Coluna Esplanada

Arquivo : crise

Três mil venezuelanos famintos invadem o Brasil e aquecem comércio em RR
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Leandro Mazzini

Os governos do Brasil, da Venezuela e a Organização das Nações Unidas fecham os olhos para uma crise humanitária no Norte do País.

Nos últimos meses, mais de 3 mil venezuelanos famintos atravessaram a pé a fronteira com o Brasil e entraram em Roraima, na região de Pacaraima – onde já existe uma pequena favela, contam duas fontes do Estado que acompanham a situação.

Os que não ficam na cidade, rumam em direção à capital Boa Vista. Fogem de uma Venezuela em crise econômica, atrás de comida e trabalho. São jovens, adultos e até famílias com crianças, cenas que lembram os refugiados sírios.

Os grupos chegam em número maior a cada dia e utilizam a BR-174, que corta o Estado até o Norte, na fronteira. Eles usam a cidade venezuelana Santa Helena de base.

Algumas pessoas chegam a caminhar 50 quilômetros por dia, com a trouxa nas costas ou empurrando malas – tudo o que sobrou do lar abandonado na Venezuela.

MERCADO AQUECE

A crise econômico-social na Venezuela e a migração da população vizinha à fronteira para Roraima aqueceu o comércio em Boa Vista e em Pacaraima. Os números da Federação das Indústrias do Estado confirmam – além do evidente sotaque dos consumidores.

No mês de agosto, as exportações em Roraima registraram aumento de 7% em relação a julho, totalizando US$ 810 mil. A balança comercial apresentou superávit de US$ 101.354, divulgou o jornal Folha BV.

CAÇAS 

Essa migração forçada explica as informações extraoficiais de fontes militares sobre a invasão do espaço aéreo brasileiro por dois caças Sukhoi SU da força aérea venezuelana. O governo do país vizinho está monitorando a rota de fuga.

Sem aviso prévio, a Força Aérea Brasileira enviou para a base aérea da região sete caças AMX, de apoio operacional, e dois Hércules C-130, cuja missão ainda é um mistério, porque não foi anunciada pela Aeronáutica.

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Planalto blinda Moraes para evitar primeira crise no Congresso
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Leandro Mazzini

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, continua na mira – da oposição no Congresso e do próprio Palácio do Planalto. A despeito do perdão forçado do presidente Michel Temer sobre a polêmica da suspeita de antecipação da operação Lava Jato que levou à cadeia o ex-ministro petista Antônio Palocci.

Após repreender Moraes, Temer passou a tutela do ministro ao chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que comandou a demissão do ex-AGU Fábio Medina Osório.

O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Lima, está incumbido agora de blindar Moraes no Congresso Nacional contra convocações para se explicar em comissões da Câmara e Senado, visando evitar a primeira crise da gestão.

As bancadas do PT, PCdoB e PSOL preparam uma série de pedidos de convocação do ministro da Justiça nas duas Casas, para após as eleições. A base terá de ficar em alerta.

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Primeira crise interna da gestão Temer: PSDB enciumado com Jucá
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Leandro Mazzini

Foto: Ag. Senado

Foto: Ag. Senado

A bancada do PSDB no Senado está incomodada, em especial o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), com a informação de que o presidente Michel Temer pretende mudar a liderança do Governo no Senado.

Impossibilitado de ocupar a chefia de ministério, após as gravações reveladas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) está mais que cotado para assumir o posto – já ocupado por ele nos governos Lula e Dilma.

Os tucanos também não engoliram o acordão do PT com PMDB, que ficou evidente, para livrar Dilma Rousseff da inelegibilidade – o que pode abrir precedente para salvar Eduardo Cunha no processo da Câmara: ou seja, ele pode até ser cassado, mas salvo da inelegibilidade e, se não ficar na mira da Justiça, voltar a se candidatar em 2018.

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Em passagem pelo Senado, Simon fala em renascimento do Congresso
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Leandro Mazzini

simon

Um dos personagens principais do Congresso Nacional à época do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, o ex-senador Pedro Simon (PMDB), esteve no Senado há dias e cravou à Coluna: “O País vive hoje o fim de um ciclo de impunidade e de coisas erradas que foram multiplicadas”, em referência ao PT e à presidente afastada Dilma Rousseff.

Para o ex-senador Pedro Simon, a situação de Dilma e do Brasil hoje é pior que a de Collor e a crise de 1992.

“Bem mais grave. A esperança é de que um novo Congresso, independente, renasça depois desse ciclo”.

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Colaborou Walmor Parente


Deputado se reúne com Temer e pede intervenção federal no Rio
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Leandro Mazzini

indio

Ex-candidato a vice-presidente da República na chapa de José Serra pelo DEM, e pré-candidato a prefeito pelo PSD no Rio de Janeiro, o deputado federal Indio da Costa entregou ao presidente da República, Michel Temer, uma carta na qual solicita a intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro, diante da grave situação financeira e de gestão pública.

O pedido de intervenção é para o tripé dos preceitos constitucionais: Educação, Segurança e Saúde.

O presidente Temer ouviu os argumentos mas não se comprometeu, mas deu um visto no ofício como recebido, como é a praxe para o protocolo.

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O ofício abaixo:

carta

carta2


PT prevê perda de 20% das prefeituras na eleição
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Leandro Mazzini

pt

A direção nacional do PT encomendou pesquisa para aferir os impactos do impeachment de Dilma Rousseff nas urnas em outubro.

A (melhor) previsão é de perda de mais de 20% das 635 prefeituras.

Em 2012, o PT e PSB foram os partidos que mais conquistaram prefeituras. A tendência é de “irreversível definhamento”,  afirma um dirigente petista.

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Crise política-econômica deixa ministro Armando num dilema
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Leandro Mazzini

armando

Vive uma situação muito desconfortável o ministro do Desenvolvimento Econômico, Armando Monteiro.

Fiel à presidente Dilma, sofre pressão do seu partido, o PTB, cujo presidente Roberto Jefferson já anunciou ser a favor do impeachment. De outro lado, ouve lamúrias e provocações dos grandes industriais contra a presidente.

Ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria, Armando diz a próximos que pretende ficar no cargo até o último minuto, caso Dilma caia, e sair de braços dados com a chefe.

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Capitaneado por ex-ministro, PCdoB mantém fidelidade a Dilma
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Leandro Mazzini

orlando

Expoente dos anos em que o grande escândalo no Governo era a compra de uma tapioca de R$ 8 no cartão corporativo, o ex-ministro do Esporte e agora deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) distribui no Congresso adesivos com a frase ‘Não vai ter golpe’.

Orlando foi forçado a sair do Ministério após acusação de um policial militar do DF, sem provas, de que recebera dinheiro para o partido.

Detalhe: foi a presidente Dilma quem demitiu Orlando, que, na cerimônia de despedida, olhou nos olhos dela e repetiu em público: “Presidente, eu sou inocente”.

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No Palácio, povo canta hino, insulta Lula e cobra renúncia de Dilma
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Leandro Mazzini

Foto: Walmor Parente - Imagem de celular

Foto: Walmor Parente – Imagem de celular

Os ânimos se acirraram no Congresso Nacional e na Praça dos Três Poderes nas últimas duas horas depois que o juiz federal Sérgio Moro liberou as gravações do grampo da Polícia Federal no telefone do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mais de 3 mil pessoas tomaram a Praça nesta noite.

Numa conversa com a presidente Dilma, fica claro que eles atuam para que Lula tenha um documento de nomeação como ministro para barrar qualquer tentativa de prisão do petista. Para a PF e o juiz Moro, Dilma atuou diretamente para impedir as investigações e a eventual detenção do aliado.

povo2

Parlamentares da oposição engrossam o coro em frente ao Palácio. Com palavras de ordens e cartazes, eles cobram a renúncia da presidente Dilma. Os mais exaltados insultam Lula, já nomeado como novo chefe da Casa Civil, com a frase “Lula Cachaceiro, do Povo Brasileiro”.

A presidente Dilma convocou rapidamente a Polícia do Exército e a tropa cercou todo o Palácio para evitar invasão.

Entre os opositores está o deputado federal e militar Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pré-candidato a presidente da República.

Os manifestantes ganham apoio de alguns motoristas que buzinam ao passarem devagar por uma faixa liberada da pista. Deputados da oposição distribuíram 50 livros da Constituição e os manifestantes empunham a obra.

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Colaborou Walmor Parente.