Coluna Esplanada

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Temer cede à pressão de neoaliados e articula redução de pastas
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Leandro Mazzini

Freire, do PPS - ele abdicou do cargo de ministro da Cultura ao sugerir para Temer fundir a pasta com Educação

Freire, do PPS – ele abdicou do cargo de ministro da Cultura ao sugerir para Temer fundir a pasta com Educação

Futuro presidente da República, Michel Temer pretende reduzir o número de ministérios para 22, contra os atuais 31, nos próximos dois meses.

Boa parte das pastas será incorporada. A decisão foi sob pressão do PSDB, PPS e DEM, que cobraram um perfil diferente do PT.

Presidente do PPS, Roberto Freire diz que foi convidado para a Cultura, mas sugeriu a Temer a fusão com Educação, e abriu mão do cargo. O DEM – que ficará com Educação & Cultura – também cobrou posição firme.

“O modelo Temer tem que ser a antítese do PT. Não dá para ser mais do mesmo”, diz o deputado Efraim Filho (DEM-PB).

No desenho prévio, Agricultura passa a controlar Desenvolvimento Agrário; Esporte se une a Turismo; Transportes abocanha Portos e Aeroportos, entre outras fusões.

A decisão de Temer veio após um duelo entre ‘base’ do vice e neoliados da oposição. Geddel Lima e Eliseu Padilha, do staff de Temer, queriam mais ministérios para a turma do Congresso, a fim de ampliar a base da futura gestão.

Ontem à noite, o PSB decidiu não compor a futura gestão, apresentando um rosário de críticas e negando ser fisiologista.


Faixa de boas-vindas a Cristovam no PPS provoca diretório do PDT
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Leandro Mazzini

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Duas faixas com frases de boas-vindas ao senador Cristovam Buarque no PPS chamam atenção perto do Congresso Nacional.

Uma delas, no estacionamento da Câmara, e outra, provocativa, em frente ao diretório nacional do PDT, seu ex-partido.

O senador negociou sua entrada no PPS após convite do presidente do partido, deputado federal Roberto Freire (SP), no ano passado, como antecipou a Coluna. 

Cristóvam confirmou a filiação na semana passada. Antes do Carnaval, ele e Freire se reuniram duas vezes. Freire propõe a candidatura de Cristovam a presidente da República, mas o senador ainda não tem certeza se sairá candidato.

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Opositor dá uma ‘direta’ e leva resposta de ministro
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Leandro Mazzini

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Um opositor do Governo deu uma direta numa crítica à presidente Dilma e levou uma e de esquerda, de pronto, num embate verbal na última terça, no Congresso.

Para o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), o discurso da presidente Dilma no Congresso não passou de “mais um estelionato”. “Ela deveria ter pedido desculpas à nação, como fez o antecessor dela à época do mensalão”.

Bueno não contava com o ouvido atento do ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, que respondeu de pronto, ao seu lado: “A presidente foi consistente e respeitosa ao Congresso. O País precisa de ambiente qualificado e respeitoso entre os poderes. Essa foi a mensagem”.

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Partidos já negociam candidatos para 2018
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Leandro Mazzini

As eleições municipais estão à porta do brasileiro, mas os grandes partidos não param de negociar, desde já, os seus nomes para o pleito presidencial de 2018.

Controlador do PSDB e da grande maioria dos delegados partidários, o senador Aécio Neves mantêm-se como o nome tucano no atual cenário. Daí surgirem especulações de que, ciente disso, o governador paulista Geraldo Alckmin não descarta se lançar pelo PSB – puxado pelo seu vice-governador Márcio França (PSB).

O senador Cristóvam Buarque pode trocar o PDT pelo PPS para voltar ao combate. Lula é nome certo no PT, e o militar e deputado Jair Bolsonaro, hoje no PP, já tratou sua entrada no PSC, onde o Pastor Everaldo cederá o lugar para a disputa.

Com a Rede Sustentabilidade oficializada, Marina Silva engrossa a lista e recomeçará sua maratona pelo relançamento das Casas de Marina. O partido tenta este ano se fortalecer com eleição de prefeitos e vereadores, crucial para 2018.

Ministro das Cidades e aliado do PT atualmente, Gilberto Kassab pode ceder o PSD para o senador José Serra (PSDB), que o lançou na política. Seria um ato de gratidão de Kassab – que em outra ponta também conversa, e muito, com o governador Marconi Perillo (PSDB), de Goiás. Ele está no quarto mandato no Palácio das Esmeraldas e sonha se alçar ao cenário nacional.

Dois motivos colaboram para antecipação das articulações: A instabilidade política da presidente Dilma e a tradicional precipitação do debate, mesmo que velado, pelos protagonistas dos partidos, temendo perderem o timing.

O PSDB é o partido com mais nomes de projeção nacional, como supracitado. Além de Aécio, Marconi, Serra e Alckmin sonham com projeção presidencial, mas com perfis pragmáticos, há quem aposte que dificilmente possam deixar o partido – com exceção de Alckmin, cuja conjuntura aponta para uma forte candidatura caso entre no PSB.

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Aliados da oposição abandonam Eduardo Cunha
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Leandro Mazzini

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Pularam da barca os principais aliados que até agora eram o motor da nau do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Há digitais de um poderoso ex-aliado nisso. O líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), e o da Minoria, Bruno Araújo (PSDB-PE), reuniram-se sigilosamente com o senador e presidente do partido, Aécio Neves ontem pela manhã.

O primeiro sinal surgiu na reunião da tarde, quando Cunha pauta a semana. Nenhum líder da oposição apareceu – são do PPS, DEM, PSDB, SDD. Depois Cunha abriu os trabalhos enfraquecido, com plenário quase vazio.

No fim do dia, o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), em coletiva disse que é melhor Cunha se afastar. O único personagem reticente na debandada é o deputado Paulinho da Força, criador do Solidariedade e fiel aliado do presidente da Câmara.

O PSDB deve protocolar hoje o novo pedido de impeachment da presidente Dilma. Mas sem esperança. Com cargos e os ministérios, os ministros palacianos conquistaram os votos do PMDB, PP e outros partidos neutros.

Enquanto perde o apoio de toda a oposição para sua sobrevida, Cunha ganhou ontem o afago religioso, pelo menos. Parlamentares das bancadas cristãs do Paraguai, Uruguai e Argentina o visitaram. Estão orando por ele. Muito.

 


Freire convida Cristovam a entrar no PPS para disputar o Planalto
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Leandro Mazzini

Cristovam - Ele retoma o sonho de disputar o Planalto. Foto: Ag. Senado

Cristovam – Ele retoma o sonho de disputar o Planalto. Foto: Ag. Senado

O presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP), visitou ontem à tarde o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) e deixou o convite informal para sua filiação no partido, com indicação de lançá-lo à Presidência em 2018.

A entrada de Ciro Gomes no PDT, já anunciado como pré-candidato, pode ser um fator que colabore para uma eventual filiação de Cristovam. O ex-ministro da Educação do Governo Lula, que já disputou a Presidência, nunca escondeu para aliados o seu sonho.

“A conversa sempre houve. Já tinha feito (o convite) em 2010. Agora é o momento de retomar”, diz Freire.

A ideia é aproveitar a ‘janela’ sancionada na reforma política para promover a troca de partido, sem que Cristovam corra risco de ter o mandato exigido pelo PDT.

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Cinco partidos discutem lançamento da ‘Frente da Esquerda Democrática’
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Leandro Mazzini

Marina é o nome mais citado. Foto extraída do rota2014.com.br

Marina é o nome mais citado. Foto extraída do rota2014.com.br

Os dirigentes do PDT, REDE (a se lançar), PV, PSB e PPS estão conversando para uma alternativa em 2018: lançar uma Frente da Esquerda Democrática como terceira via para a disputa presidencial.

Marina Silva, ex-PV, atualmente no PSB mas a caminho de fundar a REDE é o nome mais comentado como presidenciável.

Por ora, uma ideia interessante para todos, um bloco para fazer frente à hegemonia da polarização PT x PSDB. Mas há quem aposte, no próprio grupo, que pode cada partido sair por si daqui a dois anos e lançar candidato.

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Senadora Lúcia Vânia vai controlar dois partidos em Goiás
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Leandro Mazzini

Lúcia faz jogada de mestre em Goiás. Foto: psdb.org

Lúcia faz jogada de mestre em Goiás. Foto: psdb.org

A estratégia de trocar o PSDB pelo PSB fará da senadora Lúcia Vânia a toda-poderosa do Centro-Oeste.

Em acordo com Vanderlan Cardoso, o atual presidente do PSB local, ela vai assumir o diretório socialista tão logo oficialize a filiação.

Ainda manterá a boa relação com o governo Marconi Perillo (PSDB) – no qual sua filha, a economista Ana Carla, é secretária de Fazenda. E a senadora ainda terá influência sobre o PPS estadual, onde emplacou anos atrás o sobrinho Marcos Abrão como dirigente.

Apadrinhada pela mãe, e por grandes economistas do eixo Rio-São Paulo, Ana Carla caiu nas graças de Marconi e faz seu ‘choque de gestão’. Difícil será brigar com a senadora pela troca de partido e o poder que ela vai acumular.


Alckmin surpreende PSDB com estratégia para 2018
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Leandro Mazzini

Governador de SP agrega partidos que antes caminhavam com Aécio. Foto: ABr

Governador de SP agrega partidos que antes caminhavam com Aécio. Foto: ABr

Os aliados de Aécio Neves, presidente do PSDB, estão surpresos com a desenvoltura de articulação do governador Geraldo Alckmin, e indicam que o paulista quer forçar o PSDB a escolher entre ele e o senador mineiro na candidatura presidencial de 2018.

Numa engenharia administrativa envolvendo o Palácio dos Bandeirantes, Alckmin articulou no início do ano a composição do seu secretariado no Governo de forma que ‘promoveu’ à Câmara dos Deputados os suplentes José Penna (PV) e Roberto Freire (PPS), ambos presidentes nacionais de seus partidos.

O governador paulista ainda conta com o PSB de São Paulo na aliança e na gestão, com o vice Márcio França. E hoje tem o apoio incondicional do senador e ex-governador José Serra – outro tucano que, agora em destaque menor, também está no páreo.

Para o PSDB, a estratégia de Alckmin passa a ficar mais clara. O paulista está somando tempo de TV para apresentar à mesa da executiva em 2018. Já conta com PPS e PV.

Enquanto isso, mineiramente Aécio mantém o controle do partido: é o presidente, detém apoio da grande maioria dos delegados e tem o Senado como vitrine. Mas o quadro pode mudar internamente no PSDB com a convenção deste ano, na qual Alckmin tentará emplacar quadros seus na Executiva.

A despeito do cenário de rivalidade, aecistas e alckmistas o consideram natural, avisam que não há racha no partido e que as movimentações de ambos os presidenciáveis são positivas para marcar território eleitoral e mostrar que o PSDB, embora muito cedo, já vislumbra resultados nas eleições presidenciais.