Coluna Esplanada

Arquivo : PP

De olho nas benesses do Planalto, novos blocos proliferam no Congresso
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Berzoini (E) e Wagner com Dilma - A fila está grande na porta dos gabinetes. Foto: ABr

Berzoini (E) e Wagner com Dilma – A fila está grande na porta dos gabinetes. Foto: ABr

Bancadas de partidos aliados e outros até agora neutros em relação ao Governo estão criando blocos para se beneficiarem das prometidas benesses do Planalto – liberação rápida de emendas e cargos nos Estados.

Depois de PP-PSC-PTB-PHS – que se dissociaram do PMDB – agora surge o PROS-PR-PSD. A turma já pediu reunião com os ministros palacianos da Casa Civil e Governo, Jaques Wagner e Ricardo Berzoini, respectivamente.

Não bastasse o troca-troca ministerial desde o início de 2015, há ainda os mais animados destes grupos, que apostam em nova minirreforma na Esplanada em janeiro, e a chance de emplacar ministro um dos seus.


PP cobra cargos ao Planalto para blocão votar ajuste
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Com metade da bancada na Câmara alvo de inquérito no STF por causa do esquema do Petrolão, o Partido Progressista não desistiu de cargos no Governo e apresentou a conta ao chefe da secretaria de Governo, Ricardo Berzoini.

PP não pretende retomar o Ministério das Cidades, hoje nas mãos do PSD, mas espera ter suas demandas atendidas em cargos federais nos Estados dos parlamentares.

Líder do agora novo blocão de deputados, que somam 80 nomes também do PSC, PHS e PTB, a turma espera uma resposta nesta semana. Foi o prazo que Berzoini pediu para arrumar a Casa.

Para apenas dois exemplos, o federal Marcus Vicente (PP-ES) reivindica para apadrinhado a diretoria na secretaria de Portos em Vitória (ES). Ronaldo Carletto (PP-BA) espera vaga para controlar o DNOCS em Salvador.

Além dos rebelados de parte do PMDB, é este bloco de 80 deputados que está esvaziando o plenário e prejudicando o Governo na votação do Ajuste Fiscal – em especial na tão esperada sessão de análise dos vetos da presidente Dilma.


Cotado para vice de Aécio, Marconi é cobiçado por PP
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto extraída do Jornal Opção.

Foto extraída do Jornal Opção.

O tucano Marconi Perillo recebeu propostas de pelo menos três partidos para filiação. O assédio aumentou há meses com rumores de que o governador de Goiás é o preferido de Aécio Neves para vice na eventual candidatura a presidente.

Marconi já recebeu dirigentes do PSD – o próprio Gilberto Kassab o sondou – PR e PP. Este último mexe com o brio do goiano.

Enquanto infla o PSDB local com seus mais fiéis aliados, a fim de controlar a legenda mesmo se fora dela, a estratégia de Marconi é se filiar a partido tradicionalmente aliado do PSDB para ganhar tempo de TV e reforçar alianças se for confirmado como vice na chapa.

O PP pode ser uma opção segura para Marconi com o aval do vice-governador do Rio Francisco Dornelles, tio-primo de Aécio, que avalizaria a filiação. E também com aval do senador Ciro Nogueira, presidente do partido.

Marconi, porém, tem diferenças locais a resolver se optar pelo PP. Ainda não engole o ex-governador Alcides Rodrigues, que saiu do PP estadual mas deixou aliados fortes na legenda no Estado.

Na busca por projeção nacional, após quatro mandatos de governador e um de senador, Marconi tem sido discreto nas agendas em outros Estados para não atropelar Aécio.

Para os tucanos ligados a Aécio, o governador de Goiás é potencial vice pelo recall de votos que traz e por ser um expoente político não apenas de Goiás, mas do Centro-Oeste, com bom trânsito também entre os empresários de variados setores.

Mas nem todo o cenário é um céu limpo e bonito para o bater de asas dos tucanos. Aécio andou estranhado com Marconi desde meados do ano passado, com uma aproximação do governador – estratégica para ele, por sobrevivência financeira – com a presidente Dilma.

Elogios rasgados do governador à presidente em visitas dela a Goiânia, e dele ao Planalto, acenderam o alerta no PSDB sobre as reais intenções do tucano. A aproximação se deu principalmente pela negociação da venda de parte da Celg, a central elétrica estatal, para a Eletrobrás por R$ 2 bilhões.


Jair Bolsonaro disputará prefeitura do Rio pelo PSC
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Bolsonaro - Tratativas avançadas com pastor Everaldo. Foto extraída do midiamax.com.br

Bolsonaro – Tratativas avançadas com pastor Everaldo. Foto extraída do midiamax.com.br

O polêmico deputado federal Jair Bolsonaro (PP) já tratou com Pastor Everaldo, presidente do partido, e vai se filiar ao PSC em breve.

Bolsonaro vai disputar a prefeitura do Rio de Janeiro e será o candidato da legenda ao Planalto em 2018.

Pesquisas nas mãos do PSC indicam que há potencial de ascensão nas urnas para um candidato conservador e de direita no País. O pleito do Rio será um teste para Bolsonaro.

O deputado parece já estar em pré-campanha. Passou o fim de semana em Belém, na festa do Círio de Nazaré, segundo sua assessoria.

Bolsonaro não vai esperar a “janela” de meados de 2016, sancionada na lei da reforma política, para trocar de partido. Sua defesa vai alegar que o PP, enrolado no Petrolão, fugiu aos preceitos da ética do estatuto. Assim o partido não poderá exigir seu mandato.

O Blog no Twitter e no Facebook


Sem PMDB, Berzoini negocia com novo blocão para destravar ajuste
Comentários Comente

Leandro Mazzini

berzo

Foto: Folha/UOL

O PMDB empurrou ontem para partidos aliados a conta do esvaziamento da terceira tentativa de análise dos vetos presidenciais, tão esperada pelo Planalto para dar seguimento ao ajuste fiscal.

O ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, acusou o golpe da base. Está irado com a promessa de aliança do novo bloco que se dissociou do PMDB.

Berzoini recebe hoje os líderes desse grupo – PP, PSC, PHS, PTB. Unidos, têm mais de 80 deputados – é esse contingente, em especial, que tem se ausentado da Casa.

O ministro quer saber o que mais reivindicam, porque na terça, numa reunião no Planalto, todos eles prometeram apoio à sessão e não apareceram.

O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), justificou ao Planalto que levou a plenário os seus – uns 40 dos 65 (há notórios 22 rebelados).

Já o presidente do Congresso, Renan Calheiros, se cansou. Avisou a líderes e a Berzoini que só pauta a sessão do Congresso quanto tudo estiver “pacificado”.

GARANTINDO O SEU

Antes de ser levado à guilhotina, Picciani se antecipou. Dois aliados fizeram lista de apoio à sua recondução na liderança em 2016. Conseguiu até agora apoio de 49 dos 65 deputados.


Desonerações: Com ajuda do PP, setor calçadista vence moveleiro e têxtil
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Informação de que setor tem 350 mil empregos em risco pesou na decisão. Foto: ccitb.org.br

Informação de que setor tem 350 mil empregos em risco pesou na decisão. Foto: ccitb.org.br

A ‘guerra fiscal’ travada por lobistas de variados setores na Câmara com a votação do PL 863/15, que reduziu a desoneração sobre lucro na folha de pagamento para muitos setores, teve no último dia o protagonismo do PP junto ao PMDB da Câmara.

Os setores calçadista (Sul) moveleiro (Sul e Sudeste) e têxtil (Sudeste e Nordeste) foram os que mais pressionaram a bancada do Partido Progressista para a manutenção da alíquota.

Por algum acerto com o Planalto e o PMDB – que controlou a relatoria – o PP da Câmara teve a honraria de oferecer o afago no bolso de um dos setores usando a carteira do Tesouro.

Mas o texto final do projeto só comportava o desconto para um deles. Sob consenso dos deputados, venceu o lobby do calçadista – o menor impacto para as contas entre os três setores – com polo em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os outros dois setores na lista terão suas alíquotas elevadas.

Não foi por escolha apenas. O PP do Rio Grande do Sul, onde o setor beneficiado é forte no PIB, tem seis deputados federais na Câmara.

Pelas contas, e na justificativa boca a boca dos parlamentares envolvidos no presente, o calçadista era o que mais demitiria (350 mil empregos) e o que menos causará prejuízo na arrecadação: o Governo abre mão de R$ 40 milhões.

COMO FICOU

O projeto que saiu do Ministério da Fazenda endossado pela Casa Civil previa  aumento das alíquotas de 1%, para 2,5%; e as de 2%, para 4,5%. Mas foi destroçado pelos deputados atendendo aos lobbies dos setores mais fortes.

Do jeito que ficou, se o Senado referendar – e tudo indica que o vai – o Tesouro reverá sua receita de R$ 12 bilhões para R$ 10 bilhões.

O texto que sai da Câmara para o Senado ficou assim: a alíquota sobe de 2% para 3% para os setores de call center e de transportes rodoviários, ferroviários e metroviários de passageiros. E sai de 1% para 1,5% para empresas jornalísticas, de transportes de cargas, aéreo e marítimo de passageiros; no setor calçadista; e na produção de ônibus.

Para não encarecer a cesta básica e contribuir mais ainda para a inflação, que estourou a meta, o setor alimentício foi mantido no pacote de desonerações (em negociação que começou há duas semanas): o de carnes, peixes, aves e derivados continua a ser tributado com 1% da receita bruta.


Com meia bancada na mira do STF, PP terá relator do OGU 2016
Comentários Comente

Leandro Mazzini

barros

A (des)articulação do Palácio do Planalto resultou em mais uma aberração, na visão de muitos congressistas: Todo poder ao famigerado PP.

O deputado federal paranaense Ricardo Barros (PP), da terra do falecido Janene e ligado ao ex-ministro Paulo Bernardo (PT), será o relator do Orçamento para 2016. Engenheiro e empresário, Barros está no quinto mandato.

Com a corda no pescoço em metade da bancada na Câmara, por suspeitas fortes de envolvimento no caso do Petrolão, pelo visto o PP continua em alta cotação junto aos ministros palacianos.

 


PMDB do Senado reivindica Ministério da Integração
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Renan - ele quer mais. Foto: ABr

Renan – ele quer mais. Foto: ABr

Enquanto a forte bancada do PMDB da Câmara dos Deputados esnoba o Ministério da Educação, a turma do outro lado , a do tapete azul, está de olho numa pasta.

Comandados pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), os senadores do PMDB reivindicam o Ministério da Integração Nacional, hoje sob controle do famigerado PP da Câmara, cuja metade da bancada é investigada pelo STF no caso do Petrolão.

O grupo enviou recados à presidente Dilma através dos ministros palacianos de que é inaceitável , na atual conjuntura política-judicial, o PP permanecer à frente de ministério tão importante.

Se Renan Calheiros – ele próprio um dos alvos da Procuradoria Geral da República e do Supremo – conseguir a pasta para o Senado, ele se fortalece mais ainda. É da cota de Renan o Ministério do Turismo, para o qual está cotado o ex-presidente da Câmara Henrique Alves (PMDB-RN).


Deputado do PP pede a presidente da CPI para depor
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Foto: fsindical.org

Foto: fsindical.org

Citado na lista do PGR Rodrigo Janot, e alvo em inquérito no Supremo Tribunal Federal no caso do Petrolão, o deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) solicitou pessoalmente nesta segunda (10) ao presidente da CPI, Hugo Mota (PMDB-PB), que o convide para depor na comissão.

Com uma citação de que teria recebido dinheiro do esquema, Goergen se diz injustiçado, anunciou que abrirá o sigilo fiscal e bancário. ‘Vou processar o delator’, emendou.

Segundo relatos de parlamentares da bancada, o ex-deputado Pedro Henry (PP-MT), condenado a 7 anos no julgamento do Mensalão, quando viu os nomes soltou, sobre Goergen: ‘O que esse cara está fazendo nessa lista!?’.

 


Pós-derrota: Em Minas, governador do PP e tucanos já não se entendem tanto
Comentários Comente

Leandro Mazzini

Não convidem para uma mesa de café com leite & broa o governador Alberto Pinto Coelho (PP) e o deputado federal Marcos Pestana (PSDB), dirigente no Estado.

 

Para os tucanos, o atual ocupante da Cidade Administrativa (até pouco tempo atrás era o Palácio da Liberdade) se esforçou nada para tentar eleger para seu lugar Pimenta da Veiga (PSDB).

Coelho foi vice de Antonio Anastasia no governo, e assumiu o Estado quando Anastasia se candidatou ao Senado, campanha que resultou vitoriosa.

Mas agora é terra arrasada para todos os aliados do PSDB que, por 12 anos, mandaram no Estado, com a vitória do petista Fernando Pimentel. Não vai ficar nenhum nome ligado aos partidos da coalizão tucana em comando das empresas públicas.