Coluna Esplanada

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PEC Anti-Lula 2018 avança na Câmara sob relatoria do DEM
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Leandro Mazzini

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Não bastasse o inferno policial-judicial vivido pelo ex-presidente Lula, que pode forçá-lo a desistir de uma candidatura à Presidência em 2018, avançou na Câmara sem alarde uma Proposta de Emenda à Constituição que detona de vez seu projeto político, se aprovada e promulgada.

É a ‘PEC Anti-Lula’, nº 125, que proíbe nova eleição de quem já foi reeleito para cargo Executivo. O deputado opositor ao PT Elmar Nascimento, do DEM da Bahia, pegou a relatoria na Comissão de Constituição e Justiça.

Há motivação política. A autora da PEC é a deputada federal Cristiane Brasil (PTB), filha do ex-mensaleiro Roberto Jefferson. O DEM tem a relatoria e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, faz vista grossa.

A proposta é chamada de ‘PEC da reeleição descontinuada’. Pode ganhar força para ir a plenário logo, ou também pode ser barrada, porque atinge os projetos de outros políticos.

Há quem aposte que caciques vão atuar para barrar a proposta. Se aprovada e promulgada, a PEC também proíbe nova eleição de governadores e prefeitos reeleitos.

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Faixa pró-impeachment aberta para Dilma partiu do DEM
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Leandro Mazzini

Foi premeditado o protesto da professora de dança e estudante de jornalismo Kelly Cristina, que abriu faixa com a frase “Impeachment Já!” em frente à presidente Dilma durante sua passagem pela Câmara dos Deputados, na tarde desta terça-feira (2).

Cercada por seguranças, a manifestante correu e se protegeu na sala da liderança do DEM, onde a faixa ficara guardada até ser exposta.

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The Godfathers: na versão tupiniquim, Cunha é isolado e começa autofagia
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Leandro Mazzini

Os lideres da oposição com Paulinho da Força, o único fiel hoje, saindo da residência oficial do presidente da Câmara. Foto de arquivo

Os lideres da oposição com Paulinho da Força, o único fiel hoje, saindo da residência oficial do presidente da Câmara. Foto de arquivo

Parece filme: começou a autofagia.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, perdeu a aliança (e amizade) dos líderes tucanos Bruno Araújo (PE/Minoria) e Carlos Sampaio (SP), e do líder do DEM, Mendonça Filho (PE). O trio começou a dar o troco no plenário com críticas à condução do presidente durante as votações.

É visível a irritação mútua.

PPS, DEM e PSDB se sentem traídos. Embora negue veementemente, até as flores do jardim do Palácio do Planalto já sabem que Eduardo Cunha fechou aliança com o ex-presidente Lula e o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner – que ordenaram ao PT pegar leve com ele. O próximo passo será a conversão dos votos a favor de Cunha no Conselho de Ética – enquanto ele, de sua parte, poderá enterrar o pedido de impeachment da presidente Dilma.

É latente a negociação entre as partes. Há dias, o líder do PT no Governo, deputado José Guimarães (CE), defendeu Eduardo Cunha durante um discurso em Fortaleza. No Congresso, ninguém arranca de Guimarães e do líder do PT, Sibá Machado (AC) um ‘a’ contra Cunha.

As próximas semanas mostrarão se o acordo dará certo ou não.


Aliados da oposição abandonam Eduardo Cunha
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Leandro Mazzini

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Pularam da barca os principais aliados que até agora eram o motor da nau do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Há digitais de um poderoso ex-aliado nisso. O líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), e o da Minoria, Bruno Araújo (PSDB-PE), reuniram-se sigilosamente com o senador e presidente do partido, Aécio Neves ontem pela manhã.

O primeiro sinal surgiu na reunião da tarde, quando Cunha pauta a semana. Nenhum líder da oposição apareceu – são do PPS, DEM, PSDB, SDD. Depois Cunha abriu os trabalhos enfraquecido, com plenário quase vazio.

No fim do dia, o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), em coletiva disse que é melhor Cunha se afastar. O único personagem reticente na debandada é o deputado Paulinho da Força, criador do Solidariedade e fiel aliado do presidente da Câmara.

O PSDB deve protocolar hoje o novo pedido de impeachment da presidente Dilma. Mas sem esperança. Com cargos e os ministérios, os ministros palacianos conquistaram os votos do PMDB, PP e outros partidos neutros.

Enquanto perde o apoio de toda a oposição para sua sobrevida, Cunha ganhou ontem o afago religioso, pelo menos. Parlamentares das bancadas cristãs do Paraguai, Uruguai e Argentina o visitaram. Estão orando por ele. Muito.

 


DEM e Solidariedade cobram posição de Cunha sobre impeachment
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Leandro Mazzini

Paulinho - ele está irado com a neutralidade do PMDB e de Cunha. Foto: Ag. Câmara

Paulinho – ele está irado com a neutralidade do PMDB e de Cunha. Foto: Ag. Câmara

Atualizada quinta, 24, 14h40 – A oferta aceita pela bancada do PMDB na Câmara para assumir dois ministérios, com articulação velada do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), irritou a oposição que estava alinhada com ele nos pedidos de impeachment da presidente Dilma.

Opositor declarado do Governo, Cunha foi cobrado a sós por Paulinho da Força (Solidariedade) e o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), nesta quarta-feira. Eles são os entusiastas do impeachment.

No mais, a manutenção dos vetos presidenciais na sessão de terça-feira, um dos pontos do acordo com o PMDB, mostrou que o partido se engajou na defesa de Dilma e não há contingente com votos para o processo de impedimento.


‘Pedaladas’: PSDB aguarda TCU para pedir impeachment. PT fala em golpe
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Leandro Mazzini

Aécio - o maior interessado. Foto: tucano.org

Aécio – o maior interessado. Foto: tucano.org

As cúpulas do PSDB, DEM e PPS têm expectativa de que o Tribunal de Contas da União vá reprovar as contas da gestão da presidente Dilma Rousseff, a respeito das ‘pedaladas fiscais’ – manobra contábil que escondeu déficit. Esperam o resultado para apresentarem o pedido de impeachment da presidente.

Enquanto a oposição vê oportunidade legal para isso, no PT o clima é de cautela, mas fala-se em golpe.


‘Janela’ para troca causará debandada em vários partidos
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Leandro Mazzini

ACM Neto - Maior figura do partido, ele é um dos que podem deixar o DEM

ACM Neto – Maior figura do partido, ele é um dos que podem deixar o DEM

Os deputados devem aprovar a ‘janela’ de 30 dias válida este ano para troca de partido – termo usado para que o político se filie a outra legenda sem risco de perder o mandato, como determina a lei.

Com partidos definhando e muita gente insatisfeita onde está, a demanda é suprapartidária e urgente. Os únicos opositores da ideia são o DEM e o PROS.

O primeiro, porque pode sumir, e o segundo porque deve perder até nove de seus onze deputados, na conta de um deles. As eleições municipais do ano que vem e arranjos locais com tratativas para 2018 são fatores que contribuem para a ‘janela’.

Outro fator que pesa na decisão de a turma aprovar a janela é a cláusula de barreira que limita o fundo partidário para apenas os partidos que elegerem para o Congresso.

Ninguém quer esperar a fundação da REDE, de Marina Silva, e a refundação do PL, de Gilberto Kassab. Temem que as negociações afundem, porque há muito contra em jogo.

O DEM, por exemplo, pode perder um dos seus maiores expoentes, o prefeito de Salvador, ACM Neto, que ontem participou da reunião do Pacto Federativo promovido pelo Senado.


Fusão PPS e PSB avança, mas PTB com DEM desanda
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Leandro Mazzini

O senador Caiado, contrário - em outras palavras, diz que o DEM caiu na real

O senador Caiado, contrário – em outras palavras, diz que o DEM caiu na real. Foto: Ag. Senado

Na mesma semana em que o PSB e o PPS anunciaram tratativas para sua fusão, a fim de consolidar a quarta maior bancada – e independente – do Congresso Nacional, desandou discretamente a união do PTB com o DEM.

Até agora as conversas, embrionárias, estão entre as cúpulas e sem participação das bases, entre o presidente do DEM, senador Agripino Maia, e a do PTB, Cristiane Brasil, deputada federal filha de Roberto Jefferson – o grande idealizador, que despacha numa cela do Rio de Janeiro, condenado na AP 470, o famigerado Mensalão.

Ocorre que a fusão é só vantagem para petebistas, porque o DEM sumiria. Parte dos mandatários e militância do DEM, antes empolgada, começa a perceber em vários Estados que não há clima. O maior desafio é como unir uma legenda de centro-esquerda com outra de centro-direita.

Contrário desde o início, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) diz que ‘essa tese começa a perder força, porque há inclusive incongruência doutrinária entre os partidos’.

‘A fusão tem que ter objetivo, somar, crescer. Como fazer fusão sem base, sem prefeito e vereador?’, questiona o deputado petebista Ronaldo Nogueira (PTB-RS).


Novo PTB terá a cara do DEM sob comando de um condenado
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Leandro Mazzini

Foto: Ag. Câmara

Jefferson: ele cumpre pena no Rio condenado na AP 470 (Mensalão) Foto: Ag. Câmara

Não é segredo no Congresso Nacional a tratativa entre os dois partidos para a fusão do DEM – que definha – com o PTB. O partido será rotulado de Novo PTB, por ora, conforme repetem deputados. Mas pela representatividade aos holofotes em Brasília, a nova legenda nasce com a cara do DEM sob comando de um presidiário – por ora, porque pedirá para deixar a cadeia após pagar multa, conforme revelado por Bernardo Melo Franco. 

Toda a orientação sai de uma cela de presídio no Rio de Janeiro, onde bate ponto à noite o apenado Roberto Jefferson, que cumpre prisão em regime semiaberto. É ele quem realmente manda no PTB, enquanto a filha, Cristiane Brasil, ex-vereadora na capital fluminense e agora deputada federal, faz as vezes de presidente do lado de fora.

O PTB não tem grandes expressões atualmente no Congresso, e rostos conhecidos como os dos senadores Ronaldo Caiado (GO), Agripino Maia (RN) e o deputado federal Mendonça Filho (PE) podem tomar a vitrine – obviamente, se ficarem no novo partido. Pela lei, podem usar a ‘janela’ e migrarem para outra legenda.


Aliança com PSB no Recife causa racha no DEM
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Leandro Mazzini

Mendonça Filho, em protesto contra o PT na Câmara. Foto: ABr

Mendonça Filho, em protesto contra o PT na Câmara. Foto: ABr

Escalado pela cúpula do partido para gritar contra o Governo Federal na crise – enquanto o presidente, o senador Agripino Maia (RN), é acusado de receber propina de R$ 1 milhão em Natal – o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), pode ter decretado a morte do partido em Pernambuco.

Agarrado ao prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), Mendonça indicou a secretária de Desenvolvimento Econômico, pasta recém-criada para agradar o novo aliado.

Quem não gostou foi Priscila Krause, a única deputada estadual que o DEM elegeu. Como vereadora sempre foi oposição ao prefeito e era uma ferrenha opositora. Ela hoje se diz independente e livre para criticar até o governador Paulo Câmara (PSB) – grande aliado do prefeito e do líder democrata.