Coluna Esplanada

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Divórcio de político deixa empreiteiras em alerta com lei dos EUA
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Leandro Mazzini

Um processo de divórcio sigiloso em curso no Superior Tribunal de Justiça  pode render até a entrada do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, caso a situação desande em terras tupiniquins.

O caso envolve a ex-mulher de um poderoso político em Brasília e muito dinheiro em contas off shore abastecidas pelas grandes empreiteiras brasileiras – as contas são suspeitas de serem de um pool de mandatários.

Se o cenário piorar – e isso não está descartado – as empreiteiras correm risco de cair nas mãos da Securities and Exchange Comission dos EUA, e serem enquadradas na Dodd-Frank Act.

A lei Dodd-Frank Act, criada em 2010, pune empresas corruptas com multas e as proíbe de negociar ações em bolsas de valores para sempre.

Outro instrumento da legislação americana que pode resultar em punições para as empreiteiras é o FCPA (Foreign Corrupt Practices Act). Ele atinge empresas com filiais ou operações em Bolsas no País, em caso de denúncia com comprovação documental sobre fraudes como evasão de divisas, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal praticados nos Estados Unidos – “independentemente de suas localizações e países de origem”. É, sob forte suspeita, o caso desse fundo encontrado em off shore.

‘Entre as penalidades previstas pelo FCPA há multas de até USD 2 milhões para cada ato ilícito, prisão até 5 anos, além de multas, para os responsáveis e uma série de outras severas restrições e penalidades a cargo da empresa envolvida’, relatam os sites governamentais americanos.

De acordo com a autora da ação, que revelou o caso à Coluna, agentes do FBI já estão de olho nas off shore, e ela contratou advogado americano. As contas foram abertas nos EUA e depois algumas passaram a ser operadas em paraísos fiscais.

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Mercado de táxi aéreo trava no Brasil, e donos vendem aeronaves nos EUA
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Leandro Mazzini

Parte do pátio no aeroporto de Fort Lauderdale

Parte do pátio no aeroporto de Fort Lauderdale

Não vai bem o setor de aviação executiva no Brasil. Os fretamentos de táxi aéreo caíram drasticamente desde o fim de 2014, reclamam empresários do setor.

Donos de jatos que não conseguem mais bancar a operação tentam vender aeronaves em Miami e Fort Lauderdale, e na bacia das almas. “Quem banca um jato hoje no Brasil tem que faturar R$ 1 bilhão por ano”, conta um executivo do setor. E não são muitos.

Em outra frente, o mercado imobiliário continua aquecido para quem sai do Brasil. Na onda de brasileiros que se mudam para a Flória, imobiliárias estrangeiras entopem de spam e-mails até de simples mortais.

Uma empresa de Portugal oferece “belíssimas casas” com “excelente” oportunidade pelas pechinchas de R$ 4 milhões a R$ 10 milhões, na conversão do euro.

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Setor já negocia como será operação de bingos e cassinos
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Leandro Mazzini

resort

Os resorts de beira de praia no Brasil estão na mira dos investidores estrangeiros: pagamento à vista

As apostas estão às mesas – dos escritórios de advocacias e de investidores brasileiros e estrangeiros.

Os expoentes do setor de jogos no Brasil, que não aparecem aos holofotes, já têm um consenso. Com a iminente legalização dos jogos (esperam para o fim deste ano), a operação dos bingos ficará com os brasileiros – investimentos de até R$ 10 milhões.

Os cassinos, que demandam R$ 1 bilhão iniciais, serão dos americanos e asiáticos – porque não há investidor no Brasil com expertise e dinheiro para tanto. Os donos dos cassinos de Macau já procuram resorts para comprar no Brasil, e pagarão à vista, tão logo tenham a lei aprovada.

Pelo esboçado no projeto de lei até agora, as cidades terão um bingo a cada 150 mil habitantes – haverá uma concentração, obviamente, nas regiões Sudeste e Sul, por questões demográficas. Para os cassinos, a ideia é aprovar um por Estado, com exceção do Sudeste, que poderá ter até três por Estado.

Aliás, corre nas mesas de apostas que o empresário Silvio Santos, dono do SBT, já reformou um hotel de sua propriedade no Guarujá (SP) de forma a receber um cassino. Jogo é com ele há tempos. O ‘patrão’ domina o mercado de títulos de capitalização no País com a TeleSena.

 


Sem dinheiro, Exército vai deixar a Minustah no Haiti
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Leandro Mazzini

haiti

Foto: Portal Defesa

Sucumbiu no cofre da União a ideia política de fazer bonito perante a Organização das Nações Unidas (ONU), na tentativa de ganhar respeito no Conselho de Segurança e conseguir um assento na patota nuclear.

Com os cortes no Orçamento deste ano e as verbas minguadas a cada dia, o Exército do Brasil vai deixar a Minustah no Haiti. Para não fazer feio, ainda envia o último contingente esta semana, para os últimos seis meses de vigilância.

A Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) foi criada e organizada pelo Conselho de Segurança da ONU para manter a ordem e evitar a tomada do poder por guerrilhas no país caribenho, após a deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide. A presença por força política tornou-se essencialmente social após o terremoto de 2010, quando mais de 200 mil pessoas foram vitimadas.

A tropa que parte para a capital Porto Príncipe foi apresentada neste domingo, na Praça dos Três Poderes em Brasília, durante a solenidade da troca da Bandeira Nacional. O Exército aproveitou a ocasião para promover a exposição “sobre os 60 anos de participação do Brasil em Missões de Paz”.

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FBI interpela passageiros brasileiros em Fort Lauderdale
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Leandro Mazzini

Parte do terminal na área de check in em Fort Lauderdale

Parte do terminal na área de check in em Fort Lauderdale

Dois agentes do Federal Bureau of Investigation (FBI) têm barrado brasileiros nos fingers de voos com destino ao Brasil, no Aeroporto de Fort Lauderdale (Flórida).

Para brasileiros que já foram interpelados pela dupla nos embarques, a insinuação é de que a polícia americana suspeita de evasão de divisas, um crime federal, por parte dos passageiros diante da alta cotação da moeda no Brasil.

Os agentes desconfiam de que os turistas estão levando dólares não declarados nas malas, bolsas, e até partes íntimas das roupas.

Os casos têm se repetido para todos os voos que saem do terminal – próximo a Miami, destino da massa de turistas. Uma dupla de oficiais parou um a um dos passageiros de um voo da Azul para Campinas (SP), no sábado dia 30 de janeiro. Eles perguntavam quantos dólares traziam para o Brasil. 


BNDES financia jatinho a ‘juro ultraleve’, mas demanda cai
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Leandro Mazzini

Foto: divulgação

Foto: divulgação

Mesmo na crise econômica que assola o País em vários setores, em especial na indústria, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é procurado por empresários para financiamento de jatinho executivo, um luxo bancado a juro camarada.

Mas a turma caiu na real e a demanda, idem. Segundo o BNDES, foram desembolsados R$ 29,3 milhões para apenas três compras em 2015.

Em 2014, os empresários eram mais animados: 24 deles pegaram no bancão R$ 336 milhões para adquirir aviões e helicópteros.

A taxa da linha é composta por misto de TJLP e moeda de mercado: o BNDES financia até 85% – deste índice, 70% em TJLP e 30% em moeda de mercado, a 1,5% ao ano.

Embora o BNDES informe que o “objetivo é o fortalecimento da indústria”, a grande maioria das aeronaves é tradicionalmente usada para passeio familiar e uso pessoal, não para as empresas.

O BNDES empresta o dinheiro pelo Financiamento de Máquinas e Equipamentos (Finame), mas apenas para aeronaves produzidas no País.

Ainda de acordo com a assessoria do banco, “incide também a  taxa de remuneração do agente financeiro , cujo valor é negociado entre a instituição financeira e o cliente.

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Tabaré ensaia aproximação com UE: Mercosul está fatigado
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Leandro Mazzini

Tabaré - No comando do Mercosul, sem ideologias bolivarianas para o comércio. Foto: diariomovil.com.br

Tabaré – No comando do Mercosul, sem ideologias bolivarianas para o comércio. Foto: diariomovil.com.br

Presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez assumiu a presidência do Mercosul apontando “fadiga” da entidade.

Já apoiado pelos países membros, vai trabalhar pela aproximação com a Europa para tentar se aproximar da Aliança do Pacífico, da qual os países signatários do Mercosul ficaram de fora.

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Vergonha: RSF denuncia ‘novembro negro’ com 3 jornalistas assassinados
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Leandro Mazzini

A ONG Repórteres Sem Fronteira soltou comunicado mundial sobre o “Novembro Negro” no Brasil. Foram executados, em apenas 11 dias, dois blogueiros e um radialista no País, nos estados do Maranhão e Pernambuco, sob forte suspeita de serem alvos por suas atividades profissionais.

Em nota divulgada para veículos de todo o mundo, a RSF “exorta a justiça do país a lutar contra a impunidade dos crimes cometidos contra a profissão e a reforçar a proteção dos jornalistas brasileiros”.

A ONG ressalta que o modo de execução foi parecido nos três casos, com participação de motoqueiros encapuzados, sem roubo de pertences.

As vítimas são:

“Israel Gonçalves Silva (37 anos) foi executado dia 10 de novembro em Lagoa de Itaenga (Pernambuco). Era apresentador da Rádio Comunitária Itaenga FM e havia recebido várias ameaças de morte.

Três dias depois, foi a vez do blogueiro independente Ítalo Eduardo Diniz Barros (30 anos), encontrado morto em Governador Nunes Freire (MA). Nesse mesmo Estado, que não faz parte da lista dos mais violentos, Orislandio Timóteo de Araújo (37 anos), também conhecido como Roberto Lano, foi abatido a 21 de novembro na localidade de Buriticupu. Orislandio era blogueiro em e radialista”.

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‘Terrorismo eleitoral’ bolivariano na Bolívia, Venezuela e Brasil
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Leandro Mazzini

 

linera

Os mandatários da Bolívia e Venezuela fazem “terrorismo eleitoral” nas TVs, rádios e palanques.

O presidente da Venezuela, que viu sua base perder o controle do Parlamento no último domingo, repete “Preparem-se para um massacre se o bolivarianismo for derrotado”. Fala, evidentemente, de sua eventual derrota nas urnas no próximo pleito majoritário.

O vice-presidente da Bolívia, Alvaro Linera, roda seu país conclamando o povo a manter Evo Morales vitalício na presidência da República. (Evo mudou a Constituição com apoio do Congresso, conseguiu o terceiro mandato consecutivo e agora articula uma lei que o permita se reeleger ininterruptamente)

Linera, como mostra o vídeo de um comício, discursa para um povoado que se Evo deixar o cargo os “vendepátrias” e “assassinos” retornarão. E o “sol vai se esconder”.

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AQUI, COMO LÁ

Por aqui, o simpatizante Luiz Inácio, ex-presidente, já soltou que pode conclamar o Exército de Stédile, o dirigente-mor do MST, às ruas.

Lula sabe o que diz. O PT é apontado como o financiador dos sem-terra na invasão da fazenda Santa Mônica, do senador Eunício Oliveira (PMDB), em 2014, para desestabilizar sua campanha ao Governo do Ceará. Até um adversário, candidato a deputado pelo PT, apareceu nas terras em Goiás para fazer discurso.


Empresários debatem regulamentação do lobby
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Leandro Mazzini

Enquanto lobistas são presos pela Polícia Federal e condenados pela Justiça, um pertinente debate ocorre na Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro, na próxima sexta (11): “Desafio em relações governamentais – Entraves e perspectivas para a regulamentação do lobby no Brasil”.

Nos Estados Unidos, o lobby é regulamentado. E bem fiscalizado, para evitar escândalos de corrupção.

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