Coluna Esplanada

Arquivo : Dilma

Gramado do Congresso se transforma em comunidade alternativa
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Leandro Mazzini

churras

Uma comunidade alternativa.

Transformou-se numa minicidade o acampamento dos jovens pró-impeachment de Dilma no gramado do Congresso Nacional.

Primeiro, as barracas; depois, lojinha. Na sexta-feira havia mercadinho e até churrasqueira soltava fumaça.

Uma portaria de anos atrás, da gestão de Aécio Neves na presidência da Câmara dos Deputados, proíbe ocupação no gramado.


Correção: Bancada Agropecuária cobra posição de Cunha sobre impeachment
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Leandro Mazzini

Atualizada quinta, 12, 9h20 – A presidente Dilma Rousseff perdeu o apoio dos ruralistas. Há meses.

A Frente Parlamentar do Agronegócio engrossou na tarde desta terça-feira o coro dos insatisfeitos, na Câmara, e a bancada agropecuária cobrou do presidência da Casa uma posição sobre o pedido de impeachment da presidente apresentado pela oposição, baseado nas ‘pedaladas’ fiscais e respaldado na decisão do Tribunal de Contas da União, que reprovou as contas do Governo. (Anteriormente, por informações desencontradas de parlamentares do grupo,  a Coluna noticiou que a Frente Parlamentar havia protocolado novo pedido de impeachment)

Um grupo de 30 deputados, capitaneados por Jerônimo Goergen (PP-RS), anunciou a decisão ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, logo após o encerramento da reunião de líderes no gabinete. A frente parlamentar conta com pelo menos 250 deputados.

A decisão saiu de uma reunião a portas fechadas nesta manhã, no tradicional café da manhã na sede da Frente numa casa no Lago Sul. Os parlamentares promoveram uma reunião secreta, sem assistentes, pela primeira vez neste ano.


Doação eleitoral da Vale mina discursos de Dilma e Pimentel
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Leandro Mazzini

dilmapime

O poder político e financeiro da mineradora Vale, que controla a Samarco, norteou as palavras medidas e atitudes tímidas da presidente Dilma Rousseff e do governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), sobre o maior desastre ambiental do Estado, com o rompimento da barragem de lama tóxica em Mariana que desce rumo ao Espírito Santo.

Dilma e Pimentel focam o discurso na assistência social e em nenhum momento citam uma letra da Vale ou Samarco, que controlam as barragens da tragédia.

A Vale Energia doou R$ 2,5 milhões para a campanha de Dilma em 2014. A presidente não saiu do Planalto e se resumiu a soltar nota e posts no Twitter.

Beneficiado com R$ 1,8 milhão pela Vale Energia e Vale Manganês, Pimentel fez rápida visita a desabrigados e sobrevoou a área, e não citou nada sobre punição.

Os discursos combinados da presidente e do governador foram de auxílio social às vítimas, e repetir o que todos já viram: é uma grande tragédia.

No Twitter, a presidente Dilma disse que é preciso apurar com rigor as causas e responsabilidades do acidente. Mas não publica o nome da Vale ou Samarco.

A primeira piada surgiu com a tese de que a culpa foi de abalos sísmicos. Em 2006, não houve terremoto no rompimento da barragem Rio Pomba, na Zona da Mata mineira.


Volta de bingos e cassinos: Dilma prepara aposta e roda a roleta
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Leandro Mazzini

dilma

Cai a última resistência palaciana. A presidente Dilma Rousseff está disposta a legalizar os jogos, em especial autorizar a volta de bingos e cassinos, contam aliados próximos.

Em suma, se a Câmara e o Senado aprovarem o projeto de lei 442/91 em debate atualmente numa comissão especial, ela sanciona.

A Casa Civil já analisa como e quanto arrecadar, e que setor no Governo terá direito a repasses. Estimam-se R$ 20 bilhões por ano em impostos recolhidos.

Um fundo especial pode ser criado para destinar repasses à Educação, Cultura e Saúde. Na saúde, inclui-se o tratamento a ludopatas, os viciados em jogos, financiamento obrigatório do sistema público em vários países onde o jogo é legalizado.

Os cassinos são proibidos no Brasil há décadas. Os bingos foram proibidos pelo presidente Lula em 2003. À época houve protestos em várias capitais, porque o setor empregava milhares de pessoas.

O QUE É

O projeto em análise na comissão especial instalada na Câmara foi apresentado há 24 anos e estava engavetado. Ele dispõe sobre a legalização de jogos no Brasil. A proposta é de autoria do então deputado Renato Viana, e revoga os artigos 58 e seu paragrafo único do Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941 (Lei de Contravenções Penais). Ele legaliza o jogo do bicho, e receberá emendas também para legalizar as atividades de bingos e cassinos.


Blindagem para Dilma: CCJ analisa recursos contra rito de impeachment
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Leandro Mazzini

Wadih -ex-presidente da OAB-RJ e suplente de deputado do Rio, ele chegou há 5 meses e ganhou destaque na bancada

Wadih -ex-presidente da OAB-RJ e suplente de deputado do Rio, ele chegou há 5 meses e ganhou destaque na bancada

Desconfiados de que o pleno do Supremo não segura o rito do impeachment da presidente Dilma, os governistas atuam para barrar o processo regimentalmente.

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara analisa na terça-feira dois recursos de deputados que pretendem barrar a atuação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em eventual abertura de processo.

Os recursos nº 72 e 73/15, de Wadih Damous (PT-RJ) e Rubens Pereira Jr (PCdoB-MA), respectivamente, anulam a leitura de questão de ordem feita por Cunha no dia 26 de setembro, sobre o rito de impeachment – o que, na visão da base governista, é o pontapé para o eventual processo.

Se a CCJ (maioria é de Cunha) os rejeitar, o presidente tem caminho livre para aceitar o novo pedido do PSDB, desde que o pleno do STF derrube as liminares dos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber, protocoladas pela liderança do PT na Câmara.


Aliado de Dilma, Roberto Amaral leva gelo da cúpula do PSB
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Leandro Mazzini

Roberto Amaral, em cerimônia de homenagem ao finado Eduardo Campos. Foto: ABr

Roberto Amaral, em cerimônia de homenagem ao finado Eduardo Campos. Foto: ABr

Um dos expoentes do PSB anos atrás – já presidiu a legenda -, Roberto Amaral, ex-ministro da Ciência e Tecnologia de Lula e hoje governista, foi abandonado pelo partido.

Ninguém da cúpula do PSB apareceu no lançamento de seu novo livro, ‘A serpente sem casca’, na noite de terça-feira em Brasília. O ministro Miguel Rosseto (Trabalho e Previdência) e o deputado Arlindo Chinaglia prestigiaram. Ambos são petistas.

Amaral hoje é mais festejado por petistas que socialistas. Não por acaso, o prefácio do livro foi escrito pelo ex-governador gaúcho Tarso Genro. Pela amizade, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) assinou uma apresentação. De nomes conhecidos do PSB, além dela, apenas a senadora Lídice da Mata (BA) compareceu.

O gelo socialista é o preço pago por Amaral por contrariar a decisão de oposição ao Governo, decidida pelo PSB. O ex-ministro ganhou de Dilma um cargo como conselheiro da usina binacional Itaipu.


Dilma conquista os ‘300 deputados fiéis’ para afastar risco de impeachment
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Leandro Mazzini

Wagner - ele tem papel fundamental na pacificação da Câmara, com o poder da caneta. Foto: ABr

Wagner – ele tem papel fundamental na pacificação da Câmara, com o poder da caneta. Foto: ABr

Numa ofensiva estratégica nas últimas semanas, com prazo para vencer amanhã, o exército petista comandado por Lula, Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Jaques Wagner (Chefe da Casa Civil) comemora a adesão de 300 ‘deputados fiéis’ ao Planalto, dos 513 que desfilam na Casa.

O contingente foi a meta imposta pelo próprio trio não apenas para enterrar no plenário da Câmara um eventual processo de impeachment da presidente Dilma. É crucial para fazer o segundo mandato dela avançar a partir de agora, com uma governabilidade garantida, analisa um palaciano.

Depois da reforma ministerial, as armas usadas para conquistar os votos de deputados neutros e até adversários foram liberação de emendas e cargos federais nos Estados, reivindicados pelos parlamentares.

Wagner e Berzoini já possuem a lista dos deputados angariados para a base – em especial do PMDB, PP, PTB, e até dos neutros PSB e PDT – que ganhou o Ministério das Comunicações. Com o grupo, Dilma quer garantir a aprovação do pacote do ajuste fiscal – e a manutenção dos vetos presidenciais à pauta bomba, com votação em sessão do Congresso agendada para novembro.

Um aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), diz que ele emitirá os sinais se a sua conta bater com a do Planalto. Se Cunha engavetar o novo pedido de impeachment do PSDB, é porque já sabe que não terá os votos para derrubá-la.

Ao contrário do que pregam, veementemente, Cunha e o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, têm conversado, sim, diretamente, naquela que pode ser a última tentativa de paz entre Dilma e o deputado.


Cunha: ‘Não tenho o que fechar com o Planalto’
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Leandro Mazzini

cunha
O presidente da Câmara no olho do furacão da Lava Jato se mostra irritado nos bastidores com boatos de que vai se aliar ao Governo para se manter no Poder e evitar seu afastamento do cargo.

“Não fechei com ninguém, e nem vou fechar. Até porque não tem o que fechar”, diz Eduardo Cunha à Coluna.

Cunha vai manter a linha opositora ao Planalto. Para aliados, ele já tem a estratégia para ganhar tempo: vai segurar o quanto puder os pedidos de impeachment da presidente Dilma. Assim neutraliza por ora a ira da base governista.

Em outra frente, o presidente afaga a oposição. Para manter o apoio, dirá que analisará com calma o novo pedido de impeachment que Reale Jr. apresenta na sexta-feira.

Enquanto ganha tempo, Cunha vai atuar entre gabinetes na sua defesa contra a denúncia que chegou ao Conselho de Ética. É o único lugar onde não tem maioria na Casa.


Wagner sinaliza com bandeira branca para Cunha
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Leandro Mazzini

Wagner com Cunha, em cerimônia de condecorações das Forças Armadas neste ano

Wagner com Cunha, em cerimônia de condecorações das Forças Armadas neste ano

Eram quase dez horas da noite de sábado quando o celular do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tocou muitas vezes.

Na linha, o chefe de gabinete da presidente Dilma, Giles Azevedo, passou para o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner.

Conversas amenas, numa primeira tentativa de bandeira branca com o opositor. O plano é uma aproximação de Cunha com o Planalto, especificamente com Jaques Wagner – em razão de o deputado não ter se afinado com a presidente (por ora).

A presidente Dilma e Lula, o mentor da orquestração, apostam as fichas no tom conciliador de Wagner e no respeito suprapartidário com o qual desfila o ex-governador da Bahia e ex-ministro.

À ocasião da ligação, os palacianos já esperavam esperançosos que a estratégia de barrar o rito do impeachment fosse decidida por liminares monocráticas no Supremo Tribunal Federal – como ocorreu com decisões de Rosa Weber e Teori Zavascki.

Os ministros acolheram mandado de segurança impetrado pelo PT contra sessão de ritual do impeachment lido por Cunha há semanas, peça de defesa escrita pelo deputado Wadih Damous – que se tornou o Defensor-Geral do Planalto.


Suplente, ex-presidente da OAB-Rio se torna o Defensor-Geral do Planalto
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Leandro Mazzini

Wadih chegou há cinco meses e já 'sentou na janela', mas por competência num partido perdido no Congresso. Foto: UOL

Wadih chegou há cinco meses e já ‘sentou na janela’, mas por competência num partido perdido no Congresso. Foto: UOL

Cresceu no PT o nome de Wadih Damous, o suplente ex-presidente da OAB do Rio que chegou há três meses e tornou-se o melhor defensor de Dilma, do Governo e até de Lula na tribuna da Câmara.

É Wadih quem tem falado no tempo do líder Sibá Machado – a pedido do próprio. E foi uma peça jurídica dele para o STF que barrou o avanço do impeachment de Dilma.

Wadih tomou posse em maio deste ano, no lugar do eleito Fabiano Horta, que assumiu secretaria num município do Estado do Rio. Wadih, ligado a Lula, já está cotado para assumir a liderança do PT na Câmara ano que vem.