Coluna Esplanada

Arquivo : odebrecht

Empreiteiras oferecem projetos de cassinos a redes hoteleiras
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Leandro Mazzini

Ideia é copiar o modelo de Vegas - complexos gigantes com hotéis e shoppings

Ideia é copiar o modelo de Vegas – complexos gigantes com hotéis e shoppings. Foto extraída do magazineusa.com

Enroladas no processo da Lava Jato e em acordos de leniência, que lhes custaram bilhões de reais, três empreiteiras prospectam opções de grandes negócios além das obras estatais para se salvarem.

Captadores de investimentos da Queiroz Galvão, OAS e Odebrecht têm consultado CEOs de renomadas redes hoteleiras da Europa e EUA, ofertando sociedade na construção de complexos de hotéis-cassinos no Brasil.

A ideia converge com os projetos de empresários dos jogos que querem investir no Brasil: complexos de lazer com hotéis, salas comerciais, shoppings e o cassino como um dos entretenimentos, assim como prosperam nos Estados Unidos nos últimos anos.

Os representantes das construtoras cravam para os players internacionais que a legalização será no final deste ano. Procuradas, as assessorias das empreiteiras não se manifestaram.

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Controladoria do Governo do Panamá contesta obra da Odebrecht
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Leandro Mazzini

Foto: Jornal Democracia Panama

Foto: Jornal Democracia Panama

Não é só no Brasil que a Odebrecht vive seu inferno astral. A empresa virou alvo da fiscalização dura do Governo do Panamá.

A Controladoria Geral do país caribenho contesta os custos de aditivo à obra de expansão do Aeroporto da capital, tocada pela empreiteira brasileira.

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Esplanadeira: O Dia do Anão, o ‘fuagrá’ e a procura pelo Fust
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Leandro Mazzini

Esplanadeira é a seção com as ‘curtinhas’ do dia no Blog

mudalen

Foto: Ag. Câmara

AGORA VAI !

Vem aí o Dia do Anão. A proposta (1337/15) em projeto de lei é do deputado Jorge Mudalen (DEM-SP).

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PÁTRIA MÃE

O Governo continua uma mãe para servidores, enquanto corta no bolso do povo. Um funcionário comissionado demitido da Secretaria de Aviação Civil no início de junho foi contratado pela Infraero ganhando quatro vezes mais, como Assessor II.

SEM PATO

Um trecho do bilhete de Marcelo Odebrecht para o advogado interceptado tem ‘prato de fuagrá’. O príncipe dos empreiteiros, na pressa, deve ter tentado escrever foie gras.

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NO SUPERÁVIT ?

Berzoini - Ele terá de explicar quanto têm os fundos e onde está o dinheiro. Foto: Folha

Berzoini – Ele terá de explicar quanto têm os fundos e onde está o dinheiro. Foto: Folha

O deputado Fábio Sousa (PSDB-GO) apresentou requerimento ao Ministério das Comunicações para saber onde estão os bilhões de reais do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) e Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (FISTEL) – pagos pelas teles anualmente – que deveriam melhorar serviços da banda larga e o ensino.

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PONTO FINAL 

Melhor que a reforma política – que atende aos próprios – não seria um projeto “políticos em reforma”?

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Lava Jato taxia e pode aterrissar nos aeroportos concedidos
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Leandro Mazzini

O Galeão, no Rio - nas mãos da Odebrecht

O Galeão, no Rio – nas mãos da Odebrecht

Os experientes e bem informados empregados da Infraero, que conhecem os ‘hangares’ das concessões de lucrativos terminais e defendem uma CPI para investigá-las, indicam que a Operação Lava Jato está taxiando e pode aterrissar nas pistas controladas agora pelas empreiteiras – todas elas investigadas pela Justiça e PF.

Alvos recentes, a Andrade Gutiérrez opera o Aeroporto de Confins (Belo Horizonte) com a Camargo Corrêa, e Odebrecht comanda o Galeão (Rio de Janeiro), dois lucrativos aeroportos.

Completam esse check-in a Engevix (JK, em Brasília, e Natal), UTC (Viracopos, Campinas) e OAS (Cumbica, em Guarulhos).

UTC, Engevix e OAS fizeram obras nos terminais de seus aeroportos com suas próprias tabelas de preço, dizem os técnicos da estatal, financiados pelo BNDES e com Infraero cobrindo 49% dos custos como sócia.

A Associação Nacional de Empregados da Infraero já enviou carta ao ministro da Aviação reforçando pedido de apoio a uma CPI das Concessões no Congresso.

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Lava Jato aniquila as concorrentes da Odebrecht
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Leandro Mazzini

O que as grandes empreiteiras OAS, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, UTC e Mendes Junior têm em comum? São megaconstrutoras que têm o governo federal como principal cliente e a Odebrecht como a grande concorrente.

Apesar dos contratos bilionários com a Petrobras nas mesmas problemáticas diretorias alvos da PF, a construtora baiana ficou imune.

A PF pediu prisão de dois diretores da Odebrecht, mas o juiz Sérgio Moro negou. Isso pode indicar também que não se descarta uma nova e direcionada grande operação.

Os anais dos bastidores da Lava Jato futuramente mostrarão que a Operação da PF aniquilou as adversárias da construtora da Bahia, aliadíssima do governo PT.

 

O próximo capítulo é a inclusão das empreiteiras enroladas na lista suja da Controladoria-Geral da União: elas ficarão proibidas de fechar contratos com o governo federal, deixando o caminho livre para a Odebrecht.

A Odebrecht é aliada e grande financiadora de campanhas do PT desde a gestão Lula, e líder em doação milionária de campanhas para a base aliada.


Para oposição, STF quebrará sigilo de doação a Cuba
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Leandro Mazzini

adias

Alvaro Dias – assim como a população, ele exige explicações sobre a generosidade do governo com Cuba. Foto: ABr

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que ingressou com mandado de segurança no STF no fim de maio, diz que as investigações do ministro-relator Luiz Fux avançam e que a alta corte terá poder de quebrar o sigilo sobre o repasse a fundo perdido (doação), pelo Ministério do Desenvolvimento Econômico, de R$ 240 milhões para a construção do porto de Mariel, em Cuba. O alvo do processo também são os detalhes, não divulgados pelo governo, do financiamento do BNDES para a Odebrecht erguer o porto.

SEM PRECEDENTES

O senador tucano lembra que, antes de apelar à corte, ele pediu informações, sem sucesso, ao BNDES e ministério. Todos alegaram sigilo. ‘Não há precedente’, frisa.

CHAMANDO O RAÚL!

Ontem a Coluna publicou que o presidente Raúl Castro já negocia com os EUA a operação do porto. Há mais de 1 milhão de empresas americanas à espera do fim do embargo.

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SHOW PARAGUAIO

O Brasil levou olé do Paraguai no campo diplomático. O Itamaraty enviou a Assunção equipe para a Assembleia Anual da OEA, realizada no hotel da rede brasileira Bourbon. Os brasileiros não esconderam o desconforto da derrota na Guatemala, onde negociaram mal na tentativa de realizar a Assembleia no Haiti, patrocinada pelo Brasil.

DERROTA

É que o embaixador na OEA Martin Sannemann articulou bem nos bastidores e derrotou o Brasil na sessão plenária, trazendo o evento para o país vizinho. O Brasil atualmente não possui embaixador nomeado na OEA.

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CHARMINHO

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Kassab quer se valorizar, mas está com os dois pés, por ora, na campanha tucana. Foto: ABr

Gilberto Kassab ressurgiu no noticiário ontem com indicação de que se lançará ao governo de São Paulo. É conversa, para se valorizar ou mandar recado a alguém ou partido. Está bem encaminhada a sua vice na chapa do governador Geraldo Alckmin.

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SELEÇÃO GENÉRICA

O time da seleção de deputados (Romário, Popó, Tiririca etc) que roda o país em jogos beneficentes faz a última apresentação neste sábado, e volta após a Copa.

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POVO UNIDO

É comovente a mobilização do povo paraguaio no apelo pela libertação do jovem Arlan Fick, filho de colonos brasileiros em Concepción, na fronteira com o Mato Grosso do Sul. Ele foi sequestrado há mais de 60 dias pelo EPP – Exército pela Libertação Paraguaio, um braço fajuto das FARC colombianas, que tenta legitimidade no País pela força, assaltos e sequestros.

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A imagem de Arlan num cartaz em Assunção – povo se uniu contra o EPP. Foto: Reprodução

BRASIGUAIOS

A situação de 400 mil ‘brasiguaios’ que vivem da agricultura no Paraguai será tema na Comissão de Relações Exteriores na Câmara com o embaixador Sérgio Danese.

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PERIGO VEM DE CIMA

Tem muita gente preocupada com o peso da antena da Rádio Cultura FM 100,9 no teto do anexo do Palácio do Buriti, sede do governo em Brasília. Ela pesa duas toneladas. É muito, muito mesmo para o antigo prédio suportar.

É CADA UM..

Veja o que um político não faz pelo poder, até no Guinnes. O presidente Evo Morales, da Bolívia, foi fichado pelo Sport Boys, da pequena Warnes, para figurar como o jogador de futebol mais velho do mundo, aos 54 anos. Curioso nessa história é que o cartola do clube que contratou Evo, Mario Cronenbold, foi preso pela Polícia Nacional do presidente quando era prefeito de Warnes, acusado de associação com o narcotráfico.

ELEIÇÃO É ISSO AÍ

É jogada de marketing. Evo concorre ao terceiro mandato de presidente (isso mesmo) em outubro e fará aparições rápidas nos jogos pelo interior.

ENERI

O economista e cientista político Marcos Troyjo, professor e diretor do BricLAB na Columbia em NY, faz palestra hoje na Universidade do Vale do Itajaí (SC), no 19º Encontro Nacional de Estudantes de Relações Internacionais (Eneri), em Balneário Camboriú. O Eneri é o maior evento de profissionais de Relações Internacionais da América Latina. Troyjo realiza conferência magna às 18h sobre o tema ‘BRICS: geopolítica e geoeconomia de um mundo novo?’.


Dinheiro brasileiro mergulha no Caribe
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Leandro Mazzini

Hoje é o Dia do Cooperativismo em Cuba, toda terça o é. Foi uma maneira de os Castro iniciarem a abertura para a esperada transição – a volta ao capitalismo, após a utopia socialista de um feito histórico contra o imperialismo. Mas a ideologia ficou lá atrás, os irmãos Castro enriqueceram e o povo não, e naturalmente entenderam a pressão popular por melhores condições de vida, a despeito da idolatria ao mito vivo. E gradativamente os donos da ilha vão cedendo ao modelo que rege o mundo, enquanto contam com as colaborações de presidentes amigos (e generosos), com dinheiro alheio.

Um destes amigos é o governo brasileiro. Em Cuba, a presidente Dilma Rousseff acaba de inaugurar o porto de Mariel, a 70km de Havana, construído pela Odebrecht com financiamento de US$ 682 milhões do nosso BNDES – ontem na inauguração a presidente anunciou disposição de conceder mais US$ 300 milhões. Ou seja, o dinheiro do povo brasileiro nada de braçadas no Caribe, enquanto os portos brasileiros afundam na própria infraestrutura ruim, propala a oposição. Já governistas apontam que o porto poderá ser entreposto de produtos brasileiros para os EUA e México, com a aguardada abertura comercial e o fim do embargo americano.

Um amigo da Coluna voltou este mês de Cuba, esteve com oposicionistas e governistas. Diz que a abertura é questão de tempo – talvez após a morte de Fidel, não o fazem ainda por respeito. O irmão, o presidente Raúl Castro, é incentivador convicto. Promove paliativos econômicos para os cubanos – como autorização para comprar táxis, carros usados e novos. E às terças, os trabalhadores podem comprar a produção para revender por 50% do valor. Os produtores rurais (campesinos) podem levar uma parte da produção para venda no comércio local ou em feiras.

O curioso em Cuba é notar que a idolatria a Fidel se transfigurou também no falecido Hugo Chávez, considerado por eles ‘o nosso melhor amigo’. Cartazes e outdoors com fotos do bolivariano se espalham pela capital, exaltando o apoio petrolífero à ilha caribenha. Chávez doava milhões de barris de petróleo por ano a Cuba.

Com o presente brasileiro para Cuba no porto de Mariel, uma decisão do então presidente Lula, não é exagero dizer que o petista quer entrar para o hall da fama – ou dos outdoors – nas ruas do regime aliado. A situação é essa: nosso dinheiro mergulha bonito no lindo mar do Caribe, e o brasileiro se vira aqui – a alto preço – com a sua caixa d’água. Quando não falta água.

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Dilma chama patrocinadores para 2014
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Leandro Mazzini

Roberto Stuckert Filho-PR

A disputa presidencial por 2014 já começou. Pelo menos nas finanças.

Não foi apenas para tratar do desenvolvimento do país que a presidente Dilma convidou para conversas os presidentes da Cosan, Vale, Bradesco e Odebrecht, na quinta e sexta-feira. De diferentes e lucrativos setores, eles são os maiores financiadores do PT e ela quer garantias de que manterão compromisso com sua gestão e o partido. Juntos, esses quatro grupos doaram oficialmente R$ 12,08 milhões para o PT em 2010, levantou a coluna. A agenda de Dilma tem motivo. Aécio Neves, o pré-candidato do PSDB, pediu aos economistas tucanos em Dezembro que procurem estes patrocinadores. Foi dada a largada para a disputa presidencial de 2014.

DA USINA. A Cosan, grupo usineiro, doou a bagatela de R$ 3,65 milhões para o PT nacional em 2010. Para o PSDB, repassou R$ 1,4 milhão.

DO BANCO. O Bradesco, segundo maior banco privado, repassou para os petistas R$ 1,66 milhão. Para o PSDB nacional, R$ 575 mil, e para o tucanato paulista e paranaense, R$ 750 mil.

DO CONCRETO. Maior empreiteira em atividade, a Odebrecht deu R$ 2,4 milhões para cada um, PSDB e PT nacionais. Para tucanos de Minas, estado de Aécio, foram mais R$ 200 mil.

GENEROSA. A mais generosa foi a Vale Fertilizantes. Foram R$ 2,05 milhões apenas para o PSDB mineiro. Mais R$ 1,45 milhão para o PSDB nacional e R$ 4,37 milhões para o PT.

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Contratos bilionários na Venezuela preocupam empresários brasileiros
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Leandro Mazzini

Os empresários brasileiros com negócios bilionários na Venezuela estão receosos sobre o cenário político-econômico, com o eventual fim da Era Chávez e novas eleições. Não por acaso, dois de três executivos que estiveram com a presidente Dilma no Palácio, na quinta, têm investimentos lá. Murilo Ferreira, da Vale, comanda a Cimentos Argos S.A, que fornece para o governo. Marcelo Odebrecht amplia o metrô de Caracas, e o grupo tem 8 mil colaboradores em seis setores, de óleo e gás a imobiliário.

CONCRETANDO. Em 2008, a Vale comprou por US$ 300 milhões a colombiana Argos, maior produtora latina de cimento com fortes ligações com a Venezuela.

TRILHO CHAVISTA. A Odebrecht não quis se manifestar. O grupo está no país desde 1992. Concluiu as linhas 3 e 4 e constrói mais 56 km de linhas do metrô na capital e cidades-pólo.

POR ORA. Quem passou também pelo Palácio foi o maior usineiro do país, Rubens Ometto, da Cosan. Segundo sua assessoria, que se saiba não há contratos dele no país hermano.

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