Coluna Esplanada

Arquivo : Dilma

Relação do Planalto e Congresso: um festival de retaliações
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Leandro Mazzini

Mais crise à vista, apontam congressistas.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atuou por retaliação ao colocar em votação urgente na terça (24) o projeto que obriga o governo a mudar o indexador de cálculo da dívida de Estados e municípios com a União.

Cunha já estava de olho na sanção da presidente Dilma da lei que modificou a criação de partidos, recém-aprovada, e ao vetar o ponto sobre a fusão de legendas aprovado pelo Congresso – que permitia a fusão após cinco anos a fundação – ela mandou o recado para o PMDB (assim avaliam os mandatários).

No bojo dessa troca de ‘desaforos’ institucionais está a recriação do PL, patrocinado pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab, já fundador e controlador do PSD. A ideia de Kassab, com aval do Planalto (mais uma vez apontam peemedebistas) é fundir PSD e PL, após este esvaziar algumas legendas da base e oposição, e criar um grande partido aliado da presidente para se sobrepor ao PMDB. ( Lembre aqui )

Se isso ocorrer, o PMDB, a despeito de controlar as duas Casas no Congresso Nacional, perderia e muito, nos próximos anos e até na eleição presidencial de 2018, o seu poder de barganha junto ao PT e ao Executivo.

Os próximos dias ou semanas mostrarão a que nível chegará o convívio dos dois Poderes.


Dilma vira fã de Pablo Escobar – o seriado de TV
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Leandro Mazzini

Reprodução de TV

Reprodução de TV

A presidente Dilma Rousseff tem passado as noites colada na TV no Palácio da Alvorada.

Revelou para aliados que virou fã e não perde um episódio do seriado Pablo Escobar – o senhor do tráfico, transmitido pela Globosat.

Escobar é uma produção colombiana-americana, tem 74 capítulos e já foi exibida em 20 países.


Presidente Dilma e Lula aborrecidos com Eduardo Paes
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Leandro Mazzini

Paes - Para os petistas, o ex-tucano está se superando. Foto: UOL

Paes – Para os petistas, o ex-tucano está se superando. Foto: UOL

A presidente Dilma ficou muito aborrecida e nervosa quando soube que o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), decidira impetrar ação na Justiça contra a manutenção do indexador de cobrança das dívidas do município com a União, que onera em muito o caixa da cidade maravilhosa.

Dilma enviou recados à cúpula do PMDB para lembrar a Paes que ela e o ex-presidente Lula investiram pesado no PAC na cidade, e deram muito dinheiro para a prefeitura realizar obras.

Agora, a guerra será judicial, porque o AGU Luís Adams tem carta branca da chefe para atuar na derrubada da liminar conquistada por Paes.

O prefeito, ex-deputado tucano, não tinha boa relação com o então presidente Lula até Sérgio Cabral, governador, aproximar ambos.


Afago de Marconi a Dilma indica projeto presidencial – fora do PSDB
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Leandro Mazzini

Foto extraída do goias24horas.com.br / arquivo

Foto extraída do goias24horas.com.br / arquivo

O recente e escancarado afago à presidente Dilma é um recado político. O governador tucano Marconi Perillo, de Goiás, no quarto mandato, sonha em expandir o poder político além dos limites do Estado.

Há alguns anos vem esboçando no seu grupo político uma candidatura nacional. Notícias espalhadas por aliados revelam a pretensão de Marconi se candidatar a presidente da República.

Mas o tucano goiano encontra um cenário desfavorável há anos na legenda. Por dois motivos: a concentração de poder decisório no partido no eixo São Paulo-Minas Gerais, e a ascensão do senador Aécio Neves como candidato potencial em 2018.

Não por acaso, pessoas próximas de Marconi indicam que ele poderá se filiar ao PSD – hoje afinado com o governo Dilma – para tentar a candidatura. Mas tudo dependerá do cenário daqui a três anos, e da vontade, obviamente, de Gilberto Kassab, o dono do partido.

Marconi e Aécio andam se estranhando há alguns anos, desde a CPI do Cachoeira, no Senado, que revelou suspeitas de ligações do governador com o contraventor Carlinhos Cachoeira em Goiás. Aliados de ambos dizem que Aécio abandonou o governador à própria sorte e nem atendia suas ligações, apesar do apelo de Marconi por apoio.

Outro fator que leva Marconi a afagar a presidente Dilma é puramente financeiro. A Eletrobrás salvou a endividada Celg, a companhia energética de Goiás, no fim de 2014, com aporte de R$ 2 bilhões, numa operação que envolveu o antigo núcleo palaciano do Planalto.


Passagem de Chalita por Brasília intriga até o PMDB
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Leandro Mazzini

Foto: Folha/UOL

Foto: Folha/UOL

O secretário de Educação da cidade de São Paulo, Gabriel Chalita (PMDB), passou por Brasília na quinta-feira, um dia após a demissão de Cid Gomes do Ministério da Educação.

Chalita voltou para casa na sexta pela manhã, no voo 3705 (JK-Congonhas). Mas sua aparição na capital federal intrigou peemdebistas da Câmara e Senado, diante dos rumores de que é cotado para assumir o MEC.

Mas não houve agenda com a presidente Dilma. Tampouco com Michel Temer, que estava em São Paulo no dia, informou a assessoria do vice-presidente. E a bancada do PMDB já avisou  ao Planalto que não quer indicar ninguém para a pasta – embora Chalita não seja mais deputado.

O MEC é um sonho antigo do educador. Chalita é doutor na área e autor de dezenas de livros.


Planalto e BB em alerta com alta inadimplência bancária
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Leandro Mazzini

A equipe econômica e os ministros palacianos da presidente Dilma Rousseff entraram em alerta com informações de que, no balanço do Banco do Brasil a ser divulgado em maio, a inadimplência da carteira de clientes cresceu consideravelmente, acompanhando o cenário já radiografado por institutos aferidores no mercado.

Embora no relatório de dezembro o BB informe que tem lastro para cobertura, os índices que serão revelados são alarmantes no comparativo dos últimos doze meses. E o Governo tenta uma maneira de não passar um cenário pessimista para o mercado, apesar de o BB seguir as regras da CVM e do Banco Central para a divulgação de balanço, sem ingerências políticas.

O balanço anterior já indicava um panorama: De dezembro de 2013 para 2014, o ‘Risco Médio’, principal indicador do crédito no banco, teve leve alta de 3.56% para 3.75%. No relatório anual do BB do fim de 2014, foi registrado que a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) apresentou aumento de 15,4% em relação a 2013.

E para o setor bancário geral, dados do BC, FGV e IBGE mostraram ano passado o Endividamento Familiar, com saldo em atraso superior a 90 dias, em 45.4%. Ou seja, metade dos clientes do País está com a corda no pescoço junto aos bancos.

A inadimplência bancária cresceu significativamente (7 pontos percentuais) em quatro anos. Era de 38,6% (2010), 41,5% (2011), 43,6% (2012) e 45,4% em 2013.

Segundo o BB, ‘historicamente o banco apresenta índice de inadimplência inferior ao do Sistema Financeiro Nacional’. A assessoria destacou tabelas comprobatórias.


Com Renan e Cunha arredios, Eunício vira o queridinho do Palácio
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Leandro Mazzini

Foto: ABr

Foto: ABr

Enquanto os presidentes da Câmara e Senado, Eduardo Cunha e Renan Calheiros, respectivamente, atacam o Palácio, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) afaga.

Mais calmo há dias, com a retirada dos sem-terra de sua fazenda em Goiás, Eunício se cacifa como o interlocutor da presidente Dilma no Congresso e no PMDB.

É apontado como futuro bombeiro do Palácio para eventuais – e não surpresas, pelo cenário – crises institucionais e partidárias.


Cunha faz seu protesto na Av. Paulista e conquista o PIB
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Leandro Mazzini

Foto: ciesp.com.br

Foto: ciesp.com.br

No dia seguinte aos protestos contra a presidente Dilma e o PT que tomaram a Avenida Paulista, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), maior desafeto do governo, pisou na pista e subiu a sede da Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

Em almoço com os líderes representantes do maior PIB nacional – muitos deles financiadores de campanhas eleitorais – Cunha ouviu aplausos demorados e elogios de ‘maior líder político da atualidade’. E emendou para uma rodinha da cúpula: ‘O PT não tem adversários, o PT tem inimigos. O PT não quer aliados, quer servos’.

Ouviu do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, filiado ao PMDB, que o partido deveria entregar todos os cargos no governo.

Cunha direcionou o discurso e falou o que a turma queria ouvir: desancou o PT, o governo Dilma e a política econômica e fiscal equivocada.

Também se disse contra o modo como o Governo revê as desonerações a setores, e adiantou que a presidente terá de negociar muito com o Congresso.

A agenda de Cunha extra-Câmara tem priorizado o diálogo com o setor empresarial, o que falta ao Palácio do Planalto, dizem os magnatas e até aliados da presidente Dilma. Cunha foi ao almoço a convite do aliado Paulo Skaf. O encontro ocorreu uma semana após aplaudido almoço com empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro.


Levy discute com Dilma salvação dos clubes de futebol
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Leandro Mazzini

Leite - contrapartidas e gestão temerária para cartolas no PL. Foto: psdb.org

Leite – contrapartidas e gestão temerária para cartolas no PL. Foto: psdb.org

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reúne-se amanhã com a presidente Dilma Rousseff na tentativa de encontrar solução para a renegociação da dívida bilionária dos clubes de futebol das sérias A à D.

O governo bate-cabeça. O ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, atua como zagueiro tonto na defensiva e marcou um golaço contra.

Convocou bancada suprapartidária na última terça-feira (10) para anunciar uma posição do Planalto sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (LRFE), que tramita na Câmara, e na frente de 25 deputados pediu desculpas porque soube da Casa Civil, na hora, que não havia resposta.

Diante da pasmaceira sobre o mico do ministro palaciano, Pepe Vargas pediu apoio e paciência para que aguardem uma posição do Governo até semana que vem.

O Palácio apelou a Levy, que levará a proposta de parcelamento de dívidas em 180 meses para cada clube. A presidente Dilma, que entende tanto de futebol quanto Pepe de articulação, deve dar a palavra final.

O desgoverno na Articulação com o Legislativo é tanto que até os deputados da base governista, entre eles petistas, se insurgem contra a desinformação.

O relator do PL, deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), diz que a situação dos clubes é séria e requer urgência. As dívidas dos clubes com impostos federais (entre eles INSS, I.R. e FGTS) já soma R$ 4 bilhões. Se os quase 200 clubes endividados renegociarem as dívidas, o Governo poderá arrecadar até R$ 165 milhões por ano, lembra o deputado.

CONTRAPARTIDAS 

Pelo texto da LRFE, ao renegociarem as dívidas, os clubes terão de entrar num fair play político com o governo, no mote ‘responsabilidade fiscal, financeira, de gestão e transparência’. Os itens das obrigações incluem pagamentos em dia dos jogadores e funcionários e, claro, de impostos. Os cartolas terão compromisso e ficarão sujeitos a afastamento em caso de descumprimento.

A proposta do relator Otávio Leite também inclui fontes de financiamento e acompanhamento & fiscalização. No primeiro item, o lançamento de uma ‘raspadinha’ pela loteria da Caixa e recursos para a iniciação esportiva escolar, entre outros pontos.

O texto também prevê a instituição de um Comitê de Acompanhamento e Fiscalização a ser composto por atletas, clubes, entidade de administração, treinadores e Conselho Federal de Contabilidade.

 


Pezão e Cabral apadrinharam Levy na Fazenda
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Leandro Mazzini

Foto: EBC

Foto: EBC

Discreto, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), tem dito em rodinhas de amigos que é dele e de Sérgio Cabral a indicação de Joaquim Levy para ministro da Fazenda, atendendo a pedido da amiga presidente Dilma Rousseff.

Pezão também apadrinhou o número 2 de Levy, o secretário executivo Tarcísio Godoy. Levy e Godoy passaram pelo primeiro governo de Sérgio Cabral no Rio (2006-2010) quando Pezão era vice-governador. Tornaram-se todos amigos.