Coluna Esplanada

Arquivo : PMDB

Suspense no Rio: Paes buscaria outro partido para lançar Pedro Paulo
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Pela foto, vê-se o tamanho do apadrinhamento que respalda a escolha de Paes.

Pela foto, vê-se o tamanho do apadrinhamento que respalda a escolha de Paes. Foto extraída do diariodorio.com.br

Tudo pela prefeitura, tudo por PP. Eis o lema do prefeito Eduardo Paes, em segundo mandato, disposto a encarar até grãos caciques do PMDB para lançar seu predileto à sua sucessão, o secretário de Governo e amigo de décadas Pedro Paulo Teixeira, deputado federal licenciado.

A despeito de toda a velada rejeição no partido ao nome de PP – como Pedro Paulo é conhecido entre os mais próximos – o prefeito estuda até filiar o encrencado pré-candidato em outro partido. Cogitou o PDT. Quem revela é o próprio presidente nacional da legenda, Carlos Lupi: Houve reunião há um ano entre eles, mas nunca mais tocaram no assunto desde então. O episódio ocorreu em meio a um estremecimento da relação entre Paes e o deputado estadual Jorge Picciani, manda-chuva do PMDB no Estado. Mas fizeram as pazes.

O caso indica que não está descartada a hipótese de Paes recorrer ao PDT ou a outra legenda – a imprensa carioca já especula o PSD – para filiar o amigo e lançá-lo. Se isso ocorrer, Paes peita o PMDB e acena que pode fazer campanha com a máquina municipal para seu candidato, sem precisar do atual partido. Um grande risco. Isso seria, porém, um enterro de suas pretensões também na legenda, em razão de o prefeito hoje ser um potencial nome peemedebista para ser lançado ao Governo do Rio ou à Presidência da República.

CASO DE POLÍCIA

Pedro Paulo tem sido alvo de revelações na imprensa nada animadoras, todas casos de polícia. Primeiro, surgiu um B.O. policial de agressão à ex-esposa. Depois, um registro de que teria ameaçado sumir com a filha do casal. E também ( leia aqui ), a Coluna Informe do Dia revelou que ele foi réu nos anos 90 por homicídio culposo, por atropelamento. O caso sequer foi julgado e prescreveu.

Mesmo assim, há uma grande e poderosa conjuntura de caciques a favor da escolha de Paes, vê-se pela foto acima.


Convocação de Bumlai causa guerra na CPI do BNDES
Comentários Comente

Leandro Mazzini

bumlai

Começou uma guerra interna na CPI do BNDES pela presença de José Carlos Bumlai, o pecuarista amigão do ex-presidente Lula, que tinha passe livre no Palácio do Planalto.

Bumlai foi convocado para depor na próxima terça-feira, sobre financiamento do BNDES a uma empresa sua que teria driblado regras – e inevitavelmente escapará de perguntas sobre os R$ 2 milhões que pediu ao lobista Fernando Baiano para supostamente pagar contas de nora de Lula.

Na comissão, o PT apresentou recurso contra a convocação, através do deputado Carlos Zaratini (SP). Ele tem o apoio do PCdoB e PMDB –  a mando do líder Leonardo Picciani, novo interlocutor da presidente Dilma.


Jucá e Eunício já disputam sucessão de Renan para 2017
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Jucá (em primeiro plano), ao lado de Eunício no plenário - com Jereissati ao fundo. PSDB sem chances por ora

Jucá (em primeiro plano), ao lado de Eunício no plenário – com Jereissati ao fundo. PSDB sem chances por ora

A hegemonia do PMDB no Senado, com o PT enfraquecido e o PSDB ainda perdido na oposição, pode causar uma involuntária autofagia na legenda.

Mal terminou o primeiro ano de mandato do presidente Renan Calheiros à frente do Congresso, dois pemedebistas disputam a indicação de Renan para sua sucessão: os senadores Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Romero Jucá (PMDB-RR).

Há leve vantagem para Jucá, tido como melhor distribuidor de benesses.


The Godfathers: na versão tupiniquim, Cunha é isolado e começa autofagia
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Os lideres da oposição com Paulinho da Força, o único fiel hoje, saindo da residência oficial do presidente da Câmara. Foto de arquivo

Os lideres da oposição com Paulinho da Força, o único fiel hoje, saindo da residência oficial do presidente da Câmara. Foto de arquivo

Parece filme: começou a autofagia.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, perdeu a aliança (e amizade) dos líderes tucanos Bruno Araújo (PE/Minoria) e Carlos Sampaio (SP), e do líder do DEM, Mendonça Filho (PE). O trio começou a dar o troco no plenário com críticas à condução do presidente durante as votações.

É visível a irritação mútua.

PPS, DEM e PSDB se sentem traídos. Embora negue veementemente, até as flores do jardim do Palácio do Planalto já sabem que Eduardo Cunha fechou aliança com o ex-presidente Lula e o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner – que ordenaram ao PT pegar leve com ele. O próximo passo será a conversão dos votos a favor de Cunha no Conselho de Ética – enquanto ele, de sua parte, poderá enterrar o pedido de impeachment da presidente Dilma.

É latente a negociação entre as partes. Há dias, o líder do PT no Governo, deputado José Guimarães (CE), defendeu Eduardo Cunha durante um discurso em Fortaleza. No Congresso, ninguém arranca de Guimarães e do líder do PT, Sibá Machado (AC) um ‘a’ contra Cunha.

As próximas semanas mostrarão se o acordo dará certo ou não.


Delação de baiano: seis senadores e dez deputados do PT e PMDB
Comentários Comente

Leandro Mazzini

baiano

Foto: UOL

Vem aí uma nova lista do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, de políticos denunciados no escandaloso esquema do ‘Petrolão’ – os desvios de recursos em contratos da Petrobras envolvendo empreiteiros, lobistas e políticos.

Quem acompanhou a nova delação do lobista Fernando Baiano no processo da Lava Jato diz que ele delatou pelo menos seis senadores e dez deputados federais, do PT e PMDB.

O partido nega, mas investigadores já apontam Baiano como o operador do PMDB no esquema.

O Blog no Twitter e no Facebook


Sem PMDB, Berzoini negocia com novo blocão para destravar ajuste
Comentários Comente

Leandro Mazzini

berzo

Foto: Folha/UOL

O PMDB empurrou ontem para partidos aliados a conta do esvaziamento da terceira tentativa de análise dos vetos presidenciais, tão esperada pelo Planalto para dar seguimento ao ajuste fiscal.

O ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, acusou o golpe da base. Está irado com a promessa de aliança do novo bloco que se dissociou do PMDB.

Berzoini recebe hoje os líderes desse grupo – PP, PSC, PHS, PTB. Unidos, têm mais de 80 deputados – é esse contingente, em especial, que tem se ausentado da Casa.

O ministro quer saber o que mais reivindicam, porque na terça, numa reunião no Planalto, todos eles prometeram apoio à sessão e não apareceram.

O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), justificou ao Planalto que levou a plenário os seus – uns 40 dos 65 (há notórios 22 rebelados).

Já o presidente do Congresso, Renan Calheiros, se cansou. Avisou a líderes e a Berzoini que só pauta a sessão do Congresso quanto tudo estiver “pacificado”.

GARANTINDO O SEU

Antes de ser levado à guilhotina, Picciani se antecipou. Dois aliados fizeram lista de apoio à sua recondução na liderança em 2016. Conseguiu até agora apoio de 49 dos 65 deputados.


Ministérios da discórdia: Cunha e Picciani se distanciam
Comentários Comente

Leandro Mazzini

O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), e o presidente da Câmara e seu padrinho no cargo, Eduardo Cunha (RJ), estão desafinados. Por ora ainda aliados, mas se distanciaram muito.

Eram até cinco as visitas diárias de Picciani a Cunha no gabinete na Câmara; agora, desde o início das negociações por mais ministérios, é apenas uma – e por iniciativa do líder.

Este é o espelho do racha aos olhos de quem assiste o dia-a-dia, mas é apenas uma situação pessoal. O curto-circuito surgiu de como os acordos foram escancaradamente tocados pelo líder, e isso desagradou pessoalmente a Cunha, agora oposição ao Governo, por revelar que ele não tem mais controle sobre o apadrinhado.

No entanto há um cenário curioso. Os dois novos ministros do partido, Celso Pansera (Ciência & Tecnologia) e Marcelo Castro (Saúde) são muito ligados a Cunha – há quem aponte que apadrinhou ambos.

Mesmo assim, o PMDB continuou a fazer jogo duro na Câmara para mostrar aparecente neutralidade e passar à sociedade uma imagem de que ‘não se vende’ ao Planalto, a despeito da reforma. E isso deixou mal na fita com o Planalto o líder Picciani, que foi a ponte.

A bancada ainda não se engajou na análise dos vetos da presidente Dilma, tão importantes para destravar o Ajuste Fiscal.


‘Segundo Poder’ se reuniu em restaurante na véspera da reforma
Comentários Comente

Leandro Mazzini

O “Segundo Poder” ligado à reforma na Esplanada foi flagrado confraternizando em mesas separadas no Lake’s Restaurante, na Asa Sul de Brasília, na quinta à noite.

O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), patrocinou mesa de cinco deputados do partido. A três mesas dele o líder do Governo, o petista José Guimarães (CE), conversava com amigos. E a 10 metros deles o agora ministro da Defesa, Aldo Rebelo, articulava com pares do PCdoB.

O agora ministro da Saúde, o psiquiatra Marcelo Castro (PMDB-PI) – que não compareceu – é um dos mais reservados parlamentares da bancada. Pouco aparece em eventos – e até na liderança na Câmara não é visto.

Desde que foi cotado para ministro, Castro atuou discreto. Disparou “torpedos” SMS para membros da cúpula do PMDB. Repetia o bordão: “vamos manter o acordo firme”.

Há quem aposte – entre eles o federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), dissidente da ala majoritária – que não houve lista de indicados para a presidente Dilma escolher os novos ministros. A tese é de que foram entregues os nomes de Castro e Celso Pansera (agora ministro de Ciência & Tecnologia).

Nesta teoria, ficou latente para os dissidentes: Manoel Junior, citado escancaradamente como favorito, foi “balão de ensaio” para desviar o foco do verdadeiro ministro, que já articulava até ser nomeado.


Pedido de Jader e indefinição na ‘Cidadania’ travam reforma ministerial
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Jader - O ex-presidente do Congresso voltou forte como senador e tem voz no PMDB. Foto: Band/UOL

Jader – O ex-presidente do Congresso voltou forte como senador e tem voz no PMDB. Foto: Band/UOL

A reforma ministerial não saiu ainda por dois entraves.

Um é protagonizado pelo senador Jader Barbalho (PMDB-PA), segundo os próprios parlamentares do seu partido.

No plano atual, o filho Helder perde o Ministério da Pesca. Após Jader protestar veladamente, a presidente Dilma cogita manter a pasta para o peemedebista. Mas agora Jader, afinado com o vice-presidente Michel Temer, reivindica a Secretaria de Portos para o herdeiro – uma jogada também para que Portos não perca status de ministério.

E na outra ponta do impasse na ‘reforma’ na Esplanada existe confusão na fusão de três pastas.

Dilma quer unificar Igualdade Racial, Direitos Humanos e Mulheres no Ministério da Cidadania. O desafio é encontrar uma “mulher, negra e homossexual” para comandar o ministério – brincam aliados.

Isso decorre das disputas internas, porque cada grupo dentro do Governo quer um ministro seu: os homossexuais (Direitos Humanos), os negros (Igualdade) e as feministas.

Na tentativa de resolver o problema, o nome por ora é de Miguel Rosseto, que não orbita em nenhuma das categorias – por isso mesmo foi apelidado de extra-terrestre.

O Blog no Twitter e no Facebook


João Augusto, a eminência parda do PMDB na Petrobras
Comentários Comente

Leandro Mazzini

As bancadas do PMDB estão encrencadas se João Augusto Henriques decidir fazer a delação premiada.

Eminência parda da legenda na Petrobras, ele era o diretor internacional de fato da estatal, padrinho da indicação de Jorge Zelada no cargo.

Peemedebistas contam que foi um dos seus, da bancada de Minas, quem apresentou João Augusto como o nome da bancada para a vaga, mas a então chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o barrou. João Augusto então indicou o seu amigo Jorge Zelada para o cargo. 

Zelada foi o nomeado, mas quem passou a controlar a diretoria Internacional foi João Augusto, como ponte das bancadas do PMDB de Minas e do Rio de Janeiro.

João Augusto e Zelada atuaram como os apadrinhados do PMDB, em especial no segundo governo do presidente Lula. Neste momento ambos batem ponto na cela da Polícia Federal em Curitiba.

A situação ficou mais tensa no fim da sexta para o partido. O juiz Sérgio Moro prorrogou a prisão de João Augusto.