB com PSDB é Temer apoiar o senador tucano na candidatura à Presidência em 2018 e indicar um vice. Se Aécio se confirmar candidato.

Para piorar o cenário na desconfiança do mineiro, há dois entraves no caminho. José Serra continua no páreo (mas pode ir para o PMDB e se lançar). E Geraldo Alckmin já foi anunciado pelo prefeito eleito João Dória Jr. como pré-candidato no PSDB – o governador de São Paulo, porém, pode ir para o PSB, porque Aécio hoje controla a maior parte dos delegados da legenda


Corte é para os outros – o que você não viu no jantar de Temer
Comentários Comente

Leandro Mazzini

É importante para o País, sim, o controle de gastos e a proposta de emenda à constituição nº 241 que impõe um teto para os órgãos dos três poderes – a má gestão (de todos os Poderes) aliada ao cenário econômico em crise há anos mostraram que os gestores não aprenderam – e o povo paga a conta.

Mas no jantar que o presidente da República, Michel Temer, promoveu para os deputados no domingo à noite a fim de reunir os deputados para confirmar a aprovação em primeiro turno, ninguém deu exemplo, diante de situações pontuais.

O assunto era corte de gastos. Mas o banquete oferecido pelo presidente Michel Temer aos aliados foi pura ostentação.

Chamaram a atenção as garrafas raras de uísque Blue Label 750ml (mais de R$ 660 na praça) que foram servidas “só para a diretoria” ao final do “Jantar da PEC 241”, como foi batizado.

Antes da festa, a grande maioria dos 215 parlamentares chegou ao Palácio a bordo de carros executivos com motoristas – alugados por R$ 500 a diária, de empresas de Brasília com as quais têm contrato por verba de gabinete.

Além dos 215 deputados e alguns poucos ministros, o jantar contou com a presença de mais de 100 familiares dos parlamentares.

PREFEITOS

Prefeitos foram fundamentais na pressão aos deputados para votarem pela aprovação da PEC 241. Pelo texto, eles não terão os índices dos repasses federais alterados.

MISTÉRIO NO AR  (E NO CHÃO)

Maior voz na Câmara contra o ‘golpe’, o deputado Silvio Costa desembarcou no aeroporto de Brasília domingo à noite, enquanto o presidente Temer iniciava o jantar.

PENETRA?

O nome do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (RJ), não constava na lista de convidados do “Jantar da PEC 241”. Mas o delator do mensalão compareceu e transitou aos sorrisos e abraços pelos salões do Alvorada. O presidente Temer fugiu dele.

O Blog no Twitter e no Facebook

Colaborou Walmor Parente

 


PCdoB extirpado da Câmara em SP e PSDB fecha vagas no Paraná
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Três curtinhas sobre disputa para Câmaras de Vereadores: 

CARONA DESASTRADA

Não foi só o PT o grande perdedor desta eleição. Na carona, o aliado ideológico PCdoB se afundou, em especial na capital paulista, onde não elegeu um vereador sequer.

MONOPÓLIO

Em Nova América da Colina (PR) dos 9 vereadores eleitos para a Câmara, todos são do PSDB – três deles são mulheres.

EX-PODEROSO

Edson Aparecido, ex-chefe de gabinete de Sergio Motta, ex-vereador, deputado estadual e federal, ex-chefe da Casa Civil de Alckmin, é..ex. Não se elegeu vereador em SP.

O Blog no Twitter e no Facebook


Governo faz pente-fino em aposentadorias-relâmpago no MDA
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Não foi só a ex-presidente cassada Dilma Rousseff que furou a fila da aposentadoria.

O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Alberto Beltrame, determinou à presidência do INSS que conclua, o mais breve possível, minucioso levantamento de concessões de ‘aposentadorias-relâmpago’ a servidores no órgão.

O Blog no Twitter e no Facebook


Palácio ‘esquece’ foto de Dilma na galeria de ex-presidentes
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto de Walmor Parente

Foto de Walmor Parente

Um detalhe que ratifica o clima político azedo além do partidarismo.

O Palácio do Planalto ainda não instalou a foto oficial de Dilma Rousseff na galeria de ex-presidentes, no salão do térreo. E não há notícias de que vá instalar, ou quando.

Atualização quarta, 12/10, 11h53 – O quadro com a foto oficial de Dilma foi afixado na parede na noite do dia 11/10.

O Blog no Twitter e no Facebook


Efeito bala perdida: STF pode afastar Renan em ação que mirava Cunha
Comentários Comente

Leandro Mazzini

A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, está disposta a mexer num vespeiro político, contam fontes da Corte.

A ministra quer dar celeridade a análise da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) que proíbe o exercício dos cargos que estão na linha de substituição da Presidência da República por réus no Supremo.

A medida atinge em cheio Renan Calheiros, alvo da Corte por suspeita de receber propina da Mendes Junior para bancar a ex-amante. O presidente do Congresso Nacional é réu com denúncia por crimes de falsidade ideológica e peculato. Renan responde a oito inquéritos no STF e pode virar réu a qualquer momento.

A ADPF foi apresentada em maio pelo Rede Sustentabilidade contra o então presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, e não foi analisada. Agora poderá sair da gaveta e acertar Renan.

Colaborou Walmor Parente


Segredos do Poder: o método de Crivella e o perfeccionismo de Dória
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Duas histórias curtinhas sobre o novo prefeito de São Paulo e o candidato Marcelo Crivella, que disputa o 2º turno no Rio.

Amigos de João Dória Jr. (PSDB), o prefeito eleito paulistano, lembram sua queda pelo perfeccionismo – o que não se descarta um TOC.

Anos atrás, certa dia ele interrompeu uma reunião de sua equipe do LIDE, deu a volta à mesa apenas para colocar uma cadeira no lugar.

NO RIO..

Para justificar sua persistência na série de candidaturas no Rio de Janeiro desde 2000, Marcelo Crivella (PRB) conta aos próximos a estória de um garotinho que insistia com o padre para ajudar numa missa, até que o pároco deixou.

“Um dia uma mocinha foi confessar e perguntou ao padre se deveria beijar o garoto diante da insistência dele”. O padre reconheceu o garoto pelo nome e soltou: “Sim, minha filha, beija logo ele porque não vai desistir!”.

Ou seja,  Crivella insiste em seu nome junto ao eleitor porque sabe que em algum momento a rejeição a ele vai cair – há seu favoritismo agora. Se vai ‘beijar’ o Poder, as urnas vão mostrar dia 30.

O Blog no Twitter e no Facebook


Cautela & pancada: Índices de Temer dividem o Congresso
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Os índices do presidente Michel Temer na pesquisa CNI/Ibope dividem os senadores.

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que tece elogios rasgados às propostas do Planalto, em especial à reforma do ensino médio, evita comentar a sondagem que mostrou a reprovação geral do Governo Temer.

“Não quero comentar até porque não acredito em pesquisas”.

Já a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) não perdeu a oportunidade de criticar. Afirma que o presidente Michel Temer não tem e nunca terá apoio da população.

“Ele não tem a legitimidade para promover as mudanças. Só 14% de aprovação?”.

O Blog no Twitter e no Facebook


Poder dos ‘Bolsokids’ no Rio fará diferença no 2º turno
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Há quem espalhe que os Bolsonaro saíram derrotados no Rio de janeiro. Engano puro.

A despeito da implicância de parte do eleitorado contra o perfil da família política – até na página da PUC Rio apareceu um ‘não vote em Bolsokid’ – o clã mantém o nível de votos na capital.

A família capitaneada pelo polêmico deputado federal Jair Bolsonaro – presidenciável do PSC para 2018 – fez um dos vereadores mais votados do País, e o campeão de votos no Rio (Carlos, o filho, reeleito).

O candidato a prefeito Flávio Bolsonaro, outro filho de Jair, tornou-se o fiel da balança para o 2º turno. Seus 14% de votos válidos no 1º turno podem fazer a diferença agora.

Qualitativas do PSC apontam que o eleitor dos Bolsonaros é fiel ao clã e o perfil conservador e de militares pode migrar o voto para Marcelo Crivella (PRB), contra Marcelo Freixo (PSOL).

O Blog no Twitter e no Facebook


Sem Paes na TV e experiência de Cabral, PMDB viu poder afogar no Rio
Comentários Comente

Leandro Mazzini

A cúpula do PMDB bate cabeça para entender como perdeu a segunda maior prefeitura do País, com a ‘máquina na mão’ no Rio de Janeiro (prefeitura e Estado) e Brasília e o sucesso da Olimpíada tendo Eduardo Paes como anfitrião.

Não foi só o ‘sem-jeito’ candidato Pedro Paulo Carvalho e o bordão ‘bateu na mulher’.

Para caciques no Congresso, o partido e o comando da campanha erraram ao afastar do candidato o prefeito Paes – o garoto propaganda da cidade – e não consultar os mais experientes.

O ex-governador Sérgio Cabral só foi procurado nos últimos dias da campanha, quando mais nada poderia fazer.

Cabral vive um estratégico período sabático fora da política, mas foi ele quem tirou Paes do PSDB e o elegeu prefeito, e foi quem fez o sucessor Luiz Fernando Pezão no Governo.

A eleição interrompeu vitoriosa série de conquistas do marqueteiro Renato Pereira, que elegeu Cabral e Paes (duas vezes) e Pezão. Mas agora teve a mais estrondosa derrota.

O Blog no Twitter e no Facebook