Coluna Esplanada

Arquivo : São Paulo

Caso Feliciano: Laudo de Lélis indica perfil controverso, mas não mitomania
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Leandro Mazzini

> Laudo psicológico feito pelo IML aponta perfil depressivo, controverso e avesso a convivência social

> Neste documento, não há citações a ‘mentira compulsiva’ ou ‘mitomania’, como divulgado pela polícia e jornais

> Documento entregue pelas autoridades em Brasília é diferente do que tem a Polícia de SP, que ainda não disponibiliza a íntegra

> Relatório foi elaborado por duas psicólogas a pedido do IML de Brasília sobre outra denúncia de Patrícia anos atrás

Atualizada terça, 24/8, 11h19 – O laudo psicológico da jornalista Patrícia Lélis, feito por duas psicólogas do Instituto Médico Legal de Brasília ano passado, aponta “potencial intelectivo mediano” à classe a que pertence, mas também “indícios de imaturidade, isolamento emocional, dificuldades nos contatos sociais, vivências nocivas/traumáticas e sensibilidade depressiva”.

Em nenhum trecho deste documento há relato sobre mitomania da garota, como divulgado pela polícia e por jornais. O documento de três páginas foi assinado em 2 de dezembro de 2015 e entregue às autoridades policiais. A página 2 não foi disponibilizada pela advogada à Coluna porque, segundo relata, há informações ‘muito pessoais’ de Patrícia, no relato sobre o possível estupro sofrido anos atrás em outro caso.

O documento, ao qual a Coluna teve acesso nesta terça (23), entregue pela advogada Rebeca Aguiar, foi elaborado pelas profissionais a pedido de uma delegacia de Brasília, onde foi arquivada outra denúncia de tentativa de estupro denunciado pela garota.

Ainda de acordo com o documento, não foram encontradas “alterações psicopatológicas” e afasta-se o “déficit cognitivo”. Em suma, o laudo aponta que a garota não é louca.

Este laudo é diferente do que foi anexado pelo delegado do 3º DP de SP, Luís Hellmeister, nos autos do inquérito em que Patrícia é acusada de extorsão e falsa comunicação de crime contra o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer. A Coluna solicitou ao delegado o envio do documento que dispõe, mas ainda não conseguiu. Em contato, o delegado Hellmeister justificou que os laudos não são tão importantes para ele, apenas justificam o que já tem como provar: que Patrícia mente compulsivamente e que há provas para indiciá-la.

Leia abaixo o laudo disponibilizado por autoridades do DF:

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Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Leia aqui os prints das conversas sobre negociação de R$ 300 mil

Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

Veja aqui o cronograma da denúncia


Temer reúne cúpula para planejar governo oficial e ajuste fiscal
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Leandro Mazzini

Na reunião de emergência que teve em São Paulo ontem com a cúpula do Governo – ministros palacianos – e do Congresso Nacional – presidentes das Casas – o presidente Michel Temer delineou as primeiras ações após a sua oficialização no cargo, a partir do dia 3 de setembro.

O tema central foi a economia e gestão: acelerar as discussões sobre o inevitável ajuste fiscal – e o possível aumento de impostos – sobre a Lei Orçamentária de 2017, que será enviada ainda este mês ao Congresso, e traçar uma agenda internacional forte para combater a tese do PT de que houve golpe.

Foi Henrique Meirelles, titular da Fazenda, quem comandou a reunião no escritório da Presidência em SP. Mostra de que o homem está crescendo politicamente no Governo.

Temer pegou muita gente de surpresa ao telefonar pessoalmente ontem pela manhã para a tropa de choque. Entre eles o líder do Governo na Câmara, André Moura (PSC-SE).


Caso Feliciano: PSC defende investigação em todas as instâncias
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Leandro Mazzini

> Caso de São Paulo e de Brasília são diferentes. Em SP, na extorsão, Patrícia tornou-se claramente a vilã; em Brasília, continua o mistério e todos são suspeitos 

> Partido e Feliciano comemoram indiciamento de Patrícia, mas evitam pedir à PF que investigue a denúncia de Brasília

> Assessoria do PSC confirma, extraoficialmente, que defende investigação de todas as autoridades e instâncias

> Se PF entrar no caso, tem tecnologia para rastrear sinais de celulares, periciar mensagens dos smartphones, e descobrir quem mente

 

O PSC e o deputado federal Marco Feliciano (SP) comemoram o indiciamento da jornalista Patrícia Lélis na Polícia de São Paulo, por extorsão e falsa comunicação de crime contra Talma Bauer, chefe de gabinete do parlamentar.

Patrícia passou de vítima a vilã da história ao viajar para SP e começar claramente a negociar muito dinheiro por seu silêncio na denúncia contra Feliciano por agressão, assédio sexual e tentativa de estupro no apartamento funcional em Brasília.

O partido e o deputado, porém, ainda não se manifestaram publicamente se defendem a entrada da Polícia Federal no caso referente a Brasília – investigar a fundo quem está mentindo sobre a acusação: Feliciano ou Patrícia.

Questionada pela Coluna nesta sexta sobre o caso de Brasília, a assessoria do PSC admite pela primeira vez, ainda não oficialmente, que defende ‘as investigações por todas as autoridades responsáveis e em todas as instâncias’ – e isso inclui a Procuradoria Geral da República, o Supremo Tribunal Federal e a Polícia Federal.

A despeito do caso em SP, em que Patrícia se enrolou com a polícia e a Justiça, em Brasília há vários mistérios envolvendo as duas versões: em especial, por que Patrícia se contradiz tanto nos depoimentos , e por que Feliciano pagaria até R$ 300 mil por seu silêncio, se não há nada a temer.

O QUE A PF PODE INVESTIGAR

Se a PGR acionar o STF e a PF entrar no caso, os agentes federais e o delegado responsável têm competência e tecnologias suficientes para descobrir parte da história – e quem fala a verdade.

Será impossível provar o crime de estupro e agressão. Porque Patrícia não fez B.O. à ocasião, e porque não há imagens de dentro do apartamento. Ficará a palavra dela contra ele. Além disso, o principal álibi de Patrícia pode ter sido apagado – o vídeo do hall e do elevador do prédio de Feliciano, de competência da DEPOL da Câmara.

Porém a PF pode conseguir alguns dados numa investigação envolvendo a tecnologia. O Instituto Nacional de Criminalística – elogiado até pelo FBI – com equipamentos de última geração, pode periciar os telefones e os ‘prints’ das mensagens trocadas entre Patrícia e Feliciano (as atribuídas a ele), diante da quebra de sigilo telefônico.

E a PF também consegue, com autorização da Anatel e das operadoras envolvidas, rastrear os sinais dos celulares do deputado e de Patrícia no dia do suposto crime – e conferir se em algum momento eles se encontraram. Essa tecnologia, já usada na operação Lava Jato, traz com precisão a localização de seus usuários. Isso mostraria se o deputado e a jornalista se encontraram naquela manhã. Em entrevista ao SBT, Feliciano garantiu que ela nunca pisou no apartamento. Ela garante que foi lá quatro vezes, e até descreveu a decoração do imóvel.

 

Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Leia aqui os prints das conversas sobre negociação de R$ 300 mil

Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

Veja aqui o cronograma da denúncia


Temer convoca ministros, Renan e Maia para reunião de emergência em SP
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Leandro Mazzini

O presidente da República, Michel Temer, convocou nesta manhã a cúpula do Governo e do Congresso Nacional para uma reunião de emergência no escritório da Presidência em São Paulo.

A pauta é a economia e ações emergenciais, as quais não foram antecipadas.

Participarão da reunião os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Secretaria de Governo, Geddel Lima; os presidentes da Câmara dos Deputados e Senado, Rodrigo Maia e Renan Calheiros; e os líderes do Governo na Câmara e Senado, André Moura (PSC) e Aloysio Nunes (PSDB), respectivamente.

 


Indiciada, Lélis pede 5 dias à Polícia para apresentar ‘suas provas’
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Leandro Mazzini

O ‘House of Feliciano’ e o ‘Lélisgate’, que tomou as redes sociais após as publicações da Coluna, já está virando um ‘C.S.I. São Paulo’.

Confrontada hoje pelo delegado Luís Hellmeister (3º DP, Campos Elísios) e agora indiciada, a jornalista Patrícia Lélis pediu cinco dias com a advogada para ‘contar toda a verdade’ e, segundo a defesa, apresentar as provas de que fala a verdade.

No inquérito em SP, ela foi indiciada por falsa comunicação de crime e extorsão, ao tentar ganhar dinheiro por seu silêncio, segundo vídeos e prints periciados nas mãos da Polícia. Nos episódios está envolvido Talma Bauer, o ex-chefe de gabinete do deputado federal Marco Feliciano.

A advogada informa que levanta as provas neste caso em defesa da jovem – de que supostamente era coagida a gravar vídeos a favor de Feliciano.

Em Brasília, na denúncia que corre na PGR, ela mantém acusação ao deputado Feliciano de agressão, assédio e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional em Brasília.

Então fica a pergunta, nas mãos das diligências da PGR e, possivelmente, da Polícia Federal em breve: Patrícia entrou inventou casos e aumentou suas versões, apesar das evidências reveladas? E por que Feliciano pagaria até R$ 300 mil pelo silêncio da garota?

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Polícia investiga motivação eleitoral em ataques a empresas de valores
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Leandro Mazzini

Financiamento eleitoral a tiros.

Esta é uma das linhas de investigação sigilosa da Polícia de São Paulo, que associa os ataques a empresas de transporte de valores às eleições municipais.

Há suspeita de motivação política-eleitoral na série de assaltos a empresas de valores na grande SP nos últimos meses. Seria protagonizada por facção criminosa que deseja financiar candidatos a vereadores no Estado e até no Nordeste.

O cenário contribui – a crise tirou dinheiro de circulação, e a lei agora proíbe doações de empresas, o que mixou o caixa de candidatos bandidos. O crime organizado que financia campanhas então saiu do varejo – a explosão de caixas – e passou para o atacado: ataque a carros-fortes e cofres das empresas.

As polícias estaduais de SP, Rio de Janeiro e Goiás – onde aumentou o tipo de crime – trocam informações e cruzam dados. Há suspeita de a quadrilha ser a mesma.

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Lélis vai depor no 3º DP, sob risco de prisão; agenda de Feliciano não bate
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Leandro Mazzini

Patrícia Lélis, que se complicou em São Paulo acusada de tentativa de extorsão e falsa comunicação de crime, vai depor no 3º DP agora de manhã, em Campos Elísios. Há risco de não sair de lá. O delegado Luís Hellmeister está disposto a pedir sua prisão temporária, se cair em contradição.

Em Brasília, ela acusa o deputado federal Marco Feliciano de agressão, assédio sexual e tentativa de estupro. Em SP, ela acusou o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, de cárcere privado e sequestro – o que não ficou comprovado.

Emerson Biazon e Marcelo Machado, que a levaram para SP, citados por ela em entrevistas, como no Superpop de ontem, também estarão presentes e vão denunciá-la. Uma garota chamada Kelly ‘Bolsonaro’, ex-amiga, barrada ontem na Rede TV!, vai depor contra ela.

CONTINUA O MISTÉRIO DA AGENDA

No site do Palácio do Planalto, o deputado Pr Marco Feliciano não aparece nas imagens da reunião com o presidente Michel Temer naquela manhã de 15 de junho, dia em que Patrícia acusa o suposto crime no apartamento fucional. O Planalto ainda não informou a ata de presença desta reunião.

Atualização quinta, 18, 10h35 – Embora o site do Planalto não registre a imagem de Feliciano em nenhuma das fotos divulgadas no portal da Presidência divulgadas no site, a assessoria do deputado enviou esta foto abaixo, em que comprova a presença dele no encontro. Atualizada sexta, 19/8, 10h40 – A assessoria do Planalto enviou uma foto em que aparece o deputado ( a mesma enviada pelo PSC ) e confirma sua presença na reunião. Ainda não se posicionou sobre o horário de chegada e de saída do parlamentar nesta reunião.

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Na foto enviada pela assessoria de Feliciano, ele aparece ao lado de uma parlamentar de blazer amarelo, à esquerda – imagem não disponível no site do Planalto

Feliciano divulgou vídeos em que deixa, às 10h, o Ministério do Trabalho após reunião com ministro naquele dia. Na Câmara, onde ele é titular de comissões que se reuniam naquela manhã, há registro de ‘ausência não justificada’.

Patrícia garante que se reuniu com ele entre 9h30 e 11h no apartamento funcional – o que indica a possibilidade de que Feliciano tenha saído do ministério direto para o imóvel.

 

Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

Assista o vídeo que comprova encontro da garota com assessor

Leia aqui os prints das conversas sobre negociação de R$ 300 mil

Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

Veja aqui o cronograma da denúncia


Erundina e PSOL reforçam defesa para cobrar entrada no debate na TV
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Leandro Mazzini

Os deputados federais Ivan Valente  e Luiza Erundina, ela candidata pelo PSOL à prefeitura de São Paulo, fizeram plantão neste domingo com equipe preparando a defesa jurídica para esta semana.

Valente reclama da exclusão dela do debate da Band TV na próxima segunda. “Erundina tem 10% das intenções de votos e já foi prefeita”, justifica Valente.


Caso Feliciano: Polícia quer prisão de mulher; defesa acusa intimidação
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Leandro Mazzini

> Bate-boca entre delegado e advogado aumenta a tensão

> Polícia quer prisão preventiva de Patrícia se ela não for a SP depor, mas não avisa se vai indiciar Bauer

> Evidências da negociação complicam Patrícia, por extorsão, e Feliciano – que tentou pagar por seu silêncio

> Feliciano mentiu no vídeo em sua defesa ao dizer que não sabia dos passos do assessor – vídeo comprova que ele telefonou para Patrícia e pediu ajuda

 

O delegado do 3º DP (Campos Elisios) de São Paulo, Luís Roberto Hellmeister, avalia pedir a prisão preventiva de Patrícia Lélis, a jovem de Brasília que acusa o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) por assédio, agressão e tentativa de estupro dentro do apartamento funcional. Ela é acusada de falsa comunicação de crime e de tentativa de extorsão.

O chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, que depôs hoje à tarde na DP, está na mira e pode ser enquadrado por favorecimento pessoal. O imbróglio envolve a tentativa de comprar o silêncio da jovem diante do suposto crime cometido pelo parlamentar e denunciado por ela à Coluna.

O caso ganhou proporções mais sérias no início desta tarde quando o advogado de Patrícia e o delegado bateram boca ao telefone. O criminalista José Carlos Carvalho acionou a AASSP – Associação dos Advogados de São Paulo, da qual é sócio, e oficializou que foi chamado de ‘canalha’ pelo delegado ao questionar por que deve levar Patrícia para SP urgente para depoimento – em vez de fazê-lo por carta precatória, em razão de Patrícia morar em Brasília.

Esse bate-boca por telefone começou quando ambos – o delegado e o advogado – desconfiaram mutuamente de que a conversa estava sendo gravada, o que os dois não aceitariam.

“Se existe algum canalha nessa história, com certeza não sou eu”, diz o advogado.

Em mensagem ao repórter , o delegado justificou sua posição. Relatou que falava ao celular de uma advogada que se chama Fernanda, e que se apresentou como defensora de Patrícia no caso de SP. Diz Hellmeister: “Eu disse a ele: não sou canalha para ficar gravando. Mas ele disse ‘mas eu tô gravando’. Então disse ‘eu não sou mas você é’.

Leia aqui – sete questões que Feliciano precisa explicar 

QUEM É BAUER

A defesa de Patrícia Lélis acusa intimidação por parte da Polícia. O advogado José Carlos Carvalho questiona se Talma Bauer será indiciado ( por favorecimento pessoal, ao propor dinheiro à mulher ). Ontem a Coluna publicou a íntegra do vídeo em que Patrícia e Bauer tratam um suposto suborno a ela, entre R$ 10 mil e R$ 50 mil, para que mudasse a versão contra Feliciano.

Bauer é investigador aposentado da polícia paulistana, e tem um irmão que é policial da ativa. Por ordens superiores, o B.O. contra Bauer e a oitiva contra Feliciano feitos por Patrícia foram mantidos sob sigilo, para evitar politização da história, até que as investigações avançassem.

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Esta semana, Bauer apareceu em Brasília acompanhado de dois supostos policiais, e andou pela cidade sempre com a dupla. O que fez o advogado da jovem, ao descobrir sua volta, pedir proteção policial para a mulher.

VERSÕES CONTRADITÓRIAS

Patrícia chegou a gravar vídeos enquanto esteve em SP, ao lado de Bauer, e num dos momentos até atendeu Feliciano ao telefone – embora ressabiada. Neste telefonema, segundo ela relata, o deputado pediu um vídeo caprichado em sua defesa, “me ajuda, tenho família” – teria dito.

O acordo veio abaixo quando a mãe de Patrícia, localizada pelo repórter, entrou na história, e viajou para SP. Lá no hotel, teria convencido a filha a denunciar tudo na delegacia. Na versão da mãe e de Patrícia, a jovem ficou o tempo todo sob coação de Bauer, que via tudo o que ela escrevia ao telefone, e ouvia suas ligações, em viva voz, por sua ordem.

EM BRASÍLIA, PASSOS LENTOS

A situação policial em SP contra a garota é dissociada da investigação que ocorre em Brasília contra Feliciano.

Patrícia o acusa de agressão – soco na boca, chute na perna e tentativa de estupro – dentro do apartamento funcional na Quadra 302 Norte. E depois de denunciar o caso à Coluna , viajou para SP e mudou sua versão – foi quando teria começado a negociação financeira, segundo a polícia, ou a coação, de acordo com a mãe e a advogada de Patrícia.

Feliciano foi denunciado pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) ao MP do DF e por um grupo de 22 deputadas federais à Procuradoria Geral da República.

A PGR notificaria o Supremo Tribunal Federal para abrir inquérito contra Feliciano. A Coluna questionou a PGR e o STF sobre a denúncia e o acolhimento ou não da mesma.

A assessoria do Supremo informou que ainda não foi notificada da denúncia – que deverá, por praxe, ser avaliada pela PGR, o que já ocorre desde a denúncia da última terça-feira. Se a PGR decidir pelo pedido de abertura de inquérito, o ministro da Corte sorteado como relator do caso autoriza a investigação, e a Polícia Federal entra no caso para as diligências.

Patrícia também denunciou Feliciano em B.O. na Delegacia da Mulher de Brasília no último domingo à noite, quando retornou de SP.

 

Confira aqui a primeira denúncia

Ouça aqui o áudio em que ela confirma a agressão

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Leia aqui os prints das conversas sobre negociação de R$ 300 mil

Feliciano telefonou para ela, e pediu para caprichar em vídeo em sua defesa

Veja aqui o cronograma da denúncia

 


Caso Feliciano: Grupo feminista faz protesto na sede do PSC de SP
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Leandro Mazzini

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Cerca de 50 pessoas, a maioria delas jovens, promove um protesto na noite desta quarta-feira (10) em frente à sede do diretório regional do Partido Social Cristão (PSC) em São Paulo.

O alvo é o deputado federal e Pr. Marco Feliciano, suspeito de assédio sexual, agressão e tentativa de estupro em Brasília, contra a jornalista Patrícia Lélis, que o denunciou à Delegacia da Mulher e ao Ministério Público Federal no domingo.

Com palavras de ordem e cartazes com a frase “Não à cultura do estupro”, os jovens bloqueiam parte da rua e continuam em frente ao prédio, que está fechado.

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A DENÚNCIA

A Coluna revelou a denúncia no último dia 2 de agosto, e desde então vem publicando uma série de reportagens sobre os bastidores e desdobramentos do caso na esfera policial.

Ontem, publicou também que Patrícia tornou-se suspeita de negociar seu silêncio por R$ 300 mil, com evidências de provas em prints de mensagens de celular. Há pouco, o site da revista VEJA divulgou um vídeo comprometedor em que Patrícia aparece com o chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, negociando uma parcela de R$ 50 mil.