Coluna Esplanada

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Com ‘peso 3’, Família Picciani ganha poder no Governo Dilma
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Leandro Mazzini

Jorge Picciani, no comando da Alerj. Foto: ABr

Jorge Picciani, no comando da Alerj. Foto: ABr

Nunca o PMDB dos Picciani teve tanto Poder por conta da conjuntura nacional.

O curioso é que a poderosa família política do Rio fez campanha aberta para o tucano Aécio Neves na eleição de 2014. Inclusive o atual líder, Leonardo, que virou novo aliado da presidente Dilma.

Ela sabe de tudo, mas precisa deles. Para derrubar o processo de impeachment ainda na comissão especial, com o PMDB votando unido, e enfraquecer Eduardo Cunha na sua própria base eleitoral.

Os Picciani têm “peso 3” na política. O pai do líder na Câmara, Jorge, é o presidente da Assembleia do Rio, amigo de Lula e manda-chuva da legenda no Estado. Outro filho, Rafael, foi eleito deputado estadual campeão de votos. Leonardo ganhou dois ministérios recentemente. Terá outro, com a indicação de um nome da Câmara para a Secretaria de Aviação Civil.


Levy trava contrato de R$ 5 bi de crédito do Rio com Chase Manhattan
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Leandro Mazzini

Atualizada quarta, 21, 14h50 – Em crise e sem dinheiro, com baixa arrecadação, o Governo federal ficou de olho em parte da bolada de uma negociação bilionária envolvendo um banco americano e consórcio de municípios produtores de petróleo no Estado do Rio.

O contrato estava no prelo e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pediu “mais tempo” para dar “olhada técnica” na Resolução nº 15/2015 aprovada no Senado, de autoria dos senadores Crivella (PRB-RJ) e Rose de Freitas (PMDB-ES).

(Atualização – O processo foi liberado nesta quarta (21) e o contrato será assinado nesta semana. Os municípios produtores serão beneficiados. O governo do Rio ainda não se pronunciou oficialmente se terá um naco do dinheiro)

A resolução é um presente de Natal para os Estados e municípios produtores de petróleo, em especial no Espírito Santo e Rio de Janeiro. Ela autoriza a venda antecipada dos royalties para bancos, à margem da regra de endividamento, desde que os governos apresentem o recebimento futuro dos royalties como garantia.

Nessa esperança, o banco Chase Manhattan topou pagar R$ 5 bilhões pelos créditos a receber da Petrobras por municípios do Rio de Janeiro. É cash na conta dos prefeitos.

 


Cunha, relator da CPI e UTC são vizinhos de salas no Rio
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Leandro Mazzini

sergio

Luiz Sérgio – vizinhos poderosos no Rio. Foto: divulgação pessoal

O escritório do relator da CPI da Petrobras, deputado federal Luiz Sérgio (PT-RJ), fica no conhecido Edifício Rodolpho De Paoli, no Centro do Rio.

Curiosamente, é o mesmo prédio onde o presidente da Casa, Eduardo Cunha, e a UTC Engenharia – enrolada no Petrolão – têm suas salas.

O parlamentar petista é acusado e investigado pelo PM de manter por dois anos funcionária fantasma na base – ou seja, no escritório supracitado, onde ela deveria bater ponto. Mas mora a 300 km de distância, na Serra do Rio.

depaoli


Pré-candidatura de Romário divide cartolas do PMDB do Rio
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Leandro Mazzini

Nos bastidores do PMDB do Rio, o ex-governador Sérgio Cabral tenta demover o prefeito Eduardo Paes (PMDB) da ideia de oferecer mais secretarias ao senador Romário (PSB), na tentativa de que ele desista da disputa pela prefeitura da capital.

O Baixinho lidera todas as pesquisas, espontâneas ou estimuladas, encomendadas por partidos. Atualmente o PSB tem a Secretaria de Esportes municipal, com apadrinhado de Romário.

Mas na visão de Cabral, Romário na vitrine pode se desgastar, não aguenta uma campanha e isso seria bom para o PMDB, tanto para a campanha municipal quanto para a majoritária de 2018.

O motivo de Cabral desistir de candidatura ao Senado foi o lançamento do então favorito Romário – que levou a vaga.


Denúncia atrapalha projeto eleitoral de Cunha no Rio
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Leandro Mazzini

Eduardo Cunha entrava no recesso parlamentar tranquilo e em lua-de-mel coma população até a delação do lobista Júlio Camargo o levar para o olho do furacão.

O presidente da Câmara está irritado principalmente porque a delação mela os acordos que pretende com o PMDB do Rio, onde fica nos próximos dias.

O desenho da patota que manda no partido é iminente porque seu esboço passa pelas eleições municipais: o plano por ora é lançar o líder na Câmara, Leonardo Picciani, a prefeito (ou vice na chapa de Pedro Paulo, o preferido de Eduardo Paes); seu pai, Jorge Picciani, hoje presidente da Assembleia Legislativa, disputaria o Governo do Estado; Eduardo Paes lançado à Presidência; e Cunha na coalizão na disputa pelo Senado.

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Ao romper com o Governo, o presidente da Câmara conseguiu o que queria: inverter os holofotes. Desde seu anúncio, só se fala nas ruas, nos sites, nos gabinetes e rodinhas de empresários de sua briga com a presidente Dilma. Tirou em parte os holofotes sobre o delator e a acusação de propina de US$ 5 milhões.

Cunha lembra o caso de Anthony Garotinho em 2006. Pré-candidato ao Planalto, o ex-governador entrou em greve de fome, na sede do PMDB do Rio, assim que estourou na mídia investigação do MP sobre repasses de R$ 300 milhões do Governo de Rosinha, sua esposa, para uma ONG suspeita. Por mais de um mês, mais se falava – inclusive na mídia – da saúde do ‘Bolinha’. A ONG sumiu do vocabulário popular.

Em tempo, Cunha e Garotinho já foram muito aliados. Mas romperam anos atrás. Clarissa Matheus, deputada federal e filha de Garotinho, é ‘a presença do pai’ contra Cunha no plenário. Ela pretende trocar o PR pelo PSDB no Rio.


Reunião de governadores do Sudeste vira marquetagem contra a União
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Leandro Mazzini

Pimentel - tenso, com a PF à porta - Alckmin, Pezão e Hartung - modelo do 'tudo combinado, nada resolvido' se repete desde 2006.

Pimentel – tenso, com a PF à porta – Alckmin, Pezão e Hartung – modelo do ‘tudo combinado, nada resolvido’ se repete desde 2006.

A nova série de reuniões de governadores do Sudeste é marketing puro. A exemplo das anteriores, buscam holofotes para culpar o governo por mazelas por setores que competem principalmente às suas administrações. A diferença é que, unidos, o grito sai mais alto.

Em 2006, quando Sérgio Cabral (PMDB-RJ) assumiu no Rio, houve uma reunião destas: ele, o capixaba Paulo Hartung (o porta voz que agora retornou), José Serra (SP) e Aécio Neves (MG).

Falaram de reforma tributária, e de segurança nas fronteiras. Propuseram um pacto, avisaram ao então presidente Lula. Nada andou.

No início deste ano, o quarteto do Sudeste – Hartung é o ‘repetente’ – se reuniu para discutir segurança pública e propôs um pacto ao Ministério da Justiça. De novo, tudo combinado e nada resolvido.


Lava Jato taxia e pode aterrissar nos aeroportos concedidos
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Leandro Mazzini

O Galeão, no Rio - nas mãos da Odebrecht

O Galeão, no Rio – nas mãos da Odebrecht

Os experientes e bem informados empregados da Infraero, que conhecem os ‘hangares’ das concessões de lucrativos terminais e defendem uma CPI para investigá-las, indicam que a Operação Lava Jato está taxiando e pode aterrissar nas pistas controladas agora pelas empreiteiras – todas elas investigadas pela Justiça e PF.

Alvos recentes, a Andrade Gutiérrez opera o Aeroporto de Confins (Belo Horizonte) com a Camargo Corrêa, e Odebrecht comanda o Galeão (Rio de Janeiro), dois lucrativos aeroportos.

Completam esse check-in a Engevix (JK, em Brasília, e Natal), UTC (Viracopos, Campinas) e OAS (Cumbica, em Guarulhos).

UTC, Engevix e OAS fizeram obras nos terminais de seus aeroportos com suas próprias tabelas de preço, dizem os técnicos da estatal, financiados pelo BNDES e com Infraero cobrindo 49% dos custos como sócia.

A Associação Nacional de Empregados da Infraero já enviou carta ao ministro da Aviação reforçando pedido de apoio a uma CPI das Concessões no Congresso.

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Chineses voltam ao Brasil – desta vez, a comitiva parlamentar
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Leandro Mazzini

A cúpula do PDT receberá dia 6 de julho no Rio e em Brasília uma delegação oficial do Partido Comunista Chinês.

O cicerone no Rio é o presidente do partido, Carlos Lupi, que tratou a vinda com o adido civil do governo da China, Wang Yunxiang, na última sexta.

A ‘bancada’ comunista do politburo também passará pelo Congresso Nacional.


Kassab escala time para 2016: Índio, no Rio, e Patah, em SP na lista
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Leandro Mazzini

Índio da Costa - o ex-vereador e deputado está entre as prioridades do PSD. Foto: UOL

Índio da Costa – o ex-vereador e deputado está entre as prioridades do PSD. Foto: UOL

Índio da Costa, vice de José Serra na chapa presidencial em 2010, deve se lançar candidato a prefeito do Rio de Janeiro.

Atualmente o seu PSD está na base do prefeito Eduardo Paes (PMDB), mas Índio, ex-vereador e hoje deputado federal, é uma das apostas do presidente do PSD, Gilberto Kassab, na tentativa de conquistar prefeituras de capitais. Se questionado na Câmara, o deputado dribla, não diz nem sim, nem não.

Os outros na lista preliminar do PSD para disputar prefeituras são o presidente da central sindical UGT, Ricardo Path, para São Paulo; o deputado Danrley, para Porto Alegre; e o delegado Eder Mauro, para Belém, com o mote Segurança, cuja região metropolitana tornou-se uma das mais violentas do País.

Completa o escrete Kassabiano o federal Diego Andrade, que pode disputar Belo Horizonte. Com o fim do segundo mandato de Marcio Lacerda (PSB), iniciou-se uma corrida partidária local porque, por ora, não surge um nome de peso para a capital em nenhuma legenda.


INCA troca diretores sob pressão do TCU para demitir terceirizados
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Leandro Mazzini

Sede do INCA no Rio. Foto: fotospublicas.com

Sede do INCA no Rio. Foto: fotospublicas.com

Luiz Antonio Santini deixou, por questões pessoais, a direção do Instituto Nacional do Câncer. O comunicado foi feito internamente na última quarta-feira (13) pela secretária de Atenção à Saúde, do Ministério, Lumena Furtado.

Santini será substituído pelo oncologista Reinaldo Rondinelli, tido como queridinho dos servidores.

Diz-se nos corredores que ele terá apoio para assinar alterações impopulares. O TCU pressionava o ex-diretor Santini a contratar concursados para cargos de médicos e enfermeiros, mas o diretor tinha aval jurídico para manter terceirizados admitidos pela Fundação Ary Frauzino (FAF).