Coluna Esplanada

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Lista de cargos e apadrinhados deixa aliados em alerta com Planalto
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

A equipe da presidente Dilma no Planalto capitaneada pelo ministro de Governo, Ricardo Berzoini, quer estrear fevereiro no Congresso sabendo quem é quem na ‘base governista’, se pode contar com os aliados, e vai cobrar a fatura para votações importantes. E, claro, para barrar o processo de impeachment.

Segue em ritmo intenso o pente-fino, a mando de ministros palacianos, para identificar apadrinhados políticos que, discreta ou escancaradamente, apoiam o impeachment da presidente Dilma nas ruas e nas redes sociais.

Listas circulam pela Esplanada dos Ministérios em meio à varredura já batizada de “macartismo petista”.

Outra lista, esta bem atualizada, aponta os cargos de primeiro a terceiro escalões nas estatais, em Brasília e nas capitais, cedidos para os aliados. Dilma tem uma.

Nessa estratégia palaciana não está descartada a tática do medo, tradicional no toma-lá-dá-cá da relação Palácio-Congresso há décadas: pressionar deputados e senadores para votarem com o Planalto, com risco de perderem cargos importantes.

A lista dos apadrinhados surgiu após a constatação, em novembro, de que o Planalto não alcançou os 300 deputados-fiéis como especulava diante das benesses cedidas.

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Resultado da votação indica que Mamãe Noel vai passar no plenário
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Leandro Mazzini

berzoOs ministros palacianos – Edinho Silva (Secom), Jaques Wagner (Casa Civil) e Berzoini (Governo) – acompanharam estupefatos pelos aparelhos de TV no Palácio do Planalto o placar acachapante a favor da chapa de oposição que instalou a comissão especial de análise do pedido de impeachment da presidente Dilma.

Descobriram que não têm os 300 deputados “fiéis”. Mais de 40 parlamentares ainda se ausentaram da sessão.

A ordem no Planalto agora é abrir o cofre das emendas e liberar mais cargos represados em estatais nos Estados para os deputados “indecisos” – isso ocorreu nos últimos dois meses, sem sucesso, pelo que se vê.

Mas Dilma respira. Pelo regimento, a oposição precisa de 342 votos contra ela em plenário para o processo avançar para o Senado. Na contagem de ontem, há esperança para o Palácio.

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Gafe do PDT no jantar com presidente Dilma
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Leandro Mazzini

Alvorada, residência oficial: Dali Dilma assistiu à sessão do Congresso.

Alvorada, residência oficial: Dali Dilma assistiu à sessão do Congresso.

A bancada do PDT cometeu gafe memorável na noite de quarta-feira.

A sessão do Congresso Nacional fervia, prevista para se prolongar até a madrugada, e os vinte deputados e seis senadores do partido se enfeitaram e fizeram fila de carros rumo ao Palácio da Alvorada para jantar com a presidente Dilma Rousseff, a convite dela, compromisso marcado dias antes.

Como faltou bom senso aos parlamentares da importância de seus votos para ajudar o governo no ajuste fiscal, coube à anfitriã do Palácio telefonar para o presidente do PDT, Carlos Lupi, e cancelar o encontro em cima da hora. Já havia carro com mandatário à sua porta. Todos voltaram a plenário.

O PDT acaba de ganhar o Ministério das Comunicações e o comando do Correios. A Secretaria de Governo precisava dos 26 votos para manter os vetos à pauta bomba.

Dilma assistiu do Alvorada pela TV a toda a sessão do Congresso, do início da noite até o fim. Desde cedo não cogitava mais o jantar. O presidente Lupi tentou amenizar a situação. “Ela pediu para marcar para ontem, mas havia risco de nova pauta na Câmara, então vamos remarcar para outra semana”.


Dilma conquista os ‘300 deputados fiéis’ para afastar risco de impeachment
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Leandro Mazzini

Wagner - ele tem papel fundamental na pacificação da Câmara, com o poder da caneta. Foto: ABr

Wagner – ele tem papel fundamental na pacificação da Câmara, com o poder da caneta. Foto: ABr

Numa ofensiva estratégica nas últimas semanas, com prazo para vencer amanhã, o exército petista comandado por Lula, Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Jaques Wagner (Chefe da Casa Civil) comemora a adesão de 300 ‘deputados fiéis’ ao Planalto, dos 513 que desfilam na Casa.

O contingente foi a meta imposta pelo próprio trio não apenas para enterrar no plenário da Câmara um eventual processo de impeachment da presidente Dilma. É crucial para fazer o segundo mandato dela avançar a partir de agora, com uma governabilidade garantida, analisa um palaciano.

Depois da reforma ministerial, as armas usadas para conquistar os votos de deputados neutros e até adversários foram liberação de emendas e cargos federais nos Estados, reivindicados pelos parlamentares.

Wagner e Berzoini já possuem a lista dos deputados angariados para a base – em especial do PMDB, PP, PTB, e até dos neutros PSB e PDT – que ganhou o Ministério das Comunicações. Com o grupo, Dilma quer garantir a aprovação do pacote do ajuste fiscal – e a manutenção dos vetos presidenciais à pauta bomba, com votação em sessão do Congresso agendada para novembro.

Um aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), diz que ele emitirá os sinais se a sua conta bater com a do Planalto. Se Cunha engavetar o novo pedido de impeachment do PSDB, é porque já sabe que não terá os votos para derrubá-la.

Ao contrário do que pregam, veementemente, Cunha e o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, têm conversado, sim, diretamente, naquela que pode ser a última tentativa de paz entre Dilma e o deputado.


Delação de baiano: seis senadores e dez deputados do PT e PMDB
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Leandro Mazzini

baiano

Foto: UOL

Vem aí uma nova lista do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, de políticos denunciados no escandaloso esquema do ‘Petrolão’ – os desvios de recursos em contratos da Petrobras envolvendo empreiteiros, lobistas e políticos.

Quem acompanhou a nova delação do lobista Fernando Baiano no processo da Lava Jato diz que ele delatou pelo menos seis senadores e dez deputados federais, do PT e PMDB.

O partido nega, mas investigadores já apontam Baiano como o operador do PMDB no esquema.

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Trio de ministros de Dilma promete cargos e verbas por Ajuste
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Leandro Mazzini

Berzoini - a caminho da Articulação no Planalto, ele já mostra trabalho. Foto: Folha/UOL

Berzoini – a caminho da Articulação no Planalto, ele já mostra trabalho. Foto: Folha/UOL

Nem foram oficializados nas novas funções de núcleo duro do Palácio Planalto e os ministros das Comunicações, Ricardo Berzoini, e da Defesa, Jaques Wagner, já mostraram trabalho à presidente Dilma.

Eles se uniram ao chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, numa ofensiva a deputados. Desde cedo ontem, os três ministros dispararam telefonemas para parlamentares da base aliada e até dos neutros do PSB pedindo apoio para manter os vetos presidenciais em prol de ajuste fiscal, se houvesse sessão.

Dois deputados de partidos diferentes confirmaram a informação à Coluna.

Em contrapartida ao apoio nos votos e fidelidade dos deputados, os três ministros estão oferecendo “tratamento especial”, cargos nas futuras pastas após a reforma administrativa e liberação de emendas.

Os telefonemas e a pressão continuam até a próxima terça-feira, para quando foi transferida pelo presidente do Congresso, Renan Calheiros, a sessão de análise dos vetos, em especial o do reajuste salarial do Judiciário, o que poderá em bilhões as contas da União.

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‘Possante’ de Erundina destoa no desfile de importados dos deputados
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Leandro Mazzini

erundina

A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) tem calado a chapelaria (entrada principal) da Câmara nas noites após o encerramento do expediente.

Enquanto colegas animados – muitos deles novos parlamentares – deixam o local em carros zero km com motoristas – a maioria deles Fusion, Volvo, Mercedes, Range Rover e BMW – Erundina entra calma e silenciosa, senta ao volante de um Fiat Elba ano 90 e parte.

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Crise no PMDB: deputados cobram ministérios e tempo na TV
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Leandro Mazzini

O PMDB entra numa “DR” de hoje a segunda-feira.

No conhecido bordão de um casamento em crise, o “Discutir a Relação” está em pauta, não com o PT, mas entre os próprios pares.

A bancada na Câmara comemorava dois ministérios e o vice-presidente, Michel Temer, barrou – com a fusão de Portos e Aviação, ele perde as duas pastas de sua cota, para o de Infraestrutura, que ficaria com Celso Pansera (RJ), apadrinhado por Eduardo Cunha.

Para piorar o cenário, 20 deputados que se sentem alijados das inserções do programa de TV do partido, em exibição, vão questionar oficialmente a Executiva e querem espaço.

Após a expectativa de ganhar dois ministérios nesta semana, a bancada agora pressiona o líder Leonardo Picciani a arrancar da presidente Dilma garantias de que não serão frustrados e humilhados – mesmo que a solução passe principalmente pelo vice Michel Temer.

Antes de viajar para Nova York, a presidente Dilma garantiu ao líder que a bancada terá dois ministérios como prometido, de uma forma ou outra.

Não confiante em Dilma, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que se diz alheio à situação mas negocia tudo veladamente, soltou o primeiro recado. Abriu os trabalhos ontem com leitura do ritual de impeachment em resposta a questão de ordem do DEM.

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Frente cristã no Congresso critica Comitê de Gênero do MEC
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Leandro Mazzini

A forte bancada cristã no Congresso – incluem-se evangélicos e católicos, somam mais de 300 deputados e senadores – está irada com o Ministério da Educação, devido à criação do Comitê de Gênero, apenas um conselho consultivo para as ações da pasta visando a diversidade.

Há precedentes trágicos administrativamente: quando o então ministro Fernando Haddad lançou o apelidado “kit gay”, um material didático para ensino básico, com instruções de respeito à diversidade de gênero, a pressão foi tanta que a presidente Dilma o mandou recuar.

A frente indicava uma doutrinação precoce e direcionamento de gênero, e não respeito à diversidade.


PMDB indica três deputados para a Saúde – um deles ex-ministro
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Leandro Mazzini

O líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), vai entregar para a presidente Dilma Rousseff amanhã, a pedido dela, uma lista com nomes para o Ministério da Saúde.

Mais cedo, ele confirmou que a presidente está disposta a tirar do PT e ceder ao PMDB da Câmara o comando do ministério.

Os nomes fechados em reunião da bancada são os dos deputados Manoel Junior (PB), Marcelo Castro (PI) e Saraiva Felipe (MG) – este o ex-ministro. Os três são médicos.

O líder reforçou que não procede a informação de que Saraiva Felipe foi recusado anteriormente na conversa que teve com a presidente Dilma.