Coluna Esplanada

Arquivo : agosto 2016

Ministro Gilmar e senador Anastasia darão curso de gestão a estudantes
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Leandro Mazzini

Foto: agência minas

Foto: agência minas

O relator do processo de impeachment, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), será professor na 3ª edição de um curso de gestão pública de um dia – 17 de setembro – criado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) – que tem ligações com o ministro do STF e presidente do TSE, Gilmar Mendes.

O curso ‘Administração Pública para o Ensino Médio’ terá o próprio Mendes como um dos professores. É gratuito, para a garotada que fará vestibular. Uma excelente iniciativa.

O que não impede, porém, de citar que Anastasia é conceituado técnico e gabaritado professor. Mas deixou o governo de Minas Gerais com bilhões de reais em dívidas com bancos internacionais.

A filantropia do ministro Gilmar também chama a atenção. Faz parte, para um IDP que segue fechando parcerias milionárias com governos de Estados para cursos extras, como em Goiás e Mato Grosso – terra do ministro Mendes.

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Advogada de Lélis pedirá ao MP anulação do inquérito em SP
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Leandro Mazzini

A advogada da jovem Patrícia Lélis, Rebeca Aguiar, que assumiu o caso há duas semanas, vai solicitar ao Ministério Público de São Paulo a anulação do inquérito no 3º Distrito Policial (Campos Elísios) aberto pelo delegado Luís Alberto Hellmeister, no qual sua cliente foi indiciada por falsa comunicação de crime e extorsão – e pelo qual corre risco de prisão.

A defesa de Patrícia alega que, por ter citado o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) como um dos envolvidos no caso, o inquérito deveria ter sido remetido imediatamente para o Supremo Tribunal Federal, órgão competente para analisar o caso, pelo fato de Feliciano ter foro privilegiado.

O caso em SP virou uma novela, na qual Patrícia de suposta vítima tornou-se a vilã. Ela acusou o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, de cárcere privado e coação, para que mudasse a versão da acusação contra o deputado, por assédio, agressão e tentativa de estupro, em Brasília. Mas provas apresentadas ao delegado, em vídeos, áudios e prints de mensagens entre celulares, comprovam , de acordo com o delegado, que ela mentiu claramente para receber dinheiro em troca de seu silêncio.

Talma Bauer não foi indiciado pela polícia no caso, por crime de favorecimento pessoal, a despeito de a polícia ter apreendido R$ 20 mil do total de R$ 50 mil que seria pago a Patrícia. Feliciano alega, em sua defesa, que não sabia dos passos do assessor – que pediu exoneração semana passada. Mas em um dos vídeos, entregue pelo jornalista Emerson Biazon, que acompanhava a garota, Bauer passa o celular para Patrícia falar com Feliciano. Emerson garantiu à polícia que Feliciano ligava a todo momento para o assessor.

A Coluna solicitou ao delegado Luís Hellmeister, do 3º DP em SP, o envio do documento que dispõe sobre o laudo psicológico da garota. Em contato, o delegado Hellmeister justificou que os laudos não são tão importantes para ele, apenas justificam o que já tem como provar: que Patrícia mente compulsivamente e que há provas para indiciá-la.

CONFUSÃO COM r$ 50 MIL

Semana passada Patrícia arrumou uma confusão em Brasília sobre suposto depósito em sua conta no valor de R$ 50 mil. Disse ao então advogado José Carlos Carvalho que havia crédito programado em sua conta, num sábado (dia 13), para entrar no saldo na segunda-feira. Mas o gerente de sua conta no BB em Brasília não confirmou nada.

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Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Leia aqui os prints das conversas sobre negociação de R$ 300 mil

Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

Veja aqui o cronograma da denúncia


Governo decide troca na APO: sai Pedroso, e Calero fará balanço
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Leandro Mazzini

Foto extraída do Youtube

Calero, hoje no MinC – Foto extraída do Youtube

O chefe da Casa Civil da Presidência da República, Eliseu Padilha, bateu o martelo hoje no Rio de Janeiro antes da coletiva em que participou com o prefeito Eduardo Paes sobre o balanço dos Jogos Olímpicos. O Governo vai substituir o presidente da Autoridade Pública Olímpica, órgão federal criado para acompanhar as obras federais e matriz de responsabilidades.

Sai do cargo Marcelo Pedroso, ligado ao PT de São Paulo e apadrinhado por Marta Suplicy. Ele deve trabalhar na campanha de Marta à prefeitura. Entra Marcelo Calero, hoje ministro da Cultura – conforme noticiado no Diário Oficial da União semana passada, com nome indicado para sabatina no Senado. Calero vai acumular o cargo de ministro e de presidente da APO, que se tornará uma empresa sob o guarda-chuva do MinC.

Será Calero quem vai fazer o balanço dos Jogos no final de setembro, após o encerramento da Paralimpíada, já decidiu Padilha.

Para evitar constrangimentos políticos e na APO, a Casa Civil vai orientar os atuais ocupantes de altos cargos e diretorias no órgão a colocar os cargos à disposição do Planalto. A troca será geral dentro de algumas semanas. A palavra ‘desmobilização’, o que já se diz nos bastidores, está proibida.

 


Desenvoltura gabarita interino como cotado para ficar no Turismo
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

A atuação do ministro interino do Turismo, Alberto Alves, que foi secretário-executivo da pasta, tem agradado a cúpula do Governo.

Com o sucesso da Casa Brasil na Olimpíada no Rio de Janeiro, uma das principais iniciativas do Ministério nos Jogos, o ministro recebeu elogios da equipe de Michel Temer no Planalto.

Até ontem, passaram pela Casa Brasil, no Porto Maravilha, mais de 270 mil turistas de todo o mundo para visitar exposições e curtir as atividades interativas. A Casa ficará aberta até 18 de setembro, quando se encerra a Paralimpíada.

O indicado para o cargo, pela bancada do PMDB, é o deputado Marx Beltrão, de Alagoas, apadrinhado pelo presidente do Congresso, Renan Calheiros – embora Renan negue a intenção e a ingerência.

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Caso Feliciano: Laudo de Lélis indica perfil controverso, mas não mitomania
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Leandro Mazzini

> Laudo psicológico feito pelo IML aponta perfil depressivo, controverso e avesso a convivência social

> Neste documento, não há citações a ‘mentira compulsiva’ ou ‘mitomania’, como divulgado pela polícia e jornais

> Documento entregue pelas autoridades em Brasília é diferente do que tem a Polícia de SP, que ainda não disponibiliza a íntegra

> Relatório foi elaborado por duas psicólogas a pedido do IML de Brasília sobre outra denúncia de Patrícia anos atrás

Atualizada terça, 24/8, 11h19 – O laudo psicológico da jornalista Patrícia Lélis, feito por duas psicólogas do Instituto Médico Legal de Brasília ano passado, aponta “potencial intelectivo mediano” à classe a que pertence, mas também “indícios de imaturidade, isolamento emocional, dificuldades nos contatos sociais, vivências nocivas/traumáticas e sensibilidade depressiva”.

Em nenhum trecho deste documento há relato sobre mitomania da garota, como divulgado pela polícia e por jornais. O documento de três páginas foi assinado em 2 de dezembro de 2015 e entregue às autoridades policiais. A página 2 não foi disponibilizada pela advogada à Coluna porque, segundo relata, há informações ‘muito pessoais’ de Patrícia, no relato sobre o possível estupro sofrido anos atrás em outro caso.

O documento, ao qual a Coluna teve acesso nesta terça (23), entregue pela advogada Rebeca Aguiar, foi elaborado pelas profissionais a pedido de uma delegacia de Brasília, onde foi arquivada outra denúncia de tentativa de estupro denunciado pela garota.

Ainda de acordo com o documento, não foram encontradas “alterações psicopatológicas” e afasta-se o “déficit cognitivo”. Em suma, o laudo aponta que a garota não é louca.

Este laudo é diferente do que foi anexado pelo delegado do 3º DP de SP, Luís Hellmeister, nos autos do inquérito em que Patrícia é acusada de extorsão e falsa comunicação de crime contra o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer. A Coluna solicitou ao delegado o envio do documento que dispõe, mas ainda não conseguiu. Em contato, o delegado Hellmeister justificou que os laudos não são tão importantes para ele, apenas justificam o que já tem como provar: que Patrícia mente compulsivamente e que há provas para indiciá-la.

Leia abaixo o laudo disponibilizado por autoridades do DF:

laudo-lelis1

Laudo-Lelis2-vale

 

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Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

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Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

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Caso Feliciano: Janot pede inquéritos da Polícia de SP e do DF
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

O procurador geral da República, Rodrigo Janot, já requisitou às polícias de São Paulo e do Distrito Federal os inquéritos abertos sobre o caso Patrícia Lélis x deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), e analisará os documentos para decidir se pede a abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal – a Corte recebeu o B.O. feito pela jovem na Delegacia da Mulher.

A informação foi dada pelo próprio Janot à deputada federal Érika Kokay (PT-DF), que o visitou ontem. Kokay capitaneou grupo de 22 parlamentares que denunciou à PGR o caso, em que Patrícia acusa o deputado de agressão e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional em que ele reside em Brasília.

Em São Paulo, o cenário é totalmente contra a jovem denunciante. No 3º Distrito Policial, ela deve ser indiciada em alguns dias por extorsão e falsa comunicação de crime, ao ser flagrada negociando até R$ 300 mil, em parcelas de R$ 50 mil, pelo seu silêncio e para mudar sua versão – e complicou o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, que pediu exoneração.

JURISDIÇÃO

Segundo Érika Kokay, Janot afirmou que devido ao fato de Feliciano ter foro privilegiado todos os processos relativos ao caso deverão ser encaminhados à PGR, quem, de fato, é responsável por investigar parlamentares.

A representação solicitando investigação à PGR foi feita pelas deputadas petistas Erika Kokay, Ana Perugini, Margarida Salomão e Luizianne Lins e endossada por outras parlamentares.

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Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

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Leia aqui os prints das conversas sobre negociação de R$ 300 mil

Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

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No controle do MDA, Paulinho quer criar a Força Rural
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Leandro Mazzini

Paulinho, em conversa recente com o ex-líder do MST José Rainha. Foto: ABr

Paulinho, em conversa recente com o ex-líder do MST José Rainha. Foto: ABr

O deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, fundador do Partido Solidariedade, conseguiu arrancar do presidente Michel Temer a garantia da recriação do Ministério do Desenvolvimento Agrário – hoje com status de secretaria.

Mas não haverá só reforma agrária – obviamente, o compromisso fechado.

Paulinho quer enterrar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que muitos anos foi bancado pelos Governos do PT. Agora, Paulinho vai criar o braço no campo da Força Sindical, a Força Rural, para se contrapor ao MST, e com verba de fazer boi correr feliz no pasto.

O ministro do MDA, que também controlará o Incra, responsável pelos assentamentos, será o deputado Zé Silva (SD-MG).

Em 2015, Dilma não assinou desapropriações, o que irritou o MST em acampamentos espalhados pelo Brasil. Zé Silva vai tocar a reforma agrária e tem aval no orçamento para assinar dezenas de assentamentos – mas o MST terá de recadastrar todos, que passarão por investigação.

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Ministro da Saúde compra briga com indústria do tabaco – e com a Fazenda
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, deu um tiro no pé.

Comprou briga com a indústria do tabaco no Brasil: quer proibir plantações e os cigarros no País.

Mas o embate surge num momento crucial para o Governo que representa e diante de um cenário econômico instável. O setor recolhe até R$ 10 bilhões de impostos por ano e mobiliza mais de 200 mil famílias diretamente, além dos empregos gerados nas fábricas.

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Grupo de mulheres denuncia a senador abusos sexuais de pais em filhos
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Leandro Mazzini

Engenheiro civil, advogado renomado, economista e um investigador norte-americano. Pais, profissionais gabaritados, com altos ganhos financeiros e acima de qualquer suspeita. Mas eles são acusados pelas ex-mulheres de agressão e estupro de vulnerável contra seus próprios filhos, todos meninos.

Os casos chocantes, relatados à Coluna pelas mães, acabam de chegar às mãos do senador Magno Malta (PR-ES). Ele já presidiu a CPI da Pedofilia e deve levar a denúncia à tribuna.

Há uma guerra judicial. De um lado, os pais acusam alienação parental, e de outro, com laudos médicos e evidências de provas coletadas, as mães querem Justiça e a guarda dos filhos.

O caso do advogado em Cuiabá é o mais grave. Outros três casos são de São Paulo. Também envolvem meninos de 2 a 8 anos, episódios em que pais dormiram com filhos, e estes relataram às mães abusos no órgão genital e anal.

Os detalhes, laudos médicos e perícias psicológicas, além de outras evidências de provas, foram relatados à equipe do senador. As mães estudam lançar uma associação para reforçar a demanda judicial.

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